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A Polícia Federal (PF) prendeu o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB, nesta quarta-feira (30). Segundo a decisão judicial, a prisão de Souza é necessária para "assegurar a instrução criminal". A Justiça afirmou que testemunha ou ré ameaçada não expõe toda a verdade e prejudica a coleta das provas. Souza é suspeito de constranger testemunhas. Ele nega.

O operador do PSDB é acusado pelo desvio de recursos de R$ 7,7 milhões da Dersa, entre os anos de 2009 e 2011 (nos governos José Serra e Geraldo Alckmin).

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Paulo Vieira de Souza havia sido preso em 6 de abril. Ficou custodiado até 11 de maio quando foi solto por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF também procura o ex-chefe de Assentamento da Dersa Geraldo Casas Vilela.

Ladrões descobriram dois cofres em uma casa em Campos do Jordão (SP), de propriedade de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa apontado como operador de propinas do PSDB. Boletim de ocorrência datado de 30 de abril, quando Souza já estava preso preventivamente na Lava Jato em São Paulo, revela os detalhes da ação dos bandidos que levaram um dos cofres e uma quantia aproximada de R$ 7,3 mil, joias, quatro relógios, jogo de faqueiro de prata com 130 peças, três aparelhos de TV, um par de tênis, três óculos escuros, uma bolsa de viagem e dois perfumes femininos.

Nesta sexta-feira, 11, o ex-diretor da Dersa obteve junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes a suspensão de sua prisão preventiva - Vieira de Souza havia sido preso no dia 6 de abril.

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A ocorrência foi registrada no 1.º DP de Campos do Jordão pelo caseiro Sérgio Luiz dos Santos Júnior, no dia 30.

Foram duas invasões, relatou o caseiro. A primeira no dia 28 de abril, a outra no dia seguinte. Nas duas ocasiões, os ladrões entraram na casa após cortarem uma cerca.

O funcionário de Vieira de Souza descreveu um dos invasores - olhos castanhos escuros, 100 kg, porte médio, altura um metro de 86 centímetros, e vestia calça e blusa de moletom e tênis Nike. O outro, "branco, um metro e 70 centímetros".

O caseiro diz ter sido dominado ao tentar guardar sua moto, no quintal da casa. "Os indivíduos usavam touca de motoqueiro e ambos tinham armas de fogo". Ele diz ter sido ameaçado para desligar os alarmes da casa.

"Um indivíduo ficou vigiando a vítima Sérgio na cozinha e o outro revirou a casa e veio com cofre na mão, abriram na sua frente o cofre e perguntaram se havia mais cofre, o mesmo disse não sei, levaram para dentro da casa da vítima Paulo e continuaram a revirar a casa, onde acharam outro cofre", consta do Boletim de Ocorrência.

No entanto, segundo contou o caseiro, "acharam outro cofre e, como o cofre tinha uma luz vermelha, o mesmo disse: 'Vamos embora'".

"Colocaram o cofre na mochila e saíram, levaram R$ 6 mil, quatro relógios de pulso", segue narrando o Boletim de Ocorrência, com base no relato do caseiro.

Segundo a defesa de Souza, os assaltantes ainda teriam dito ao caseiro que "caso os familiares reportassem o roubo às autoridades policiais, o matariam dentro do Centro de Detenção Provisória".

O suposto operador do PSDB foi preso no dia 6 de abril por ordem da Justiça Federal em uma investigação da Procuradoria da República que atribui a ele desvios de R$ 7,7 milhões da Dersa em um esquema de desapropriação de imóveis no trecho Sul do Rodoanel.

A Procuradoria sustenta que Vieira de Souza ameaçou duas testemunhas que estão colaborando com a investigação. A defesa do ex-diretor nega que ele tivesse intimidado as testemunhas.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu nesta sexta-feira, 11, a prisão do ex-diretor do Departamento de Engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB. O ex-diretor estava preso desde o dia 6 de abril. Para Gilmar, a prisão preventiva de Souza não "encontra amparo em fatos".

A prisão preventiva do ex-diretor da Dersa foi decretada a pedido do Ministério Público Federal em função de "três supostas ameaças à integridade física da também acusada Mércia Ferreira Gomes", ex-funcionária terceirizada da Dersa. "Na segunda oportunidade, ela (Mércia) teria sido empurrada. Nas outras duas, as ameaças foram verbais. Em nenhum dos casos, houve registro policial", diz Gilmar na decisão.

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O processo em que Souza e Mércia são acusados investiga desvio de recursos de R$ 7,7 milhões da Dersa, entre 2009 e 2011 - nos governos dos tucanos José Serra (2007-abril de 2010) e Geraldo Alckmin (2011-abril de 2018).

Além da "comprovação do ocorrido não ser sólida", Gilmar afirma que não há indício da autoria das ameaças por parte de Souza. "A prisão preventiva não se justifica para permitir o depoimento da corré em juízo. A versão de Mércia Ferreira Gomes foi dada no curso da investigação. Sua reiteração, ou não, em juízo, dificilmente teria o efeito de prejudicar ainda mais os delatados."

Na semana passada, a 5.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisão unânime,havia negado um pedido de liberdade de Souza. A defesa do ex-diretor tinha entrado com recurso contra decisão monocrática do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que no dia 13 de abril rejeitou um habeas corpus. Souza foi preso por decisão da 5.ª Vara Criminal Federal do Estado de São Paulo.

Segundo o STJ, a defesa argumentou à Corte que "o decreto prisional é desarrazoado e está fundamentado em episódios vagos, como supostos quatro episódios de ameaça a uma testemunha ocorridos em fevereiro de 2015, março de 2015, julho de 2015 e maio de 2016 e em fatos não contemporâneos ao momento da prisão preventiva". Alegou ainda "não haver a possibilidade de reiteração delitiva, já que o réu deixou oficialmente o cargo na Dersa em 2010".

Acusação

Em março, a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou Souza e mais quatro em função do suposto desvio de R$ 7,7 milhões. De acordo com a denúncia, o ex-diretor comandou os desvios.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério Público da Suíça confirmou que, a pedido da Justiça brasileira, está levantando os documentos e extratos de quatro contas bancárias atribuídas ao ex-diretor. O órgão confirmou ainda que congelou qualquer movimentação financeira envolvendo a conta.

O objetivo é desvendar a origem e o destino das transferências realizadas por Souza. Os recursos chegaram a somar R$ 113 milhões, antes de terem sido transferidos das contas suíças para o Caribe. A defesa de Souza, que nega as acusações, já pediu ao Supremo a suspensão do acordo de cooperação internacional firmado entre as autoridades suíças e o Ministério Público de São Paulo.

Cofre

Ladrões roubaram dois cofres de uma casa em Campos do Jordão (SP) de propriedade do ex-diretor da Dersa. Boletim de Ocorrência datado de 30 de abril, quando Souza já estava preso, afirma que, além dos cofres, foram levados R$ 7,3 mil, joias, relógios, jogo de faqueiro de prata, aparelhos de TV, entre outros objetos.

A ocorrência foi registrada no 1.º DP de Campos do Jordão pelo caseiro Sérgio Luiz dos Santos Júnior. Segundo ele, foram duas invasões, a primeira no dia 28 de abril e a outra no dia seguinte. Nas duas ocasiões, os ladrões entraram na casa após cortarem uma cerca, conforme relato do caseiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou soltar o ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB.

Souza é suspeito de coagir uma mulher acusada no processo que investiga desvio de recursos de R$ 7,7 milhões da Dersa, entre 2009 e 2011 (governos Serra e Alckmin). De acordo com o Ministério Público Federal em São Paulo, ao menos três ameaças foram recebidas por ela e sua irmã nos últimos dois anos.

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"(...) Ante o exposto, defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto de prisão preventiva de Paulo Vieira de Souza, o qual deverá ser posto em liberdade, se por outro motivo não estiver preso. Publique-se. Comunique-se, com urgência. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República para parecer", anotou Gilmar.

A pedido da Força-Tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, a 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo determinou a prisão preventiva de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa na gestão do PSDB conhecido como 'Paulo Preto', pela conveniência da instrução criminal, na forma dos artigos 282 e 312 do Código de Processo Penal, além de autorizar busca e apreensão em sua residência. Os mandados foram cumpridos nesta manhã pela Polícia Federal.

Em 22 de março, a Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo ofereceu denúncia contra Paulo Vieira de Souza, José Geraldo Casas Vilela e outras três pessoas por terem desviado recursos, em espécie e em imóveis, entre os anos de 2009 e 2011, no total de R$ 7,7 milhões (valores da época) destinados ao reassentamento de pessoas desalojadas pela Dersa para a realização das obras do trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê, na região metropolitana de São Paulo.

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A denúncia foi aceita e os réus respondem pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação.

O 'maior festival de humor do mundo', Risadaria, vem ao Recife pela segunda vez prometendo ainda mais gargalhadas. Nesta edição, quem sobe ao palco do teatro Eva Herz, no próximo sábado (2), são os humoristas Murilo Couto, Victor Sarro, Fabiano Cambota e Paulo Vieira.

O Risadaria já foi assistido por mais de dois milhões de pessoas desde 2010. Os números bateram o festival canadense Just for Laughs e deram ao evento o título de maior movimento de comédia do planeta. Esta segunda turnê nacional já passou por São Paulo, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Campinas.

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Serviço

Festival Risadaria

Sábado (2) | 21h

Teatro EvaHerz - Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251 - Pina)

R$ 30 e R$ 15

 

Brasília - Em depoimento a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, nesta quarta-feira (29), o engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) - empresa vinculada ao governo de São Paulo - negou o desvio de dinheiro de obras públicas em benefício das campanhas eleitorais de candidatos do PSDB em 201o (José Serra à Presidência da República e Geraldo Alckmin ao Governo de São Paulo).

Reportagens da revista IstoÉ o acusam de cometer irregularidades nas obras do Rodoanel, em São Paulo. Souza afirmou que as matérias são mentirosas. Nessa terça (28), o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, negou que tenha relatado à IstoÉ qualquer desvio. À comissão ele disse que contou ter ouvido de um amigo que aditivos para obras em SP poderiam ser desviados para a campanha. Pagot também afirmou ter dito ao jornalista que isso era "papo de bêbado, de botequim, que não poderia ser provado".

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Questionado pelo relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), Paulo Souza afirmou nunca ter se envolvido com a área financeira de campanha política de nenhum candidato. "Eu gostaria que um empresário deste país viesse aqui e dissesse: ‘Eu dei dinheiro para ele’", desafiou. Ele contou ainda que move sete processos criminais e nove por danos morais, dois deles contra a IstoÉ, e afirmou que as revistas Época e Carta Capital também mentiram.

Souza negou ainda que tenha ficado com R$ 4 milhões doado por empresários para a campanha de José Serra.“O Senado do meu país está dando ao ‘líder ferido’ o direito de comprovar. Não saio desta Casa sem entregar todos os documentos comprobatórios do que eu falar”, frisou.

Delta
O ex-diretor da Dersa disse ainda que a Delta, principal empresa do esquema ilegal de Cachoeira, não foi beneficiada em licitações. “A Delta participou de todas as licitações. Ela perdeu todas por preço maior. A única obra que a Delta tem na Dersa é na marginal [Tietê], que representa 1,9% dos valores licitados. Todas as demais ela perdeu por preço maior”, informou. Segundo ele, a obra na Marginal Tietê continha quatro lotes e dois deles foram licitados pela Dersa. Apenas um foi ganho pela Delta.

Nas duas obras licitadas pela Dersa houve aditamentos, de 24,9% cada um. O contrato da Delta subiu de R$ 172 milhões para R$ 215 milhões. A Sobrenco foi de R$ 114 milhões para R$ 143 milhões. Segundo Souza, os aditivos se justificam por mudanças que precisaram ser feitas por desvios de estruturas presentes do subsolo da capital paulista.

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