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A traição e desconfiança com o parceiro acabaram se tornando comuns para grande parte dos relacionamentos brasileiros. Segundo dados da pesquisa “Radiografia da Infidelidade e Infiéis no Brasil 2022”, cerca de 80% dos brasileiros traíram o (a) companheiro (a) em 2022. Com o aumento do uso de internet, plataformas digitais e diversos aplicativos de namoro, a infidelidade passou a ser mais fácil de ser realizada e acobertada.

Febre nas redes sociais, os famosos “testes de fidelidade” são formas de descobrir traições e também gerar renda. O serviço está presentes em diversas plataformas, grande parte no Instagram e TikTok, mas sempre com o mesmo objetivo descobrir infidelidades de homens e também mulheres. Dentre os milhares de profissionais na área está a paraense Thaís Cristinny, de 20 anos, que encontrou nesse novo mercado uma oportunidade para ganhar dinheiro. 

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Thaís conta que o trabalho surgiu de forma repentina, após ver uma publicação no TikTok e comentar na postagem que poderia fazer de graça para quem estivesse interessada. “Uma moça me chamou no Instagram, perguntando se eu fazia, mas eu fiz pra ela sem cobrar porque foi o primeiro teste. Quando eu fiz o teste acabei fazendo um vídeo e postei na conta do TikTok, aí foi que viralizou e eu comecei a cobrar”, explica Thaís.

Com a quantidade pessoas que começaram a procurá-la, Thaís percebeu um grande potencial nesse novo mercado, um tanto controverso. Atualmente, a jovem realiza uma média de sete testes por dia e cobra o valor fixo de R$ 35 por cada. Após o pagamento, ela começa o trabalho, tento todos os passos observados pela cliente. “Eu pergunto a elas qual a forma de abordagem, se é por engano, que é o que geralmente sempre funciona. Nessa abordagem eu mando mensagem como se tivesse enganado e começo a puxar assunto, falo que tô passando na cidade de férias tenho parentes ou então digo que vi em tal lugar e consegui o número com outra pessoa, como a pessoa me pede eu faço”, explica Thaís.

As conversas não ficam apenas nas palavras, para que o teste seja bem executado e tenha uma boa estratégia, é necessário o uso de outras ferramentas, como troca de fotos, chamada de vídeo, áudio e até mesmo o próprio Instagram, para que seja o mais real possível. Segundo Thaís, a maiorias dos homens caem nos testes, mesmo aqueles que no início podem parecer mais sérios e leais às suas parceiras.

Nem tudo são flores 

Sabe aquele ditado de “em briga de marido em mulher não se mete a colher”? Com os testes isso não tem vez, mas as consequências podem vir. As ameaças são rotineiras para Thaís, afinal, se “intrometer” nos relacionamentos de casais pode ser um grande problema.

“Eu recebo muita ameaça, ligação, mandam mensagens por outro número, fazem conta fake no Instagram para me xingar, recebo SMS. Hoje eu não atendo ligação normal, nem coloco chip no celular porque eu sei que vão me ligar, mas é bem ruim. Eu fico com muito medo, porém estamos acostumados”, conta.

“No começo, o dinheiro é fundamental” 

Desde o início, Thaís percebeu esse potencial em gerar renda com os testes de fidelidade, podendo tirar seus sonhos do papel e conseguir um meio mais fácil de alcançar os seus objetivos. “Para uma pessoa que não tem condições, começar a ganhar muito dinheiro com uma coisa fácil é incrível. O meu ponto é trabalhar com isso até certo tempo para poder abrir um negócio”, disse Thaís.

Mas além de ter como objetivo principal o dinheiro, ela conta que já realizou teste de forma gratuita para mulheres que não tinham como pagar seus serviços, mas estavam desesperadas para descobrir sobre a infidelidade do parceiro.  

Conteúdo nas redes sociais 

As redes sociais são as aliadas de Thaís no momento de conseguir mais clientes. A profissional conta que um dos seus focos é a criação de conteúdo, sempre buscando criar bons vídeos, edições e estar presente nas plataformas diariamente. “Quando dá, eu pego e posto no TikTok, porque eu quero ser reconhecida e nem é tanto pela questão de continuar nesse trabalho. Muitas meninas dizem que fazem (testes de fidelidade) e aplicam golpe, muitas clientes dizem 'eu paguei a essa pessoa e ela não respondeu mais’, então tem que ter muito cuidado”, explica Thaís.

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Depois dos testes 

O que será que acontece após a finalização do serviço? Bom, o futuro do casal muitas vezes é incerto, porque mesmo depois da comprovação de traição sabemos que muitas vezes acontece o perdão. Para Thaís, a história se encerra ali e o número é bloqueado, mas para a cliente muitos sentimentos podem vir à tona. 

Para uma de suas clientes, que não será identificada, o teste foi o ponto final da relação. “Depois de um ano juntos e momentos muito bons, ele [namorado] fez isso comigo. Nunca esperaria uma atitude dele assim, estando comigo”, afirma a jovem.

Homens realizam os testes de fidelidade

Em sua grande maioria, podemos ver mulheres realizando os testes de fidelidade, mas Júnior Araújo, de 25 anos, nada contra o fluxo. Pai e casado com a digital influencer Nicolly Souza, o rapaz entrou no mercado há cerca de cinco meses após pedir demissão e começar a trabalhar com sua esposa, que também realiza os serviços.

“Ela me chamou e me disse ‘por que você não deixa o seu trabalho e vamos trabalhar comigo?’, a gente viu que estava dando uma graninha, então eu decidi sair do emprego e começar a trabalhar com isso”, explica. Atualmente, Júnior trabalha com diária e combos, cobrando a partir de R$ 40,00 que podem ser pagos por Pix e até mesmo cartão de crédito. Ele e sua esposa conseguiram garantir a renda totalmente pela internet, através dos testes de fidelidade.

Mesmo que seus clientes sejam, em grande maioria, homens em relacionamentos heterossexuais, ele afirma que já prestou serviços para casais homossexuais. “O público que me procura são homens, para testar suas esposas e namoradas, mas já tive casos de o cara querer testar o namorado dele e a menina testar a namorada dela”, conta.

As mulheres também caem no teste 

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A dúvida de muitas pessoas é se as mulheres também têm facilidade de cair nos famosos testes, afinal, é comum ver homens caindo nesse tipo de serviço, mas Júnior garante que mesmo sendo um trabalho um pouco mais complicado é mais rotineiro do que imagina.  

“Eu falo para os caras que mulher é muito desconfiada, mas elas acabam caindo bastante. Como a minha esposa também faz testes, eu percebo que os caras caem muito mais que as mulheres, tipo se ela faz dez testes, oito deles caem”, finaliza.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, nessa terça-feira (15), que o partido precisa ser "fiel" ao presidente Jair Bolsonaro. O dirigente participou de um ato político, em Brasília, organizado para celebrar a filiação da deputada Carla Zambelli (SP) e lançar uma frente parlamentar intitulada "Lealdade Acima de Tudo", formada por apoiadores de Bolsonaro que vão disputar uma vaga ou a reeleição na Câmara.

"Eu fico pensando na sorte que nós tivemos de poder recebê-lo (Bolsonaro) no nosso partido", disse Costa Neto, que é ex-deputado. "Mas eu nunca pensei que íamos chegar aonde nós estamos chegando, independente de qualquer coisa, porque o eleitor do Bolsonaro é fiel. E, aconteça o que acontecer, o resultado vai vir. É por isso que nós temos que ser fiéis ao Bolsonaro, fazer tudo o que ele pede, tudo o que ele precisa, para podermos retribuir o que ele fez por nós."

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Em seu discurso, Costa Neto destacou que passou oito anos "brigando" com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), entre 1995 a 2002, mas depois se aliou a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que governou entre 2003 e 2010. Disse que a aliança fez com que o partido crescesse antes de "levar uma trombada" e "ir para o buraco". Costa Neto chegou a ser preso no escândalo do mensalão.

Após dois anos sem partido e de se eleger com críticas às legendas que integram o Centrão no Congresso, Bolsonaro se filiou ao PL em novembro do ano passado. O lançamento da pré-candidatura do presidente ao segundo mandato está marcado para o próximo dia 26.

Na visão de Costa Neto, Bolsonaro vai crescer nas pesquisas de intenção de voto com as inserções da propaganda partidária e eleitoral na TV e com o efeito do Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família. Atualmente, Bolsonaro aparece em segundo lugar, atrás de Lula.

Insatisfação

A migração em massa de aliados de Bolsonaro para o PL tem provocado insatisfação em outros partidos, como o Republicanos, também integrante do Centrão e da base aliada do governo no Congresso. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, no mês passado, o deputado Vinicius Carvalho (SP), novo líder da bancada do Republicanos na Câmara, disse que falta "lealdade" do Palácio do Planalto à legenda. A janela partidária, período em que os parlamentares podem trocar de sigla sem perder o mandato, começou no último dia 3 e vai até 1º de abril.

Nesta terça-feira, 15, também se filiaram ao PL os deputados Filipe Barros (PR), Major Fabiana (RJ), José Medeiros (MT), Paulo Bengtson (PA) e General Girão (RN), que vão concorrer à reeleição. Ingressaram no partido de Costa Neto, ainda, apoiadores de Bolsonaro, como o jogador de vôlei Maurício Souza (MG), que foi demitido no ano passado do Minas Tênis Clube após fazer comentários homofóbicos sobre uma HQ do Super-Homem, e o cantor de axé Netinho, que vai concorrer a uma vaga na Câmara pela Bahia.

"Leal com o nosso presidente. Leal com o Brasil", dizia uma das frases estampadas em cartazes no local. Bolsonaro não compareceu à cerimônia, mas mandou uma caneta usada por ele para a assinatura das filiações. Os ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria da Presidência, representaram o governo.

De acordo com Zambelli, os candidatos da "frente parlamentar" terão o mesmo número na urna e uma unidade visual na campanha realizada nas redes sociais. "Todos aqui somos conhecidos por sermos leais ao presidente Bolsonaro, leais ao nosso Brasil, às nossas pautas, ao que a gente foi eleito para dizer e fazer", disse a deputada. "Com isso, acreditamos que todos nós estaremos mais fortes, não só para nos elegermos, mas para trazermos outras pessoas conosco, formando uma grande frente de parlamentares, a partir de 2023, que sejam leais ao presidente Bolsonaro."

No último sábado, 12, migraram para o PL os deputados Sóstenes Cavalcante (RJ); Coronel Chrisóstomo (RO); Cabo Junio Amaral (MG); Márcio Labre (RJ); Bibo Nunes (RS); Carlos Jordy (RJ); Loester Trutis (MS); Sanderson (RS), Daniel Freitas (RJ); Luiz Lima (RJ); Marcelo Álvaro Antônio (MG); Éder Mauro (PA) e Alberto Neto (AM). Quase todos os novos integrantes do partido de Bolsonaro estavam filiados ao União Brasil, sigla formada a partir da fusão entre DEM e PSL.

A TIM  anunciou nesta semana um programa de fidelidade que garante a troca de smartphones após um ano com descontos no novo aparelho. O chamado TIM Troca Smart é oferecido em parceria com a seguradora Assurant e também inclui seguro completo contra roubo, furto qualificado mediante arrombamento, quebra acidental e dano líquido.

Segundo a TIM, a novidade permitirá que os assinantes atualizem seus smartphones todo ano, mantendo-se protegidos e sempre com um aparelho moderno. O cliente poderá usar o seu celular usado como parte de pagamento do modelo novo, que – por sua vez – terá garantia de recompra entre o 13° e 18º mês de utilização.

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Entre os aparelhos contemplados estão o iPhone X, o Samsung Galaxy S9, Motorola Z2 Force, entre outros. O TIM Troca Smart começa a valer após 24 horas da adesão do cliente ao programa, que tem duração de 18 meses, com parcelas fixas com valores entre R$ 42,90 e R$ 129,90, dependendo do modelo de celular escolhido.

Após 12 meses, já é possível realizar a troca do smartphone antigo por um novo. O celular usado em boa condição e funcionando tem a compra garantida, afirma a TIM, sendo gerado um abatimento para compra de outro modelo.

Esse desconto equivale sempre a 40% do preço completo do aparelho – ou seja, o valor que ele era vendido em planos pré-pagos no momento da adesão ao programa. Todos os smartphones comprados pelo Tim Troca Smart contam com seguro contra roubo, furto qualificado mediante arrombamento, quebra acidental, dano líquido ou oxidação.

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Casado há 35 anos, um homem pediu divórcio e prestou queixa contra a ex-mulher após descobrir que apesar de ser estéril durante toda a vida, sua mulher havia dado a luz à nove filhos.

O homem descobriu a traição da esposa após se consultar em um urologista com uma lesão em seu testículo direito, que ele carregou durante toda a vida. O médico disse que não havia como ele ser fértil e que isso estava claramente ligado ao seu problema, uma espécie de cisto testicular.

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Indignado, o homem quer que a ex-mulher seja indiciada por adultério e não quer mais ter responsabilidade pelos nove filhos que criou durante o casamento. Segundo a imprensa marroquina, o advogado do homem pede que a justiça determine um médico para realizar exames nos filhos e no próprio cliente para que sejam provadas as acusações.

As corridas feitas pelo Uber agora podem se transformar em milhas para o programa de fidelidade Smiles da companhia aérea Gol. Para ganhar os pontos e trocá-los por passagens, o usuário precisa comprar créditos da Uber a partir de R$ 20 antes de usar o aplicativo. A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (21).

Cada real gasto em créditos da Uber se transforma em 3 milhas para usuários comuns e 4 milhas para os assinantes do Clube Smiles. Os pontos acumulados poderão ser usados para pagamentos de hotéis e viagens, mas também podem ser convertidos em corridas pela Uber.

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No lançamento da parceria, cada 6 mil milhas serão equivalentes a R$ 100 em corridas. Para comprar os créditos que podem ser trocados por passagens, o usuário deve acessar o site do programa Smiles. Antes de solicitar uma viagem no Uber, o passageiro deve ativar o código através do aplicativo.

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Antônia Fontenelle declarou publicamente uma opinião bastante polêmica. Segundo a apresentadora, a traição faz parte da natureza dos homens. “Todas as mulheres que você conhece são chifrudas, sem exceção. Eu te garanto isso, porque homem é homem. E as coisas sempre foram assim desde sempre”, afirmou ao TV Fama, dizendo que algumas amigas se irritam com seu posicionamento.

Ela garante que “homem que é homem precisa trair”, mas faz questão de ressaltar seu conceito de traição: “É o descumprimento de um combinado, e não quando teu namorado ou teu marido tá lá na China a trabalho e sai com uma daquelas mulheres que faz pompoarismo, isso não é uma traição”.

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No passado, Antônia já havia dito que foi traída em todos os seus relacionamentos, e disse que descobriu todos os casos, porém nunca chegou a terminar um casamento por conta disso. No entanto, ela disse que, a depender do caso, faz com que os homens se sintam ridículos pelo que fizeram depois de conversar com eles.

A apresentadora comentou também que não gosta de mulheres que se envolvem com homens comprometidos. “Eu fico muito chateada. Mulher tem que se unir, tem que ser aliada uma da outra. Eu fico muito chateada, costumo ter como inimiga quando eu descubro uma mulher que se envolve com um namorado ou marido”, concluiu.

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Na Itália, casais não precisarão mais prometer fidelidade um ao outro, se um projeto de lei que está em análise for aprovado. A proposta altera o artigo 143 do código civil italiano, removendo a palavra “fidelidade” do contrato de casamento.

O texto dos senadores que apoiam a medida diz que a promessa de não trair é “um legado cultural de uma ultrapassada e obsoleta visão de casamento, família e direitos e deveres dos cônjuges”. 

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A proposta foi apresentada pela senadora Laura Cantini, do Partido Democratico, considerado de centro-esquerda. “A obrigação da fidelidade deverá ser entendida não apenas como fidelidade sexual, mas sobretudo respeito e confiança no outro, que é um importante valor, que não deveria caber ao estado impor por lei”, diz a proposta de Cantini. 

O documento foi trazido por Cantini em fevereiro deste ano, mas só agora chegou ao comitê judiciário do Senado. A emenda também se baseia em uma decisão anterior da Suprema Corte italiana que declarou que juízes não poderiam legalmente culpar uma separação “na mera falha de observar o dever da fidelidade”. Ao invés disso, a outra parte teria que provar que a infidelidade do companheiro levou a um término irreconciliável.

Segundo o jornal Telegraph, uma pesquisa de 2014 aponta que 55% dos homes e cerca de 33% das mulheres da Itália já traíram seus parceiros. O levantamento concluiu que, na Europa, os italianos são os mais propensos a trair. 

Dois de cada três dos 299 deputados reeleitos estão hoje menos governistas do que em 2011, no começo do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Desse contingente de três centenas, 40 trocaram de lado: votam agora mais com a oposição do que com o governo. Os demais apenas ficaram menos fiéis ao Palácio do Planalto.

O afastamento dos deputados "veteranos" da órbita do governo é medido de acordo com seus padrões de votação, registrados pelo Basômetro, ferramenta online do Estadão Dados que mede o governismo de parlamentares, partidos e bancadas estaduais.

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Em 2011, os então 299 deputados que hoje mantêm seus mandatos tinham uma taxa média de governismo de 78 pontos, em uma escala de zero a 100. Neste ano, até outubro, a média dos mesmos parlamentares caiu para 65 pontos.

No Basômetro, a taxa de governismo mede o alinhamento de cada parlamentar às orientações do líder do governo na Câmara nas votações. Se o deputado votar sempre da mesma forma que o líder do governo, sua taxa será 100. Se o fizer em metade das votações, a taxa será 50, e assim por diante.

'Vira-casacas'.

Há um grupo de reeleitos que se caracteriza pela alta fidelidade a Dilma no primeiro mandato e pelo confronto no segundo. Na lista dos 30 maiores "vira-casacas" (veja quadro), a taxa de governismo média caiu de 94 pontos em 2011 para apenas 40 pontos neste ano.

O gaúcho Jerônimo Goergen, do PP, é o líder no ranking dos "vira-casacas": ele votou com o governo em 98% das vezes em 2011; hoje, essa taxa caiu para apenas 25%. "Ficou mais fácil fazer oposição", disse Goergen ao Estado, na sexta-feira. "Houve uma perda de qualidade muito grande no governo."

Nas eleições de 2010, Goergen votou em José Serra (PSDB) na disputa contra Dilma. No ano seguinte, foi um dos deputados mais fiéis ao governo da petista. "O ambiente era outro, eu estava em primeiro mandato na Câmara e basicamente apenas seguia a orientação da liderança do meu partido", afirmou.

Um dos deputados investigados pela Operação Lava Jato, Goergen nega relação entre esse fato e seu afastamento do governo. "Meu nome apareceu nas investigações em março deste ano, mas já em 2014 o PP do Rio Grande do Sul decidiu romper com Dilma", afirmou.

Outro expoente no ranking é Paulo Pereira da Silva (SD-SP), conhecido como Paulinho da Força. Hoje ele é um dos articuladores da tentativa de abrir um processo de impeachment contra Dilma no Congresso. Em 2011, porém, ele se alinhou ao governo em nove de cada dez votações das quais participou.

Padrão. Há um claro padrão partidário na onda de distanciamento dos parlamentares em relação ao governo. No PP, Jerônimo Goergen não está sozinho: 26 dos 27 integrantes do partido que exerciam mandato também em 2011 estão hoje menos governistas. A exceção é Jair Bolsonaro (RJ), que já fazia oposição extrema no primeiro mandato de Dilma e manteve os mesmos padrões de votação.

No PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, o movimento é similar: dos 46 deputados reeleitos na legenda, 41 (89%) tiveram queda na taxa de governismo, dois mantiveram seus níveis e apenas três passaram a ser mais fiéis às orientações do Palácio do Planalto.

Houve afastamentos significativos também no PSB, no PTB e no PDT, partidos que já abandonaram formalmente a base de apoio a Dilma.

No PSB, que se afastou da petista ainda no final do primeiro mandato, 16 dos 18 deputados reeleitos estão menos governistas. No PDT, 15 dos 16 "veteranos" seguiram a mesma tendência. No PTB, foram 16 de 18.

Levando-se em conta toda a Câmara, e não apenas os deputados reeleitos, 16 partidos estão atualmente menos governistas do que no começo do primeiro mandato de Dilma.

Todos os 21 deputados reeleitos que são investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, são hoje menos governistas do que em 2011, no primeiro ano do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Do grupo de parlamentares investigados, 19 integram o PP, um o PT e um o PMDB. Apesar de serem menos fiéis, a maioria (15) continua votando mais com o governo do que com a oposição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O segredo da fidelidade entre alguns pinguins: não se ver muito - é o que diz um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Biology Letters da Sociedade Real Britânica.

Os mesmos casais de pinguins reatam novamente a cada verão no momento da reprodução. Mas o que acontece com estes casais "para sempre" durante a longa migração invernal?

Para esclarecer este mistério, uma equipe de investigação estudou, por meio de ferramentas de geolocalização e marcadores bioquímicos, dez casais de uma espécie de pinguins monogâmicos - o pinguim do rockhopper - de uma colônia das Ilhas Malvinas.

"Nós procuramos saber se os parceiros mantinham contato ou se encontravam em locais especialmente dedicados a estes encontros", explicaram os pesquisadores.

O resultado foi justamente o contrário: os parceiros ficam separados continuamente por centenas, até milhares de quilômetros. Para um casal, esta distância chegou a 2.500 quilômetros no mês de junho.

Entre algumas espécies migratórias, os machos e as fêmeas passam o inverno em zonas separadas e, então, a separação dos casais é implícita.

Mas este não é o caso do pinguim-saltador-da-rocha. "Os parceiros ficam afastados uns dos outros durante o inverno, permitindo que machos e fêmeas se misturem nos locais de invernada. Esta constatação é muito intrigante", explicou à AFP Jean-Baptiste Thiebot do Instituto Nacional de Pesquisa Polar em Tóquio, no Japão.

Ao longo de um ano, os casais passam apenas um tempo limitado juntos. Eles se reúnem durante 20 a 30 dias durante o período de reprodução, dois a três dias durante a incubação e as noites dos primeiros 70 dias dos filhotes. Assim, um casal passa apenas 23% do tempo juntos, menos de três meses por ano.

O que não os impede de ficar juntos a cada retorno de viagem: dos dez casais estudados, sete retomaram após o inverno.

Dois pinguins que voltaram sem sua "cara metade" se acasalou com um novo parceiro. Os quatro pássaros que estavam faltando ou foram integrados em uma outra colônia ou morreram no mar, de acordo com o estudo.

"Às vezes, mas raramente, dois antigos parceiros escolhem novos cônjuges", pondera Jean-Baptiste Thiebot.

Mas a separação "por centenas de quilômetros a maior parte do tempo não impede que os pássaros marinhos se reproduzam com o mesmo parceiro do ano anterior", constataram os pesquisadores.

A Nintendo anuncia, nesta terça-feira (20), que encerrará seu programa de fidelidade Club Nintendo. O serviço oferece recompensas em moedas para membros, que podem trocá-las por itens e jogos. De acordo com a empresa, sócios dos Estados Unidos e do Canadá poderão utilizar a plataforma até o final de junho. Após este período, será anunciado um novo clube de fidelização.

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“Agradecemos a todos os membros do programa por sua dedicação aos jogos da Nintendo e seu amor pelos nossos sistemas e personagens”, disse o vice-presidente executivo de vendas e marketing da Nintendo of America, Scott Moffitt.

Ainda segundo a empresa, o objetivo é tornar a transição o mais simples possível para os membros do clube. Por isso, a Nintendo afirma que irá adicionar dezenas de novas recompensas e jogos para download na intenção de auxiliar os membros a utilizarem suas moedas restantes.

Além disso, a partir de fevereiro, todos os membros do Club receberão um código para baixar Flipnote Studio 3D gratuitamente. O software permite a criação de animações tridimensionais. Os usuários da plataforma podem ainda trocar suas criações via wireless local com outras pessoas que também utilizam o programa. 

O Banco do Brasil e o Bradesco confirmaram, por meio de comunicado ao mercado, a criação do programa de fidelidade Livelo, conforme antecipou na terça-feira (13), o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. Trata-se de uma sociedade com participação indireta do BB, com 49,99% do capital social, e do Bradesco, com 50,01%, por meio da Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), atual Alelo.

O objetivo da Livelo, segundo os bancos, é atuar como programa de fidelidade por coalizão independente e aberto tendo como parceiros emissores de instrumentos de pagamento, varejistas e demais programas de fidelidade, dentre outros. A empresa também visa reunir grupo de parceiros na geração de pontos de fidelidade e nas possibilidades de resgate de benefícios e ainda desenvolver pontos de fidelidade próprios a serem oferecidos aos parceiros de geração/acúmulo de pontos e conversíveis em prêmios e benefícios nos parceiros de resgate.

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O início de operação do novo negócio está sujeito ao cumprimento das formalidades legais e regulatórias aplicáveis, conforme comunicado assinado por Moacir Nachbar Junior, diretor Adjunto do Bradesco, e Rogério Magno Panca, gerente geral de Governança de Entidades Ligadas do BB.

A ofensiva de BB e Bradesco no programa de milhagens faz sentido uma vez que o executivo Eduardo Gouveia, que assumiu a presidência da Alelo no ano passado comandou a Multiplus, de 2010 a 2013, programa de fidelidade que nasceu na companhia aérea TAM. O executivo ajudou a montar a rede e busca "aplicar o conceito de fidelização no segmento de cartões de benefícios", conforme disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, no domingo, 11.

Recentemente, BB e Bradesco, juntamente com a adquirente Cielo, anunciaram a criação de uma empresa de pagamentos eletrônicos, a Stelo, para concorrer com players como PayPal, PagSeguro, do Uol, e MercadoPago, do Mercado Livre. Colaboraram Wladimir D'Andrade, Luciana Collet e Marina Gazzoni

As operadoras de planos de saúde não podem mais exigir fidelidade contratual mínima de um ano dos associados de planos de saúde coletivos, e também estão proibidas de cobrar taxa correspondente a duas mensalidades caso o cliente queira rescindir o contrato. Instituída em 2009 pela Agência Nacional de Saúde (ANS), a norma que impunha essas condições foi considerada nula pela Justiça Federal, em decisão de primeira instância divulgada nesta sexta-feira (7). A ANS ainda pode recorrer.

A ação coletiva, que pediu a anulação dessa regra, foi proposta pela Autarquia de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado do Rio (Procon-RJ). Para o órgão, a regra contraria o Código de Defesa do Consumidor. O juiz Flavio Oliveira Lucas, da 18ª Vara Federal do Rio, concordou com as alegações do Procon-RJ e atendeu seu pedido. A ANS também foi condenada a divulgar a decisão judicial, publicando seu conteúdo em jornais de grande circulação por quatro dias, além de pagar custas processuais e honorários advocatícios.

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Na decisão, o juiz critica a norma da ANS. "A medida acaba por impor ao consumidor um dever de fidelidade irrestrita, restringindo, irregularmente, o direito de livre escolha estatuído no Código de Defesa do Consumidor. A situação coloca o consumidor em desvantagem exagerada, viabilizando (...) cláusulas que propiciem às operadoras um ganho ilícito, no caso de multas no valor de dois meses", escreveu o magistrado. A ANS informou que não foi notificada oficialmente sobre a sentença, mas vai recorrer "em razão do entendimento equivocado a respeito da norma".

Até pouco tempo atrás era possível pagar as compras do supermercado e abastecer o carro no posto de gasolina usando só reais ou, no máximo, vales refeição e combustível. Hoje, no entanto, o consumidor que gasta nesses estabelecimentos ganha pontos que acabam funcionando, na prática, como moedas paralelas na compra de produtos e serviços em outros estabelecimentos comerciais.

Essa grande malha de empresas entrelaçadas pelos pontos ganhos em compras, que podem ser usados como moedas de troca em outras lojas para adquirir produtos ou serviços, cresce a cada dia e virou um grande filão de negócio. Companhias especializadas em tornar o cliente fiel à loja ou à prestadora de serviço se autodenominam empresas de marketing e frisam que não estão ligadas ao setor financeiro.

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Sob o mote de conseguir ampliar em até 10% a receita dos varejistas no prazo de 12 meses, as metas dessas empresas de fidelização traçadas para este ano são ambiciosas. A Dotz, por exemplo, que batizou os pontos com o mesmo nome da empresa e chama esses pontos de "a segunda moeda", quer dobrar de tamanho em 12 meses.

A empresa, que começou em 2000 atendendo lojas virtuais e estreou no varejo físico há quatro anos, fechou 2013 com 11,5 milhões de consumidores cadastrados e atuação em nove praças, entre as quais estão o interior de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Paraná, Santa Catarina, por exemplo. Para este ano, Roberto Chade, presidente da empresa, diz que a meta é ter perto de 20 milhões de usuários de Dotz e estar presente em 14 ou 15 praças. "Já temos negociações engatilhadas com varejistas no Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Pará e Bahia", conta.

Para justificar a importância da fidelização, ele diz que o varejo precisa de alternativas já que a concorrência só aumenta e as margens, ao contrário, diminuem. "Só vender produto não dá. O desafio de fidelizar o cliente é cada vez maior, por isso é crescente a necessidade de criar benefícios relevantes para o consumidor."

Carlos Formigari, presidente da Netpoints, que recentemente teve uma participação de 25% adquirida pela Smiles, observa que o negócio de fidelidade no Brasil está só engatinhando, quando comparado a EUA e países da Europa. No exterior, observa, o consumidor já trabalha com esse conceito de obter vantagens em outros estabelecimentos quando adquire um determinado produto ou serviço.

A empresa, que começou em 2011 e tem 4 milhões de usuários e mais de 100 estabelecimentos físicos e online que usam o sistema de pontuação, tem planos ambiciosos para este ano. "Nosso objetivo é deixar de ser uma empresa regional, com atuação só no Estado de São Paulo, para ser uma companhia nacional", prevê Formigari. Ele quer triplicar o número de consumidores em 12 meses.

A Multiplus, criada em meados de 2009 como uma unidade de negócios da TAM, tornou-se uma empresa independente no fim de 2009. A companhia informa que tem mais de 11 milhões de usuários no programa de pontos e que a sua participação no varejo varia entre 7% a 8%. A meta em três anos é expandir essa participação para algo entre 20% a 25% no varejo de resgate de pontos.

Riscos

Para o economista Francisco Petros, ex-presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), esses sistemas de pontuação que crescem exponencialmente no varejo envolvem riscos jurídicos.

O primeiro risco, aponta Petros, diz respeito aos contratos. "Podem existir possíveis cobranças judiciais futuras de créditos que o consumidor eventualmente tem direito ou pensa ter direito e que pode ser imposto às empresas."

O segundo risco se refere aos direitos à privacidade. Como o objetivo desses programas de pontos é conhecer o consumidor, obtendo dados sobre o seu perfil socioeconômico e o comportamento de compras, o economista acredita que isso pode envolver, no futuro, demandas jurídicas de consumidores que viram a vida financeira ser esmiuçada. Na maioria das vezes, esses consumidores, atraídos pelas vantagens que esses pontos - ou essas quase moedas - podem proporcionar, não avaliam a exposição a que estão submetidos. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Regularidade é a palavra que rege qualquer debate sobre futebol. Manter o mesmo nível de jogo por muito tempo, permanecer com um estilo de atuação, tudo isso é pedido e pregado pela imprensa especializada e por quem está dentro das quatro linhas.

O discurso ao redor do mundo é mesmo. Um time tem que ter uma identidade. Uma forma de jogar fixa, independente de quem esteja no comando da equipe e para isso a manutenção dos jogadores se faz necessária. O exemplo mais usado é o do Barcelona. A equipe do toque de bola e do jogo ofensivo. Seja com Rijkaard, Guardiola ou Martino a forma de jogar dos catalães é a mesma.

Sem muita pretensão parece que o Santa Cruz também conseguiu encontrar um estilo e um sistema de jogo para chamar de seu. O 4-5-1, com três meias e um único atacante, se tornou a principal formar de jogar do time do Arruda.  A fórmula foi encontrada pelo então treinador tricolor Marcelo Martelotti nas semifinais do Campeonato Pernambucano de 2013 contra o Náutico.

Mesmo com a chegada de Vica, na série C, e a opção, no papel, de um sistema com dois atacantes, o que se via dentro de campo em várias situações do jogo era o “pseudo” atacante Siloé atuando com um terceiro homem de meio-campo. A trinca de ás tricolor tem como base Renatinho, Raul e Natan e mesmo com as constantes lesões do último, a forma de jogar permanece.

Outro detalhe que para muitos é uma mera coincidência é a postura coral em campo. O time comandado por Vica sempre tenta abrir o placar no início da partida, antes dos 15 minutos do primeiro tempo. Isso pode ser visto na estreia da Copa do Nordeste, no último sábado contra o Vitória da Conquista e também nas oitavas de final da Série C contra o Betim. Em contrapartida, essa posição faz com que o time relaxe e chame o adversário para o seu campo e isso reflete nos resultados dos jogos, quase sempre apertados.

Ter um perfil de jogo fiel e definido não torna nenhum time infalível, pelo contrário, o pragmatismo pode levar os adversários a conhecer melhor e anular as principais forças de uma equipe um pouco mais óbvia. Porém, entrosamento e repetição levam a resultados planejados.

3 dentro

- Náutico. A pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau e publicado pelo LeiaJá mostra que o clube alvirrubro é que tem o menor número de torcedores no Recife. Mas os torcedores do Náutico são os que, proporcionalmente, mais se associam e comparecem ao estádio.

- Cristiano Ronaldo. A fase do português do Real Madrid impressiona. Desde que foi premiado no semana passada como o melhor jogador do mundo na temporada 2013, o atacante continua fazendo belos gols e sendo essencial para a sua equipe.

- Barcelona. Ao invés de construir uma nova e moderna arena, o clube catalão preferiu pela reforma do Camp Nou. Os dirigentes ouviram o pedido de parte da torcida para manter o tradicional estádio que está na história do time, em episódios que vão além do futebol.

3 fora

- CBF. Toda a imoralidade de quem comanda o futebol nacional veio à tona através de uma matéria da ESPN Brasil. Um documento comprova que a CBF ofereceu R$ 4 milhões para a Portuguesa não entrar na justiça comum pedindo para voltar a Série A. A manobra atesta a culpa da CBF na lambança na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013.

- Torcida Jovem do Sport. Mesmo proibida de entrar no estádio com bandeiras e camisas no jogo contra o Botafogo-PB, ontem em João Pessoa, a torcida organizada protagonizou mais cenas de violência nas arquibancadas. O jogo foi teve que ser interrompido por conta da confusão.

- Calendário. O reflexo do aperto nas datas para jogos no Brasil em 2014 apareceu logo nos primeiros jogos da temporada. Bahia, Vitória-BA, Grêmio, São Paulo, Fluminense, Botafogo e Vasco perderam na estreia de suas respectivas competições para times de menor expressão. 

Os bancos estão testando uma nova fórmula para seus programas de fidelidade. Eles criaram verdadeiras agências de viagens exclusivas e passaram a permitir que seus clientes troquem pontos do cartão de crédito diretamente por passagens áreas. Com isso, as instituições financeiras entraram em um espaço até então dominado por companhias aéreas e mudaram a regra do jogo no mercado de milhagens.

No novo modelo, o banco não precisa mais pagar para parceiros como a Multiplus, da TAM, ou o Smiles, da Gol, se quiser oferecer a seus clientes programas de milhagens. O impacto disso no setor é grande, uma vez que as grandes companhias de fidelização ligadas às empresas áreas foram viabilizadas justamente pela forte relação que mantinham com os bancos - interessados em usar os programas de fidelidade para motivar os clientes a concentrar os gastos no cartão de crédito. De aliados, os bancos também viraram concorrentes das empresas de fidelização, que, por conta disso, passaram a ter seu modelo de negócio questionado por investidores.

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O Itaú foi o último a lançar a novidade e provocou um burburinho no mercado, levando a uma queda acentuada do valor das ações da Multiplus. Desde o dia 1º de março, os clientes do Itaú podem resgatar prêmios diretamente do site do seu programa de fidelidade, o Sempre Presente. Bradesco e Santander já oferecem aos clientes plataformas próprias para troca de pontos por prêmios.

O lançamento do serviço do Itaú veio acompanhado de novas regras para conversão de pontos do cartão do banco para Multiplus ou Smiles. A opção ainda está disponível para o cliente, mas a conversão ficou menos interessante. Na regra anterior, um ponto equivalia a uma milha nos programas parceiros. Agora, é preciso ter 1,25 ponto para trocar por 1 milha. Ou seja: ficou 25% mais caro.

A estratégia de dar vantagens ao cliente fiel é nova no Brasil, mas deve atrair mais adeptos, à medida que a renda da população cresce. “A tendência agora é oferecer benefícios para fidelizar o novo consumidor”, diz Decius Valmorbida, vice-presidente para a América Latina da Amadeus, empresa de tecnologia para o setor de viagens. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Gol acabou de dar mais um passo para transformar o seu programa de fidelidade, o Smiles, num programa mais amplo, a exemplo da Multiplus, da TAM, que permite o acúmulo de pontos por meio de vários parceiros, assim como a troca desses pontos por outros produtos e não apenas passagens aéreas.

A Gol deve anunciar oficialmente nesta quarta-feira a criação do Smiles Shopping, uma plataforma de internet que permite a compra de mais de 300 mil produtos e serviços por meio de milhas. O programa, apresentado na terça-feira no site da companhia aérea, conta com cerca de 30 empresas parceiras. Dessa forma, os consumidores que não conseguem acumular pontos suficientes para trocá-los por passagens áreas poderão usá-los para adquirir produtos como brinquedos, livros, DVDs, ingressos para shows, celulares e eletroeletrônicos, entre outros.

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No final do ano passado, a Gol anunciou que estava analisando se transformará o Smiles em uma empresa independente (spin-off) e se realizará sua abertura de capital (IPO) como ocorreu com a Multiplus. A companhia aérea disse que tomará essa decisão até o final do primeiro semestre de 2013, mas fontes próximas às discussões afirmam que a decisão já está tomada.

O Deutsche Bank foi contratado para assessorar a empresa no processo de transformar o Smiles em uma unidade independente, por enquanto dentro da estrutura da própria Gol.

Diante das dificuldades enfrentadas pela companhia aérea, que acumulou prejuízo de mais de R$ 700 milhões em 2011, o mercado vê no IPO do Smiles uma boa alternativa para a Gol captar recursos. Porém, é preciso facilitar o acúmulo e o resgate de pontos, papel que a Gol espera que seja desempenhado pelo Smiles Shopping. O Smiles possui hoje cerca de 8,8 milhões de participantes.

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