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Prestes a deixar o Ministério da Justiça para assumir como integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino ainda possui 47 pedidos em aberto para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados. A passagem do ministro na pasta foi marcada por recorrentes convocatórias da oposição para depor sobre temas repetidos.

Dos 47 requerimentos em tramitação, 12 pedem a ida de Dino à Câmara para explicar sobre os encontros entre dirigentes da pasta com a esposa de um líder do Comando Vermelho preso no Amazonas. Outros nove são sobre supostos erros na tentativa de golpe do 8 de janeiro. Há ainda pedidos que tratam sobre a regulação das redes sociais e a atuação do Movimento Sem Terra (MST).

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Flávio Dino deixa o cargo no fim deste mês e assume em fevereiro como ministro do STF.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem dez dias para explicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lei que aumentou o próprio salário em 300%.

O ministro Cristiano Zanin, relator do processo, pediu informações antes de se posicionar na ação que defende a anulação da lei. A Assembleia Legislativa de Minas também foi notificada para apresentar suas justificativas.

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A lei, promulgada em maio, estabelece um regime para o aumento progressivo nas remunerações do governador, do vice e dos secretários estaduais titulares e adjuntos.

O salário do governador, por exemplo, que era de R$ 10,5 mil, passou imediatamente para R$ 37,5 mil e, com o escalonamento, deve chegar a R$ 41,8 mil em 2025.

A Confederação das Carreiras Típicas de Estado (Conacate) deu entrada na ação de inconstitucionalidade no STF. A entidade afirma que a legislação foi aprovada sem um estudo sobre o impacto nos cofres públicos.

"É preciso agir com rapidez, para impedir que se consume tamanha afronta à Constituição, que prejudicará não só os próprios servidores, como permitirá prejuízo financeiro aos cofres públicos irrepetíveis", defende a associação.

Com a repercussão da lei, o governador afirmou que o reajuste, após quase 16 anos de vencimentos congelados, tem como objetivo 'atrair e manter' quadros técnicos 'competentes' em Minas.

A remuneração atual dos membros do primeiro escalão do governo de Minas Gerais é inferior comparada a outros Estados. O salário do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por exemplo, é de R$ 34,5 mil.

Com previsão de ser encaminhado ao Congresso Nacional na próxima semana, o novo arcabouço fiscal substituirá o teto de gastos que vigora desde o fim de 2016. Mas, afinal, qual a diferença entre a futura regra e a atual?

Na última quarta-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a União teria de cortar R$ 30 bilhões em despesas obrigatórias em 2024, caso o teto fosse mantido. Segundo ele, os cortes atingiriam não apenas gastos discricionários (não obrigatórios), como água, luz, internet, material de escritório e telefone, mas também afetariam programas sociais.

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“Se mantido o teto de gastos, teríamos que fazer corte não mais sobre despesa discricionária. Teríamos de cortar R$ 30 bilhões das despesas obrigatórias se [o teto] fosse mantido a partir de 2024. Para subvencionar custeio?”, explicou o ministro em evento a um banco de investidores.

Para entender o que mudará com o novo arcabouço, é necessário compreender o processo que levou à inviabilidade da continuação do teto de gastos.

Teto de gastos

Promulgado com previsão de durar 20 anos, o teto federal de gastos limita o crescimento dos gastos primários da União pela inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As despesas executadas em 2016 passaram a ser corrigidas pelo indicador todos os anos, com a inflação sendo aplicada sobre o limite do ano anterior.

A Constituição permite que o teto seja extrapolado em alguns casos: créditos extraordinários (relacionados a gastos emergenciais), capitalização de estatais não dependentes do Tesouro (mecanismo usado para sanear problemas financeiros ou preparar empresas para a privatização), gastos da Justiça Eleitoral com eleições e transferências obrigatórias da União para estados e municípios.

Dentro do limite global, há limites para os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público da União e Defensoria Pública da União, com alguns órgãos dentro dessas categorias também obedecendo a sublimites. Até 2019, o Poder Executivo compensou eventuais estouros dos demais poderes num cronograma de transição.

Segundo o teto de gastos, em 2026 o indexador seria revisto, podendo ser maior que a inflação. Até 2020, a correção era feita tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre julho de dois anos antes e junho do ano anterior. Com a Emenda Constitucional dos Precatórios, promulgada em 2021, o índice passou a considerar a inflação cheia do ano anterior.

Entre janeiro e junho, vale a inflação efetiva do primeiro semestre. De julho a dezembro, vale uma projeção para o IPCA, valor que é compensado quando o índice cheio do ano anterior é divulgado, em janeiro do ano seguinte. Na ocasião, a mudança teve como objetivo liberar R$ 64,9 bilhões no Orçamento de 2022, ano eleitoral.

Diferentemente de outros países, o teto de gastos brasileiro não tem válvulas de escape como exclusão de investimentos (obras públicas e compra de equipamentos) e gastos sociais da regra. Outra possibilidade de escape é a suspensão da regra em momentos de baixo crescimento da economia, como ocorre no Peru.

No país vizinho, país que adota o teto de gastos desde 1999, a despesa não é simplesmente corrigida pela inflação. Os gastos podem ter crescimento real (acima da inflação) de 2% nos primeiros anos e de 4% a partir de 2004.

Emenda Constitucional da Transição

Sem válvulas de escape no Brasil, a Constituição foi modificada várias vezes desde 2019 para permitir furos no teto de gastos, envolvendo R$ 828,41 bilhões fora do limite. Desse total, a maior parte correspondeu ao Orçamento de Guerra para enfrentar a pandemia de covid-19 em 2020. Foram R$ 507,9 bilhões, segundo cálculos do economista Bráulio Borges, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre).

Com a liberação de R$ 108,46 bilhões pela Emenda Constitucional dos Precatórios e de mais R$ 41,2 bilhões com a Emenda Constitucional que elevou o Auxílio Brasil para R$ 600 e criou auxílios para taxistas e caminhoneiros, o teto de gastos estouraria em 2023. Para evitar a paralisia do Orçamento deste ano, o governo eleito articulou a aprovação da Emenda Constitucional da Transição.

Promulgada em dezembro do ano passado, a Emenda Constitucional da Transição excluiu até R$ 168 bilhões do teto de gastos em 2023. Desse total, R$ 145 bilhões correspondem ao novo Bolsa Família com valor mínimo de R$ 600, e até R$ 23 bilhões poderão ser gastos em investimentos caso haja excesso de arrecadação.

Em troca da criação de mais um furo no teto de gastos. O texto, no entanto, estabeleceu a obrigatoriedade de o governo enviar - até agosto deste ano - um projeto de lei complementar com um novo arcabouço fiscal ao Congresso. Para permitir que o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 seja enviado até 15 de abril, data estabelecida pela legislação, dentro do novo arcabouço, o governo decidiu antecipar a divulgação das novas regras.

Novo marco fiscal

Apresentado em 30 de março, o novo arcabouço fiscal combina regras de resultado primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública) e de controle de gastos. As despesas do governo poderão crescer entre 0,6% e 2,5% acima da receita do ano anterior em valores reais (corrigidos pela inflação).

Dentro dessa banda de 0,6% e 2,5%, os gastos poderão crescer até 70% da variação da receita do ano anterior. Segundo o Tesouro Nacional, o limite considerará a receita líquida, quando são descontados das receitas da União os repasses obrigatórios a estados e municípios.

Embora as despesas estejam submetidas a um limite de crescimento, existem diferenças marcantes em relação ao atual teto de gastos. Primeiramente, os gastos estão atrelados às receitas, o que cria um caráter pró-cíclico para o novo marco fiscal, em que as despesas crescem mais quando o governo arrecada mais e caem quando a arrecadação recua. No Brasil, o teto de gastos é contracíclico, limitando os gastos quando a arrecadação aumenta e, como não tem válvulas de escape, é pró-cíclico em momentos de recessão, porque os gastos também diminuem quando a economia se contrai.

A segunda diferença diz respeito ao crescimento. Com o teto de gastos, as despesas não podiam crescer acima da inflação. Pelo futuro arcabouço fiscal, os gastos sempre crescerão mais que a inflação. Em momentos de recessão ou de baixo crescimento, crescerão menos, mas, ainda assim, acima do IPCA.

Definição

Neste feriado, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento estão definindo o período a ser levado em conta para corrigir a receita. Inicialmente, as duas pastas tinham afirmado que o intervalo consideraria a receita entre agosto do ano anterior e julho do ano atual.

No entanto, posteriormente, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, informou que o intervalo será entre julho do ano anterior e junho do ano atual, para dar tempo ao governo de preparar o projeto do Orçamento do ano seguinte dentro dos novos limites. O período de correção só será conhecido após o envio do texto final ao Congresso

Além do limite para gastos, o novo arcabouço prevê metas de resultado primário que poderão ser fixadas a cada quatro anos em cada mandato presidencial. Com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos, o governo prevê déficit primário de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, resultado zero em 2024 e superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026. Caso o limite inferior da banda seja descumprido, haverá um mecanismo automático de punição, que reduzirá o crescimento de 70% para 50% da variação da receita no ano seguinte

O International Football Association Board (IFAB) aprovou a explicação via áudio das decisões do VAR para o Mundial de Clubes do Marrocos, realizado de 1º a 11 de fevereiro. Ainda em formato de teste, as explicações vão ocorrer para os torcedores no estádio e para as transmissões  de TV.

O conselho também discutiu pedidos em relação à introdução de substituições temporárias por concussão real ou suspeita, mas não chegou a nenhum consenso. Portanto, os testes que permitem substituições permanentes seguem em andamento.

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Os membros também discutiram e consideraram implementar um teste com gravações de partidas que podem ser usadas para fornecer evidências de qualquer tipo de agressão, a fim de reduzir o número de casos relacionados a má conduta nos jogos.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, reconheceu que houve um equívoco a reestruturação da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) nos despachos publicados no Diário Oficial e que integrantes da Casa Civil já indicaram que vai haver correção, como mostrou mais cedo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Atos publicados no domingo (1º) vincularam a ANA a dois ministérios, além de haver um decreto que contraria a legislação vigente sobre a missão do órgão de editar normas de referência para o segmento de água, esgoto e resíduos. "Já foi comunicado o equívoco que saiu no Diário Oficial e que se deve voltar atrás", disse, em entrevista à Globonews, citando que integrantes da Casa Civil informaram que seria corrigido. "Foi um comunicado do governo que gerou mal estar e está sendo corrigido, foi um equívoco da comunicação", reforçou.

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O número 2 da Fazenda ainda disse que a questão do saneamento vai continuar a ser discutida e aprimorada. Segundo ele, a questão das agências reguladoras sempre foi polêmica, inclusive por quem defende o marco regulatório do saneamento. Porque a Constituição prevê que fique com os municípios, mas que há dificuldades. O programa de Parceria de Investimentos (PPI) vai ficar na Casa Civil, lembrou Galípolo.

Galípolo ainda negou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha resistência ao investimento privado. "É um debate falso", disse, citando que as primeiras parceria público-privadas (PPP) no setor de saneamento foram feitas no governo de Geraldo Alckmin em São Paulo e que a legislação de PPP foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no primeiro governo Lula.

Ele sugeriu, contudo, que não é certo fazer "saneamento fiscal" em saneamento básico, em referência a vender ativos simplesmente para melhorar o resultado das contas públicas.

Atendendo a pedido do ministro Alexandre de Moraes, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, apresentou ao Supremo Tribunal Federal os números dos agentes da corporação que foram mobilizados no segundo turno das eleições e dias subsequentes - marcados por bloqueios em rodovias causados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, derrotado no pleito. Na mira de investigações por possível prevaricação, Silvinei aponta que houve 'redução de efetivo operacional' na chamada Operação Rescaldo, mas sustenta que, nos Estados em que foram registrados atos considerados antidemocráticos, a equipe foi ampliada e direcionada para os 'locais de manifestação'.

As informações foram apresentadas ao STF na tarde deste domingo, 6, junto de uma série de tabelas elaboradas com base no sistema de frequência da PRF. Os registros são realizados de acordo com três parâmetros: atividade operacional, efetivo que segue escala de serviço ordinária e em grupos de operações especializada; indenização por flexibilização voluntária do repouso remunerado, policiais que se voluntariam para trabalhar em troca do IFR de seis ou doze horas; e atividade especial, policial que atua em atividade administrativa.

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Segundo a PRF, no segundo turno das eleições trabalharam 2176 agentes em serviço operacional e mais 1987 policiais que se 'voluntariaram', fora 105 policiais em serviço administrativo. Já no dia seguinte, quando começaram a ser registrados atos bolsonaristas em todo País, 2,5 mil agentes registraram atividades operacionais, 225 policiais trabalharam no esquema de 'indenização por flexibilização voluntária do repouso remunerado' e 1902 servidores foram registrados como serviço 'especial'.

Assim, na linha de frente da 'operação eleições 2022 - segundo turno', havia 4163 agentes enquanto no 'day after' foram registrados 2725. A diferença corresponde ao número de policiais no esquema de IFR, que são plantões extras em que agente de folga são convocados para reforçar a escala ordinária.

Um inspetor ouvido reservadamente pela reportagem explica que o chamado 'plantão IFR' é considerada uma das principais ferramentas de planejamento operacional da PRF, uma vez que permite que seja ampliado o efetivo disponível em ocasiões consideradas complexas.

Segundo tal agente, pode-se avaliar o 'esforço de ampliação' do efetivo com base na quantidade de policias em plantões extras. Em sua avaliação, os números apresentados ao STF mostram que o planejamento da corporação aparentemente apontava para uma 'segunda-feira tranquila'. Um efetivo extra de pouco mais de 200 policiais para o País inteiro é considerado irrisório, diz o inspetor.

O que a PRF alega ao Supremo é que, olhando somente para os registros de policiais da atividade operacional, o número de agentes trabalhando no dia 31 de outubro é 10% superior àqueles que atuaram no dia anterior, em que os eleitores foram às urnas.

Além disso, a corporação sustenta que, segundo 'análise', 'o todo ou parte' de um grupo de 1197 policiais se movimentou para 'apoiar a atividade finalística', atuando no desbloqueio de rodovias. Tal avaliação tem como base a indicação de que tal grupo 'não registrou o ponto no sistema de frequência duas vezes, ou seja, não retornou ao serviço administrativo após o almoço'.

Com relação aos agentes em plantão extra, Silvinei ainda alega 'impedimentos' impostos pela norma vigente do IFR. Segundo o chefe da Polícia Federal Rodoviária, há pontos que 'dificultam sua utilização, ao considerar intervalo entre jornadas, limite de horas trabalhadas'. "Coloca-se essa consideração, porque é o melhor instituto para mobilizar rapidamente uma significativa parcela do efetivo, sem necessidade de todo um processo de compra de passagens, perda de tempo de deslocamento de regiões com menos problemas para aquelas com mais necessidade, menor custo, etc", sustenta.

Ainda de acordo com as tabelas apresentadas pela PRF ao Supremo, é possível ver um aumento do número de servidores da linha de frente que trabalharam nos dias 1, 2 e 3 de novembro - após a ordem do Supremo Tribunal Federal para que a corporação empreendesse todas as medidas cabíveis para desbloquear rodovias em todo o País.

Na terça-feira, 1º, foram registrados 3264 agentes em serviço operacional, 988 cumprindo escala extraordinária e 1519 em serviços administrativos. No dia seguinte, eram 2483 agentes da parte operacional e 1234 em plantão extra, fora 203 no regime 'especial'. Já na quinta-feira, 2764 agentes atuaram em atividades operacionais e 444 servidores no esquema de IFR, além de 1773 em serviço 'especial'. A PRF não cita qual a parcela do pessoal em regime administrativo foi deslocada, nesses três dias, para apoio à Operação Rescaldo.

Silvinei alega que a corporação 'envidou todos os esforços para o restabelecimento da normalidade e salvaguarda de novas interrupções do tráfego rodoviário, em defesa da vida, da fluidez do trânsito, da manutenção do patrimônio público e privado, e da regular prestação de serviços públicos e de interesse da coletividade'.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, entregar um relatório detalhado de todas as multas aplicadas durante a desmobilização dos bloqueios bolsonaristas nas estradas federais.

O documento deverá conter as autuações e a identificação dos veículos e pessoas multadas.

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O último balanço enviado pela PRF ao Supremo Tribunal Federal informa que foram lavradas 3,5 mil multas. As autuações, segundo o documento, foram aplicadas a "veículos que estavam participando dos bloqueios e interdições, cujos usuários optaram deliberadamente por permanecer nas manifestações". Não há, no entanto, uma lista dos autos de infração.

Monitoramento

Como mostrou o Estadão, a Polícia Rodoviária Federal havia estabelecido o "monitoramento de manifestações sociais" como um dos eixos de atuação às vésperas do segundo turno.

A informação consta do ofício que estabeleceu os procedimentos de policiamento e fiscalização na Operação Eleições 2022 e reforça a narrativa de que a corporação demorou a agir para inibir a ocupação de rodovias federais. O documento menciona a necessidade de "inibir ou dispersar manifestações que possam prejudicar o direito de ir e vir das pessoas e bens".

"Para o pleito eleitoral 2022 adiciona-se forte polarização política entre vertentes ideológicas, que passam a ser fator de risco e que ensejam o incremento das ações de policiamento preventivo", diz um trecho do ofício.

Investigação

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quarta, 2, à Polícia Federal (PF) a abertura urgente de um inquérito sobre a conduta do diretor-geral da PRF nas eleições.

O documento aponta indícios de prevaricação, violência política e omissão na desmobilização dos protestos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O inquérito também deve investigar se as abordagens feitas no segundo turno, dentro do horário de votação, afetaram o "livre exercício do direito de voto".

Mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir operações relacionadas ao transporte público de eleitores, a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Eleitores denunciaram abordagens irregulares e o PT encampou a narrativa de que a corporação foi usada politicamente para dificultar o voto na região, predominantemente lulista.

Silvinei Vasques pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais na véspera do segundo turno. A publicação foi apagada após a repercussão na imprensa.

O desembargador Eurípedes Lamounier, corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), deu 15 dias para o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) explicar as contratações temporárias feitas antes das eleições.

A decisão cobra a relação completa de todos os contratos provisórios formalizados de janeiro a julho e as respectivas justificativas.

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"Diante da demora no fornecimento dos dados solicitados e, considerando que estas informações são imprescindíveis para o deslinde da controvérsia, é imperativo o deferimento do pedido", escreveu o corregedor.

Barbosa assumiu o governo do Tocantins em outubro do ano passado para um mandato tampão depois que o ex-governador Mauro Carlesse (PL), de quem foi vice, renunciou ao cargo pressionado por um processo de impeachment e por denúncias de corrupção.

Candidato a reeleição e líder nas pesquisas de intenção de voto, ele foi acusado pelo senador Irajá Silvestre (PSD), que também disputa o governo, de aparelhar a máquina pública. O senador entrou com uma ação no TRE pedindo a abertura de uma investigação por abuso de poder econômico e político. O argumento é que os cargos temporários estariam sendo loteados em troca de apoio político.

"Ao realizar e referendar todas estas contratações temporárias nos três meses que antecederam o início do pleito, sem justificativa de excepcionalidade, urgência ou relevância pública, o representado, utilizando-se do poder político e aparato estatal da máquina pública, beneficiou-se sobremodo da conduta ilícita, ofendendo o artigo 73, V da Lei das Eleições, lançando-se na frente dos demais candidatos com inúmeras, milhares de contratações temporárias injustificadas, abalando a normalidade e a legitimidade do pleito", diz um trecho da ação.

Em comício na sexta-feira, 23, o governador reagiu ao pedido de investigação. "Querem que eu demita 16 mil pais de família, querem que eu demita os professores, as enfermeiras, as técnicas de enfermagem, nossas merendeiras e os nossos vigias. Ao invés disso, eu vou fazer os concursos públicos para que essas pessoas tenham a chance de se efetivar", disse a apoiadores, sem citar diretamente a ação.

COM A PALAVRA, O GOVERNADOR

O Estado do Tocantins realizou todas as contratações de servidores temporários dentro da lei, antes do período eleitoral vedado de 1º de julho deste ano, sendo que 80% delas foram para fazer frente à elevação da demanda nas áreas da Saúde e Educação, com o intuito de atender a população tocantinense e cujos concursos já estão sendo preparados para 2023, assim como o da Segurança Pública, entre outros.

Na área da Saúde foram contratados médicos, enfermeiros, maqueiros, entre outros profissionais, que correspondem à 20,47% do total, devido à elevação da demanda por cirurgias eletivas, que estavam represadas em razão da pandemia. Entre janeiro e setembro deste ano já foram realizadas cerca de 7.000 eletivas, além de mais de 22.700 procedimentos cirúrgicos.

"A nossa demanda cresceu muito devido a milhares de pessoas que não podiam ser operadas devido aos protocolos adotados em razão da pandemia de Covid-19. Por isso, com a redução dos casos tivemos que contratar novos profissionais para atender aos tocantinenses que há meses precisavam de uma cirurgia. Mesmo assim, ainda temos um déficit de cerca de 3.000 profissionais", afirma o secretário da Saúde, Afonso Piva.

EDUCAÇÃO

A Educação também teve que contratar milhares de servidores temporários devido à construção de 17 novas escolas, sendo quatro delas de tempo integral, e a implantação do Novo Ensino Médio pelo Ministério da Educação, que elevou as horas-aula anuais dos alunos de 800 para 1.000, exigindo a elevação de profissionais para ministrar os conteúdos programáticos. Além disso o Estado do Tocantins também celebrou convênios com instituições como a APAE, exigindo a contratação de ainda mais servidores, que somados correspondem a 59,43% do total de contratados temporariamente em 2022.

"As contratações realizadas pelo Estado do Tocantins estão dentro da legalidade e atendem a demanda popular pelos serviços públicos. O crime aqui seria não realizar as contratações e deixar a população sem atendimento", afirma o secretário executivo da Educação Eder Martins Fernandes.

Os outros 20% de contratações foram realizadas em diversas áreas, principalmente no Quadro Geral.

PGE

Segundo o Procurador Geral do Estado, Kledson de Moura Lima, todas as contratações temporárias seguem as regras determinadas pela Lei nº 3.422/19, que estabelece que para haver contratação, além da autorização do chefe do poder, é necessário seguir critérios como existência de dotação orçamentária, disponibilidade financeira, justificativa por parte do órgão contratante, dentre outros, tudo respeitado pelo Estado do Tocantins.

"Todas as contratações seguiram os devidos preceitos legais. Isso ficará demonstrado à Justiça Eleitoral quando fornecermos todas as informações que estão sendo levantadas pela Procuradoria Geral do Estado junto às pastas responsáveis", ressaltou Kledson Lima.

FINANÇAS

A Secretaria da Fazenda destaca que há um saldo positivo no que se refere aos gastos públicos e a saúde financeira do Estado. No mês de julho, por exemplo, a Sefaz chama atenção para a redução do endividamento do Tocantins, a realização de pagamento em dia para fornecedores, prestadores de serviço e servidores, além da renegociação de débitos de consignados com os bancos. Todos os eixos apresentaram excelentes números comparados aos exercícios anteriores.

"Atualmente, o índice de comprometimento com a folha de pagamento está em 42%, abaixo do limite prudencial, que é de 46,55% e bem abaixo do limite máximo imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 49%, o que significa que todas as contrações do Estado estão de acordo com toda a legislação e perfeitamente adequadas às previsões orçamentárias e financeiras", afirma o Secretário da Fazenda Júlio Edstron.

INTIMAÇÃO

O Estado do Tocantins foi intimado da decisão proferida na Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 0601528-92.2022.6.27.0000 na última sexta-feira, 23 de setembro, e dentro do prazo de 15 dias estabelecido pelo Corregedor Regional Eleitoral, Desembargador Relator Eurípedes Lamounier, apresentará todas as informações solicitadas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os governadores detalharem as medidas tomadas e previstas para combater a varíola dos macacos.

A ordem foi dada em uma ação movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), que cobra a elaboração de um plano nacional para o enfrentamento da doença e de um cronograma para imunização da população.

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O processo foi distribuído por sorteio ao gabinete de Moraes. Ele também pediu pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia-Geral da União (AGU).

Na ação, o PSB disse que falta gestão e planejamento para desacelerar a transmissão da doença. "O controle de constitucionalidade do Supremo Tribunal Federal tem enfatizado que o princípio constitucional da precaução deve orientar as políticas públicas e gerenciar os riscos coletivos, com o devido planejamento estatal das políticas públicas e com estratégia multilateral", afirma o PSB.

O Brasil tem 2.747 casos confirmados da doença, segundo dados divulgados na sexta-feira, 12, pelo Ministério da Saúde. Em duas semanas, o crescimento de notificações foi de 118,2%.

Paulistas e alguns mineiros acordaram assustados por volta das 5h da manhã desta quarta-feira (3) após verem um clarão aparentemente inexplicável tomar conta do céu durante a madrugada em algumas cidades. Vídeos publicados em redes sociais de diferentes ângulos e lugares mostram o momento que o objeto extraterrestre ilumina o horizonte e aumentaram o mistério. Mas, segundo astrônomos com anos de experiência na observação do que acontece lá em cima, o fenômeno é mais comum do que se imagina.

O clarão - alvo de brincadeiras nas redes como uma possível invasão alienígena - é, na verdade, um bólido, tipo de meteoro extremamente brilhante. Pelo menos é o que afirma Thiago Signorini Gonçalves, astrônomo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Esses eventos acontecem algumas vezes por ano, mas existe uma contabilidade sobre se ele é observado ou não, porque pode acontecer durante o dia ou em áreas vazias, como os oceanos", explica.

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"De qualquer forma, esses eventos quase nunca representam qualquer perigo, a não ser que seja algo realmente muito grande. Mas isso é muito difícil', acrescenta o professor. "Geralmente esses fenômenos são mais espetáculos visuais do que um risco para nós."

Diana Paula Andrade, astroquímica e professora do Observatório do Valongo da UFRJ, aponta ainda que sentimos os bólidos "mais frequentes" porque tem aumentado a quantidade de pessoas e câmeras monitorando os céus, por mais que ela ainda esteja aquém do necessário. A precisão do tamanho desses "corpos extraterrestres", entretanto, depende de encontrar ou não meteoritos que tenham se desprendido durante a explosão, algo que ela classifica como "muito difícil".

"Nem sempre ele cai no lugar que é visto. E, mesmo que você saiba que está em um campo, ainda é difícil encontrá-lo. No caso das cidades grandes, o resgate fica ainda mais complicado porque elas geralmente estão próximas ao litoral e há uma grande extensão de água", conta.

Como a poluição luminosa dos grandes centros também é maior, esses fenômenos costumam ser mais observados em áreas rurais ou no interior, onde o contraste no céu deixa a imagem mais clara.

Diana e Gonçalves, entretanto, deixam claro que não é preciso se preocupar com uma possível situação tipo a do filme Não olhe pra cima. Até hoje não houve registro de pessoas que morreram atingidas por um meteorito, muito menos de planetas inteiros. "Já temos relatos de vacas que morreram e de uma mulher que recebeu o impacto na barriga depois de o objeto ricochetear na parede, mas ela sobreviveu", explica a astrofísica.

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O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) pediu nesta quinta-feira, 28, a convocação do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, perante Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, para que o militar explique a compra de 11,2 milhões de comprimidos do Citrato de Sildenafila, popularmente conhecido como Viagra, entre 2019 e 2022.

O parlamentar identificou, no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo, dez empenhos do governo federal para a compra do medicamento em diferentes dosagens - 20, 25 e 50 miligramas. Segundo Vaz, os valores gastos com as compras podem chegar a R$33.592.714,80. As compras foram realizadas pelo Laboratório Farmacêutico da Marinha Brasileira, tendo como fornecedora a empresa EMS S/A.

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No requerimento, Vaz pede explicações sobre contrato entre a Marinha e a farmacêutica para a transferência de tecnologia da fabricação do Citrato de Sildenafila. "Tal fato nos causa estranheza, pois há inúmeros medicamentos essenciais, alguns imprescindíveis a manutenção da vida de nossos cidadãos, faltando nas unidades de saúde. Diante disso, a estrutura das Forças Armadas poderia estar sendo usada na fabricação desses medicamentos", argumenta o parlamentar no documento.

Para Vaz, a opção pelo investimento na fabricação do Viagra e não em medicamentos 'essenciais' como antibióticos, analgésicos, sedativos, vermífugos, corticosteróides, vasodilatadores, broncodilatadores, entre outros, que atuam no tratamento de doenças comuns, 'fere o interesse público'. "A população padece pela falta de produtos básicos todos os dias. Portanto, o fato de as Forças Armadas se tornarem fabricantes de Viagra, é um disparate", frisa o deputado.

O deputado quer que o ministro da Defesa responda, perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, os seguintes questionamentos:

- Qual a finalidade da aquisição desses comprimidos?

- É sabido que existem milhares de medicamentos essenciais à saúde dos brasileiros, alguns são necessários para a manutenção da vida de nossos cidadãos. Também não é novidade que o Poder Público enfrenta inúmeras dificuldades para abastecer as unidades de saúde com produtos básicos como, por exemplo, antibióticos, analgésicos etc. Diante dessa realidade caótica, por que a Marinha está interessada em se tornar fabricante do Viagra em detrimentos a outros produtos?

- A transferência da tecnologia de fabricação do Viagra está em qual estágio?

- O Laboratório Farmacêutico da Marinha já está apto para fabricar o medicamento?

- Se estiver, quantos comprimidos já foram produzidos?

- Quantos comprimidos foram efetivamente adquiridos do laboratório EMS S/A no âmbito dos contratos e acordos de aquisição e transferência de tecnologia?

Para subsidiar o pedido de explicações, o parlamentar argumenta que a doença mais comum que é tratada pelo Citrato de Sildenafila é a disfunção erétil, 'uma vez que a hipertensão arterial pulmonar é considerada uma doença rara por especialistas'. A doença foi citada pelo Ministério da Defesa quando Vaz pediu explicações à pasta sobre a compra de 35.320 comprimidos de Viagra para as Forças Armadas, no início do mês.

Na ocasião, o Ministério afirmou que a aquisição da sildenafila visa o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar, doença descrita pela Marinha como 'uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar'.

Além disso, Vaz lembra que, no auge da pandemia da covid-19, as Forças Armadas fabricaram comprimidos de cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz no tratamento da doença causada pelo Sars-Cov-2.

Outras compras identificadas por Vaz no Portal da Transparência já foram levadas à diferentes órgãos de investigação. Após identificar a aquisição dos 35 mil comprimidos de Viagra, no início do mês, o deputado acionou o Ministério Público Federal, junto do deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ por supostos indícios de superfaturamento nos remédios. Segundo os parlamentares o índice pode chegar a 143% - enquanto um processo apresentaria o preço de R$ 3,65 por unidade do remédio, outro certame trazia um valor de R$ 1,50 por comprimido.

Além disso, também no início de abril, o deputado Elias Vaz e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmaram que iriam levar ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal, para apuração, a compra aprovada pelo Ministério da Defesa de 60 próteses penianas infláveis para hospitais do Exército. Em nota, o Exército afirmou que foram adquiridas apenas três próteses penianas, em 2021, para cirurgias de usuários do Fundo de Saúde do Exército.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com a pasta, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestações.

COM A PALAVRA, A EMS

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com a empresa, mas sem sucesso.. O espaço está aberto para manifestações.

O favorito das eleições legislativas da Alemanha, o social-democrata Olaf Scholz, defendeu nesta segunda-feira (20) sua ação de combate à lavagem de dinheiro em depoimento aos deputados.

Scholz foi convocaram pelos congressistas a poucos dias das eleições para prestar esclarecimento sobre um incômodo caso que abala o ministério das Finanças, chefiado por ele.

Na reta final da campanha, o candidato do partido social-democrata SPD precisou justificar à comissão de Finanças do Bundestag o porquê de funcionários de seu ministério não terem transmitido à Justiça as informações sobre uma suposta operação de lavagem de dinheiro.

Scholz afirmou que, nos últimos anos, seu ministério "melhorou continuamente" o combate à criminalidade financeira e listou os esforços promovidos.

Mas nenhum ministro "pode resolver (os problemas) com um estalar de dedos", disse aos parlamentares, informaram fontes internas à AFP.

Os deputados esperavam a declaração do ministro por videoconferência, devido à sua apertada agenda de campanha, mas Scholz surpreendeu os 30 membros da comissão e compareceu pessoalmente.

O testemunho ao Bundestag coincide com a reta final da campanha para as eleições legislativas do próximo domingo (26). Até o momento, Scholz aparece como favorito, com 25% das intenções de voto.

Atrás dele, estão os conservadores da CDU de Angela Merkel, agora sob a liderança do impopular Armin Laschet, com pouco mais de 20%, e os Verdes (15%), liderados por Annalena Baerbock.

O gesto presencial de Scholz não apaziguou os ânimos dos deputados. Tanto a oposição quanto seus sócios de governo da CDU/CSU acusaram-no de fracassar na luta contra a lavagem de dinheiro.

O deputado liberal do FDP Florian Toncar consideroiu Scholz responsável por "um espaço carente de direito na luta contra o crime organizado".

O representante social-democrata na comissão, Jens Zimmermann, acusou seus adversários políticos de fazerem deste caso um "espantalho" para prejudicar o favorito nas pesquisas.

- Pagamentos à África -

O ponto de partida desta investigação, em 2020, foi a "declaração de atividades suspeitas por parte de um banco (...) relativas a pagamentos com destino à África por uma quantia superior a um milhão de euros", em torno de US$ 1,17 milhão.

O Escritório Central de Investigação de Transações Financeiras (UIF), subordinado ao Ministério das Finanças, não transmitiu este relatório às autoridades judiciais, o que impediu "cessar esses pagamentos", segundo a Promotoria.

Esta transação "tinha como pano de fundo o tráfico de armas e drogas, assim como o financiamento do terrorismo", disse o banco em seu relatório.

Recentemente, a Promotoria pediu investigações dos ministérios das Finanças e da Justiça, para "verificar se e, caso necessário, em qual medida a direção e os responsáveis dos ministérios (...) estiveram envolvidos nas decisões da UIF".

A oposição parlamentar (os Verdes, os liberais e a esquerda radical) convocou Scholz imediatamente para que desse explicações.

- Scholz insinua complô -

Irritado com as investigações em plena campanha eleitoral, Scholz criticou a maneira como os investigadores estão conduzindo o processo e insinuou ser vítima de um complô político.

Diante da ameaça de uma derrota histórica, os conservadores da CDU também buscam lucrar com o assunto para atacar seu ainda sócio de coalizão.

"Quando uma Promotoria investiga um ministério, a reação adequada é dizer 'vamos ajudar a Justiça' e não denunciar complôs de forma 'populista'", disse o candidato conservador, Armin Laschet.

O ministério de Scholz já foi criticado no ano passado por negligenciar sua vigilância na falência da sociedade Wirecard, o maior escândalo financeiro desde a guerra neste país.

Após requisição da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal enviou esclarecimentos sobre a medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro para regular a remoção de conteúdo pelas redes sociais. A MP foi publicada na véspera do feriado de 7 de Setembro, aniversário da Independência do Brasil, quando a base bolsonarista se mobilizou dentro e fora da internet.

Os documentos foram elaborados pela Advocacia Geral da União (AGU), que defende judicialmente os interesses do Planalto, e pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

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A ministra havia dado dois dias para que o governo se manifestasse em ações apresentadas por cinco partidos (PSB, Solidariedade, PSDB, PT e Novo) e pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). As siglas e o parlamentar afirmam que o dispositivo é inconstitucional na medida em que favorece a circulação de notícias falsas e de discurso de ódio, avança sobre a prerrogativa do Congresso Nacional para legislar sobre o tema e subverte o Marco Civil da Internet ao retirar autonomia das plataformas para fazer a moderação de conteúdo.

O governo rebate os pontos levantados pelos partidos e defende a permanência da MP. De acordo com o Planalto, a medida foi pensada para proteger a liberdade e o direito dos usuários, assim como para trazer segurança jurídica às relações entre internautas e provedores, 'preservando a internet como instrumento de participação democrática'.

"Evitar que os provedores façam uma seleção dos conteúdos postados, afastando-se de qualquer possibilidade de censura e enaltecendo o Princípio da Liberdade de Expressão", diz a AGU. "A livre iniciativa não afasta a regulação do Estado, que pode continuar exercendo suas atividades fiscalizadoras", segue a pasta.

De acordo com o texto, as redes sociais só podem excluir postagens ou suspender contas nas hipóteses previstas no texto - perfis falsos, contas controladas por robôs, publicações que contenham nudez, incitem crimes e 'atos contra a segurança pública, defesa nacional ou segurança do Estado', promovam atos de ameaça ou violência, entre outros. O texto também proíbe o uso de critérios 'de ordem política, ideológica, científica, artística ou religiosa' para censurar materiais compartilhados nas redes.

Em seu parecer, a Secretaria-Geral da Presidência diz que as redes sociais devem garantir aos seus usuários o 'direito de liberdade para emitirem suas opiniões e crenças'. "As empresas que controlam as grandes redes sociais não podem ter o poder absoluto para definir livremente o que os cidadãos podem ou não dizer no ambiente virtual, sob pena de excluir do debate público diferentes formas de pensar. Ademais, as big techs não podem impor à sociedade as linhas de pensamento que mais lhe interessam", afirma a Secretaria.

Sobre a remoção de fake news, a pasta afirma que a MP não impede o combate de desinformação ou busca promover um 'salvo-conduto para postagens indevidas', mas exige uma análise 'criteriosa' e dentro das hipóteses previstas no texto.

"Por outro lado, não havendo justa causa, não se permite que a rede social, por imposição de padrões morais ou ideológicos próprios, decida de antemão e de modo unilateral o que deve ou não deve ser publicado. O combate às fake news deve se dar, principalmente, no campo da própria informação. Não se combate fake news com censura, seja ela prévia ou posterior, e sim com mais informação, sobretudo informação de qualidade", diz a pasta.

Relatora das ações, Rosa Weber pediu informações ao presidente, à AGU e à Procuradoria-Geral da República antes de tomar uma decisão sobre a MP.

Senado avalia MP para decisão até início desta semana

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deve decidir nesta próxima semana de trabalhos do Congresso o futuro da medida provisória. As manifestações de 7 de Setembro com a participação do presidente aumentaram a pressão contra a MP.

"Vai ser uma avaliação técnica, criteriosa. Há alguns apontamentos relativamente a ela quanto a eventuais inconstitucionalidades e, como se trata de algo muito sério, é preciso ter um aprofundamento técnico de embasamento jurídico para uma decisão correta da presidência do Congresso Nacional", disse Pacheco.

Como presidente do Congresso, Pacheco pode devolver uma medida provisória se considerar que a norma é inconstitucional. Na prática, devolver a medida significa anular os efeitos da mudança assinada por Bolsonaro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) explique a notícia de pediu asilo a quatro países diferentes. A informação sobre os pedidos de asilo foi publicada pelo site Metrópoles e confirmada pela defesa do deputado, que não teve nenhum pedido aceito.

Moraes pediu que os advogados de Silveira esclareçam o caso. A decisão de Moraes foi proferida na segunda-feira (5), o que dá à defesa até esta quarta para responder. "Diante da ampla divulgação de notícias no sentido de que o Deputado Federal Daniel Silveira, réu nestes autos, teria solicitado asilo diplomático a 4 (quatro) países, intime-se a Defesa do parlamentar para que esclareça, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, acerca da veracidade dos fatos noticiados", escreveu o ministro.

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Após cumprir regime domiciliar por cerca de três meses, Daniel Silveira foi reconduzido à prisão no dia 24 de junho por não pagar uma multa de R$ 100 mil estabelecida pelas sucessivas violações à tornozeleira eletrônica. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio registrou 36 violações à tornozeleira em menos de dois meses – incluindo descargas, rompimento da cinta e ausência na área delimitada. Em uma das ocasiões, o equipamento ficou desligado por quase dois dias.

Quando foi reconduzido à prisão, Silveira chegou a se recusar a entregar seu celular às autoridades.

Em despacho nesta terça, 6, Moraes registra que a Polícia Federal recebeu o aparelho, e dá um prazo de conclusão de dez dias para a perícia do telefone.

Em abril, Daniel Silveira virou réu por grave ameaça, crime tipificado no Código Penal, e por incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas, delito previsto na Lei de Segurança Nacional, após os ministros do STF aceitarem a denúncia oferecida pela PGR na esteira do vídeo gravado pelo parlamentar.

O agora ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles afirmou nesta quarta-feira, 23, que pediu demissão do cargo nesta tarde (23) para que, de forma "mais serena possível", o País alcance "uma união muito forte de interesses, de anseios e esforços". Salles foi demitido hoje do cargo, segundo publicação do Diário Oficial da União (DOU), e será substituído pelo secretário da pasta para Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Pereira Leite.

A demissão de Salles acontece em meio às investigações sobre a suposta participação do ex-ministro em esquemas para a exportação de madeira ilegal, bem como pressão de organismos internacionais para que o País reveja a política de combate ao desmatamento. A gestão de Salles à frente da pasta foi marcada pelo desmonte de órgão de fiscalização ambiental e sucessivos recordes no avanço do desmatamento.

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Na última semana, negociações bilaterais sobre questões ambientais entre Brasil e Estados Unidos foram suspensas, o que acendeu o "sinal amarelo" entre autoridades e parlamentares para os riscos de sanções econômicas. Para a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO), o congelamento das conversas tem relação com as investigações contra o ex-ministro e com a paralisia no combate ao desmatamento.

Durante cerimônia nesta terça (22) de lançamento Plano Safra 2021/2022, o presidente Jair Bolsonaro fez diversos elogios à conduta do seu ex-ajudante. Segundo o presidente, o casamento da Agricultura com o Meio Ambiente foi "quase perfeito". "Parabéns Ricardo Salles. Não é fácil ocupar o seu ministério. Por vezes, a herança fica apenas uma penca de processos. A gente lamenta como por vezes somos tratados por alguns poucos deste outro Poder Judiciário", completou na ocasião.

CPI da Covid

A demissão do ministro acontece também no dia em que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado apertou o cerco ao Executivo e ao valor pago na compra de vacinas da Covaxin. Segundo mostrou o Estadão/Broadcast, o governo federal pagou dez vezes mais pelos imunizantes que o valor que havia sido anunciado seis meses antes.

Ao Broadcast Político, o deputado Luiz Miranda (DEM-DF) disse que alertou assessores do Executivo sobre um "esquema de corrupção pesado" na aquisição de vacinas. "Pelo amor de Deus... isso é muito sério!", escreveu em 22 de março a assessores do presidente. Miranda deve depor à CPI na sexta-feira (25) segundo requerimento apresentado e votado nesta manhã.

Nesta quarta-feira (26), Fiuk movimentou as redes sociais. O cantor e ex-participante do BBB21 negou, através do Instagram, a informação de que teria abandonado os seus dois cachorros em um abrigo. Nos stories, o filho de Fábio Jr. explicou que deixou os cães temporariamente no local apenas para buscar ajuda. "Antes do BBB, estava gravando umas coisas e passando um tempo no Rio. Os cachorros precisam de atenção, carinho e cuidado", disse.

"Eu não estava conseguindo dar essa assistência para eles e conheço a Mayla, esse anjo que se ofereceu para cuidar deles. A gente deu um jeito, ela conhece um ONG muito especial, que tem espaço para eles brincarem e correrem", completou. Fiuk garantiu no vídeo postado que os animais são seus e que eles não foram colocados para adoção.

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Ele disparou: "Não abandonei! Eles não estão para adoação. São meus filhos para o resto da vida. Estou ajeitando as coisas para poder cuidar deles de novo". Em entrevista ao colunista Leo Dias, do site Metrópoles, Luisa Mell soltou o verbo sobre a atitude de Fiuk.

Apesar do rapaz ter explicado o motivo, a ativista não concordou. "Acho um absurdo. As pessoas não têm ideia do que é um abrigo de animais. O cachorro não entende que são devolvidos pra abrigos. O sofrimento deles é uma coisa desesperadora. Na cabeça desses cachorros, eles foram devolvidos. Eles não sabem que é só um tempo. Além disso, é um perigo para eles, pois estar no canil é sempre arriscado, pode ter briga", disse Luisa.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de cinco dias para o presidente Jair Bolsonaro apresentar informações à Corte sobre decretos que flexibilizam os limites para compra e estoque de armas e cartuchos. Os decretos presidenciais foram contestados por quatro partidos da oposição: PT, PSB, PSOL e Rede Sustentabilidade.

Para o PT, além de "atentar contra a vida e a segurança da sociedade brasileira", a ampliação do acesso a armas e munições também representa "claro risco ao monopólio do uso legítimo da força, dando oportunidade para a criação de milícias armadas e grupos paramilitares".

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Na avaliação da Rede, as medidas violam o princípio da separação dos Poderes e o regime democrático, pois o Planalto teria assumido uma função do Legislativo ao decidir sobre política pública envolvendo porte e posse de armas de fogo.

O PSB, por sua vez, alega ao Supremo que os decretos "colocam em risco a segurança da coletividade, ao facilitar o acesso a arma de fogo, além de excluir a fiscalização por parte do Comando do Exército sobre determinados armamentos".

Entre as mudanças anunciadas pelo governo estão o aumento, de quatro para seis, do número máximo de armas de uso permitido para pessoas com Certificado de Registro de Arma de Fogo e dispensa da necessidade de registro junto ao Exército dos comerciantes de armas de pressão (como armas de chumbinho). Os decretos também permitem que atiradores e caçadores registrados comprem até 60 e 30 armas, respectivamente, sem necessidade de autorização expressa do Exército.

"Presente esse contexto, entendo que se impõe a apreciação imediata do pedido de medida cautelar, de modo a conferir segurança jurídica às relações disciplinadas pelo Estatuto do Desarmamento e reguladas pelos Decretos presidenciais ora questionados, consideradas a relevância da matéria e as repercussões sociais decorrentes da implementação executiva de todo o complexo normativo", escreveu Rosa Weber.

"Requisitem-se informações ao Presidente da República, a serem prestadas, no prazo de cinco (05) dias. Após, dê-se vista ao advogado-geral da União e ao procurador-geral da República, sucessivamente, no prazo de três (03) dias."

Segundo o governo, o pacote de medidas "desburocratiza procedimentos, aumenta clareza sobre regulamentação, reduz discricionariedade de autoridades e dá garantia de contraditório e ampla defesa".

O governo Bolsonaro afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não há "qualquer omissão federal" no combate ao desmatamento da Amazônia e que o presidente não é inerte em relação ao problema. A manifestação foi enviada à Corte após a ministra Cármen Lúcia exigir explicações da União sobre medidas adotadas contra a devastação da floresta.

A exigência foi cobrada em ação movida pela Rede Sustentabilidade, que acusa Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de omissão em coibir o avanço do desmatamento. Em novembro, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram alta de 9,5% na devastação da floresta no último ano, atingindo a maior marca desde 2008. O desmatamento alcançou 11.088 km² - o equivalente a sete vezes a área da cidade de São Paulo.

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No ofício enviado ao Supremo, o governo Bolsonaro lista medidas que foram adotadas pela União no combate ao desmatamento, como a criação do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice Hamilton Mourão, o uso das Forças Armadas na região, o decreto que proibiu queimadas por 120 dias e um levantamento de focos de incêndio junto aos Estados da Amazônia Legal.

O documento, porém, reconhece que os autos de infração lavrados entre janeiro a julho do ano passado tiveram redução de 17% em comparação ao mesmo período de 2018, mas alega que a queda de multas ambientais é resultado da redução do número de servidores designados para atuar na fiscalização por motivo de aposentadoria.

"Não há qualquer omissão federal, posto a grande quantidade de atos em defesa do meio ambiente já adotados", frisou o governo. "Não há como se afirmar ter havido inércia do Presidente da República, de modo a se lhe imputar providência administrativa que ainda não tivesse sido por ele adotada e que poderia ser judicialmente suprida, muito menos inércia normativa, a ensejar a via do controle de constitucionalidade por omissão".

Em outro ofício, o Ministério do Meio Ambiente afirmou ao Supremo que "não possui atribuições para determinar ou obstar atos fiscalizatórios na Amazônia ou determinar condutas aos agentes das autarquias". No entanto, mensagens divulgadas sem querer pelo próprio Jair Bolsonaro em maio mostram o presidente cobrando explicações sobre queima de máquinas de garimpeiros fiscalizados pelo Ibama.

Dois servidores que foram exonerados da autarquia já prestaram depoimento ao Ministério Público Federal alegando ter sofrido pressão do governo Bolsonaro em operações contra crimes ambientais. As oitivas embasaram ação de improbidade contra Salles que tramita na Justiça Federal do Distrito Federal.

Citado pela defesa do governo, o Conselho da Amazônia Legal presidido por Mourão já discutiu proposta para expropriação de propriedades em caso de crime ambiental - a medida recebeu críticas do presidente Jair Bolsonaro, que disse que demitiria quem defendesse o projeto "a não ser que essa pessoa seja indemissível". Mourão era o autor da proposta e recuou na medida.

O Conselho também planejou formas de estabelecer controle de organizações não-governamentais que atuam na Amazônia por meio de um marco regulatório, que buscaria limitar as entidades que, na avaliação do Executivo, violam "interesses nacionais". Não foram explicados quais seriam tais interesses.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, cobrou informações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles sobre o desmatamento na Amazônia. O despacho foi proferido em ação da Rede Sustentabilidade que aponta omissão do governo federal em coibir o avanço do problema na região. A União terá cinco dias para apresentar documentos sobre a devastação da floresta e medidas para combater o problema.

O processo foi apresentado no ano passado, na esteira das críticas à União pelo desmatamento e queimadas na Amazônia. A Rede apontou que dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que em julho de 2019 foi registrado o pior índice desde 2015, com o desmate de área maior que a cidade de São Paulo, que tem cerca de 1.500 km².

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A divulgação dos dados levou à exoneração de Lubia Vinhas, então coordenadora-geral de Observação da Terra do Inpe, departamento responsável pelos sistemas Deter e Prodes, que acompanham o desmatamento da Amazônia. A Rede relembrou o episódio e disse que o presidente luta contra dados de desmatamento ao invés de corrigir o problema.

A situação não melhorou de um ano para outro. Em novembro, dados do Inpe revelaram que o desmatamento na Amazônia registrou alta de 9,5% no último ano e atingiu a maior marca desde 2008. Entre agosto de 2019 e julho deste ano, a devastação da floresta alcançou 11.088 km? - o equivalente a sete vezes a área da cidade de São Paulo.

Bolsonaro e Salles devem agora apresentar informações a Cármen Lúcia sobre o cenário. A ministra também determinou que, uma vez entregues os documentos, a Advocacia-Geral da União se manifeste no caso.

Nesta segunda-feira (28), Rafa Kalimann compartilhou com os internautas alguns vídeos de uma passeio de barco que fez com amigos, além de estar também ao lado do compositor Daniel Caon. Dançando agarradinha com o músico, a ex-BBB e influenciadora digital acabou dando uma explicação aos seguidores.

Na função dos stories do Instagram, ela revelou que o seu bumbum, que durante chamego com Caon aparece no vídeo, não passou por procedimento estético. "O meu bumbum não é silicone. Eu engordei. A minha gordura vai toda para o bumbum mesmo. Também não é músculo. É só gordura", explicou, ao receber comentários das pessoas que acompanham sua rotina na internet.

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"Vocês ficam procurando o tempo todo as coisas. Não é, não. Eu mostro numa boa. Mostro procedimento, quando eu faço as coisas. Eu não tenho problema em falar, não", completou. Ainda na rede social, Rafa fez questão de exibir suas madeixas que, segundo ela, estão precisando de uma manutenção.

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