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Já está em pré venda o livro de biologia  “Diário de um Biólogo: Diversidade”, cuja pauta são  animais adeptos à relação homossexual. O autor é o pesquisador brasileiro Carlos Stênio, formado em Biologia pela Universidade Guarulhos (UNG), que buscou abordar a diversidade sexual e como os animais lidam com as diferenças. Pelo menos no mundo animal, não existe preconceito.

A temática já vem sendo pauta em estudos desde 1999, quando o biólogo canadense Bruce Bagemihl, escreveu o primeiro livro científico sobre animais adeptos à prática homossexual: “Biological Exuberance – Animal Homosexuality and Natural Diversity” (Exuberância Biológica – Homossexualidade Animal e Diversidade Natural). E assim, pode-se constatar que mais de 1,5 mil espécies de animais possuem este comportamento, como anfíbios, aves, insetos e mamíferos, peixes e répteis.

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Quando se trata da prática homossexual no reino animal, o pesquisador Stênio conta que não existe um padrão, ou alguma espécie que demonstre mais afetividade. Entretanto, é possível dizer que certos fenômenos podem influenciar para que algumas espécies tenham mais ou menos casais homoafetivos, como animais monogâmicos, ou os que têm algum tipo de ritual para acasalamento que possa envolver outros machos. “A família dos felinos é um pouco mais numerosa que a [família] dos cervídeos. Então basicamente os leões são mais homossexuais que os próprios veados”, esclarece Stênio.

As relações homossexuais podem ser consideradas instintivas e naturais. De acordo com o biólogo, não existe nenhum estudo que comprove ser um fenômeno genético. “Os animais tratam isso com tanta normalidade. É muito comum pinguins homossexuais adotarem filhotes abandonados por outros casais, mas não é tão habitual casais heterossexuais adotarem filhotes abandonados por outros casais, porque eles estão ocupados demais tentando procriar, ou simplesmente não querem”, explica o especialista.

Quando se trata sobre homossexualidade, a mesma regra se aplica, seja para os seres humanos ou os animais. Segundo Stênio: “não é algo novo. Nada inventado pelos adolescentes, como uma forma moderna de viver. A homossexualidade é algo que já existe há muito tempo, ou seja, mesmo antes de Cristo”. O biólogo complementa dizendo que já na década de 90, animais em cativeiro passaram a ser observados na prática homossexual, como leões, abutres, patos e cisnes que abandonavam a fêmea por um macho.

Apesar dos aspectos que mostram como o processo de homossexualidade é semelhante entre animais e seres humanos, o biólogo Stênio conta que existem fatores que os distinguem. Enquanto muitas pessoas encaram a homossexualidade como algo que se adquire, para os animais é natural. “A sexualidade do mundo animal é muito mais ampla, com menos regras, preconceitos e cobranças. Não existe um padrão de família, eles apenas fazem algo que acham certo”, analisa.

Como resultado de uma relação homossexual no mundo animal, Stênio conta que em 2017 houve uma situação envolvendo abutres-fouveiros machos. Após biólogos encontrarem um ovo abandonado, eles decidiram alterar a ideia inicial, de colocá-lo em uma incubadora e deram uma chance para o casal. E assim, os animais puderam chocar o ovo com sucesso em um zoológico na Holanda. “Ambos da mesma espécie [Gyps fulvus], construíram um ninho juntos, criaram um vínculo muito forte e acasalaram”, conta Stênio.

A respeito da sexualidade no mundo animal, o especialista explica que não foi encontrada qualquer espécie em que o comportamento homossexual não esteja presente, com exceção de algumas espécies que nunca fazem sexo, como ouriços. “Além disso, uma parcela de animais é hermafrodita, como peixes palhaços que todos nascem machos e viram fêmeas, se necessário. E outras [espécies] bissexuais, como alguns macacos do Velho Mundo [Cercopithecoidea], que são nativos da África e Ásia, que muitas vezes só procuram fêmeas para procriar”, explica o biólogo.

 

 

Um zoológico canadense anunciou que abriu uma investigação pelas misteriosas mortes por afogamento de sete pinguins de Humboldt.

"Esta é uma notícia devastadora", disse Jamie Dorgan, diretor de atendimento aos animais no Zoológico de Calgary, oeste do Canadá.

"Iniciamos uma investigação completa para que possamos tentar entender o que aconteceu e impedir que novos incidentes como este aconteçam de novo", completou.

Os pinguins foram encontrados mortos em sua área do zoológico. A equipe veterinária realizou exames de necropsia e determinou que as mortes foram provocadas por afogamento.

Vinte e dois pinguins de Humboldt viviam no zoológico, ao lado de outras três espécies de pinguins.

O segredo da fidelidade entre alguns pinguins: não se ver muito - é o que diz um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Biology Letters da Sociedade Real Britânica.

Os mesmos casais de pinguins reatam novamente a cada verão no momento da reprodução. Mas o que acontece com estes casais "para sempre" durante a longa migração invernal?

Para esclarecer este mistério, uma equipe de investigação estudou, por meio de ferramentas de geolocalização e marcadores bioquímicos, dez casais de uma espécie de pinguins monogâmicos - o pinguim do rockhopper - de uma colônia das Ilhas Malvinas.

"Nós procuramos saber se os parceiros mantinham contato ou se encontravam em locais especialmente dedicados a estes encontros", explicaram os pesquisadores.

O resultado foi justamente o contrário: os parceiros ficam separados continuamente por centenas, até milhares de quilômetros. Para um casal, esta distância chegou a 2.500 quilômetros no mês de junho.

Entre algumas espécies migratórias, os machos e as fêmeas passam o inverno em zonas separadas e, então, a separação dos casais é implícita.

Mas este não é o caso do pinguim-saltador-da-rocha. "Os parceiros ficam afastados uns dos outros durante o inverno, permitindo que machos e fêmeas se misturem nos locais de invernada. Esta constatação é muito intrigante", explicou à AFP Jean-Baptiste Thiebot do Instituto Nacional de Pesquisa Polar em Tóquio, no Japão.

Ao longo de um ano, os casais passam apenas um tempo limitado juntos. Eles se reúnem durante 20 a 30 dias durante o período de reprodução, dois a três dias durante a incubação e as noites dos primeiros 70 dias dos filhotes. Assim, um casal passa apenas 23% do tempo juntos, menos de três meses por ano.

O que não os impede de ficar juntos a cada retorno de viagem: dos dez casais estudados, sete retomaram após o inverno.

Dois pinguins que voltaram sem sua "cara metade" se acasalou com um novo parceiro. Os quatro pássaros que estavam faltando ou foram integrados em uma outra colônia ou morreram no mar, de acordo com o estudo.

"Às vezes, mas raramente, dois antigos parceiros escolhem novos cônjuges", pondera Jean-Baptiste Thiebot.

Mas a separação "por centenas de quilômetros a maior parte do tempo não impede que os pássaros marinhos se reproduzam com o mesmo parceiro do ano anterior", constataram os pesquisadores.

Mais dez pinguins foram resgatados entre a tarde de quinta-feira (18) e a manhã desta sexta-feira (19), encalhados em praias do litoral paulista. Oito aves apareceram nas areias de Ilha Comprida, no litoral sul. Outras duas aves foram resgatadas em Praia Grande e no Guarujá. Somente este mês, já são 60 desses animais - um número recorde em anos recentes - retirados das águas por estarem com a sobrevivência em risco.

As aves são da espécie pinguim-de-magalhães e biólogos atribuem a migração às mudanças nas correntes marinhas vindas do sul do continente, especialmente da região fria da Patagônia, no extremo sul da Argentina. Em Praia Grande, 35 aves apareceram nas praias e precisaram de resgate, já que apresentavam dificuldade para retornar ao mar. Policiais ambientais, com apoio de biólogos que atuam no litoral, resgataram os espécimes. A maioria foi encaminhada para o Instituto Gremar Pesquisa, Educação e Gestão da Fauna, do Guarujá.

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Em Ilha Comprida, o biólogo Cristian Negrão cuida da recuperação de cinco pinguins. Segundo ele, os animais estavam em processo de exaustão e abatidos pela falta de alimentação. Sem energia, eles são empurrados pela correnteza para a praia e ficam encalhados na areia. Assim que estiverem em bom estado, eles devem ser soltos no mar. Uma das aves achada na praia já estava morta.

Mesmo com as temperaturas elevadas, dezenas de pinguins estão surgindo nas praias do litoral paulista nos últimos dias. Até esta quinta-feira, 11, ao menos 41 animais foram encontrados no litoral norte em apenas uma semana. Moradores e turistas vêm observando a presença das aves até mesmo na areia de algumas praias de São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba.

O aparecimento de pinguins na costa brasileira é comum nesta época do ano, pois anualmente esses animais se lançam ao mar em busca de alimento e alguns, em especial os mais jovens, acabam se perdendo do grupo e parando nas praias debilitados.

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O frio dizimou os pinguins imperadores, habitantes endêmicos da Antártica há milhares de anos, na última era do gelo, anunciou nesta segunda-feira um estudo científico.

Os cientistas, que estudam o impacto das mudanças climáticas nos pinguins, muito resistentes ao frio, nos últimos 30.000 anos, estimam que apenas três grupos populacionais sobreviveram ao último período glacial.

O imperador é o maior e o mais pesado de todos os pinguins. As condições meteorológicas foram tão severas que o número de animais no continente branco chegou a ser sete vezes menor que na atualidade e só viveram em um número reduzido de lugares, segundo o estudo. "Realmente não havíamos pensado que no passado possa ter feito frio demais para eles", declarou à AFP Jane Younger, da Universidade australiana da Tasmânia.

Esta pesquisadora dirigiu os trabalhos realizados em colaboração com as universidades de Southampton e Oxford, na Grã-Bretanha, e a Divisão Antártica australiana.

Ao examinar a diversidade genética das populações antigas e modernas destes pinguins, os cientistas determinaram as variações de populações através do tempo.

O número de pinguins começou a aumentar nos últimos 12.000 anos, quando as temperaturas subiram em torno de 15 graus e que a camada de gelo na Antártica diminuiu progressivamente.

Jane Younger alega que os filhotes têm mais chances de sobreviver ao frio invernal com temperaturas mais altas, embora alcancem 45 graus abaixo de zero.

Isso se deve ao fato de a redução da espessura da camada de gelo permitir que eles cheguem mais facilmente ao mar para buscar alimentos.

"Na verdade, isso nos surpreendeu porque pensávamos que, como estão adaptados tão bem ao frio e a camada de gelo que precisam para se reproduzir era mais grossa, eles eram beneficiados", declarou.

Segundo este estudo, publicado na revista Global Change Biology, uma população de imperadores sobreviveu durante este período na região do mar de Ross porque os ventos e as correntes favoreceram as condições.

Ilha Magdalena, no extremo sul do Chile, é um paraíso para dezenas de milhares de pinguins de Magalhães que chegam a cada ano para se reproduzir. Mas o aquecimento global é uma ameça tangível para a espécie, alertam os administradores desta reserva natural.

Com 85 hectares, a Ilha Magdalena, situada a 25 milhas náuticas (50 km) da cidade de Punta Arenas, no Estreito de Magalhães, possui 22 espécies de aves: 11 residentes e 11 sazonais, como o pinguim de Magalhães. Cerca de 23 mil turistas visitam a cada ano o Monumento Nacional dos Pinguins, formado pela ilhota Marta e a Ilha Magdalena.

Os principais predadores do pinguim são a ave Skua e a gaivota dominicana, que se alimentam dos ovos e dos filhotes da espécie, explica à AFP Roberto Fernández, que há sete anos trabalha como guarda florestal na ilha. "Atualmente, o que observamos é que o verão está demorando a chegar e se estendendo até março. As mudanças climáticas estão provocando um aumento nas populações de gaivotas, isso é certo. Seria preciso fazer um estudo de longo prazo para relacionar este aumento com uma diminuição na população dos pinguins, mas o prognóstico é que no futuro podem vir a ameaçar os pinguins”, admite Neftali Aroca, administrador do Monumento Nacional dos Pinguins, em entrevista à AFP.

A informação confirma o alerta feito por um estudo publicado em janeiro no conceituado periódico científico PLOS ONE, segundo o qual eventos climáticos extremos, como calor anormal e chuvas fortes teriam matado um grande número de jovens pinguins de Magalhães.

Este estudo, realizado ao longo de 27 anos em Punta Tombo, sul da Argentina, indica que uma média de 65% de filhotes morrem anualmente: 40% de fome e 7% devido às mudanças climáticas.

Fugindo do frio para o Brasil

A cada ano, os pinguins de Magalhães fogem do frio para passar o inverno nas águas quentes do litoral brasileiro.

Assim que se tornam grandes e fortes o suficiente para nadar, viajam cerca de 4.000 km da Ilha Magdalena até o Brasil. Durante o inverno, eles permanecem sobretudo no litoral de Santa Catarina (sul), mas não é raro ver um ou outro pinguim desgarrado ser resgatado mais ao norte, nas praias do Rio de Janeiro (sudeste).

Em meados de agosto, eles fazem a viagem de volta, descendo pelo Uruguai, passando pela Argentina até o Estreito de Magalhães, que divide os oceanos Atlântico e Pacífico, para chegar à ilha.

“Os pinguins de Magalhães vem para a ilha cumprir seu ciclo reprodutivo. Começam a chegar em setembro, perto do verão, para aproveitar os dias mais longos necessários para chocar os ovos e cuidar dos filhotes”, explica a cerca de 200 turistas Valéria Sánchez, que há cinco anos trabalha como guia em uma das várias empresas locais que oferecem viagens à ilha.

Nos primeiros meses de vida, os filhotes dependem totalmente dos pais para alimentá-los, ensina-los a nadar e protegê-los de predadores. Eles permanecem nos ninhos até que as penas estejam prontas para que possam entrar no mar e ficar independentes.

“Entre fevereiro e março, eles começam a deixar a ilha, mas este ano partiram duas a três semanas antes. Parece que quiseram se antecipar para assistir a Copa no Brasil”, brinca a Valéria, explicando na verdade que a antecipação se deveu a um amadurecimento precoce das aves nesta temporada.

Em família

Monogâmicos, estes animais têm um único parceiro por toda a vida e podem viver até 25 anos.

Os primeiros a chegar à ilha Magdalena são os machos. A eles cabe a tarefa de reconhecer o ninho escavado na terra na temporada anterior e reformá-lo, usando o que estiver ao seu alcance, como pedras e penas, para atrair a companheira. A espécie costuma usar o mesmo ninho todos os anos para se reproduzir.

As fêmeas chegam quinze dias depois dos machos e seus ansiosos companheiros começam a emitir sons similares aos de um trompete para que elas os reconheçam e o casal possa iniciar o período reprodutivo, que dura de 6 a 7 meses.

Depois de fecundadas, as fêmeas põem um ou dois ovos. Nos primeiros 12 dias, quem choca os ovos é a fêmea, que não se afasta deles nem para comer.

Após o longo jejum, os machos as substituem para que elas possam se alimentar e o casal se reveza neste trabalho de 40 a 45 dias, quando termina o período de incubação e os filhotes nascem, por volta do mês de novembro.

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A união estável de seres do mesmo sexo não acontece apenas entre pessoas. Pelo menos é o que mostra um casal de pinguins africano em um zoológico em Israel. O casal é fêmea ''Não dava para dizer ao certo quem era o macho e a fêmea. Mais as duas faziam ninhos juntas e se cortejavam'', disseo porta-voz do Safari Zoo, Mor Porat.

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Os veterinários do zoológico só se deram conta que as duas aves eram do mesmo sexo, após realizarem um exame de sangue para um estudo sobre a malária.

Depois que 62 pinguins foram encontrados mortos na Praia do Forno, em Búzios (RJ), fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente fizeram nesta terça-feira, 20, uma operação no local. Oito barcos de pesca foram apreendidos e um quiosque, interditado. A praia fica em área de preservação permanente. Segundo a Guarda Ambiental, a pesca predatória pode ter contribuído para as mortes, registrada desde domingo, 18 - além dos pinguins, morreram quatro tartarugas e duas aves. A pesca é proibida, mas não é o que acontece na prática. Alguns animais estavam enrolados em redes de pesca.

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