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Vladimir Putin enfrenta novos protestos nesta segunda-feira em repúdio à sua vitória na eleição presidencial, que, segundo ele, "impediu a Rússia de cair nas mãos dos inimigos que tentam usurpar o poder". Opositores de Putin reclamam de fraude generalizada no pleito deste domingo. Eles disseram que não reconhecem os resultados e devem se reunir perto do Kremlin às 7 horas da noite (12h no horário de Brasília).

Entretanto, o ex-espião da KGB, que após quatro anos como primeiro-ministro terá de volta o cargo que ocupou de 2000 a 2008, disse, com lágrimas nos olhos que sua "vitória foi limpa". "Eu prometi que iríamos ganhar. Nós vencemos. Glória à Rússia", disse Putin, vestindo um casaco de neve e ladeado pelo atual presidente Dmitry Medvedev, ao dirigir-se a dezenas de milhares de partidários na noite deste domingo sob as paredes vermelhas do Kremlin.

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Este será o terceiro mandato de Putin, estendido para seis anos por uma reforma constitucional. Em 2018, o líder poderá concorrer novamente, abrindo assim a possibilidade de que fique na presidência da Rússia até 2024.

Denunciando tentativas para "destruir o Estado russo e usurpar o poder", ele afirmou: "O povo russo mostrou hoje (ontem) que tais cenários não terão sucesso em nossa terra... Eles não passarão". Putin, de 59 anos, está em rota de colisão com os manifestantes, sobretudo da classe média, que protagonizaram atos de repúdio na capital e em outras grandes cidades russas, desde uma votação parlamentar ocorrida em 4 de dezembro do ano passado.

Os organizadores do protesto veem em Putin um autocrata, cujo poder vai frustrar a esperança de desenvolvimento econômico e de reformas políticas no país.

Putin venceu as eleições com 63,9% dos votos, com resultados quase definitivos, uma vez que já foram apurados 98,47% dos colégios eleitorais, como informou nesta segunda-feira a comissão eleitoral central. O comunista Guenadi Ziuganov ficou em segundo lugar, com 17,18% dos votos, seguido pelo liberal Mijail Projorov, com 7,7%. A quarta posição coube ao populista Vladimir Jirinovski, com 6,24% dos votos, seguido por Serguei Mironov, de centro, com 3,84%. A participação foi de 64%. As informações são da Dow Jones.

Os protestos contra a queima de exemplares do Alcorão em uma base dos EUA continuaram pelo terceiro dia nesta quinta-feira no Afeganistão, disseram testemunhas. A polícia voltou a realizar disparos para o ar para dispersar os manifestantes.

Mais de 600 pessoas saíram às ruas aos gritos de "Morte à América" e marcharam em Mihtarlam, capital da província de Laghman, a leste de Cabul. Além disso cerca de 300 estudantes tomaram as ruas da cidade de Jalalabad, no leste do país.

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Na quarta-feira, pelo menos 9 manifestantes foram mortos a tiros e dezenas de pessoas ficaram feridas em violentos protestos em todo o país devastado pela guerra, onde os Estados Unidos lideram cerca de 130 mil soldados estrangeiros da força de coalizão que tentam acabar com a insurgência do Taleban.

O ministério do Interior do Afeganistão atribuiu pelo menos uma das mortes a "guardas estrangeiros de Camp Phoenix", uma base militar dos EUA a leste de Cabul atacada por manifestantes. Entretanto, a maioria das mortes foi atribuída à polícia local.

Nesta quinta-feira, manifestantes lançavam pedras na base de Mehterlam, capital de Laghman. Pelo menos 2 mil pessoas se reuniram na cidade de 100 mil habitantes, mas não havia registro de feridos nesse caso.

Autoridades norte-americanas se desculparam várias vezes pela queima dos exemplares do Alcorão, que foram enviados para um incinerador na base aérea de Bagram, ao norte da capital do país.

Militares americanos, falando sob condição de anonimato, disseram que os militares retiraram os livros do Alcorão da prisão de Bagram porque suspeitavam que os presos usassem o livro sagrado para trocar mensagens. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Policiais e manifestantes entraram em choque na frente do Parlamento da Grécia na tarde de hoje, horas antes da votação de um duro pacote de medidas de austeridade exigidas pelos credores do país em troca de um multibilionário resgate financeiro. A violência espalhou-se pela cidade e pelo menos cinco imóveis foram incendiados. Há relatos de diversos feridos, sendo um número ainda não determinado de manifestantes, um policial e um fotógrafo.

Os choques ocorreram em meio ao debate do pacote no Parlamento. A manifestação reunia dezenas de milhares de gregos na Praça Sintagma, região central de Atenas. Centenas de manifestantes atiraram bombas de gasolina, pedras e outros objetos na polícia, que usou bombas de gás lacrimogêneo para reprimir a erupção de violência. Uma ambulância levou pelo menos dois feridos embora.

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Segundo cálculos da polícia, os protestos entraram pela noite e reuniam mais de 100.000 manifestantes, mas muitas pessoas continuavam chegando ao centro da cidade. Mais de 4.000 policiais foram destacados para vigiar a cidade enquanto o Parlamento debate as medidas de austeridade. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

A agência de notícias estatal da Síria (SANA) divulgou que três homens armados de um grupo terrorista mataram um general do país em Damasco neste sábado. Caso seja confirmado, o ataque seria o mais agressivo até o momento a um oficial das forças armadas sírias desde março do ano passado, quando começaram os protestos no país.

A SANA divulgou que o general chamava-se Issa al Khawli e era diretor de um hospital. Imagens da televisão estatal mostraram a imagem de um homem que seria o oficial deitado numa poça de sangue. Não era possível identificá-lo porque o rosto do homem estava desfocado. As informações são da Dow Jones.

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Manifestantes da Via Campesina bloquearam rodovias e protestaram hoje diante de prédios públicos de pelo menos oito cidades do Rio Grande do Sul. Os grupos pediram ajuda do governo para os pequenos agricultores prejudicados pela estiagem que assola o Rio Grande do Sul desde o final de novembro.

Houve manifestações na frente do prédio do Ministério da Agricultura em Porto Alegre, das agências do Banco do Brasil em Tupanciretã e Júlio de Castilhos, passeatas pelas ruas de São Luiz Gonzaga e Manoel Viana e bloqueios temporários, de alguns minutos intercalados com liberações, em rodovias que passam por Piratini, Hulha Negra e Santana do Livramento.

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Um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Cedenir de Oliveira, disse que o governo acenou com a liberação de 86 toneladas de trigo e com a oferta de milho a preço de custo para alimentação de animais.

Os pequenos agricultores atingidos pela estiagem também querem renegociar dívidas consolidadas no ano passado com primeiros vencimentos previstos para este ano. Alegam que, sem colheita, não terão como honrar seus compromissos. As manifestações foram suspensas durante a tarde.

Um levantamento da Defesa Civil indica que 337 dos 496 municípios do Rio Grande do Sul já decretaram situação de emergência por causa da estiagem.

Por Rhayana Fernandes

A tarde desta sexta-feira terminou em protestos por causa de uma obra inacabada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), nas imediações da BR 101, em Pontezinha, Região Metropolitana de Recife. Moradores da localidade, insatisfeitos com a situação, atearam fogo em pneus e móveis bloqueando a via.

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O motivo do manifesto é que a Compesa iniciou uma obra de reparos de canos estourados e não deixou a pista pavimentada, causando muita poeira no local. Foram cerca de 60 moradores e comerciantes da localidade que bloquearam a passagem de veículos, causando engarrafamento em toda a via. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal compareceram na BR para conter as chamas e liberar a via.

O serviço de pavimentação do local será realizado daqui a duas semanas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (DNIT).


Manifestantes contrários ao governo se reuniram neste sábado na sede do principal partido de oposição do Bahrein, desafiando uma proibição do governo e pressionando pela ampliação dos direitos políticos e civis dos muçulmanos xiitas do país.

O partido Al Wefaq tem sido o principal apoiador das manifestações realizadas pela maioria xiita. O movimento já dura dez meses e tem como objetivo acabar com o monopólio do poder pelos sunitas.

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O governo não concedeu autorização para o protesto deste sábado, mas mesmo assim milhares de manifestantes foram ao local. Os xiitas representam cerca de 70% da população do Bahrein, mas não ocupam altos cargos políticos ou nas forças de segurança.

Na última década, o Al Wefaq tem liderado uma campanha pela ampliação dos direitos da maioria xiita. Os protestos conhecidos como Primavera Árabe, no entanto, serviram de inspiração para que um número de manifestantes nunca visto antes saísse às ruas em fevereiro.

Um mês depois, os 18 parlamentares do partido renunciaram em protesto contra a repressão do governo às manifestações. Em julho, o partido abandonou as negociações para uma reconciliação, alegando que o governo não tinha intenção de chegar a um acordo com a oposição. O Al Wefaq também boicotou eleições realizadas em setembro para as cadeiras vagas do parlamento, após a detenção de altos membros do partido.

O Al Wefaq vem realizando manifestações públicas semanais nos últimos meses, mas tem evitado fazer isso sem a autorização do governo. Segundo o Ministério do Interior, o pedido para a manifestação deste sábado foi negado por questões de segurança. Apesar da proibição, o protesto terminou de forma pacífica. As informações são da Associated Press.

A polícia russa deteve ativistas da oposição para impedi-los de protestar na região central de Moscou contra a repressão das liberdades democráticas pelo Kremlin. Um repórter da Associated Press viu de 10 a 15 manifestantes serem colocados em ônibus policiais.

Os organizadores não receberam permissão para fazer o protesto, o último de uma série realizada no fim de cada mês com 31 dias. O número corresponde ao Artigo 31 da Constituição Russa, que garante tal liberdade.

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Pequenos protestos foram realizados neste sábado em outras cidades russas, mas são separados das manifestações que atraíram milhares de pessoas em busca de eleições livres e do fim do regime do premiê Vladimir Putin. As informações são da Associated Press.

Cerca de mil manifestantes reuniram-se na área central de Moscou neste sábado para exigir a realização de uma nova eleição parlamentar, após uma fraude no pleito realizado em 4 de dezembro último. Este foi o segundo fim de semana de protestos, mas a pequena participação na manifestação evidencia o desafio da oposição em manter a pressão pública sobre as autoridades.

O quórum da manifestação ficou bem abaixo dos protestos de abrangência nacional realizados no sábado anterior em pelo menos 60 cidades e que incluíram uma manifestação com a participação de centenas de pessoas em Moscou, no que foi a maior demonstração de indignação pública no país desde o fim da República Soviética. Demonstrações também ocorreram em pelo menos duas outras cidades neste sábado.

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Os protestos ocorrem após a eleição parlamentar nacional de 4 de dezembro, na qual o partido governista Rússia Unida perdeu um significativo número de cadeiras na Duma, embora tenha conseguido manter uma apertada maioria. Membros de partidos opositores afirmam que o resultado não foi merecido, respaldados por relatórios des observadores locais e internacionais que identificaram irregularidades e fraudes generalizadas na contagem dos votos.

O líder do partido Yabloko, Grigory Yavlinsky, que não conseguiu ingressar no Parlamento e que é um dos organizadores da manifestação deste sábado, disse que fez centenas de apelos para os protestos contra os resultados da votação. "Precisamos de uma nova lei eleitoral e novas eleições honestas", disse Yavlinsky, durante comício na Praça Bolotnaya, uma ilha no meio do Rio Moscou e a poucos metros do Kremlin.

A combinação da fraude e do declínio do poderio do Rússia Unida estimulou os grupos opositores que vinham sendo reprimidos pelos 12 anos de governo de Putin.

Autoridades russas decidiram permitir que a oposição faça uma manifestação sábado em Moscou contra as fraudes eleitorais, após a polícia ter reprimido protestos que aconteceram nesta semana com brutalidade. A decisão de permitir que até 30 mil pessoas se manifestem no sábado, em uma praça perto do Kremlin, parece ser uma tentativa de evitar a violência que aconteceu em outros episódios após as eleições parlamentares do final de semana passado.

O partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin, conquistou cerca de 50% dos votos, o que lhe permitiu manter uma maioria no Parlamento. Mas os partidos da oposição russa e observadores dizem que mesmo esse resultado foi inflado por causa de fraudes eleitorais. A lei eleitoral russa redistribuiu os votos de três partidos que não alcançaram os 5% dos votos. Isso deu ao Rússia unida o equivalente a 53% das cadeiras na Câmara.

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Embora o protesto tenha sido autorizado, os manifestantes não poderão fazer uma passeata após o evento. O governo russo já escalou uma força de 50 mil policiais e 2 mil paramilitares para a patrulha das ruas.

Os protestos contra as fraudes levaram milhares de pessoas às ruas de Moscou e São Petersburgo Os manifestantes usaram a internet para se mobilizar e mais de 30 mil pessoas já disseram que protestarão amanhã, confirmando presença em uma página do Facebook. Protestos também foram programados para outras cidades russas.

Ilya Ponomaryov, um parlamentar que é um dos líderes da Frente de Esquerda, movimento de oposição, descreveu o protesto programado para o sábado como um marco em eventos semelhantes na Rússia. Ele comparou os protestos que ocorrem hoje contra Putin com o movimento popular que levou à queda do regime comunista há vinte anos. "Nós esperamos que esse seja o maior protesto político em vinte anos", disse Ponomaryov.

As informações são da Associated Press.

O maior grupo guerrilheiro colombiano, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), prometeu libertar um número não especificado de reféns depois de milhares de colombianos realizaram passeatas em todo o país exigindo a liberdade de todas as pessoas capturadas pelos rebeldes.

O presidente Juan Manuel Santos disse na terça-feira que não vai trocar reféns por guerrilheiros presos, mas deu a entender que está aberto a um futuro diálogo se o grupo marxista demonstrar "vontade política verdadeira".

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"O que queremos ver é uma vontade política verdadeira para chegarmos a um acordo de paz e uma das formas de expressar essa vontade é libertando os reféns unilateralmente, sem condições e sem exibições", disse Santos em entrevista à rádio RCN.

"Libertem os reféns e então poderemos nos sentar e ver se há possibilidades de um diálogo", disse ele.

Manifestantes fizeram passeatas em Bogotá, Cali, Medellín e várias outras cidades do país andino, gritando "Liberdade, liberdade, liberdade".

"Chega das Farc", gritavam outros, pedindo o fim dos 47 anos de guerra de guerrilha contra o Estado.

As marchas foram realizadas 10 dias após o assassinato de quatro reféns - três policiais e um soldado - que eram mantidos pela guerrilha havia mais de 12 anos.

Dentre eles estava o mais antigo refém das Farc, José Líbio Martinez, que fora sequestrado em 21 de dezembro de 1997. Um quinto refém conseguiu escapar.

Os quatro foram mortos a tiros pelos guardas responsáveis por eles quando um acampamento da guerrilha na floresta foi atacado, informaram autoridades. As Farc dizem que as mortes foram resultado de uma tentativa "disparatada" de resgate. As informações são da Dow Jones.

Policiais entraram em confronto no centro de Moscou nesta terça-feira (6), com manifestantes que tentavam realizar um segundo dia de protestos contra as supostas fraudes eleitorais ocorridas nas eleições parlamentares russas realizadas no final de semana.

Centenas de policiais haviam bloqueado a Praça Triunfal na noite desta terça-feira e então começaram a expulsar cerca de 100 manifestantes, detiveram alguns e os jogaram com brutalidade no interior de veículos da polícia.

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Partidários do governista Rússia Unida também realizaram uma manifestação na noite de hoje na Praça da Revolução, perto do Kremlin. Imagens da televisão estatal mostraram uma multidão que parecia ser de alguns milhares de pessoas.

O Rússia Unida, legenda do primeiro-ministro Vladimir Putin, registrou uma significativa queda no número de votos da eleição, mas mesmo assim manteve a maioria no Parlamento. Opositores dizem que a vitória só foi alcançada devido à grandes fraudes.

Na vizinha Lituânia, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton criticou mais uma vez a eleição russa e pediu que as acusações de fraude sejam investigadas.

Alguns participantes do protesto desta terça-feira gritavam "Putin é um bandido e um ladrão!", numa referência tanto às fraudes eleitorais quando às reclamações generalizadas de que o Rússia Unida é uma das principais razões para a corrupção endêmica no país.

Dentre os detidos está Boris Nemtsov, líder da oposição liberal, além dos conhecidos radicais Eduard Limonov e Oleg Orlov, presidente do renomado grupo de direitos humanos Memorial, informou a agência de notícias Interfax.

Centenas de jovens com emblemas da juventude do Rússia Unida, os Guardas da Juventude, também se reuniram nos arredores da praça e gritavam de forma provocativa: "Putin, vitória!"

Um grande número de pessoas também se reuniu numa praça em São Petersburgo para protestar contra o resultado da eleição, afirmou observador eleitoral dinamarquês. As informações são da Associated Press.

Dezenas de milhares de sírios se manifestaram nesta segunda-feira em Damasco contra a decisão da Liga Árabe de impor sanções ao regime do presidente Bashar Assad, informou um correspondente da France Presse. "O povo quer Bashar Assad, nós somos o povo de Bashar", gritava a multidão.

A televisão estatal mostrou os atos favoráveis ao regime e criticou a Liga Árabe, descrevendo-a como "um instrumento pela implantação do plano do Ocidente, da América, contra a Síria". As sanções votadas no domingo, quando mais 23 pessoas morreram na Síria, afetarão "todos os sírios", não apenas o regime, segundo a TV estatal. "A Liga Árabe está punindo o povo sírio por suas posições", afirmou o jornal do partido governista Baath.

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Muitas escolas fecharam nesta segunda-feira para permitir que os estudantes pudessem ir às manifestações. A agência estatal Sana afirmou que havia protestos também em Alepo, segunda maior cidade do país, e em Hasake, ambas no norte sírio.

No domingo, a Liga Árabe anunciou duras sanções para punir o regime de Assad pela violenta repressão a protestos pacíficos contra o governo, iniciados em meados de março. As Nações Unidas estimam que mais de 3.500 pessoas tenham morrido na violência. A Síria foi suspensa da Liga Árabe mais cedo neste mês.

Os integrantes do bloco deixarão de lidar com Banco Central da Síria e suspenderão o comércio com o governo de Damasco, exceto de itens alimentícios. Foi solicitado ainda que os bancos centrais árabes monitorem as transferências para a Síria, exceto as remessas de sírios que moram no exterior para as suas famílias.

O ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, denunciou as sanções como uma tentativa de "internacionalizar" a crise síria. É a primeira vez que a Liga Árabe emite sanções dessa magnitude contra um de seus membros.

O ministro das Relações Exteriores da França Alain Juppé, disse nesta segunda-feira que "os dias do regime sírio estão contados". Em entrevista à rádio France Info, Juppé notou que os esforços para impedir mais mortes na Síria estão "indo devagar". Ele defendeu corredores humanitários na Síria, para que entidades possam levar ajuda às vítimas da violência. As informações são da Dow Jones.

Dezenas de milhares de manifestantes, gritando "Fora!, Fora!", se reúnem na Praça Tahrir, no Cairo, no que deve ser um grande protesto contra o conselho militar que comanda o Egito. O protesto por democracia e pelo fim do regime militar no país é chamado pelos organizadores de "protesto da última chance".

Na quinta-feira, o comando militar se desculpou pela violência que matou quase 40 manifestantes, em confrontos nas ruas próximas da Praça Tahrir com as forças de segurança nos últimos dias. Os militares também disseram que as eleições parlamentares marcadas para começar na segunda-feira seguirão como planejado.

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O protesto deve atingir seu pico após as preces semanais muçulmanas. Um repórter da Associated Press viu que o líder pelas reformas e Nobel da Paz Mohamed El-Baradei estava na praça e queria se unir às preces no local.

O xeque Mazhar Shahin, que lidera dezenas de milhares de fiéis rumo à praça, pediu que a junta militar entregue o poder a um governo de salvação nacional. O líder religioso afirmou que as pessoas devem permanecer na praça até que suas demandas sejam atendidas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito concordou em formar um governo de salvação nacional e passar completamente o poder às autoridades civis até julho de 2012, disse nesta terça-feira o político Selim al-Awwa à agência estatal de notícias MENA, citada pela agência France Presse (AFP). A junta militar concordou com a passagem de poder após quatro dias de manifestações na praça Tahrir do Cairo e violentos confrontos com os opositores, que deixaram pelo menos 29 mortos.

A junta militar egípcia enfrenta a pior crise política desde a queda de Hosni Mubarak em 11 de fevereiro. "Foi acordado na reunião, presidida pelo vice dirigente do Conselho das Forças Armadas, Sami Enam, que será formado um governo de salvação nacional, o qual implementará os objetivos da revolução", disse Awwa, pré-candidato presidencial que participou do encontro.

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Awwa disse que também foi acordado que "o poder deverá ser transferido a um presidente civil eleito, até no máximo o final de junho de 2012".

As informações são da Dow Jones.

Egípcios seguem para a Praça Tahrir, no centro do Cairo, em resposta a uma convocação de uma "marcha de um milhão", no dia em que os protestos contra os militares que comandam o país e por democracia entram em seu quarto dia. Mais três mortes durante a noite de segunda-feira para terça-feira e elevaram para 29 o número de mortos nos conflitos entre manifestantes e as forças de segurança, segundo a TV estatal.

Milhares de egípcios estão acampados na praça e entraram em confronto com as forças de segurança que tentavam tirá-los do local. Eles tinham uma bandeira gigante do Egito e cantavam slogans, mostrando que o pedido de demissão do gabinete civil no dia anterior não conseguiu interromper a disseminação dos distúrbios.

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A TV estatal egípcia informou que três pessoas foram mortas durante a noite na cidade de Ismailia, no leste do país. Com isso, subiu para 29 o número de mortos durante os protestos nos últimos dias.

Grupos pressionam pela realização de eleições presidenciais em abril de 2012 e por uma rápida transição para um governo civil. Os militares não deram uma data clara para a realização dessas eleições, mas chegaram a citar como datas possíveis o final do ano que vem ou o início de 2013. Para os manifestantes, esse seria um prazo muito demorado.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Giulio Terzi, disse que os direitos humanos devem ser respeitados no Egito e demonstrou preocupação com o "clima de tensão" e a "violência" no país. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Milhares de pessoas foram às ruas hoje em Antenas para os primeiros protestos populares contra as medidas de austeridade desde a posse do novo primeiro-ministro do país, Lucas Papademos. As manifestações, convocadas pelos dois maiores sindicatos gregos, tinham como objetivo advertir o novo gabinete para que não adote mais nenhum plano de rigor no país, mas perderam intensidade depois da crise política que resultou em ameaças de exclusão da Grécia da zona do euro.

Os protestos de hoje foram realizados no dia em que se celebra o levante estudantil de 1973 contra o regime militar que governou o país entre 1967 e 1974. Entre as palavras de ordem, estiveram o já tradicional "Fora FMI", mas também "Fora União Europeia". A Grécia chegou a ser correr o risco de ser obrigada a abandonar a zona do euro - e por consequência a UE - quando o então primeiro-ministro, George Papandreou, decidiu convocar um referendo para deliberar sobre o último plano de socorro ao país, avaliado em € 130 bilhões, e que resultará no calote parcial de 50% da dívida pública.

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Coincidência ou não, a intensidade dos protestos caiu. Se nas últimas greves gerais, realizadas em outubro e novembro, a praça central de Atenas foi transformada em campo de batalha entre a polícia e os manifestantes, hoje houve poucos enfrentamentos. Houve disparos de bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que atiravam pedras nas tropas de choque ou queimavam lixeiras no caminho a passeata. O Ministério do Interior mobilizou 7 mil agentes para controlar a multidão, mas o número de pessoas também caiu - os números variaram entre 7 mil, segundo as autoridades, e 27 mil, segundo os organizadores.

Enquanto os manifestantes voltavam às ruas, o gabinete de Papademos buscava acordos sobre a aplicação do plano de austeridade. Fortalecido pelo voto de confiança de 255 dos 300 deputados, aprovado na quarta-feira, Papademos tem como primeiro desafio chegar a um acordo com o sistema financeiro sobre as modalidades do corte da dívida, que deve recuar de 160% a 120% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. As discussões vêm sendo comandadas pelo ministro da Economia, Evangelos Venizelos, e pelo presidente da Agência de Gestão da Dívida Pública (PDMA), Petros Christodoulou. Os bancos são representados pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), dirigido por Charles Dallara.

A proposta inicial da Grécia prevê a troca de um total de € 200 bilhões em títulos soberanos gregos, com desconto de 50%. Segundo o jornal Kathimerini, para cada obrigação atual com valor de € 100 seria emitido um novo título, com valor de € 40, € 35 ou € 30. A diferença até os 50% seria saldada em dinheiro no vencimento da obrigação antiga. Já o IIF proporia, entre outras alternativas, o desconto de 50% sobre um total de € 141 bilhões em dívidas, por meio da troca dos papeis antigos por novos com validade de 22 anos e juros de 7%. No total, o corte oferecido pelos credores chegaria a € 94,5 bilhões.

Além de buscar o acordo com os bancos o, o governo de Papademos precisa encontrar novas fontes de receita para cumprir as metas de déficits acertadas com a UE. O desafio ficou ainda maior depois que a previsão de receitas com as privatizações caiu hoje de € 5 bilhões para € 1,3 bilhão em 2011. Do cumprimento de metas de redução do déficit depende a liberação de € 8 bilhões em empréstimos de Bruxelas e do FMI, que precisam ser transferidos para Atenas até 15 de dezembro. Do contrário, o país pode entrar em moratória.

Milhares de manifestantes pró-democracia protestaram na maior cidade do Marrocos neste domingo, pedindo um boicote das eleições parlamentares que devem ser realizadas em menos de duas semanas no país. As manifestações ocorreram diante da constatação do Conselho da Europa de que há pouco entusiasmo no país para as eleições. O Conselho se mostrou preocupado com o nível de participação dos marroquinos.

"Estou boicotando, e você?", diziam placas carregadas por muitos ativistas, na medida em que marchavam no distrito de Casablanca. As eleições parlamentares serão realizadas como parte de iniciativas de reforma do governo no reino norte-africano, aliado próximo dos Estados Unidos. Em resposta às manifestações pró-democracia neste ano, o rei Mohamed VI emendou a Constituição do Marrocos, abrindo mão de parte de seus poderes, e programou eleições para 25 de novembro. As informações são da Associated Press.

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Manifestantes mascarados e policiais entraram em confronto na madrugada de hoje em Oakland, na Califórnia, após um dia de protestos que fazem parte do movimento "Ocupe Wall Street" que levaram ao fechamento de um dos mais importantes portos dos Estados Unidos. As manifestações estavam em geral pacíficas até cerca da meia-noite (hora local), quando dezenas de manifestantes no centro da cidade começaram a atirar pedras e garrafas, ocupar prédios vazios e erguer barricadas.

A polícia antidistúrbio avançou e jogou gás lacrimogêneo. Os manifestantes violentos pareciam ser uma dissidência do movimento "Ocupe Wall Street", que está acampado perto da sede da prefeitura de Oakland. Vários manifestantes foram ao local dos confrontos pedir calma.

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Pelo Porto de Oakland, passam 59% do comércio entre EUA e Ásia. O porto mandou os empregados para casa no início da quarta-feira, após centenas de manifestantes cercarem as docas. A operadora do porto informou em comunicado na noite de quarta-feira que as operações estão na prática paralisadas e só serão retomadas quando houver segurança para isso.

Durante o dia, milhares de pessoas marcharam no centro da cidade em apoio a uma greve, convocada após a polícia disparar gás lacrimogêneo para retirar manifestantes de uma área, na semana passada, em uma operação que feriu uma pessoa. A imprensa local informou que dois manifestantes foram atingidos por um carro e hospitalizados.

O porto é responsável por US$ 39 bilhões em importações e exportações por ano e pelo emprego de dezenas de milhares de pessoas na área. Autoridades disseram esperar que o trabalho seja retomado nesta quinta-feira. As informações são da Dow Jones.

Milhares de manifestantes estão convergindo de vários países europeus para a Riviera Francesa, para protestar e pedir aos líderes das vinte economias mais desenvolvidas do mundo (o G-20) que tenham o foco na distribuição de renda e riqueza no planeta, ao invés do salvamento dos bancos e do mercado financeiro.

Dezenas de grupos de ativistas, com uma série de reivindicações que vão do fim dos paraísos fiscais à destinação de mais dinheiro para o desenvolvimento, organizaram protestos para esta semana. Uma grande passeata deverá ocorrer mais tarde nesta terça-feira na cidade francesa de Nice, com o slogan "As pessoas primeiro, não as finanças".

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O governo francês enviou mais de 12 mil policiais e agentes de segurança para manter a ordem na Riviera. A reunião do G-20 começa na quinta-feira em Cannes e deverá ter o foco nos esforços europeus para superar a crise da dívida, que está ameaçando a recuperação da economia mundial.

As informações são da Associated Press.

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