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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a live desse domingo (28) para negar envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Segundo Bolsonaro, "o mundo caiu na cabeça" dele após o assassinato. "Então, o que eu mais quero é que o fato seja elucidado. Eu nunca tive contato com a Marielle", afirmou, declarando que circulam várias "narrativas" para vinculá-lo ao homicídio.

Outro a se posicionar sobre Marielle foi o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que foi colega da vereadora no Rio. Os dois tinham gabinete no mesmo andar. "A minha relação com a Marielle sempre foi muito amistosa", disse. O ex-policial Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora e o motorista, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e teria citado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) Domingos Brazão como o mandante do crime, de acordo com a investigação.

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Bolsonaro diz 8 de Janeiro é uma 'farsa' para condenar 'coitados'

Investigado pelos atos golpistas do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o 8 de Janeiro é uma "farsa" e contestou a afirmação que houve uma tentativa de golpe de Estado após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"É uma farsa isso. Que 8 de Janeiro é esse que leva ao sofrimento inocentes, pobres coitados? Alguns depredaram, tem que pagar, como no próprio dia 8 dei uma tuitada, lamentei ocorrido", afirmou o ex-presidente na transmissão.

Bolsonaro foi apontado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso como um dos mentores dos atos, sendo o primeiro indiciado pelo colegiado. Na Procuradoria-Geral da República (PGR), ele não foi denunciado, mas é citado nas investigações.

"Golpe de Estado sem um tiro? Sem um fuzil? E cadê as inteligências, falam tanto da inteligência, que não levantaram isso?", questionou Bolsonaro na live.

Bolsonaro nega envolvimento com morte de Marielle Franco

O ex-presidente Jair Bolsonaro usou a live para negar envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Segundo Bolsonaro, "o mundo caiu na cabeça" dele após o assassinato. "Então, o que eu mais quero é que o fato seja elucidado. Eu nunca tive contato com a Marielle", afirmou, declarando que circulam várias "narrativas" para vinculá-lo ao homicídio.

Outro a se posicionar sobre Marielle foi o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que foi colega da vereadora no Rio. Os dois tinham gabinete no mesmo andar. "A minha relação com a Marielle sempre foi muito amistosa", disse. O ex-policial Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora e o motorista, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e teria citado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) Domingos Brazão como o mandante do crime, de acordo com a investigação.

Bolsonaro diz 8 de Janeiro é uma 'farsa' para condenar 'coitados'

Investigado pelos atos golpistas do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o 8 de Janeiro é uma "farsa" e contestou a afirmação que houve uma tentativa de golpe de Estado após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"É uma farsa isso. Que 8 de Janeiro é esse que leva ao sofrimento inocentes, pobres coitados? Alguns depredaram, tem que pagar, como no próprio dia 8 dei uma tuitada, lamentei ocorrido", afirmou o ex-presidente na transmissão.

Bolsonaro foi apontado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso como um dos mentores dos atos, sendo o primeiro indiciado pelo colegiado. Na Procuradoria-Geral da República (PGR), ele não foi denunciado, mas é citado nas investigações.

"Golpe de Estado sem um tiro? Sem um fuzil? E cadê as inteligências, falam tanto da inteligência, que não levantaram isso?", questionou Bolsonaro na live.

Desde o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, quando o presidente Lula (PT) foi eleito pela maioria dos votos válidos, o Brasil passou a ser palco de manifestações de grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Acampados em frente a Quarteis Generais do Exército em diversos estados, os bolsonaristas pediam intervenção militar e derrubada dos poderes institucionais que constituem o estado democrático de direito. 

Há exatamente um ano, manifestantes que estavam acampados em frente ao Quartel General do Exército de Brasília se dirigiram à Praça dos Três Poderes, espaço que reúne o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Desde então, representantes institucionais do país mobilizaram as forças de segurança, de inteligência e de justiça, com o objetivo de identificar, localizar e prender os envolvidos. 

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Até o momento já foram realizados dezenas de julgamentos, e cerca de 30 réus foram condenados a penas que variam de três a 17 anos de prisão, além da obrigação do pagamento de uma multa coletiva de R$ 30 milhões. Ainda existem milhares de suspeitos cumprindo prisão preventiva, aguardando julgamento, apesar de suas respectivas defesas jurídicas alegarem suas inocências. O cientista político Arthur Leandro, em conversa ao LeiaJá, explica que o caráter golpista dos eventos é negado pela defesa dos acusados, sob o argumento de que os protestos fazem parte do jogo democrático. 

“Mas o que aconteceu foi que houve uma mobilização efetiva e precisa de salvaguarda institucional como reação a essa investida realizada no dia 8 de janeiro de 2023. Houve de fato um momento em que a opinião pública, uma parte expressiva, eu diria que dominante, observou atônita o que acontecia, e isso garantiu naquele momento que o presidente tivesse uma capacidade, digamos assim, ele tivesse um apoio das instituições envolvidas, das lideranças políticas relevantes do país naquele momento, para implantar o governo”, comentou Leandro.   

Segundo o professor Maurício Garcia, sociólogo e pesquisador, as prisões dos manifestantes, mesmo sendo um ponto positivo para o trabalho das instituições, devem ser vistas com a devida atenção, tendo em vista que os financiadores não foram punidos, enfraquecendo, de certo modo, o discurso de que o bolsonarismo foi combatido eficazmente. 

“A prisão de alguns manifestantes teve essa intenção, mas não acredito que ainda tenha surtido efeito. O bolsonarismo radical é um fenômeno sociológico, mais que político, ele transcende a esfera política, e deve ser observado com cuidado. (...) Apenas a prisão de alguns golpistas mais radicais, na grande maioria pessoas financiadas por outras pessoas mais influentes, não vai resolver a situação, nem “botar medo” nos demais. Pelo contrário, é possível que o ódio deles pelo grupo que está no poder atualmente até se eleve pela punição que lhes está sendo imposta”, afirma. 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 

Consequências positivas e negativas 

Um dos pontos principais que os especialistas observam foi um movimento de união dos poderes, que fez com que as ações necessárias fossem tomadas de maneira célere. Como comenta Arthur Leandro, houve a “facilitação de um processo de união nacional, contrário aos ataques. Essa União Nacional, estou falando das chefias e das lideranças dos poderes. Então o poder judiciário, o poder executivo e o poder legislativo, nas suas duas casas, se uniram”. 

Para Maurício Garcia, outro entendimento observado foi a atuação das Forças Armadas, que demonstraram eficiência e ao mesmo tempo preocupação. “As Forças Armadas cumpriram suas atribuições constitucionais de garantidores da ordem, não de promotores da desordem. Houve deslises graves por parte de segmentos das Forças Armadas, mas seu comando, apesar do forte solavanco do 8 de janeiro, se manteve fiel ao seu papel constitucional de dar segurança à sociedade, não de ameaçar a sua ordem”, ponderou. 

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil 

Bolsonaro para os bolsonaristas 

Arthur Leandro ainda analisa o papel do ex-presidente da República como um motor para os levantes, que se deram após a sua derrota nas urnas. Uma consequência observada foi o isolamento político de Bolsonaro, que continuou calado após os ataques, e sua saída da cena pública. 

“Havia de parte dos golpistas uma expectativa de que Bolsonaro assumiria, que haveria uma intervenção militar, e que Bolsonaro assumiria como interventor. Na cabeça de alguns, inclusive, Bolsonaro assumiria como legítimo presidente, a destituição do governo Lula. O que aconteceu foi que o Supremo Tribunal Federal foi empoderado para agir sobre os financiadores do 8 de janeiro, o que terminou envolvendo também os organizadores dos acampamentos em frente às instituições das unidades militares do país que pediam intervenção militar”, afirmou Leandro. 

Outro ponto observado por Garcia é o que foi feito durante o ano todo, a remediação e as reações do bolsonarimos diante da repressão praticada desde o 8 de janeiro. “Durante o ano outros protestos desse grupo foram organizados, não deram certo porque não havia mais clima, mas a raiva e o ódio desse grupo mais radical à direita ao atual governo é algo muito profundo e perigoso”, concluiu o sociólogo. 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou nesta sexta-feira (22), no Diário Oficial da União (DOU), o primeiro decreto de indulto natalino assinado de seu terceiro mandato. Previsto na Constituição, o ato equivale a um perdão presidencial coletivo, com a extinção da sentença em determinados casos. 

O indulto foi concedido a condenados por crimes sem violência ou grave ameaça às vítimas, em diferentes condições, a depender do tempo de condenação dos presos e outras situações específicas.

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Casos perdoados

Para condenados com sentença inferior a oito anos de reclusão, o indulto se aplica aos que tenham cumprido ao menos um quarto da pena. Se for reincidente, o condenado precisa ter cumprido um terço da pena. 

Pessoas condenadas a mais de oito anos e menos de 12 anos de prisão precisam ter cumprido um terço da pena até 25 de dezembro de 2023, ou metade, caso sejam reincidentes.

O indulto também se estende a presos com mais de 60 anos de idade que tenham cumprido um terço da pena, ou metade, se reincidentes. Caso tenham passado dos 70 anos, a exigência é ter cumprido um quarto da pena se não forem reincidentes, ou um terço, se forem. 

Mulheres com filhos menores de 18 anos, ou com filhos com doenças crônicas graves ou deficiências também foram incluídas no indulto, em condições específicas caso as condenações sejam superiores ou inferiores a oito anos.

Entre outros casos citados no indulto, pessoas com deficiências permanentes anteriores aos delitos, doenças graves permanentes ou crônicas e transtorno do espectro autista severo também foram beneficiadas a depender do tempo de condenação e do cumprimento da pena.

Exceções

Como a cada ano, desta vez o decreto trouxe várias exceções. Ficam de fora, por exemplo, pessoas condenadas por crimes contra o Estado Democrático de Direito. Isso impede a liberação de pessoas sentenciadas por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. Até o momento, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 30 pessoas com envolvimento nos atos antidemocráticos. 

Elaborados pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), os termos do decreto preveem ainda o perdão a multas impostas por condenação judicial de até R$ 20 mil. Para valores maiores, é preciso que a pessoa comprove não ter capacidade econômica de arcar com a dívida. 

O decreto também não beneficia os condenados por crimes ambientais ou por crimes contra mulher, incluindo violações à Lei Maria da Penha, como violência doméstica, importunação sexual, violência política contra mulheres e descumprimento de medidas protetivas.

Outras exclusões incluem os crimes contra a administração pública, como corrupção passiva, peculato e mau uso de verbas públicas, para os casos em que as penas superam quatro anos de reclusão. 

Assim como em outros anos, o indulto não beneficia condenados por: violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente, racismo, crime hediondo, tortura, estupro, latrocínio, fraudes em licitação, integrar organização criminosa e terrorismo, entre outros. 

No Brasil, é tradição que o decreto seja publicado perto de 25 de dezembro e beneficie pessoas presas. A liberação, contudo, não é automática, e cada beneficiado deve pedir em separado sua soltura. 

O indulto tem inspiração humanitária e existe em grande parte das repúblicas, como Brasil, Portugal, França e EUA, entre outras. A ideia é perdoar crimes menores e beneficiar idosos e pessoas com doença grave, por exemplo. 

Em ao menos duas ocasiões, o STF suspendeu trechos do indulto de Natal na história recente. 

Em 2017, o decreto editado por Michel Temer foi suspenso na parte em que beneficiava pessoas condenadas por crimes do colarinho branco, como corrupção. Cerca de um ano em meio depois, entretanto, o plenário do Supremo decidiu validar todo o decreto, por entender se tratar de ato privativo do presidente da República. 

Em janeiro deste ano, o decreto editado em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro também foi suspenso, na parte em que concedia o indulto aos policiais militares condenados pelo massacre do Carandiru. 

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por maioria, mais seis réus por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas. Com isso, chega a 12 o número de condenados com relação ao episódio.  

Todos foram denunciados pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O julgamento virtual foi finalizado às 23h59 de terça-feira (17).  

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Os condenados foram Reginaldo Carlos Begiato Garcia (SP), Claudio Augusto Felippe (SP), Jaqueline Freitas Gimenez (MG), Marcelo Lopes do Carmo (GO), Edineia Paes da Silva Dos Santos (SP) e Jorge Ferreira (SP).  

Ao final, prevaleceu o entendimento do relator, ministro Alexandre de Mores, que votou pela condenação de cada um pela pena de 17 anos de prisão, com exceção de Jorge Ferreira, que recebeu sentença de 14 anos. 

Acompanharam Moraes os ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Fux. Os ministros Cristiano Zanin e Edson Fachin divergiram em parte, aplicando penas mais brandas, enquanto os ministros Luís Roberto Barroso, André Mendonça e Nunes Marques divergiram em maior extensão, absolvendo os réus de alguns dos crimes imputados.  

As diferenças nas penas ocorrem por que elas são calculadas pelos ministros com base na análise individualizada da conduta dos réus. Nessa leva, a maior parte dos condenados foi presa no interior do Palácio do Planalto. Somente Reginaldo Garcia foi preso dentro do plenário do Senado. 

Ao todo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou cerca de 1,4 mil denúncias relativas ao 8 de janeiro. A grande maioria diz respeito aos militantes bolsonaristas presos em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.  

Nesse caso, acusação foi mais branda, de associação criminosa e incitação à animosidade das Forças Armadas contra os Poderes instituídos, e Moraes autorizou o Ministério Público Federal (MPF) a fechar acordos para encerrar o caso. 

Aproximadamente outras 250 denúncias, que tratam de crimes mais graves, dizem respeito a pessoas presas em flagrante no interior ou no entorno do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional ou da sede do Supremo Tribunal Federal. 

Em meados de 2010, Cissa Guimarães recebeu uma das mensagens mais marcantes de sua vida que foi a da morte de seu filho caçula, Rafael Mascarenhas, que foi atropelado em um túnel no Rio de Janeiro enquanto andava de skate.

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Cissa Guimarães e Rafael Mascarenhas

Já se foram cerca de 13 anos desde a morte do menino que tinha apenas 18 anos de idade na época e apenas agora, em 2023, que a Justiça mandou prender os culpados, Roberto Bussamra e Rafael de Souza Bussamra.

E claro, Cissa Guimarães apareceu nas redes sociais para falar sobre o assunto e dividiu com seus fãs e seguidores alguns prints da notícia que fala sobre o veredicto e também uma reportagem que fala sobre o mesmo assunto.

[@#video#@]

13 anos! TREZE ANOS! E depois de um fim de semana de muita dor, vem um acalento e a esperança de justiça finalmente.Vale citar que o órgão condenou Rafael de Souza Bussamra a cumprir sete anos de prisão em regime fechado e mais cinco anos e nove meses em regime semiaberto. Além de atropelar o filho de Cissa, o rapaz também deixou o local sem prestar socorro porque estava participando de um racha.

Já o pai dele, Roberto Bussamra também foi condenado a cumprir oito anos em regime fechado e nove meses em regime semiaberto porque ele teria voltado ao local com o filho e pagou propina aos policias.

Dois homens foram enforcados no Irã depois que foram acusados de queimar um exemplar do Alcorão e insultar o profeta Maomé, anunciou nesta segunda-feira (8) a agência de informações da autoridade judicial do país, Mizan Online.

Sadrollah Fazeli Zarei e Youssef Mehrdad, declarados culpados de "insultar o profeta Maomé e outras blasfêmias, incluindo queimar o Alcorão", foram enforcados na manhã desta segunda-feira, de acordo com o site da agência.

De acordo com a justiça iraniana, Mehrdad criou um "grupo muito seguido" na internet para "propagar o ateísmo" no Irã.

Também afirma que as autoridades encontraram no smartphone do acusado um vídeo "com referência à queima do Alcorão".

A examinar os dispositivos eletrônicos de Fazeli Zare, os investigadores identificaram uma "conta popular" que promovia o "ateísmo" e "insultava os valores religiosos", acrescentou a justiça do país.

Um dos acusados confessou em março de 2021 que havia publicado os insultos nas redes sociais, de acordo com a Mizan.

As ONGs de defesa dos direitos humanos afirmam que as "confissões" no Irã são obtidas com torturas.

O Irã é o segundo país do mundo que mais executa pessoas, atrás apenas da China, de acordo com a Anistia Internacional e outras organizações.

Em 2022, o número de pessoas executadas no país aumentou 75% na comparação com o ano anterior, informaram em abril as ONGs 'Iran Human Rights' (IHR), com sede na Noruega, e 'Ensemble contre la Peine de Mort' (ECPM), com sede na França.

Ao menos 582 pessoas foram executadas na República Islâmica em 2022, um recorde desde 2015, contra 333 em 2021, de acordo com as duas organizações.

Quatro ativistas do grupo de extrema direita Oath Keepers foram declarados culpados de sedição, nesta segunda-feira (23), pela participação no ataque de 6 de janeiro de 2021 contra o Capitólio dos Estados Unidos.

Pelo ataque, mais de 950 apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump foram presos e acusados de provocar o caos na sede da democracia americana.

Entre eles, somente 14 ativistas de grupos de extrema direita -nove membros do Oath Keepers e cinco do Proud Boys- foram acusados de "sedição", que pode resultar em até 20 anos de prisão pelo uso da força em oposição ao governo. Neste caso, eles tentavam impedir a certificação no Congresso da vitória do presidente democrata Joe Biden sobre Donald Trump nas eleições de novembro de 2020.

Por falta de espaço na corte federal de Washington, a justiça organizou o julgamento dos Oath Keepers, acusados de terem treinado e se armado para a ocasião, em duas etapas.

Um primeiro julgamento foi concluído no final de novembro com um veredicto atenuado: o fundador desta milícia, Stewart Rhodes, e um funcionário local foram considerados culpados de sedição, mas os três co-réus foram absolvidos desta acusação.

Na segunda-feira, ao final do segundo julgamento, os jurados consideraram culpados os últimos quatro Oath Keepers, homens entre 38 e 64 anos descritos como perigosos "traidores" pela promotoria, mas como "exibicionistas" por seus advogados. Eles são Roberto Minuta, Joseph Hackett, David Moerschel e Edward Vallejo.

O julgamento dos Proud Boys, incluindo seu líder Enrique Tarrio, começou em dezembro e continuava nesta segunda-feira no mesmo tribunal.

Em outra audiência judicial, em Washington, Richard Barnett, o americano que ficou famoso por invadir o gabinete e sentar na cadeira da então presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, durante o ataque, foi considerado culpado de causar desordem no Congresso e outros crimes.

Após breve deliberação, os jurados concluíram também que Barnett, 62, é culpado de, entre outras coisas, obstruir o processo oficial, roubo e invasão de um prédio oficial com uma arma perigosa, um bastão capaz de emitir choques elétricos.

Em 6 de janeiro de 2021, a AFP o fotografou no gabinete de Nancy Pelosi, com os pés sobre a mesa da presidente da Câmara. A fotografia rodou o mundo e permitiu que a polícia o identificasse e prendesse rapidamente.

De acordo com a acusação, esse apoiador do movimento de conspiração Qanon deixou uma mensagem ofensiva à democrata e roubou um envelope que ela havia assinado.

Durante o julgamento, Barnett se defendeu alegando que a multidão "o empurrou para dentro" do Capitólio.

A sentença será proferida em maio e ele permanecerá em prisão domiciliar com pulseira eletrônica enquanto isso.

A Procuradoria Antiterrorista (Pnat) informou nesta segunda-feira (26) que os dois homens condenados a 18 anos de prisão no julgamento do atentado de Nice, em 2016, apelaram da sentença do tribunal especial de Paris.

Em 13 de dezembro, após mais de três meses de audiências, Chokri Chafroud e Mohamed Ghraieb foram condenados a 18 anos de prisão, cada um. A pena foi atribuída por associação terrorista criminosa, pelo envolvimento no ataque lançado com um caminhão, que resultou em 86 mortos e mais de 450 feridos.

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Já o agressor, Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, foi morto pela polícia no dia do ataque.

Os outros seis acusados, condenados em penas entre dois e 12 anos de prisão, decidiram não recorrer.

"Apenas Chokri Chafroud e Mohamed Ghraieb recorreram da decisão do tribunal criminal" de Paris, informou a Pnat.

Com a pena de 18 anos, o tribunal excedeu o pedido da Procuradoria antiterrorista, que havia reivindicado 15 anos para cada um dos réus.

"A gravidade dos atos cometidos por Mohamed Ghraieb e por Chokri Chafroud é excepcional", justificou o tribunal.

Entre as razões, mencionou-se a "convergência ideológica" entre Ghraieb, um franco-tunisiano de 47 anos, e o autor do atentado. O tribunal também indicou a quantia de 2.000 euros que o condenado entregou para comprar um veículo na véspera do ataque.

Três agentes prisionais que cometeram uma série de crimes no Presídio Regional de Caçador foram condenados a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). As penas variam de 8 a 34 anos de reclusão por associação criminosa, corrupção passiva, concussão, tortura e prevaricação.

Os fatos aconteceram entre dezembro de 2012 e janeiro de 2016, conforme a denúncia feita pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador: "Os denunciados, valendo-se do cargo que ocupavam no Presídio Regional de Caçador, exigiam vantagens de cunho sexual de detentas, em troca de privilégios na unidade prisional".

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Ainda segundo a denúncia, "ao que tudo indica, eles utilizavam-se da instabilidade do cargo ocupado pelas vigilantes, constrangendo-as a manter relações sexuais, ou ainda sugerindo a possibilidade de relacionamentos, deixando-as, por certo, extremamente constrangidas em seu local de trabalho".

Os autos do processo relatam 44 episódios em que o gerente do presídio e dois chefes de segurança utilizaram-se das funções públicas de forma inapropriada para obter benefícios de cunho sexual ou praticar atos de violência física e mental, como torturas e humilhações. Eles foram afastados dos cargos no decorrer do processo.

Crimes e condenações

O gerente do presídio na época foi condenado a 34 anos, 11 meses e 26 dias de reclusão por associação criminosa, corrupção passiva, concussão, prevaricação e tortura. Ele cometeu pelo menos 27 crimes. A lista inclui solicitações de cunho sexual com reclusas em troca de privilégios, como regalias no trabalho, entrada de cosméticos e alojamento especial.

As mulheres eram ameaçadas quando se recusavam a satisfazer a lascívia do gerente. As ameaças incluíam a privação das visitas de familiares, a transferência para outras unidades prisionais, além de castigos físicos e mentais.

Um dos chefes de segurança foi condenado a oito anos, seis meses e 20 dias de reclusão por associação criminosa, corrução passiva, prevaricação e tortura. Ele solicitou a uma detenta que praticasse sexo oral e cometeu outros atos ilícitos relacionados a agressão.

O outro chefe de segurança foi condenado a 13 anos de reclusão por associação criminosa, corrupção passiva e tortura. Ele cometeu no mínimo sete crimes, incluindo ameaças e torturas a presas e solicitações sexuais a uma vigilante, sob ameaça de demiti-la diante de uma resposta negativa (o que de fato acabou acontecendo).

Cabem recursos das condenações.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

Dois homens condenados por homicídio, em casos separados, foram executados na quarta-feira (16) nos Estados Unidos.

Murray Hooper, um afro-americano de 76 anos, recebeu a injeção letal na penitenciária Florence, no Colorado, anunciou o procurador-geral do estado, Mark Brnovich.

"Nunca devemos esquecer as vítimas nem parar de buscar o que a justiça exige", afirmou Brnovich.

A Promotoria afirma que na noite do Ano Novo de 1980, Murray Hooper e dois cúmplices invadiram uma casa em Phoenix para roubar, amarraram os três moradores e atiraram nas cabeças das vítimas.

No assalto, um homem e sua sogra morreram, mas sua esposa sobreviveu e conseguiu identificar os agressores. Os três foram condenados à morte em 1983, mas os outros dois faleceram na prisão antes da execução.

Murray Hooper sempre alegou inocência.

No Texas, o réu Stephen Barbee, de 55 anos, também recebeu a injeção letal na quarta-feira, depois de ser condenado pelos assassinatos da ex-namorada e do filho dela em 2006.

Embora tenha admitido os crimes em um primeiro momento, ele se retratou e declarou mais tarde que a confissão foi obtida sob pressão da polícia.

Desde sua condenação inicial, ele obteve duas suspensões da sentença.

Os advogados apresentaram na terça-feira um último recurso de apelação à Suprema Corte, mas o tribunal rejeitou o pedido.

A Suprema Corte, de maioria conservadora, não mostra muita simpatia pelos argumentos dos condenados à morte, exceto em alguns casos que envolvem religião.

Barbee foi o 15º preso executado em 2022 nos Estados Unidos.

Muitos condenados à morte passam décadas com os casos estagnados no sistema judicial. No final de 2020, quase 25% dos condenados tinham mais de 60 anos, de acordo com o 'Death Penalty Information Center' (DPIC).

Três policiais militares de Pernambuco foram julgados culpados por oferecer serviços de segurança pessoal a um deputado federal. De acordo com o Diário Oficial da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) desta terça-feira (9), o caso aconteceu na cidade de Vertentes, no Agreste do Estado, no dia 14 de janeiro de 2019.

Os agentes condenados são os terceiros sargentos Nilton César Ribeiro da Silva, João Carlos Ferreira da Silva e José Vicente Ferreira Júnior, que deverão cumprir 21 dias de detenção. Segundo a decisão da Corregedoria, o trio agiu em desconformidade com a Portaria da SDS nº 1.212, de cinco de julho de 2017, que disciplina a designação, implantação e manutenção de Policiais Militares na segurança pessoal de autoridades públicas e munícipes.

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Leia a decisão na íntegra:

"O Secretário de Defesa Social, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 7º, §3º, da Lei nº 11.929/2001, c/c o art. 10, Inc. I da Lei nº 11.817/2000. CONSIDERANDO que a presente Sindicância Administrativa Disciplinar foi instaurada com a finalidade de apurar a acusação que os Sindicados estavam realizando de maneira irregular, em desconformidade com a Portaria do Secretário de defesa Social nº 1212, de 05 de julho de 2007, a segurança pessoal do Deputado Federal apontado nos autos, no dia 14 de janeiro de 2019, na cidade de Vertentes – PE; CONSIDERANDO que ao analisar as peças que compõem os autos, o Corregedor Geral da SDS decidiu não homologar o relatório complementar, em face dos apontamentos exarados no Parecer Técnico da Assessoria da aludida Casa Correcional, arrimado no §1º, Art. 50 da Lei Estadual 11.781/2000; RESOLVE: I – julgar os Sindicados, 3º SGT PM Mat. 980756-0 NILTON CÉSAR RIBEIRO DA SILVA; 3º SGT PM Mat. 103359-0 JOÃO CARLOS FERREIRA DA SILVA e 3º SGT PM Mat. 108635-9 JOSÉ VICENTE FERREIRA JÚNIOR, culpados da transgressão disciplinar disposta no Art. 139 (Código Disciplinar dos Militares do Estado de Pernambuco) c/c art. 27, inciso IV, da Lei nº. 6783/74 (Estatuto dos Militares do Estado de Pernambuco) e ao que pressupõe a PORTARIA DA SDS Nº 1.212, DE 05 DE JULHO DE 2007, que disciplina a designação, implantação e manutenção de Policiais Militares na segurança pessoal de autoridades públicas e munícipes, e dá outras providências; II – em razão da perpetração da versada infração administrativa, impor os efeitos administrativos que decorrerem da aplicação da pena disciplinar de 21 (vinte e um) dias de DETENÇÃO, observando para a respectiva dosimetria da pena para ambos os Sindicados, a incidência das circunstâncias atenuantes previstas nos incisos I e II do Art. 24 da Lei 11.817/00 (CDMEPE); III - no que se refere à privação de liberdade, determinar que se observe a vedação expressa no inciso VII do art. 18 do Decreto Lei Federal nº 667, de 2 de julho de 1969, alterado pela Lei Federal nº 13.967, de 26 de dezembro de 2019, assim como o contido no Decreto nº 50.014, de 22 de dezembro de 2020; IV – remeter cópia dos autos do processo a Superintendência da Polícia Federal de Pernambuco para providências cabíveis, uma vez que compete a Polícia Federal o controle da segurança privada, armada e desarmada, empresarial ou realizada pelos profissionais, sendo reguladas, autorizadas e fiscalizadas, conforme o art. 1º, §1º c/c §3º, IV, V, da Portaria DPF Nº 3233 DE 10/12/2012; V - Publique-se em BG da SDS; VI – Retornem os autos à Corregedoria Geral para as medidas decorrentes desta deliberação.

HUMBERTO FREIRE DE BARROS, Secretário de Defesa Social"

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, na última segunda-feira (25), o Projeto de Lei Ordinária 2307/2021 que prevê vedar a contratação, por parte da administração pública, de terceirizados condenados pela prática de homofobia e transfobia.

A PL é de autoria do deputado Clodoaldo Magalhães (PSB) e foi aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ). Após a aprovação pela Comissão, a iniciativa, que altera a Lei nº 13.462, de 9 de junho de 2008, tramitará nas comissões de Administração Pública, Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, Desenvolvimento Econômico e Segurança Pública e Defesa Social até a votação no plenário.

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Para que seja aprovada de fato, o Projeto precisa que maioria dos deputados votem favoráveis a ele. Em caso de deferimento, o PL seguirá para sanção do governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

A força-tarefa do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) que apura os homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes anunciou nesta segunda-feira, 2, ter recorrido da sentença que condenou cinco pessoas por obstrução das investigações desses crimes. A intenção é convencer a Justiça a aumentar as penas e estabelecer o regime fechado para o início do cumprimento delas.

Esse foi o primeiro recurso apresentado pela força-tarefa em sua nova composição, após a saída das promotoras de Justiça Simone Sibílio e Letícia Emile e a nomeação da equipe que tem sete promotores sob a coordenação do também promotor Bruno Gangoni.

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Foram processados e condenados pela 19ª Vara Criminal do Rio, por obstrução de justiça, o sargento reformado da PM do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, que também é réu pela prática dos homicídios; sua mulher, Elaine Pereira Lessa; o irmão dela, Bruno Pereira Figueiredo; José Márcio Mantovano, conhecido como Márcio Gordo; e Josinaldo Lucas Freiras, cujo apelido é Djaca.

Segundo denúncia do MPRJ, os cinco atuaram para impedir e embaraçar a investigação sobre os homicídios de Marielle e Anderson. Na tarde de 13 de março de 2019, um dia após a prisão de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, Figueiredo conduziu Márcio Gordo até o apartamento de Lessa e de lá retiraram diversos pertences, como mostraram as câmeras de segurança do condomínio.

Depois Márcio Gordo se encontrou com Djaca e lhe entregou os pertences de Lessa, acondicionados em caixas, bolsas e malas, e tomaram destinos diferentes. Márcio Gordo foi para local ignorado, enquanto Djaca se dirigiu para o Quebra-Mar da Barra, onde alugou os serviços de um barqueiro e atirou ao mar todo o conteúdo retirado do apartamento de Lessa, incluindo diversas armas de fogo de grosso calibre.

A arma utilizada por Lessa para executar Marielle e Anderson até hoje não foi localizada pelos investigadores - a polícia suspeita que possa ter sido lançada ao mar por Djaca. Segundo o MPRJ, o plano para descarte das armas foi coordenado pela mulher de Lessa e pelo irmão dela, que arregimentaram os demais comparsas para a empreitada.

Lessa, que já estava preso, foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado. Os outros quatro réus foram condenados a quatro anos de prisão, em regime inicial aberto, e a pena foi substituída por prestação de serviço à comunidade e limitação de final de semana.

Na apelação, o MPRJ afirma que as penas são insuficientes para a adequada repressão dos condenados e reitera a presença de circunstâncias judiciais, agravantes e causas de aumento de pena não reconhecidas pela Justiça em primeira instância.

O recurso pede ainda a fixação do regime inicial fechado para cumprimento da prisão por todos os envolvidos, sem a possibilidade de adoção de medidas alternativas. O pedido será analisado por uma Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). Caso não seja atendido, o MPRJ ainda poderá recorrer aos Tribunais Superiores, em Brasília.

Dois americanos foram condenados nesta segunda-feira (19) a penas de prisão por um tribunal de Tóquio por suas ações para ajudar Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault e Nissan, a fugir do Japão no fim de 2019.

Michael Taylor, de 60 anos, foi condenado a dois anos de prisão, e seu filho Peter Taylor, 28 anos, a 20 meses. Eles eram julgados desde o mês passado em Tóquio.

Carlos Ghosn fugiu do Japão escondido em uma caixa de equipamento de som.

Michael e Peter Taylor aceitaram as acusações e pediram desculpas no tribunal. Os dois afirmaram que lamentavam suas ações.

No início de julho, a Promotoria solicitou dois anos e 10 meses de prisão para Michael Taylor e dois anos e meio para seu filho.

Os advogados haviam solicitado condenações com suspensão condicional das penas, argumentando em particular que Carlos Ghosn foi o principal instigador de toda a operação e que os Taylor já passaram 10 meses em prisão provisória nos Estados Unidos antes da extradição para o Japão.

Mas o juiz Hideo Nirei destacou nesta segunda-feira que este foi um "crime grave" porque a perspectiva de ver Ghosn julgado no Japão algum dia praticamente desapareceu.

"Os dois acusados conseguiram com êxito uma fuga ao exterior sem precedentes e tiveram um papel proativo nesta operação", afirmou o juiz.

- Dinheiro como motivação -

Nirei disse ainda que pai e filho foram motivados pelo dinheiro, e não porque Michael Taylor tem, por meio de sua esposa, relações distantes de parentesco com a família de Ghosn no Líbano.

De acordo com os investigadores, os Taylor receberam de Ghosn 862.500 dólares para preparar a operação e depois o equivalente a 500.000 dólares em bitcoins para pagar os gastos com advogados.

Carlos Ghosn mora no Líbano desde sua fuga, o que significa que o ex-CEO da Renault e Nissan está fora do alcance da justiça japonesa porque Beirute não extradita seus cidadãos.

Os Taylor foram detidos nos Estados Unidos em maio de 2020 e extraditados ao Japão em março para o julgamento.

Outro suposto cúmplice, um homem de origem libanesa chamado George-Antoine Zayek que ajudou os Taylor no Japão, continua foragido.

No fim de 2019, Carlos Ghosn estava em liberdade sob fiança em Tóquio, com a proibição de sair do Japão à espera do julgamento por suposta frauda financeira, acusação que sempre negou, quando estava à frente da Nissan.

Em 29 de dezembro de 2019, depois de viajar de maneira incógnita de Tóquio a Osaka no Shinkansen, o trem de alta velocidade japonês, ele se escondeu em uma grande caixa de equipamento de som, perfurada com pequenos orifícios discretos para permitir sua respiração.

A estratégia permitiu evitar os controles na alfândega do aeroporto internacional de Kansai, pois na época a inspeção de bagagem não era obrigatória para os passageiros de um voo privado.

O avião seguiu para Istambul, Turquia, onde Ghosn embarcou em outra aeronave alugada e viajou até Beirute.

Em fevereiro, três pessoas - um funcionário de uma empresa de aviões e dois pilotos - vinculadas à fuga foram condenadas a mais de quatro anos de prisão em Istambul.

A fuga de Ghosn não impediu o início no ano passado de um julgamento penal em Tóquio sobre dezenas de milhões de dólares em compensações diferidas que o executivo da Nissan receberia após a aposentadoria, mas que não foram mencionados nos relatórios enviados à Bolsa pelo grupo.

O americano Greg Kelly, ex-diretor jurídico da Nissan que foi detido no mesmo dia que Ghosn em novembro de 2018, é atualmente o único no banco dos réus pelo caso, já que a Nissan está sendo julgada como pessoa jurídica.

Kelly, 64 anos, pode ser condenado a até 10 anos de prisão no julgamento. A Nissan se declarou culpada.

Cinco iraquianos condenados por "terrorismo" foram executados nesta terça-feira (9) na prisão de Nasiriya (sul), o que dá continuidade a série de penas de morte no Iraque, um dos países que mais as aplica no mundo.

No caso desses cinco condenados, a Justiça recebeu também uma confirmação da sentença por parte da Presidência.

Esta assinatura presidencial é indispensável e já ratificou mais de 340 execuções pendentes por "terrorismo ou outros atos criminosos" e, desse modo, mais enforcamentos podem acontecer a qualquer momento.

Esses documentos foram assinados desde 2014, a maioria sob a presidência de Fuad Masum, no auge da ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque. As confirmações continuaram sob o mandato iniciado em 2018 por Barham Saleh, conhecido por ser, a título pessoal, contrário à pena de morte.

O Iraque promoveu em 2019 uma em cada sete execuções realizadas no mundo, o que significa que houve cerca de 100 executados. O país costuma acelerar as penas de morte depois de um atentado que comoveu a opinião pública, como é o caso agora, após o ataque de meados de janeiro em Bagdá, que deixou mais de 30 mortos.

- "Vingança" -

Dezenas de iraquianos se manifestaram em Nasiriya exigindo "vingança" para as famílias dos "mártires" assassinados pelos jihadistas.

O atentado de Bagdá, reivindicado pelo EI, comoveu uma população acostumada a uma relativa tranquilidade desde a derrota militar do grupo jihadista no final de 2017.

Pouco depois, uma série de ataques deixaram uma dezena de mortos entre as filas do exército, ao norte de Bagdá, aumentando a emoção e as tensões no país.

Para os defensores dos direitos humanos, a pena de morte é um "instrumento político" no Iraque para líderes submetidos à pressão de uma opinião pública que pede vingança, e para dispositivos político, judicial e de segurança incapazes de conter os atentados.

Para a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, no Iraque há "frequentes violações dos direitos a um processo justo, uma representação jurídica ineficaz (...) e inúmeras acusações de tortura e maus tratos".

Portanto, a aplicação da pena de morte pode ser considerada no Iraque como uma "privação arbitrária da vida por parte do Estado", afirmou Bachelet no final de 2020.

A comunidade internacional lançou uma campanha em novembro após a execução de 21 condenados, quase todos por "terrorismo", e quando circulavam informações sobre um possível calendário acelerado de execuções no Iraque.

O Iraque é o quarto país a executar mais condenados, atrás da China, Irã e Arábia Saudita, segundo a Anistia Internacional.

Os três youtubers que invadiram o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife (RMR), foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Em abril de 2018, eles tentaram entrar no presídio fantasiados com trajes da série 'La Casa de Papel' e alegaram que tudo passava de uma 'pegadinha'.

Gerson Farias de Albuquerque, Mateus Kleber dos Santos de Oliveira e Wesllay Meireles Lopes Costa vão pagar caro pela tentativa de conquistar seguidores. Por conta da 'brincadeira', o trio foi condenado pelos crimes de atentado contra a segurança pública, desacato e corrupção de menores.

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Na soma, a pena prevista foi de dois anos de reclusão e seis meses de detenção além do pagamento de dez dias de multa. Entretanto, o juiz responsável pelo caso substituiu a reclusão por penas restritivas de direito e os youtubers terão que pagar o valor da fiança e prestar serviços comunitários.

A justiça de Bangladesh condenou 16 pessoas à morte pelo assassinato de uma jovem de 19 anos, queimada viva depois de denunciar o diretor de uma escola religiosa por assédio sexual.

A morte de Nusrat Jahan Rafi em abril comoveu o país e provocou grandes manifestações. Os 16 acusados, incluindo o professor da jovem, eram julgados desde junho por um tribunal em Feni, sudeste do país.

"Este veredicto prova que nenhum assassinato fica impune em Bangladesh", declarou o promotor Hafez Ahmed.

De acordo com as autoridades, a jovem foi levada para o telhado da escola corânica em que estudava. Os agressores afirmaram que ela deveria retirar a denúncia que havia apresentado contra o diretor do centro de ensino por assédio sexual, mas ela se negou.

Os homens jogaram gasolina no corpo da vítima e a queimaram viva. Cinco dias depois ela morreu em consequência das gravidades dos ferimentos. O caso abalou o país de 160 milhões de habitantes.

Todos os acusados se declararam inocentes. Oito deles afirmaram que foram obrigados a assinar confissões do crime e denunciaram torturas.

Ativistas dos direitos humanos acompanharam o caso de perto, no momento em que aumentam os estupros e casos de assédio sexual em Bangladesh. O grupo de defesa das mulheres Bangladesh Mahila Parishad calcula que apenas 3% dos casos de estupro resultam em condenações penais no país.

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) tem cerca de 100 condenados em segunda instância da Operação Lava Jato de Curitiba, que podem buscar alteração no cumprimento de suas penas, de alguma forma, se o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar nesta quinta-feira, 17, o entendimento consolidado desde 2016 sobre a possibilidade de execução provisória da pena após condenação final em segundo grau. Dos condenados, pelo menos 15 estão presos atualmente.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva integra essa lista. Lula foi preso em 7 de abril de 2018, com base em decisões de 2016 e 2017 do STF e em súmula do próprio TRF-4, condenado no processo do triplex do Guarujá (SP). Em abril deste ano, sua sentença - estipulada em 8 anos e 10 meses de prisão - foi confirmada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a terceira instância. Há dúvidas sobre o benefício para o petista, diante de um novo entendimento do Supremo. O ex-presidente pode recorrer ainda.

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Outros condenados da Lava Jato presos e que podem requerer alteração de seu quadro penal são o ex-ministro José Dirceu, detido em Curitiba, e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso no Rio. Investigadores e advogados ouvidos pela reportagem afirmam que cada caso terá de ser analisado individualmente. Há condenados presos em execução provisória de pena, mas também com prisão preventiva decretada em outros processos, e há aqueles que estão em regimes de pena menos grave, como os do semiaberto ou monitorado por tornozeleira eletrônica. Pode haver também ações contra o Estado.

Números

O TRF-4 sentenciou 147 réus da Lava Jato nesses cinco anos. Com sede em Porto Alegre (RS), o tribunal revisa as decisões da 13.ª Vara Federal de Curitiba, origem da operação - onde há cerca de 100 ações penais abertas desde 2014. Das 47 sentenças da primeira instância, 41 recursos - tecnicamente, as apelações criminais - foram julgados pelo tribunal de segunda instância. São aproximadamente 115 condenados, segundo dados dos processos do tribunal e da Procuradoria Regional da República da 4.ª Região (PRR-4).

Os casos são analisados na 8.ª Turma Penal do TRF-4, responsável pelos casos da Lava Jato. O relator dos processos é o desembargador João Pedro Gebran Neto. Contra as decisões do tribunal, foram apresentados 36 recursos, especiais e extraordinários, de 25 condenados, para serem analisados no STJ.

Debate

O julgamento do Supremo pode impactar 4.895 presos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Desde que o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, pautou o julgamento de três ações que contestam a execução da pena após condenação em segunda instância, para votação nesta quinta, 17, o tema virou alvo de debate.

Na última terça, 15, o ministro Alexandre de Moraes rechaçou a hipótese de que uma eventual alteração do entendimento da Corte serviria como um salvo-conduto para criminosos violentos. "O homicida vai ser solto? O homicida fica preso desde o flagrante. Depois vem a sentença de primeiro grau, ele continua preso", disse. "O estuprador fica preso desde o flagrante. É um desserviço que estão fazendo atrapalhando a discussão".

O ministro Luiz Fux, vice-presidente do Supremo, disse nesta quarta, 16, que seria um "retrocesso" a derrubada da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. O ministro Luís Roberto Barroso ressaltou que haveria um "impacto negativo grave".

Tanto Fux quanto Barroso são considerados votos certos a favor do entendimento de que é possível a prisão após condenação em segunda instância, medida considerada um dos pilares da Lava Jato e dos avanços no combate à corrupção e aos crimes de colarinho branco no País.

Retrocesso

Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e membros das forças-tarefas da Lava Jato, em Curitiba, Brasília, Rio e São Paulo, a alteração do entendimento do STF dos últimos anos representará um retrocesso para o combate à impunidade no Brasil.

Nesta segunda, 14, Moro disse que não teme a anulação em série de julgamentos e condenações da Lava Jato. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-juiz da 13.ª Vara Federal de Curitiba disse que "respeita" qualquer decisão que o Supremo tomar, mas defendeu enfaticamente a jurisprudência da própria Corte que, em julgamento de casos anteriores, decidiu que condenado em segundo grau judicial já pode ser aprisionado.

Foi um grande avanço institucional os precedentes do Supremo desde 2016 na lavra do ministro Teori Zavascki (primeiro relator da Lava Jato, morto em acidente aéreo) admitindo execução em 2.ª instância. Afinal de contas o processo tem que ter começo, meio e fim. Minha posição é favorável à atual jurisprudência.

O coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol criticou a possibilidade de mudança. Em um perfil de rede social, ele escreveu que "deixar os réus livres até a decisão da última instância é um incentivo à impunidade".

"Quem pode pagar bons advogados protela os processos até onde consegue, em muitos casos até que os crimes prescrevam. Adiar o cumprimento das penas equivale a permitir que criminosos deixem de acertar as contas com a sociedade."

Nas férias, ao invés de viajar para conhecer novos lugares, uma mulher britânica, identificada como Mary Hardiman, 54 anos, prefere gastar o seu dinheiro e empenhar o seu tempo livre para encontrar assassinos que estão no corredor da morte. Ela afirma já ter gasto 8 mil euros (mais de R$ 36 mil) voando para os Estados Unidos, país onde encontra-se com os presos.

Mary, que trabalha como conselheira, salienta que toda a sua ação é com o apoio de seus familiares. Ao site Mirror, a mulher aponta: "Trata-se de esquecer os crimes e descobrir quem realmente são as pessoas". Tudo começou há quatro anos, quando a Hardiman resolveu começar a escrever cartas para esses homens que já estão à espera da morte. 

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Na entrevista concedida ao Mirror, a conselheira classifica que é muito fácil julgar os prisioneiros "apenas por seus crimes, mas se levássemos todo mundo ao seu maior erro, ninguém seria visto como perfeito", salienta. Mary acredita que a sua ação é uma forma de dar aos condenados uma chance de ter uma "conversa normal, sem julgamento", pontua.

O Podemos quer modificar as regras do plano de previdência parlamentar para impedir a aposentadoria de deputados e senadores cassados e condenados em instância superior pelo Poder Judiciário, por envolvimento em casos de corrupção. Pelo projeto, esses parlamentares seriam excluídos do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC).

Na segunda-feira, 1, o Senado concedeu aposentadoria especial ao ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT/MS). Ele foi cassado em 2016 por quebra de decoro - por tentar obstruir a investigação da Lava Jato no episódio do suposto favorecimento ao ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

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Delcídio vai receber benefício mensal bruto de R$ 11,5 mil, equivalentes a um terço da remuneração dos senadores em atividade (R$ 33,7 mil).

Ele foi líder do Governo Dilma no Senado. Preso em novembro de 2015, conseguiu a liberdade em fevereiro do ano seguinte quando fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.

Em sua delação, Delcídio disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria participado do esquema para comprar o silêncio de Cerveró. Lula acabou absolvido.

"Neste momento em que se discute a reforma da Previdência e todos estão conscientes de que há que se fazer sacrifícios para garantirmos um sistema de aposentadoria saudável às futuras gerações, é preciso rever também esses casos de aposentadorias de parlamentares envolvidos em esquemas de corrupção", afirma a deputada Renata Abreu.

Um dos autores do projeto, o deputado federal José Neto (GO), líder do Podemos na Câmara, anota que o partido estuda apresentar requerimento para que a matéria tramite em caráter de urgência, o que dispensaria algumas formalidades regimentais e daria celeridade à votação da proposta.

"Não é justo nem socialmente aceitável que um parlamentar que tenha eu mandato interrompido por cassação e que tenha sofrido condenação criminal por corrupção logre ver o fim de sua carreira política premiado por uma aposentadoria especial. Não é correto que um parlamentar honesto e de boa índole tenha o mesmo benefício daquele parlamentar que, atuando à sombra da lei, tenha desviado recursos, recebido propina, manobrado de maneira vil e atuado em detrimento dos valores maiores da República", diz o texto do projeto.

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