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Primeiro lugar nas pesquisas de intenções de votos, os possíveis eleitores do candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) parecem não se incomodar com o fato de o deputado federal ter aprovado, em 27 anos de Congresso, apenas dois projetos de lei. A maioria das propostas do presidenciável é ligada à área militar e à segurança pública, no entanto outros chamam atenção pelas curiosidades e especificidades, que contribuem para reforçar o título de político polêmico que Bolsonaro carrega como marca. 

As propostas revelam um pouco das lutas do parlamentar e as causas que apoia. Em 2009, o candidato a presidente pelo PSL solicitou a alteração do Regimento Interno da Câmara com o objetivo de assegurar a fixação do crucifixo na parede do plenário, atrás da mesa. Citar o nome de “Deus” também é algo recorrente pelo deputado. Em meados do ano passado, ainda quando não estava definido sua candidatura, em entrevista concedida ao LeiaJá, Bolsonaro chegou a afirmar que se fosse “missão de Deus” disputaria a Presidência da República.

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Recentemente, após o ataque sofrido com uma faca, ele também falou que foi um “milagre” de Deus estar vivo. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope, nesta semana, o deputado lidera entre mulheres e também evangélicos crescendo de 29% para 33%. 

Em 2011, Bolsonaro fez uma requisição atípica para aprovar um voto de louvor ao então presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, pelo norte-americano ter comandado a ação que culminou com a morte do terrorista Osama Bin Laden. Em 2014, mais uma requisição: Bolsonaro pediu a realização de uma sessão solene em referência aos cinquenta anos do dia 31 de março de 1964, data na qual iniciou o Golpe Militar, considerado um dos períodos mais repressivos da história com a instalação do regime militar. 

Em sua participação no programa Roda Viva, em julho passado, ele fez uma declaração que deu muito o que repercutir ao afirmar que não houve golpe militar em 1964. Bolsonaro falou que os atos cometidos pelos militares se justificavam pelo “clima da época, de guerra fria” e ainda disse que teria agido da mesma maneira se estivesse no lugar deles. “Não houve golpe militar em 1964. Quem declarou vago o cargo do presidente na época foi o Parlamento. Era a regra em vigor”, declarou na ocasião. 

Em 2010, Bolsonaro repudiou a morte do então prisioneiro cubano Orlando Zapata Tamayo que, de acordo com ele, foi “cruel e evitável”. Ele ainda manifestou o entendimento “pela necessidade de libertação, imediata e incondicional, de todos os prisioneiros políticos mantidos pela República de Cuba”. 

As posturas polêmicas do presidenciável não param por aí. Apesar de afirmar que não é “homofóbico” e até garantir que nunca teve problema com algum homossexual, Bolsonaro tentou sustar algumas resoluções em prol da classe LGBT.  Uma delas foi a resolução nº 11, de 18 de dezembro de 2014, que estabeleceu os parâmetros para a inclusão dos itens "orientação sexual", "identidade de gênero" e "nome social" nos boletins de ocorrência emitidos pelas autoridades policiais no Brasil.

Em março de 2011, também pediu que o então ministro da Educação prestasse esclarecimentos à Comissão de Direitos Humanos e Minorias sobre a elaboração de material de combate à homofobia a ser distribuído nas escolas de ensino fundamental.

Durante seu mandato, buscou sustar os efeitos da Portaria Interministerial nº 2, de 20 de novembro de 2014, que instituiu o Grupo de Trabalho com a finalidade de adotar medidas visando receber denúncias de crimes de discriminação nas redes sociais online. 

Foto: Nilson Bastian / Câmara dos Deputados

Entre as mais recentes, apresentada em março deste ano, um projeto de lei de sua autoria e do também deputado Delegado Francischini (SD) pedem pela revogação da Lei 7.474, de 8 de maio de 1986, que “dispõe sobre medidas de segurança aos ex-presidentes da República”. Os dois ressaltam a necessidade do “fim de privilégios”. Segundo a legislação, quando o presidente termina o seu mandato, tem o direito de utilizar os serviços de quatro servidores destinados à sua segurança pessoal, além de dois veículos oficiais com motoristas.

Militares e segurança pública

Na área da segurança, apesar de defender o porte de arma, uma proposta de Bolsonaro, apresentada em março de 2016, quis incluir no rol dos crimes hediondos os dolosos [intenção de matar] praticados com arma de fogo mediante violência ou grave ameaça à pessoa. Em outra proposta, quis impor pena mínima de dez anos de reclusão para o indivíduo que praticar três crimes.

Outro projeto de lei defendeu o aumento de pena para os crimes de estupro e estupro de vulnerável, ainda exigindo que o condenado por esses crimes conclua tratamento químico voluntário para inibição do desejo sexual como requisito para obtenção de livramento condicional e progressão de regime. Bolsonaro também vem defendendo a castração química para estupradores. 

Os projetos e ações visando melhorias aos militares foram muitas, entre elas sugeriu a adoção de medidas necessárias para que seja garantido aos militares das Forças Armadas o direito a horário especial, sem necessidade de compensação, aos que tenham cônjuge, filho ou dependente com deficiência de qualquer natureza. Outra trata sobre atualizar o valor mínimo a ser pago do auxílio-invalidez aos militares.

Também desejou que o ministro de Estado da Defesa fosse escolhido entre os oficiais generais das Forças Armadas. Ao lado de outros deputados, Bolsonaro chegou a requerer a instalação de painel com a relação de todos os pracinhas falecidos na 2ª Guerra Mundial nos corredores da Câmara dos Deputados.

Outros projetos diversos também foram propostos pelo candidato do PSL como deixar de tornar obrigatório o uso, nas rodovias, de farol baixo aceso durante o dia, proteção e defesa do consumidor, para estabelecer obrigatoriedade de fornecimento de certidão de quitação de débitos por concessionárias e prestadoras de serviço público.

Qualquer cidadão que esteja ao menos um pouco atento ao cenário político já deve ter ficado surpreso ou ter a atenção voltada, nem que seja por um momento, para um político que extrapolou em seu discurso ou que falou sem receio sobre temas polêmicos beirando ao sensacionalismo. Muitos nem sabem, mas essa é uma estratégia utilizado por muitos deles em busca de se tornarem mais conhecidos entre a população e, consequentemente, barganhar alianças mais poderosas aumentando a chance de conquistarem mais votos. 

Quando se trata de falar em políticos polêmicos é quase automático vir à mente o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Se para muitos a sua forma “sincera” e “despojada” choca e traz repugnação, também há quem acredite que esse perfil do tipo que “fala tudo na cara” fez Bolsonaro se tornar cada dia mais conhecido, odiado e amado. 

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O próprio, que vai disputar a presidência da República, falou sobre o assunto. Durante entrevista concedida, nesta semana, afirmou que para “mudar o Brasil” não tem que ficar “cheio de dedos”, nem tampouco ser “educadinho”, e muito menos de mimimi. “Não dá mais para ficar nessa vaselina que está não”, disparou sem medo das interpretações que suas falas provocam. Vale ressaltar que Bolsonaro, em um cenário de disputa sem Lula, lidera com 18% a 20%, de acordo com a pesquisa do Instituto Datafolha. 

O deputado federal Silvio Costa (Avante) é outro que não fica atrás quando se trata de causar. Os discursos, no plenário da Câmara dos Deputados, são conhecidos por elevar o tom de voz ao fazer críticas diversas. Em entrevistas concedidas, ele também não titubeia ao opinar sobre qualquer assunto que for questionado. 

Entre as últimas declarações mais polêmicas, Silvio disparou sem pensar afirmando que “quem vota em Bolsonaro é idiota”. O parlamentar, que pretende disputar uma vaga no Senado Federal, também não poupa o governo Paulo Câmara e já detonou a atual gestão dizendo que “Pernambuco virou casa da mãe Joana”. “O assaltante, o bandido, olha para a cara de Paulo Câmara, aí fala que Pernambuco não tem governador”, criticou. 

O colega de bancada Jean Wyllys (PSOL) é outro que, não raro, expõe suas opiniões de forma direta. Ele chegou a ser vaiado pelos colegas de bancada, durante uma sessão, por defender a exposição Queermuseu, em Porto Alegre, no ano passado, que foi acusada de fazer apologia à pedofilia e zoofilia. Ele, que também defende abertamente a regulamentação do aborto e segurança jurídica para as prostitutas, vira e mexe fala que é vítima de preconceito por ser homossexual. “Eu sei o que é ser gay e atravessar esses corredores. Eu sei o que é ser gay e ser olhado pelos homens héteros, inclusive pela polícia legislativa aqui e a maneira como eu olho para eles é, o tempo inteiro, julgada”, desabafou em texto no seu Facebook. 

O senador Magno Malta (PR) não se intimida ao falar. Ele, que se diz defensor das crianças e adolescentes, e faz um trabalho de combate à pedofilia, já chegou até criticar menores de idade afirmando que eles também podem “estuprar e matar”. Também comenta, em muitos vídeos publicados em seu Facebook, a questão de identidade de gênero chegando a dizer que estão querendo “erotizar as crianças brasileiras”. Magno, que já foi cogitado para ser o vice de Bolsonaro, também já falou sobre a corrupção. “Ficar rico roubando dinheiro público é fácil”, disparou. 

Um caso curioso envolve o deputado federal Marco Feliciano (PSC) que, nos últimos meses, decidiu seguir uma nova tática: quase que diariamente o também pastor publica em seu Facebook um vídeo abordando algum tema polêmico como homossexualismo, religião e afins. Já virou marca a frase que utiliza “a nossa família merece respeito”. Ele também sempre pede com veemência que os internautas compartilhem suas publicações já ganhando grande repercussão em algumas delas. 

Demarcação de espaço 

A cientista política Priscila Lapa, em entrevista ao LeiaJá, destacou que a corrida eleitoral já começou e que, neste momento de pré-campanha, é a hora em que os candidatos demarcam o seu espaço. Alguns não irá se lançar como candidato, mas visam “barganhar” apoio político. “Por exemplo, um Marco Feliciano já é uma pessoa conhecida, tem uma legião de seguidores e, provavelmente, o que ele está tentando é aumentar o seu espaço de atuação para ele poder barganhar alianças mais poderosas e mais consistentes para a eleição deste ano". 

“É muito comum nesse período pré-campanha, nessa arrumação dos partidos, saber quem vai coligar com quem, quem vai fazer chapão, quem não, e esse espaço que eles vão ganhando nas redes sociais é uma maneira de ganharem o apoio e visibilidade. A gente sabe que, hoje, as redes sociais potencializa muito essa exposição dos candidatos. Eles ganham força para possíveis alianças e ganham espaço dentro do seu partido também”, declarou. 

Lapa ainda explicou que, quando a campanha começar efetivamente, a tendência é que se amenizem essas discussões sobre temas polêmicos. “Neste momento, os políticos estão querendo se firmar, mas quando começar a campanha propriamente dita, nas ruas, aí começam a recuar um pouco nessa temática e procuram agradar o eleitorado com temas mais gerais fugindo dessas polêmicas, mas agora a estratégia é fidelizar os eleitores que já são seguidores e demarcar esse espaço”, reiterou. 

A cientista ressaltou que as redes sociais são o principal espaço para o debate político e que a campanha de rua perdeu muito espaço devido a essa ascensão. “Existe toda uma cobrança por parte dos que utilizam as redes sociais para que os políticos se posicionem. As pessoas querem saber o que eles pensam sobre determinados temas. Essa cobrança aumentou a partir das redes sociais sobre o posicionamento. Não dá mais para fugir e ficar em cima do muro”. 

A Austrália proibiu nesta quinta-feira (30) o uso de telas vaginais para tratar danos no assoalho pélvico, meses depois de uma ação coletiva contra a gigante da indústria médica Johnson & Johnson pelos supostos efeitos colaterais destes implantes.

Essas telas são implantadas por uma cirurgia para tratar danos no assoalho pélvico, a incontinência urinária e o prolapso vaginal.

O caso está sendo investigado pelo Parlamento, devido às complicações associadas e a seus efeitos colaterais.

Vários jornais locais publicaram testemunhos de mulheres que garantem que esse dispositivo as deixou com dores crônicas muito severas.

A Agência para a Administração de Produtos Terapêuticos (TGA) disse ter examinado evidências clínicas sobre os implantes feitos na Austrália e que também revisou os últimos estudos internacionais.

"A TGA acredita que os benefícios de usar telas transvaginais para o tratamento do prolapso dos órgãos do assoalho pélvico não compensam os riscos que esses produtos implicam para os pacientes", disse a agência do governo em um comunicado.

O organismo declarou ainda ter identificado uma "falta de evidência científica adequada" de que teria mais benefícios do que riscos ao usá-las para tratar da incontinência urinária.

Os produtos serão eliminados da lista que orienta os dispositivos médicos na Austrália a partir de 4 de janeiro próximo.

Gai Thompson, uma das demandantes da ação coletiva apresentada na Austrália, celebrou a notícia.

"Acho que as pessoas não entendem que não há um dia, desde que eu fiz esse implante, em que eu não sinta dor", desabafou, em entrevista à rede ABC.

A batalha judicial envolvendo a cantora Kesha e seu produtor, Dr. Luke, a quem acusa de abuso sexual e psicológico, parece não ter fim. Dessa vez, a loira foi novamente até a Corte americana para apresentar e-mails do empresário, reforçando suas acusações, um ano após um juiz de Nova York determinar que ela deveria continuar o contrato com ele e com a Sony e não se desligar dos compromissos e obrigações profissionais.

Os e-emails trocados entre Dr. Luke e a empresária de Kesha, Monica Cornia, divulgados pelo Page Six, reforçam as acusações da cantora de que ele não se preocupava com os problemas que ela enfrentava, como os distúrbios alimentares:

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Nós estávamos tendo uma discussão sobre como ela poderia ser mais disciplinada com a dieta. Muitas vezes as pessoas testemunharam Kesha quebrando seu plano alimentar. Nesta ocasião em especial, foi com Coca-Cola Diet e peru, quando ela estava em jejum de sucos, teria dito o produtor.

Monica pediu então que o produtor fosse mais compreensível com a situação de Kesha, dizendo que ela é um ser humano e não uma máquina. Luke então respondeu: Se ela fosse uma máquina seria muito mais legal e poderíamos fazer o que quiséssemos.

Na reabertura do processo, Kesha afirma que pretende se livrar do produtor, a quem considera um abusador, para tentar reconstruir sua vida, assim como sua saúde mental, física e emocional.

Na troca de mensagens sobre a música We r who we r, Kesha teria se negado a alterar a letra para as preferências de Dr. Luke. Sem sucesso, ela teria obtido a resposta do produtor:

Eu não dou a mínima para o que você quer. Se você fosse esperta, você iria em frente e cantaria isso.

Além disso, Dr. Luke teria mandando um e-mail falando sobre uma lista de compositores e produtores que estão relutantes em dar suas canções para Kesha por causa de seu peso, deixando a cantora ainda mais insegura sobre sua carreira.

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