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A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado vai debater a situação dos 'prédios-caixão' em Pernambuco. Na próxima quinta-feira (26), membros do colegiado, que é presidido pelo senador Humberto Costa (PT), vão visitar unidades habitacionais no Recife, em Olinda e Jaboatão durante a manhã.

Além disso, às 14h, na Assembleia Legislativa, será realizada uma audiência pública para debater a questão com representantes da Caixa Econômica, do governo do Estado, da Judiciário e do governo federal, além de gestores da Região Metropolitana do Recife.  

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“Vamos reunir os vários dos atores envolvidos neste problema para tentar encontrar uma solução a esse caso, que se arrasta por décadas, sem um bom desfecho. Nosso mandato está empenhado em encontrar uma saída para esse problema, que já fez muitas vítimas, entre as quais algumas fatais, em cidades pernambucanas”, afirmou o senador.

Humberto Costa se reuniu nessa quinta-feira (19) com o secretário de Tesouro Nacional, Rogério Ceron, na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, para tratar sobre a situação dos prédios-caixão em Pernambuco. “Foi uma conversa positiva, onde pude falar do drama dessas milhares de famílias, algumas vivendo em condições completamente inadequadas e sob o risco de perderem as suas casas e até mesmo as suas vidas”, afirmou o senador.  

Nesta terça-feira (12), mais uma reunião será realizada na sede da Justiça Federal de Pernambuco, no bairro de Jiquiá, no intuito de debater a situação dos prédios-caixão da Região Metropolitana do Recife (RMR). Desta vez, a audiência tem como objetivo a assinatura do termo de cooperação entre Governo do Estado, Caixa Econômica Federal e prefeituras de cinco municípios: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Camaragibe. 

Com a adesão dos municípios, serão iniciados os estudos técnicos para averiguar o estado dos imóveis registrados com riscos em suas estruturas.  Caso seja necessária a desocupação dos locais para a realização da coleta de amostras, as prefeituras ficarão responsáveis pelos custos decorrentes da retirada momentânea das famílias. Caixa e Governo de Pernambuco entrarão com recursos para a contratação da empresa responsável pelas avaliações técnicas (a licitação será promovida pelo Governo). 

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Inicialmente, pela insuficiência de recursos angariados, será dada prioridade aos imóveis não interditados e aqueles já interditados que apresentem riscos a edificações vizinhas. Nesta terça (12), os municípios devem apresentar a relação dos imóveis que se enquadram nestas características. Na última audiência, realizada no dia 5 de agosto, a juíza titular da 12ª Vara, Joana Carolina Lins, ainda expediu mandados de intimação aos municípios de Jaboatão e Paulista, ausentes no encontro. 

Os prédios-caixão que oferecem risco de desabamento estão sendo vistoriados pela Defesa Civil do Recife. A ação tem como objetivo identificar quais imóveis apresentam risco aos moradores, para que devidas providências sejam tomadas.

Depois que a lista com os nomes dos edifícios estiver completa, a relação constará no termo de cooperação que deve ser assinado entre o Governo de Pernambuco, a Caixa Econômica Federal e os municípios de Recife, Olinda, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Paulista, para que estudos técnicos sejam realizados nos prédios.

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Segundo informações da Defesa Civil do Recife, o Governo de Pernambuco e a Caixa Econômica Federal irão arcar com os recursos e a contratação da empresa que irá realizar os estudos. A pesquisa consiste na realização de inspeções para coleta de amostras e elaboração de projetos executivos de recuperação.

Na última reunião sobre a situação dos prédios-caixão, realizado nesta terça-feira (5), nenhuma decisão foi finalizada sobre o problema. No entanto, após a queda parcial do Edifício Emílio Santos, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, a pressão sobre uma decisão da Justiça está cada dia mais forte.

Um novo debate sobre o assunto está marcado para a próxima terça-feira (12), às 10h. A discussão será proferida pela Vara da Justiça Federal em Pernambuco.

Números- Um levantamento do Laboratório de Tecnologia Habitacional do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) aponta que 80% dos 340 prédios-caixão identificados como de "risco muito alto de desabamento" continuam ocupados no Recife e em três municípios da Região Metropolitana (Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes). 

O coordenador do Itep, Carlos Wellington Pires, coordenou uma pesquisa entre os anos de 2007 e 2009 que vistoriou cinco mil prédios-caixão nesses quatro municípios depois da ocorrência de desabamentos em construções do tipo a partir de 1999. Doze ruíram e em dois deles, em Olinda, 12 pessoas morreram.

 

 

 

 

Uma nova audiência para tratar sobre o processo dos prédios-caixão foi marcada para a próxima terça-feira (12), mais uma vez na sede da Justiça Federal, no bairro de Jiquiá, Zona Oeste do Recife. Por conta de um impasse financeiro, ficou definido que os estudos técnicos começarão pelos edifícios com risco, mas não interditados, além daqueles já desocupados que contêm risco para imóveis vizinhos. 

Em um levantamento feito em 2011 pela Caixa Econômica Federal, 340 prédios foram contabilizados. Destes, 124 não estavam interditados, mas o número já deve ter sido ultrapassado com o passar dos anos. Para a próxima reunião, os municípios envolvidos ficaram encarregados de entregarem a listagem dos imóveis interditados, destacando aqueles com risco às edificações vizinhas. A juíza titular da 12ª Vara, Joana Carolina Lins, ainda expediu um mandado de intimação aos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Paulista, ausentes na audiência desta terça. 

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O Termo de Cooperação realizado pela Caixa será atualizado, já que o primeiro consta de uma responsabilidade de um terço dos recursos à própria Caixa e dois terços ao Estado; agora, o Estado afirma que só pode arcar também com um terço dos custos, já que “o momento financeiro de Pernambuco era outro”, há três anos. As entidades pedem a inclusão de recursos da União para completar a injeção financeira para início dos estudos e intervenções nos prédios-caixão. 

Para ampliar a competitividade, a licitação para as empresas realizarem as intervenções necessárias terá âmbito nacional, de acordo com decisão da juíza responsável pelo processo. Ainda de acordo com o documento emitido após a reunião desta terça-feira, ficou determinado que os municípios de Jaboatão e Paulista estão passíveis de multa, caso não compareçam à nova audiência, nem entreguem a lista de imóveis comprometidos. 

Termos de cooperação, propostas de participação e um impasse financeiro que impede a tomada de decisões. Nesta terça-feira (5), a Justiça Federal promoveu mais uma audiência pública – a terceira em dois meses – para buscar resolver a situação dos prédios-caixão da Região Metropolitana do Recife. Após o desabamento parcial do Edifício Emílio Santos, em Boa Viagem, a pressão sobre uma decisão judicial está cada vez mais forte. 

Presidida pela juíza federal titular da 12ª Vara, Joana Carolina Lins, a audiência contou com representantes do Governo do Estado, da Caixa Econômica Federal e dos municípios com casos de prédios em situação de risco. Desde 2011, há uma liminar que obriga as cidades, o Estado e a Caixa a realizarem um estudo técnico sobre tais edificações, para que as medidas necessárias sejam tomadas a fim de proteger o patrimônio e as pessoas. 

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“O problema é que precisamos fechar a conta. A Caixa afirma que se responsabiliza por um terço dos recursos, assim como o Estado também só fica com um terço. Sem o restante, os estudos técnicos não podem ser iniciados”, explicou a juíza Joana Carolina Lins. Atualmente, a Caixa contabiliza 312 unidades que precisam de intervenção. Destas, uma parte já foi interditada, mas mais de 200 continuam com moradores. 

Além da urgência em contratar empresas para a realização de estudos técnicos, a prestação de auxílio financeiro às famílias obrigadas a saírem de seus lares também pressiona o andamento do processo. No caso do Emílio Santos, as pessoas ainda não receberam as indenizações devidas e ainda pagam impostos, como se permanecessem residindo no local. 

A previsão é de que, após esta audiência, alguma resposta mais concreta seja dada a sociedade civil e, principalmente, aos moradores de imóveis prejudicados pela construção irregular. A Caixa afirmou que se posicionará oficialmente apenas através de nota.

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