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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), assumiu no último sábado (14) o comando do grupo chamado P-20, composto pelos presidentes de parlamentos do G-20. Ele recebeu a liderança do grupo do presidente da Câmara dos Deputados da Índia, Om Birla.

Segundo Lira, o P-20 oferece uma plataforma importante para que os parlamentos aportem suas contribuições e liderem os debates sobre grandes questões globais.

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G-20
O G-20 é uma organização internacional que reúne as maiores economias do mundo. Em setembro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a presidência do G-20.

Diálogo e desafios
Ao tomar posse, Lira reiterou a posição do Brasil contrária a atos de violência e de agressões militares e defendeu o diálogo para resolver situações controversas.

O deputado apontou ainda desafios que precisam ser enfrentados no mundo, como fome, desnutrição, insegurança, mudanças climáticas e as consequências da pandemia da Covid-19.

“Lanço o apelo de que, como representantes de nossos povos, nossos parlamentos sejam, cada vez mais, uma parte essencial da luta contra esses problemas”, afirmou.

Guerra no Oriente Médio
Lira voltou a manifestar preocupação com o conflito no Oriente Médio e condenou a violência dos ataques terroristas. “Condenamos, nos mais fortes termos, os atos terroristas contra o povo israelense. Como representantes dos parlamentos do G-20, devemos manifestar nosso desejo de que uma paz justa e duradoura entre israelenses e palestinos seja alcançada em futuro próximo”, disse Arthur Lira.

Participação feminina
O presidente da Câmara defendeu ainda uma maior participação das mulheres na política e destacou que pretende levar a pauta das mulheres na próxima cúpula do P-20, que será realizada em 2024 no Brasil.

“O P-20 também precisa estimular o maior engajamento das lideranças femininas em seus debates, como fez o Parlamento indiano ao dedicar uma sessão específica ao tema da igualdade de gênero”, afirmou Lira.

*Da Agência Câmara de Notícias

De decisões importantes a clima de tensão, nesta semana o cenário político nacional esteve bastante agitado e rendeu grande repercussão nas mídias. Para relembrar o que foi destaque, o LeiaJá listou os principais acontecimentos dos últimos dias.

Confira

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Em delação, Cid entrega Bolsonaro  

Fora da prisão e usando tornozeleira eletrônica, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, afirmou em depoimento à Polícia Federal que entregou "em mãos" ao ex-mandatário o dinheiro obtido com a venda de dois relógios nos Estados Unidos. A informação foi publicada na última quinta-feira (14), pela revista Veja. 

Os itens, vendidos por US$ 68 mil, foram presentes recebidos por Bolsonaro de delegações estrangeiras. Um deles, da marca Rolex, foi readquirido por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O próprio Wassef admitiu que recomprou o objeto luxuoso. Já o paradeiro do outro modelo, da marca Patek Philippe, ainda é desconhecido.  

De acordo com a reportagem da Veja, Mauro Cid revelou que o dinheiro da venda dos relógios foi depositado na conta de seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid. Esse valor foi sacado e entregue em espécie ao ex-presidente. Cid ainda revelou à PF que Bolsonaro estaria “preocupado com a vida financeira” porque havia sido “condenado a pagar várias multas”. 

No dia 9 de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória a Mauro Cid e homologou o pedido de acordo de delação premiada apresentado pela defesa do braço direito do ex-presidente durante os quatro anos de mandato (2019-2022). 

Fake news aponta que Lula "roubou canetas" na Índia  

Nesta semana, mais uma fake news contra o presidente Lula (PT) viralizou em grupos de WhatsApp da extrema direita. O vídeo que circula nas redes sugere que o chefe do Executivo teria furtado canetas no encerramento da 18° edição do G20, em Nova Délhi, na Índia. 

O material recorta trecho da transmissão do CanalGov, mantido pela EBC, no YouTube, no dia 10 de setembro, após Lula encerrar seu discurso no evento. Com recursos de mídias, um homem narra a cena dizendo que o mandatário pegou canetas, olhou para o lado “assustado” e as entregou para a “comparsa” Janja. “Você acabou de presenciar um furto de canetas na Índia”, alega. 

A imagem mostra, na realidade, o líder petista entregando à primeira-dama alguns lápis de madeira. No entanto, os itens eram de uso particular do líder brasileiro, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). 

Eduardo Leite é afastado da presidência do PSDB  

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) declarou na segunda-feira (11) a nulidade da segunda prorrogação da Comissão Executiva Nacional do PSDB e determinou que o partido realize novas eleições em até 30 dias. Com issso, o atual presidente do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), deve deixar o cargo. 

Em consequência da decisão, a atual Comissão Executiva, formada em fevereiro deste ano, e que tem dois governadores do partido, Raquel Lyra de Pernambuco e Eduardo Riedel do Mato Grosso do Sul como vice-presidentes, será dissolvida. 

A ordem que afasta o gestor gaúcho do comando tucano é de autoria de Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Ele argumentou que Leite deveria ter deixado o cargo em 31 de maio, data estabelecida para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu. 

Parlamentares da sigla defenderam que a decisão de prorrogar o mandato da direção executiva foi tomada por unanimidade, e que o próprio prefeito concordou com a votação e foi beneficiado pela prorrogação. Contudo, a Justiça refutou esse argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite permaneceria como presidente do partido até novembro deste ano, não fosse a decisão desta semana. 

Supremo condena golpistas  

Em recado aos atos antidemocráticos e numa resposta à sociedade brasileira após os ataques do 8 de janeiro contra a Praça dos Três Poderes, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram os três primeiros acusados de participar das cenas de vandalismos a penas que ultrapassam os 14 anos de prisão, além de multas. 

Com a decisão, Aécio Lúcio Costa Pereira e Matheus Lima de Carvalho Lazaro foram sentenciados a 17 anos e seis meses de detenção cada um, sendo 15 deles em regime fechado. Já o Thiago de Assis Mathar foi punido com 14 anos de prisão, no entanto, 12 anos e meio em regime fechado. 

Os três condenados foram os primeiros de 232 réus que serão julgados no Supremo, acusados de cometerem crimes durante os ataques. Outras 1.113 pessoas, que respondem por delitos mais leves, estão com os processos suspensos, aguardando decisão sobre uma ação de não persecução penal. 

Advogado de golpista confunde livros e erra frase no STF  

O comportamento da defesa do golpista Thiago de Assis Mathar, rendeu muitos comentários nas redes sociais nesta semana. No plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira (14), o advogado Hery Kattwinkel apagou os mais de quatro séculos que separam Nicolau Maquiavel de Antoine de Saint-Exupéry. O comentário ainda associou uma frase polêmica ao legado do filósofo italiano. 

"Como diz 'O Pequeno Príncipe', os fins justificam os meios", afirmou Kattwinkel.  

Logo em seguida, o ministro Alexandre de Moraes se manifestou sobre as declarações do advogado. Ele acusou o advogado de "esquecer" a defesa do cliente e de fazer "discursinho" para as redes sociais. 

"Realmente é muito triste (...) confundiu 'O Príncipe', de Maquiavel, com 'O Pequeno Príncipe', de Antoine de Saint-Exupéry, que são obras que não têm absolutamente nada a ver", afirmou Moraes. 

Depois, em razão dos ataques que fez ao STF durante a sua fala, Hery Kattwinkel acabou expulso do partido Solidariedade ao qual era filiado. 

Silvio Costa Filho assume Ministério de Portos e Aeroportos e promete baratear passagens aéreas  

Na quarta-feira (13), o pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiu o comando do Ministério de Portos e Aeroportos. No mesmo dia, ele afirmou que vai buscar baixar os preços das passagens aéreas e pretende dar continuidade ao programa "Voa, Brasil". 

"Vamos trabalhar ao lado presidente Lula, de maneira coletiva com o setor produtivo, para tentar baixar o preço da passagem porque está muito caro no Brasil. Isso significa desenvolvimento, crescimento e dá uma sinalização para o próprio brasileiro conhecer o Brasil. E tenha certeza, ministro Márcio França, que o 'Voa, Brasil', nós vamos construir juntos", declarou. 

O programa, anunciado pelo ministro anterior, Márcio França (PSB-SP), visa oferecer passagens aéreas por cerca de R$ 200 para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O seu lançamento foi adiado algumas vezes, porém agora deve ser lançado no final deste mês. 

A escolha do presidente Lula (PT) em ter o pernambucano em seu governo, visa ampliar a base no Congresso. 

Lula sanciona auxílio-aluguel para mulher vítima de violência doméstica  

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou na quinta-feira (14) uma lei que garante por até seis meses o pagamento de auxílio-aluguel a mulheres vítimas de violência doméstica. 

O projeto, que será custeado por estados e municípios por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), foi aprovado pelos parlamentares no mês passado, inclui o auxílio-aluguel entre as medidas protetivas de urgência definidas pela Lei Maria da Penha. 

O texto que saiu do Congresso define que a assistência financeira será de acordo com a "situação de vulnerabilidade social e econômica" da vítima, mas sem exemplificar valores. 

Os países do G-20 decidiram abrandar o tom ao tratar da guerra na Ucrânia com objetivo de chegar a um comunicado conjunto de consenso na Cúpula em Nova Délhi. O documento poupa a Rússia. Os países ocidentais aliados da Ucrânia, sobretudo do G-7, precisaram fazer concessões para incluir palavras que agradam a Moscou, além de contemplar preocupações da China.

Os líderes reunidos na Índia aprovaram a remoção de um trecho inteiro do texto, que exigia a "retirada total e incondicional das tropas russas do território ucraniano". O novo comunicado, conhecido como "Declaração de Líderes do G-20 de Nova Délhi", não fala mais em condenação da guerra, nem sequer cita a invasão e a ocupação militar realizada pela Rússia, em fevereiro de 2022.

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Antes, o G-20 afirmava que, embora houvesse visões distintas sobre o conflito e sobre as sanções decorrentes dela contra os russos, a maioria dos membros condenava fortemente a guerra. A declaração anterior, assinada em Bali (Indonésia), no ano passado, citava ainda que a maioria dos países "deplorava nos termos mais veementes a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia".

As sanções não são mais objeto de menção no texto. Rússia condiciona a reabertura do corredor de exportações do Mar Negro à suspensão delas. Na declaração, os países apelaram por uma implementação rápida dos acordos, intermediados na Turquia, de exportação de grãos, cereais e fertilizantes, produzidos na Ucrânie e na Rússia: "Isso é necessário para satisfazer a demanda nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos, particularmente aqueles na África".

Em trecho considerado relevante por negociadores, exigiu-se compromisso com alguns princípios: "Todos os Estados devem abster-se da ameaça do uso da força ou de procurar a aquisição territorial contra a integridade territorial e a soberania ou a independência política de qualquer Estado. O uso ou ameaça de uso de armas nucleares é inadmissível".

A Declaração de Líderes de Nova Délhi foi adotada neste sábado, 9. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou que os líderes das principais economias do mundo haviam chegado a um acordo, batendo na mesa repetidas vezes em comemoração.

"Com base no trabalho árduo de todas as equipes, obtivemos consenso sobre a declaração da Cúpula dos Líderes do G-20?, afirmou o indiano.

Nos últimos dias, os diplomatas que coordenam as negociações se debruçaram sobre os temos do texto. As conversas haviam travado justamente no assunto da guerra, embora houvesse entraves também no conteúdo sobre a redução do uso de combustíveis fósseis, depois superados.

Havia o risco de que as tratativas não avançassem na direção de um comunicado consensual, como de praxe, o que seria considerado um fracasso diplomático. Isso poderia significar, na prática, um esvaziamento do G-20, o que não interessa agora aos países do G-7, sobretudo depois da expansão do Brics, impulsionada pela China, para criar um mecanismo alternativo de discussões globais, em sua órbita.

Segundo fontes a par das negociações, os países do IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) trabalharam a favor da construção de um comunicado de consenso, junto da Indonésia. Para isso, foi preciso fazer concessões e trabalhar com base numa linguagem "mais genérica" sobre a guerra, conforme diplomatas.

Os russos estavam dispostos a bloquear o avanço da declaração de líderes. No ano passado, ela ficou pronta de última hora e incluiu uma menção dura contra a Rússia, por maioria de votos, o que não é o costume. Em geral, os texto são assinados somente depois de consenso entre todos os integrantes do bloco.

Moscou protestava contra isso, e dizia que essa era uma prática forçada pelos países do G-7, liderados pelos Estados Unidos, que tentavam impor a "ucranização" da agenda global em espaços não apropriados para essa discussão, desconsiderando seus argumentos.

O G-20 também menciona agora que é o "principal fórum para cooperação econômica internacional", exatamente como argumenta a diplomacia chinesa. Essa é uma forma de Pequim explicitar que os assuntos de geopolítica e guerra, no seu entendimento, deveriam ficar em segundo plano nas reuniões do grupo.

Em paralelo ao G-20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ecoou essas preocupações russas e chineas. Segundo a Presdiência da República, Lula afirmou ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que o G-20 "não pode fixar as discussões apenas na guerra entre Rússia e Ucrânia, porque há outras crises no mundo, como a fome, a pobreza extrema e os desafios climáticos, que demandam atenção imediata".

Com anúncio de última hora, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, foram os dois principais ausentes da cúpula em Nova Délhi. Eles enviaram representantes.

O G-20 também lembrou que cada países tem posições próprias, já manifestadas no Conselho de Segurança das Nações Unidas e na Assembleia Geral da ONU e que "todos os Estados devem agir de forma consistente com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, na sua totalidade".

O G-20 lembrou ainda que a guerra na Ucrânia causa sofrimento humano e impactos negativos na segurança alimentar e energética, bem como nas cadeias de suprimento, na estabilidade financeira, na inflação e no crescimento econômico. Além disso, reconheceram que a guerra tornou mais complicadas ações ambientais, especialmente nos países em desenvolvimento, que se recuperam ainda da pandemia da covid-19 e suas consequências econômicas. Mais uma vez houve divergências de avaliação e visão no assunto.

"Apelamos à cessação da destruição militar ou de outros ataques a infraestruturas relevantes", diz o comunicado final. "Vamos nos unir no esforço para enfrentar o impacto adverso da guerra na economia global e saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia."

Os países, por fim, assinaram um acordo dizendo que o G-20 deve continuar a funcionar na base do consenso, uma preocupação russa, e mencionaram a realização da Cúpula de 2026, nos Estados Unidos, o que a China tentava objetar, no que foi interpretado como uma forma de barganha nas negociações. A edição de 2024 será no Brasil, e a de 2025, na África do Sul. A Arábia Saudita quer assumir a presdiência depois.

Diante da pressão chinesa, Índia, Brasil, África do Sul e Estados Unidos - atual e futuros anitriões do G-20, nesta ordem, de 2023 a 2026 -, divulgaram um comunicado conjunto, no qual reafirmam o compromisso com o bloco, "principal fórum para a cooperação econômica internacional, buscando soluções para o nosso mundo".

"Continuaremos avançando a partir do progresso histórico alcançado na presidência da Índia para enfrentar os desafios globais. Neste espírito, juntamente com o presidente do Banco Mundial, nós saudamos o compromisso do G-20 de tornar bancos multilaterais de desenvolvimento maiores, melhores e mais eficazes", disseram os quatro países.

O comunicado final também confirmou a adesão da União Africana, como novo membro permanente do G-20, o que havia sido anunciado por Modi.

Meio Ambiente e Europa

Em recado que repercute nas negociações do Brasil e demais países do Mercosul com a União Europeia, os países do G-20 se comprometeram a "evitar políticas econômicas verdes discriminatórias", em linha com regras previstas em acordos climáticos e na Organização Mundial do Comércio.

O Brasil reclama de legislações europeias recentemente aprovadas que, no entendimento do governo federal, podem gerar retaliações a produtos do agronegócio e fechar mercados. Elas atrapalham as negociações do acordo comercial entre os dois blocos.

Ao passo que contempla a cobrança do presidente Lula por mais recursos para financiamento da manutenção de florestas, que haviam sido prometidos no Acordo de Paris, o G-20 também exigiu a prevenção e combate a incêndios florestais e recuperação de danos provocados pela mineração clandestina.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai dedicar parte de sua agenda em Nova Délhi, na Índia, a encontros com líderes autoritários. Lula vai se reunir neste sábado, 9, com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman Al Saud, e com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

O príncipe e premiê saudita e o presidente turco serão os primeiros governantes estrangeiros recebidos em reuniões bilaterais por Lula, durante a passagem pela Índia. Ambos são conhecidos por liderar regimes que restringem liberdades em seus países. Os dois encontros ocorrerão no Bharat Mandapam, sede da Cúpula do G-20, durante um intervalo reservado pela organização para esse tipo de conversa.

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Lula ainda não havia conversado pessoalmente com nenhum dos dois desde que assumiu a Presidência pela terceira vez. O encontro com MBS, como o príncipe é conhecido, chegou a ser agendado para ocorrer em junho, na França, mas Lula cancelou com poucas horas de antecedência a presença no banquete em sua homenagem, que seria oferecido pelo saudita.

Na ocasião, Lula alegou cansaço físico e prometeu remarcar a conversa. Disse ainda que convidaria o príncipe a visitar o Brasil, por causa do poder de investimentos bilionários do fundo soberano saudita.

"Eu sabia que havia uma proposta de reunião com o príncipe da Arábia Saudita que queria discutir investimentos no Brasil. Eu quero conversar com todas as pessoas que querem fazer investimento no Brasil, porque quero saber qual a qualidade do investimento", disse Lula, em Paris, posteriormente. "Eu simplesmente não tive condições de participar da reunião e vou pedir que o Itamaraty o convoque pra ir ao Brasil discutir negócios com empresários brasileiros. Se a Arábia Saudita tiver interesse em investir, o Brasil terá interesse em conversar com quem quer que seja que eles mandem conversar."

Forças especiais, veículos blindados e homens contratados para espantar macacos fazem parte da configuração implantada pela Índia em Nova Délhi para a cúpula do G20 no fim de semana.

Imagens do sorridente primeiro-ministro Narendra Modi cobrem as ruas da capital para receber os governantes das 20 maiores economias do mundo.

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Modi aproveitou a presidência do G20 para polir a sua imagem no país e no exterior e reafirmar o lugar da Índia no mundo antes das eleições gerais do próximo ano.

A Índia ultrapassou a sua antiga potência colonial, o Reino Unido, no ano passado, tornando-se a quinta maior economia do mundo, e este ano ultrapassou a China como o país mais populoso.

Veja, a seguir, como as autoridades indianas se preparam para a cúpula:

- Atiradores de elite e "Black Cats" -

As operações de segurança envolverão dezenas de milhares de agentes, incluindo atiradores de elite e tecnologia antidrones.

Os "Black Cats", a guarda antiterrorista indiana, têm ensaiado movimentos rápidos de helicóptero, descendo com cordas até os telhados dos hotéis onde os governantes ficarão hospedados.

A polícia de trânsito prometeu regulamentações detalhadas sobre o trânsito, que será restrito em grandes áreas do centro da cidade, onde apenas limusines blindadas poderão circular para transportar os dignitários visitantes.

O comércio terá que fechar e foi declarado feriado, com o qual as congestionadas e barulhentas avenidas e ruas da capital permanecerão em silêncio.

A cúpula será realizada no recém-reformado centro de conferências Bharat Mandapam, localizado perto das torres do forte Purana Qila, do século XVI. Perto dali, em Raj Ghat, um memorial dedicado a Mahatma Gandhi, os governantes planejam plantar árvores.

- Limpeza -

A área metropolitana de Nova Délhi, com cerca de 30 milhões de habitantes, passou por uma intensa transformação desde que a Índia assumiu a presidência do G20 no ano passado.

As autoridades da cidade esperam dissipar a imagem de um lugar caótico e poluído.

Mais de 4.000 sem-teto que normalmente ficam debaixo de pontes e pelas ruas do centro foram transferidos para "abrigos" antes da cúpula, segundo as autoridades municipais.

Várias fontes que estavam fechadas há anos voltaram a funcionar e cerca de 70 mil vasos foram colocados em toda a cidade, com 35 caminhões-cisterna mobilizados para manter as plantas verdes, informou o jornal Times of India.

Também foram instaladas estátuas no centro da cidade, incluindo uma de 8,5 metros de altura do deus hindu Shiva, na entrada do local da cúpula.

- Afastar macacos -

Uma equipe de mais de 30 "homens-macaco" foi mobilizada e figuras de primatas em tamanho real foram instaladas para impedir que macacos saqueadores comam os arranjos de flores instalados e perturbem a cúpula.

Os macacos são uma ameaça na cidade, onde costumam destruir jardins, escritórios e telhados residenciais, atacando inclusive pessoas para levar comida.

Os "homens-macaco" imitam os gritos dos agressivos macacos langur, inimigos naturais do pequeno macaco rhesus que causa problemas nas áreas governamentais da capital.

No entanto, as autoridades suspenderam as tentativas de enfrentar outro desafio - capturar e esconder milhares de cães de rua – depois que o esquema irritou os moradores de Nova Délhi e os ativistas dos direitos dos animais.

Nova Délhi sofre de dengue e malária, ambas transmitidas por mosquitos, e oito equipes com inseticidas pulverizaram criadouros no local da cúpula, informou o Hindustan Times.

Um funcionário disse ao jornal que lotes de peixes que se alimentam de larvas de mosquitos foram soltos em cerca de 180 lagos e lagoas da cidade.

Ao assumir a presidência do G-20 pela primeira vez, durante a cúpula na Índia, no fim de semana, o Brasil apresentará uma agenda social ao bloco. O governo brasileiro priorizará o combate às desigualdades, especialmente à fome e à pobreza, a luta contra as mudanças climáticas e a reforma dos órgãos de governança global.

Os temas-chave que guiarão os trabalhos coordenados pelo Brasil no próximo ano serão abordados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso, no domingo, 10. O presidente faz campanha para que países em desenvolvimento ganhem mais peso e representação internacional.

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A presidência rotativa do Brasil começa em 1° de dezembro. O mandato brasileiro vai até novembro do ano que vem, quando haverá uma nova cúpula de líderes, no Rio.

O Brasil assume no momento em que o bloco atravessa sua maior divisão interna, provocada pela guerra na Ucrânia e pelas disputas econômicas e geopolíticas entre China e EUA.

Esvaziado, o encontro em Nova Délhi ocorrerá sem os presidente de Rússia, Vladimir Putin, e China, Xi Jinping. Para especialistas, a falta de efetividade do G-20 na arena global deverá render poucos benefícios práticos à diplomacia brasileira.

Críticas

Analistas consultados pelo Estadão acreditam que Lula usará sua participação na cúpula para impulsionar a mesma agenda dos últimos meses, que tem atraído críticas dentro e fora do Brasil.

Essa política é marcada pelo não alinhamento à guerra na Ucrânia, por vezes entendido como apoio à Rússia, e o questionamento do dólar como base do comércio internacional, um aceno ao protagonismo chinês.

Para o professor de relações internacionais da ESPM-SP Gunther Rudzit, o presidente deve apostar num discurso similar ao da cúpula do Brics, quando se alinhou a russos e chineses. "Lula deve falar sobre o sistema financeiro e de outras moedas, a mesma agenda que vem discutindo desde o início de seu governo", disse.

A agenda ambiental, importante para as potências ocidentais, é o principal ponto de contato hoje entre a diplomacia brasileira, americana e europeia. Caso Lula pretenda reconstruir pontes com polos antagônicos do G-20, deveria optar por reforçá-la, na visão de Rudzit. "O governo brasileiro sabe que dar atenção ao tema ambiental agrada aos EUA e à Europa."

"Voltamos a fazer com que o mundo respeite o Brasil pela seriedade com que a gente trata as pessoas e pela seriedade com que estamos tratando a questão do clima. Isso faz com que o Brasil vire protagonista", reconheceu o próprio presidente, na terça-feira, ao falar sobre a viagem à Índia e as prioridades brasileiras.

Atualmente, o G-20 está dividido entre um bloco ocidental, composto por americanos e europeus, e um emergente, com russos e chineses. Importante na reação à crise de 2008, o bloco hoje perdeu relevância diante das tensões crescentes provocadas pela guerra na Ucrânia e pela ascensão da China.

Diálogo

Ainda de acordo com analistas, a perda de protagonismo do fórum deve tornar inócua a tentativa de Lula se colocar como líder global - algo que ele tem buscado, sem sucesso, com suas declarações sobre Ucrânia e a governança global.

Richard Rossow, diretor do departamento de Índia do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede em Washington, reforça que, mais do que a guerra ou o dólar, a agenda ambiental é o principal tema sobre o qual o Brasil pode exercer protagonismo. "O combate ao desmatamento, que é um problema que o Brasil enfrenta, pode e deve ser levado ao G-20", avalia Rossow.

Ainda no domingo, Lula planeja lançar, com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e com o presidente dos EUA, Joe Biden, uma aliança global para promoção do uso de biocombustíveis. Dezenove países devem integrar o órgão, cujo foco é fomentar o mercado global de etanol, na rota das políticas para a descarbonização, sobretudo das fontes de energia para transportes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou por sua conta no Twitter na noite desta segunda-feira (8) que o Rio de Janeiro sediará a cúpula do G-20 no próximo ano. Segundo o governador, o evento ocorre apenas em novembro de 2024, no entanto, ainda este ano, no dia 10 de dezembro, o Estado recebe "a presidência rotativa do grupo, hoje exercida pela Índia", afirmou.

O grupo formado por 20 países é o principal fórum de cooperação econômica internacional, tendo sua cúpula realizada anualmente, sob a liderança de uma presidência rotativa. Além do Brasil, também fazem parte a Argentina, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Indonésia, Itália, México, Japão, Coreia do Sul, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e a União Europeia.

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As discussões mais recentes do conjunto econômico tem permeado a guerra da Ucrânia, negociações climáticas internacionais e os estragos socioambientais da pandemia, como foi durante o encontro no fim do ano passado em Bali, na Indonésia.

O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou o isolamento do presidente Jair Bolsonaro na cúpula do G-20, ocorrida no final de semana em Roma, Itália. Apesar da importância do Brasil no cenário internacional, o chefe do Executivo participou de reuniões bilaterais oficiais apenas com o presidente da Itália, Sergio Matarella, e com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann.

Questionado sobre a falta de encontros formais de peso ao longo da cúpula, Mourão saiu em defesa de Bolsonaro. "Não vejo dessa forma. A reunião do G-20 é densa, existem discussões técnicas antes. Quando se reúnem os representantes das vinte maiores economias do mundo, já vem uma agenda pré-preparada", afirmou o vice-presidente nesta quarta-feira, na chegada ao Palácio do Palácio. "Essa questão de reuniões bilaterais... Eu acho que naquele momento não foi previsto isso", acrescentou, elogiando, em seguida, o discurso de Bolsonaro na cúpula. "Considerei muito bom".

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Durante o G-20, Bolsonaro disse não ter conseguido conversar com o presidente americano, Joe Biden, o mais importante líder do mundo, ao longo do evento. Os dois têm relação distante, sobretudo após o chefe do Executivo, em um gesto inusual na liturgia da política internacional, ter declarado apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, derrotado por Biden. "Ele parece que está bastante reservado para todo mundo", afirmou o presidente na segunda-feira, quando revelou ter dado um pisão no pé da chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Mudanças climáticas

Mourão ainda declarou que o Brasil está empenhado em cumprir o pacto assinado em Glasgow, durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-26), de reduzir em 30% as emissões de metano em até 2030. "Vai ter que haver adaptação, planejamento para isso", alertou, no entanto, o vice-presidente.

Em mais um sinal de distanciamento do núcleo duro do governo, Mourão declarou a jornalistas nesta manhã não ter conhecimento do pedido de demissão do coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, Oswaldo dos Santos Lucon, ocorrido ontem, em meio à COP-26. Ao Estadão/Broadcast Político, Lucon afirmou que deixou o cargo por falta de interlocução do Executivo com a sociedade civil.

Em viagem oficial à Itália para participar, a partir de amanhã, da cúpula do G-20, o presidente Jair Bolsonaro caminhou sem máscaras pelas ruas de Roma, nesta sexta-feira (29), mostram vídeos divulgados por apoiadores do governo nas redes sociais. Com isso, o chefe do Executivo descumpre uma recomendação do país europeu, que pede o uso do aparato de proteção contra a Covid-19 em caso de aglomerações de pessoas, como se vê nos registros com o presidente.

"O uso de máscara facial é sempre obrigatório em locais públicos fechados em toda a Itália. As máscaras não são mais obrigatórias ao ar livre, mas você deve sempre carregá-las com você e usá-las se estiver em condições de superlotação que não permitam que a distância de segurança de um metro seja mantida", diz uma recomendação publicada no site da Agência Nacional de Turismo da Itália válida até o dia 15 de dezembro.

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Como mostram os vídeos - um deles, inclusive, publicado nas redes sociais pelo deputado ítalo-brasileiro Luis Roberto Lorenzato -, o presidente brasileiro caminhou cercado de seguranças e apoiadores. Alguns simpatizantes utilizavam a bandeira do Brasil e entoavam o hino da independência.

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O "passeio" elas ruas de Roma aconteceu nesta tarde após Bolsonaro deixar a embaixada brasileira da capital italiana, onde está hospedado. Além das reuniões do G-20, o grupo das vinte maiores economias do mundo, o presidente foi à Itália para receber o título de cidadão na cidade de Anguillara Veneta, de onde vieram seus antepassados, acompanhado por ministros como Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores) e Braga Netto (Defesa). A cerimônia deve acontecer na terça-feira, dia em que a comitiva presidencial retorna ao Brasil.

Ao confirmar a agenda pessoal em Anguillara Veneta, Bolsonaro deixa de comparecer à COP-26, evento multilateral sobre meio ambiente em Glasgow, Escócia, cúpula em que estarão presentes importantes líderes globais.

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Itália, Sergio Matarella, encontram-se nesta sexta-feira (29) em Roma, às 19h, pelo horário local (14h pelo horário de Brasília), no Palácio do Quirinal, residência oficial do líder italiano. Bolsonaro está no país europeu para participar da cúpula do G-20, o grupo das vinte maiores economias do mundo, que acontece entre amanhã e domingo.

O horário do encontro consta da programação da equipe que acompanha o presidente na Itália, documento repassado ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A Secretaria Especial de Comunicação do governo não disponibilizou até o momento a agenda oficial de Bolsonaro para o dia no site do Palácio do Planalto.

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Pelo sistema político da Itália, Matarella, apesar de ser o presidente e exercer funções de Estado, não comanda o governo. Quem concentra decisões sobre política econômica, por exemplo, é o primeiro-ministro Mario Draghi. Até o momento, não há previsão de encontro entre Bolsonaro e Draghi.

Sob os olhos da comunidade internacional em torno da postura no combate à pandemia e na gestão do desmatamento da Amazônia, Bolsonaro está em Roma acompanhado pelos ministros Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores) e Walter Braga Netto (Defesa).

Ao contrário de outros líderes do globo, o presidente desistiu de emendar a viagem na COP-26, evento multilateral sobre o clima que acontece em Glasgow, na Escócia. O Brasil será representado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vai à Roma, na Itália, no início de setembro, conforme informa o Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 16. De acordo com a publicação, Queiroga vai participar da 'Reunião de Ministros da Saúde dos Países do G20'.

A viagem do ministro se dará de 3 a 7 de setembro.

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O Brasil se tornou nesse domingo (13) o país do G-20, o grupo das 20 principais economias mundiais, com o maior coeficiente de mortalidade por Covid-19, com 613,46 mortes por milhão de habitantes, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em nono nesse ranking no mundo, o País superou o Reino Unido e se aproxima do Equador (com 614,18). O coeficiente de mortalidade é calculado dividindo o número total de óbitos pela Covid-19 no país pelo número total da população. A primeira morte por Covid-19 no Brasil foi anunciada em 16 de março.

Depois disso, o País já registrou 131.663 óbitos e 4.330.152 casos do novo coronavírus, segundo balanço mais recente - o Estado de São Paulo lidera com 32.606 óbitos e 892.257 casos confirmados. Já a média móvel de mortes por Covid-19, que registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana, ficou em 711 neste domingo.

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Segundo o consórcio de veículos de imprensa, que reúne Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, foram registrados 389 novos óbitos em 24 horas e 14.294 casos. O Ministério da Saúde, por sua vez, relatou 3.573.958 pessoas recuperadas da infecção.

Apesar de a média móvel do Brasil apresentar uma queda nas últimas semanas, saindo do patamar de mil casos em agosto e agora se aproximando de baixar dos 700, o coeficiente de mortalidade, que é cumulativo, só aumenta. Em maio, quando se alcançou a marca dos 10 mil mortos, estava na 33.ª posição por milhão de habitantes. Mais recentemente, na marca dos 100 mil mortos, o fato de o Brasil não estar no chamado "top 10" dessa análise foi destacado pelo Ministério da Saúde, quando confrontado com o fato de o Brasil só ficar atrás dos Estados Unidos quando se consideram números absolutos de óbitos e registros positivos.

Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, explica que a pandemia no Brasil continua ainda muito intensa. "O número de casos e óbitos têm permanecido num patamar elevado desde o começo do mês de junho. Em cima disso, existem as várias subnotificações e atrasos."

Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e epidemiologista, vai na mesma linha e observa que o principal motivo que explica esse alto número do coeficiente de mortalidade do Brasil é a falta de testagem da população para o novo coronavírus. "O Brasil é um dos poucos países do G-20 que não tem uma política eficiente de testagem e rastreamento dos contatos dos infectados", disse.

A OMS preconiza que um país quando começa a controlar a situação tem positividade dos testes abaixo dos 5%. "O Brasil tem uma média de 30%.No último mês, essa média aumentou. Estamos com 40%. Em alguns Estados está acima de 60%, como Tocantins", afirmou Alves.

Outro item destacado pelo epidemiologista do Rio Grande do Sul é que o País nos momentos mais graves não fez lockdown e distanciamento social rigoroso. "Só retrocedeu, e isso fez com que os números que já eram altos explodissem." Um terceiro motivo que contribui para esse número, de acordo com Hallal, é o descumprimento de medidas de segurança contra o coronavírus pela própria população brasileira. Os especialistas em Saúde ressaltam que os números por milhão de habitantes também precisam ser contextualizados.

Além das testagens, é preciso observar os diversos estágios da pandemia em cada País, o tamanho da população, a densidade demográfica e até o perfil etário de cada população. A Itália, por exemplo, um dos países que mais sofreram com a pandemia no mundo, começou a ter registros da doenças em meados de janeiro. Mas em maio, já começava a reabertura econômica gradual e marcava quedas nos números de Covid-19, não alcançando mais a marca de mil óbitos por dia (do auge da pandemia).

Entre os países com grandes populações à frente do Brasil, e perfis próximos, se destaca apenas a Espanha, que voltou à marca de 10 mil casos por dia nesta semana. Nas Américas, a situação mais crítica nesse quesito é do Peru.Outros rankings.

O Estadão considerou os dados da OMS. Outros sistemas de informação vêm calculando a média com base em informações obtidas diretamente dos países. Dados do Our World Data, por exemplo, também mostram que agora o Brasil passou Suécia e Reino Unido por milhão, mas ficando atrás apenas de Chile, Andorra e Bélgica, Espanha e Peru.

O Grupo das 20 maiores economias do globo (G-20), do qual o Brasil é membro, lançou na madrugada brasileira na Arábia Saudita o Acelerador de Acesso às Ferramentas Covid-19 (ACT), uma iniciativa avaliada pela presidência do grupo como uma "colaboração histórica, global e oportuna" para o desenvolvimento acelerado, produção e acesso equitativo às novas ferramentas no combate ao novo coronavírus.

O ACT é uma plataforma global de ação para aumentar as conexões dos países e facilitar as relações de interdependência para parcerias coletivas, solução de problemas, mobilização e orientação de investimentos, e direcionar o acesso para novos diagnósticos, terapias e vacinas contra a doença.

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Para o ministro das Finanças saudita, Mohammed Aljadaan, a comunidade internacional ainda está enfrentando uma "incerteza extraordinária" sobre a profundidade e a duração da atual crise de saúde e enfatizou a urgência de haver união e cooperação para enfrentar o desafio global de forma conjunta. "O G-20 continuará reforçando a cooperação global em todas as frentes e, mais importante, no fechamento da lacuna imediata no financiamento da saúde."

O Reino da Arábia Saudita prometeu US$ 500 milhões para apoiar esses esforços globais e aproveitou a ocasião para pedir, mais uma vez, para que todos os países, organizações não-governamentais, filantropos e o setor privado participem dos esforços globais para fechar o déficit de financiamento necessário para combater a pandemia da Covid-19, estimada em US$ 8 bilhões.

Mesmo sem a eficácia comprovada para tratamento do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro levou uma caixa de hidroxicloroquina para a reunião do G-20 que ocorreu nesta quinta-feira, 26, por videoconferência, para falar sobre a pandemia. Em imagens divulgadas pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro aparece segurando uma caixa de Reuquinol. Ele estava ao lado do chanceler Ernesto Araújo.

Na quarta-feira, por meio das redes sociais, Bolsonaro voltou a dizer que o tratamento com fármacos como a hidroxicloroquina tem mostrado eficácia e pode trazer tranquilidade à população. O primeiro estudo clínico do País a testar o uso do medicamento para tratamento de infecção pelo coronavírus, no entanto, só terá seus resultados divulgados em dois ou três meses. O estudo envolverá 1,3 mil pacientes e 70 hospitais.

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Nas redes sociais, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou o anúncio de que a pasta vai distribuir 3,4 milhões de unidades dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina para uso em pacientes internados de forma grave. Mandetta ponderou que a automedicação não deve ocorrer "em hipótese alguma". Em alguns países, como Estados Unidos e Nigéria, foram registrados casos de pessoas que se intoxicaram após se automedicarem com o fármaco.

Em nota, no início da semana, a Anvisa informou que toda prescrição de medicamento à base de cloroquina ou hidroxicloroquina precisa ser feita em receita especial de duas vias. A nova regra incluiu esses medicamentos na lista de substâncias controladas. A entrega ou venda do medicamento nas farmácias e drogarias só poderá ser feita para pessoas com a receita especial, para que uma via fique retida na farmácia e outra com o paciente.

O presidente Jair Bolsonaro usou sua transmissão ao vivo semanal realizada no Facebook para tratar, entre outros assuntos, do nióbio. Em vídeo realizado diretamente de Osaka, no Japão, onde está para a reunião do G-20, o presidente destacou as possibilidades econômicas que poderiam surgir da exploração do mineral ao exibir um colar de nióbio.

"Eu falei tanto em nióbio, eu falava que aqui no Japão, inclusive, tinha aplicação para o nióbio para bijuterias. Temos aqui um pequeno cordãozinho. Ele é azul, mas tem de várias cores. A vantagem disso em relação ao ouro primeiro são as cores, que variam", começou o presidente.

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Logo depois, destacou mais qualidades positivas do minério - as maiores reservas do mundo estão no Brasil. "Ninguém tem reação alérgica a nióbio. Alguns têm a ouro. Às vezes a mãe põe um brinquinho na orelha da menina. Menina, para deixar bem claro. E tem reação", disse o presidente, lembrando que é criticado quando fala de nióbio.

"As aplicações são muitas, essa aqui é apenas a bijuteria. Comprei aqui. Custou caro, hein? Sabe quanto? Isso custa US$ 1 mil, mais ou menos R$ 4 mil reais", afirmou.

Em julho de 2016, o então deputado Jair Bolsonaro, que já demonstrava disposição de ser candidato à Presidência, visitou Araxá-MG, para conhecer uma mina de extração do mineral. Em um vídeo de 20 minutos gravado na região, ele diz que o mineral deve ser mais explorado no Brasil e ouve pessoas da cidade sobre o nióbio.

"Hoje em dia o nióbio em grande parte é utilizado na metalurgia, na construção de prédios, em chassis de automóveis. Mas também se estuda e muito sua aplicação em condutores, baterias, vidros inteligentes e tantas outras utilidades que sequer nós ainda temos conhecimento. Isso tem que mudar. Precisamos sim de um Vale do Nióbio no nosso Brasil".

Circulam dentro e fora do governo avaliações de que, apesar de o ministro das Relações Exteriores ser Ernesto Araújo, o cargo muitas vezes tem sido desempenhado por Eduardo Bolsonaro - deputado federal filho do presidente Jair Bolsonaro, que acompanha o pai em viagens internacionais. Nesta sexta-feira, 28, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, deixou escapar uma troca de nomes que reforça esse tipo de análise.

Durante uma atualização sobre as negociações de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, em entrevista coletiva à imprensa no primeiro dia da reunião das 20 maiores economias do mundo (G-20), Rêgo Barros disse em Osaka (Japão) que havia sido informado por autoridades brasileiras em Bruxelas de que as tratativas estavam avançadas. "Eu conversei com Otávio Brandelli (secretário-geral), que está em contato com o ministro Eduardo... com o ministro Araújo, lá em Bruxelas", disse.

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Um dos episódios envolvendo Eduardo Bolsonaro, que é presidente da Comissão das Relações Exteriores da Câmara, e Ernesto Araújo foi nos Estados Unidos, durante o primeiro encontro entre Bolsonaro e o presidente americano, Donald Trump. Na ocasião, o chanceler teria se exaltado por causa da participação de Eduardo no encontro privado entre os dois líderes.

Outro envolve a mesma visita aos EUA, mas se deu no Congresso, conforme relatos da imprensa. O deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, indagou sobre a visita do presidente à Central de Inteligência Americana (CIA) e antes que Araújo respondesse, Eduardo começou a responder e depois disse que o ministro continuaria respondendo. Braga então disse que era melhor que o ministro nomeado respondesse, e não o de fato.

Em abril, o jornal O Estadão de S. Paulo também fez uma reportagem sobre o tema, dizendo que, articulador de viagens presidenciais, Eduardo Bolsonaro virou uma espécie de chanceler paralelo.

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta sexta-feira, 28, com a chanceler alemã, Angela Merkel, depois de ser criticado pela líder e rebatê-la de forma contundente. Na véspera da estreia de Bolsonaro na reunião de cúpula do grupo dos 20 países mais desenvolvidos e industrializados do mundo (G-20), o presidente brasileiro respondeu às críticas da alemã à política ambiental do País.

Merkel disse ver com grande preocupação as ações de Bolsonaro sobre desmatamento no Brasil e afirmou que abordaria o brasileiro sobre o tema nos corredores do encontro. Os dois não tiveram um encontro bilateral formal agendado. Ao desembarcar em Osaka, no Japão, para o encontro do G-20, Bolsonaro contestou a chanceler alemã e disse que o País "tem exemplo para dar para a Alemanha" sobre meio ambiente. Ele também afirmou, depois, durante uma transmissão ao vivo na cidade japonesa, que não vai receber "pito" de ninguém. Foi uma referência a pressões internacionais envolvendo a questão ambiental no atual governo.

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O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, confirmou que os dois tiveram uma conversa rápida e reservada nesta sexta-feira, mas não falou quais temas foram tratados na reunião. Ele afirmou que o tom do encontro foi "como deve ser o tom de conversa de dois líderes de dois países do mundo", sem dar mais informações à imprensa.

Em meio à escalada das tensões entre Estados Unidos e Irã depois de um ataque a petroleiros no golfo de Omã e do abate de um drone americano, o Brasil não tomará partido do lado americano de forma automática. A sinalização foi dada na manhã desta quinta-feira, 27, pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

"Não tem nenhuma rivalidade ou inimizade com o Irã. Pode ser parceiro em algumas coisas", avaliou Heleno a jornalistas brasileiros em Osaka, onde acompanha o presidente Jair Bolsonaro, que participará da reunião de líderes das 20 maiores economias do globo, o G-20.

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Heleno repetiu o mantra do governo de que a política externa do Brasil tem que ser pragmática. "Não tem ideologia, não", disse o ministro, ainda sobre a posição do Brasil em relação ao Irã.

À margem do G-20, Bolsonaro se reunirá com os presidentes de Estados Unidos, Donald Trump, e China, Xi Jinping, e também terá uma reunião bilateral com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

A perspectiva de uma guerra acidental na região do Golfo Pérsico não é descartada por analistas, que consideram arriscadas as movimentações de Trump e da Arábia Saudita.

"Sobre a questão do Irã, em particular, esta é uma oportunidade para o presidente (Donald Trump) se envolver com vários líderes internacionais diferentes, nossos parceiros e aliados mais próximos, para obter apoio e discutir como podemos incentivar o Irã a entrar nas negociações e responder à diplomacia do presidente com diplomacia, em vez de terrorismo e chantagem nuclear", afirmou um dos negociadores americanos, durante conversa reservada com jornalistas nesta semana.

Ao desembarcar nesta quinta-feira, 27, em Osaka, no Japão, para o encontro do G-20, o presidente Jair Bolsonaro rebateu a chanceler alemã, Angela Merkel, e disse que o Brasil "tem exemplo para dar para a Alemanha" sobre meio ambiente. Na quarta-feira, Merkel disse ver com grande preocupação as ações de Bolsonaro sobre o desmatamento no País.

"O presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores, que vieram aqui para ser advertidos por outros países, não. A situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento no passado como alguns chefes de Estado tiveram aqui", disse Bolsonaro a jornalistas na chegada ao hotel onde irá se hospedar pelos próximos dois dias.

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Visivelmente cansado e irritado, Bolsonaro culpou a imprensa ao comentar a fala de Merkel. "Eu vi o que está escrito e, lamentavelmente, em grande parte o que a imprensa escreve não é aquilo", disse. Advertido por um jornalista que as observações de Merkel foram publicadas pela imprensa estrangeira, e não brasileira, Bolsonaro respondeu: "Não interessa que foi alemã, e deixa eu terminar o raciocínio. Então tem que fazer a devida filtragem pra não se deixar contaminar por parte da mídia escrita, especialmente".

O presidente disse que não vê "problema nenhum" em ser abordado por Merkel para falar sobre desmatamento. A chanceler descreveu como "dramática" a situação no Brasil e afirmou que pretende questionar Bolsonaro sobre o tema. "Nós temos exemplo para dar para a Alemanha sobre meio ambiente, a indústria deles continua sendo fóssil, em grande parte de carvão, e a nossa não. Então eles têm a aprender muito conosco", disse Bolsonaro. Não há previsão de encontro oficial entre os dois durante o G-20 até o momento.

O presidente encerrou o encontro com jornalistas no meio da entrevista, após dois minutos de conversa. Antes, deu respostas curtas a perguntas sobre a participação do Brasil na reunião das 20 maiores economias do mundo. "Vamos ouvir e falar", disse Bolsonaro sobre o G-20. Questionado sobre o que pretende dizer, Bolsonaro devolveu a pergunta a um jornalista: "O que você quer que eu fale?".

Na sequência, o presidente brasileiro disse que irá falar sobre indústria, internet e meio ambiente. Na programação do G-20 há previsão de que ele se manifeste duas vezes: a primeira em um pronunciamento de 5 minutos e a segunda, de 3 minutos. "Tudo o que estiver na pauta nós falaremos, bem como se formos questionados por alguma coisa temos certeza que estamos prontos para resolver", afirmou Bolsonaro.

O presidente terá ainda sete reuniões bilaterais, incluindo encontros com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com o líder chinês, Xi Jinping. Questionado sobre o tema do encontro com Trump, Bolsonaro se limitou a responder que "se é reservada (a conversa), é reservada". O encontro acontecerá na sexta-feira, 28, e será o segundo do brasileiro com Trump.

Na campanha eleitoral, Bolsonaro criticou a relação comercial do Brasil com a China. Em março, nos jardins da Casa Branca, o brasileiro mostrou alinhamento total de seu governo às políticas de Trump e evitou tomar lado na guerra comercial travada entre o presidente dos EUA e a China - um dos principais temas que o mundo observa com atenção em Osaka. Trump e Xi devem se encontrar no sábado para mostrar em que pé estão as negociações entre os dois países. O resultado terá poder para encerrar ou para intensificar a escalada de tarifas dos dois lados.

Ao chegar no Japão, Bolsonaro disse que o Brasil não tem lado na disputa e que está buscando "harmonia", apesar de reconhecer que o País se beneficiou com a exportação de commodities no cenário de guerra comercial entre os dois países. "Não (tem lado), lógico que os produtos da China para os Estados Unidos e para cá em parte interessam ao Brasil, porque tem a questão de commodities. Então obviamente a gente não quer que haja briga para gente poder se aproveitar. A gente está buscando paz e harmonia, como estamos trabalhando no caso do Mercosul e na União Europeia", disse.

O ceticismo de Bolsonaro sobre o investimento chinês no Brasil foi explorado na edição especial do jornal The Japan Times sobre o G-20. A publicação traz um pequeno perfil com foto dos líderes que se encontrarão na cidade a partir de sexta.

Após a curta entrevista, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, justificou, por duas vezes, o comportamento de Bolsonaro com jornalistas. "Irritação é porque ele acabou de chegar aqui e tem que descansar para amanhã já estar disposto para cooperar no G-20 e no Brics, para que todos os países que aqui estejam tenham oportunidade de sair daqui com coisas que realmente sejam palpáveis", afirmou.

Coube ao porta-voz comentar a prisão do segundo-sargento da Aeronáutica, Manoel Silva Rodrigues. Na terça-feira, o sargento foi detido em Sevilha, na Espanha, ao chegar ao país com 39 quilos de cocaína em sua bagagem pessoal, em um avião da FAB. "O presidente, o Ministério da Defesa, o comando da Força Aérea não admitem em hipótese nenhuma procedimentos desse tipo com relação a seus recursos humanos e desejam que o mais rápido possível isso seja aclarado e a pessoa seja punida devidamente dentro dos trâmites legais", disse o porta-voz.

Rêgo Barros afirmou que um inquérito policial militar vai verificar se houve falha nos procedimentos de segurança. O porta-voz também negou que a prisão seja a razão para a mudança na escala do voo ao Japão, inicialmente previsto para parar em Sevilha. "Não. Foi uma questão técnica, avaliada pelo comando da força aérea junto com o gabinete de segurança institucional, a mudança de Sevilha para Lisboa", afirmou o porta-voz.

Nesta quinta-feira, o único compromisso de Bolsonaro em Osaka é um jantar privado.

Sem compromissos oficiais no primeiro dia no Japão, onde participará do encontro do G-20, o presidente Jair Bolsonaro saiu nesta quinta-feira, 27, para uma caminhada ao redor do hotel onde está hospedado e escolheu uma churrascaria brasileira para ter seu jantar.

O presidente chegou por volta das 15h (no horário local) ao hotel St. Régis, onde está hospedado (3h no horário de Brasília). Não havia previsão de agenda para que Bolsonaro pudesse descansar. Na chegada ao hotel, o presidente estava visivelmente cansado e irritado ao falar com jornalistas por cerca de dois minutos. Segundo o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, o presidente estava cansado em razão das 25 horas de viagem do Brasil para o Japão.

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Na sequência, no entanto, o presidente saiu para uma caminhada de uma hora e meia, acompanhado pelo deputado Hélio Lopes (PSL), pelo general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além de fotógrafos oficiais e integrantes da comitiva brasileira que organizam a visita ao Japão. Ele chegou a ser abordado por alguns japoneses e tirou fotos na rua, cumprimentando as pessoas que se aproximaram do grupo.

Ele voltou da caminhada e, sem subir para o quarto, foi direto jantar na churrascaria brasileira Barbacoa Grill. A agenda previa um jantar privado.

As saídas no exterior fora da programação já são uma tradição no atual governo. Em Davos, na Suíça, durante sua primeira visita internacional, ele saiu para almoçar sozinho em um bandejão.

Em Washington, o presidente driblou a imprensa para uma visita fora da agenda à CIA, a agência de inteligência americana, e, na sequência, parou em um shopping para comprar "dois calções e uma camisa". Foi acompanhado também de Heleno e do chanceler, Ernesto Araújo. Na visita a Dallas (EUA), em maio, a saída fora da agenda foi destinada a almoçar um hambúrguer.

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