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O Projeto Gradação vai promover, neste sábado (26), um aulão preparatório para o Enem 2023. O evento vai ser realizado no auditório do Niate/CFCH da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), das 8h às 17h. 

As aulas contarão com intérpretes de libras, além de professores altamente qualificados. O Projeto Gradação visa a inclusão de estudantes que não tiveram oportunidade de desenvolver suas capacidades de aprendizagem nos padrões que são exigidos hoje para garantir o ingresso no Ensino Superior.

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A expectativa dos organizadores é que mais de 200 estudantes da rede pública compareçam ao aulão. Para mais informações, os interessados devem buscar o direct do instagram do projeto.

Programação do Aulão:

Acolhida e Orientações Gerais - 8h às 9h

Geografia -  9h às 10h

 Filosofia e História - 10h às 11h

Biologia - 11h às 12h

Intervalo – 12h às 13h

Redação -  13h às 14h

Literatura - 14h às 15h

Sociologia - 15h às 16h

Matemática - 16h às 17h

Serviço: 

Gradação - Aulão preparatório para o Enem 2023

Data/Horário: 26 de agosto de 2023, das 08h às 17h

Local: Auditórios do NIATE/CFCH, da Universidade Federal de Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, em Recife – PE

Na tarde desta terça-feira (18), professores da rede estadual de ensino se reuniram no cruzamento das Avenidas Sete de Setembro com a Conde da Boa Vista - área central do Recife - para realizarem passeata a favor da paralisação nacional da classe. Os profissionais reivindicam melhoria salarial e cobram mais estrutura nas instituições. Entretanto, devido à fraca adesão ao movimento, a passeata foi cancelada e os presentes fizeram um protesto, no local.

A greve, que começou na última segunda (17) e se estende até esta quarta-feira (19), contou com a participação discreta de pouco mais de 100 professores. Diretora da comissão de negociação da mesa do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe), Severina Porpirio explicou a fraca adesão: "Não vamos realizar a passeata, muitos professores estão em outros municípios e alguns foram representar a classe, no encontro que acontece em Brasília amanhã”.  

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De acordo com o secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe), William Menezes, cerca de 30 professores denunciaram a situação precária das instituições. Menezes, que ensina História na escola Amor Divino, no bairro do Jordão, Zona Sul do Recife, declarou que, no local, "a quadra não é coberta e o laboratório de informática não existe".

Durante o protesto, um grupo de dez alunos da Escola Técnica José Alencar Gomes da Silva, de Paulista, representou os professores da instituição. “Não recebemos os livros didáticos e não há professor de Informação Básica de Logística e Sistema da Informação, como uma escola técnica pode funcionar desse jeito”, contou Matheus Torres. Ele ainda relatou que os educadores foram impedidos de aderir à greve.

Ironizando os investimentos do Governo do Estado, o Sintepe levou, para as ruas, uma orquestra de frevo. “Há mais incentivo para festas populares, como o Carnaval, do que para a educação”, desabafou William Menezes. Já a aposentada Eurenita Freitas, de 75 anos, caiu no passo do frevo e disse: “O Estado me tira o dinheiro, mas Deus me dá saúde. Para alegrar a vida, danço da luta”, concluiu.

“Meu pai é funcionário público e minha mãe é doméstica. A gente tem em média, por mês, dois salários mínimos. Me considero uma jovem nem pobre e nem rica. Sou classe média, porque tudo que quero compro”. A dona desse depoimento é Marcília da Silva Gomes, de 17 anos. Estudante do 3º ano do ensino médio da Escola de Referência em Ensino Médio Sizenando Silveira, localizada no centro Recife, a jovem é um dos indivíduos que ajudam a formar o perfil dos estudantes da rede estadual de ensino de Pernambuco.

“O que pensa os jovens do ensino médio da rede pública? Valores, crenças e demandas” é o nome do estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, abrangendo a capital pernambucana. Foram realizadas mais de 520 entrevistas no dia 3 deste mês, em 26 escolas. A pesquisa procurou mostrar também qual a perspectiva de futurodos jovens e o que esperam do poder público para atingir os objetivos.

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Entre os entrevistados, 53,1% são do sexo feminino, enquanto 46,9% são homens. Sobre a faixa etária (idades dos entrevistados variam de 14 a 20 anos ou mais), 32,4% dos entrevistados têm 16 anos. Os mais velhos, acima de 20, são minoria nas escolas da rede estadual de ensino, com 3,3% dos entrevistados.

Letícia Fernandes Pinto, 16, é do 2º ano do ensino médio, série que está em segundo lugar no quesito quantidade de alunos. “Gosto do ensino médio da escola. Só reclamo um pouco da estrutura, porém, o meu 2º ano está sendo muito bem feito”, afirma a estudante. O estudo mostrou que 39,8% dos entrevistados são do 3º ano, 37,8% do 2º, e 22,4% estudam no 1º.

Renda

De acordo com Letícia, ela não possui renda financeira mensal. “Não trabalho porque estudo em tempo integral. Dependo da minha mãe e do meu pai”. A genitora da estudante atua na função de telefonista e o pai é taxista. “Não consigo definir quanto eles (pais) ganham por mês”, completa.

Segundo o estudo, 91,7% dos alunos ganham até um salário mínimo. Os que ganham acima desse valor a até dois salários, correspondem a 1,9% dos entrevistados. Não souberam ou não quiseram responder 6,4% dos avaliados.

Segundo o economista Djalma Guimarães, a grande maioria dos estudantes recebendo até um salário mínimo é fruto do perfil da sociedade recifense. “Cerca de 60% das famílias do Recife ganham até dois salários mínimos. O estudante da rede pública geralmente tem renda mais baixa. Na medida em que a escolaridade dele aumenta, cresce também a remuneração financeira”, comenta Guimarães.

No quesito renda familiar, o estudo 39,% dos entrevistados têm suas famílias ganhando acima de um salário mínimo, até dois. Apenas 2,3% recebem acima de cinco salários até 10.

Educação – Ainda de acordo com o estudo do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, 42,2% dos avaliados têm ensino médio finalizado ou superior incompleto. Possuem o nível superior completo 10% dos entrevistados e 22,6% têm o ensino fundamental II finalizado/ensino médio não concluído. A pesquisa também apontou que 8,1% % dos chefes de família são analfabetos ou possuem o ensino fundamental I incompleto. Não souberam ou não quiseram responder 6,9% dos analisados.  

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