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A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, em Goiás, descartou os quatro casos de rubéola na cidade que estavam sob investigação desde terça-feira (7). A secretaria disse, nesta quinta-feira (9), que recebeu os resultados dos exames das quatro crianças. O diagnóstico também foi negativo para sarampo e dengue. No entanto, a secretaria continuará acompanhando as crianças, embora já estejam liberadas para retornar para a escola.

Entre os suspeitos estavam duas crianças (gêmeas) abaixo de 12 meses (não vacinadas por causa da pouca idade), uma criança de 8 meses (não vacinada pela mesma razão) e uma criança de 2 anos e 6 meses vacinada. Os estudantes de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) apresentaram sintomas característicos da doença e foram isolados.

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A rubéola, assim como o sarampo e a dengue, é uma doença exantemática, que faz parte do grupo de enfermidades que causam manchas na pele, principalmente em crianças.

Antes mesmo dos resultados, a secretaria afirmou ainda que a vigilância em saúde da SMS realizou o bloqueio vacinal contra rubéola na unidade de ensino e junto aos familiares dos estudantes. "As crianças foram isoladas. Também foi feito o bloqueio para combate ao mosquito da dengue", disse, em nota.

Conforme a secretaria, 83% das crianças receberam a vacina tríplice viral em Goiânia. Em 2021 e no ano passado, não foi confirmado caso no município.

O que á e a rubéola?

Segundo o Ministério da Saúde, a rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. No campo das doenças infectocontagiosas, a importância epidemiológica da rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido, cujas mães se infectaram durante a gestação, de acordo com a pasta.

"A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras)", afirma o ministério.

Sintomas

- Febre baixa.

- Surgimento de gânglios linfáticos.

- Aparecimento de manchas rosadas - que se espalham primeiro pelo rosto e depois pelo resto do corpo.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a rubéola é comumente confundida com outras doenças, pois sintomas como dores de garganta e de cabeça são comuns a outras infecções, dificultando seu diagnóstico. Desta forma, exames realizados auxiliam na confirmação do diagnóstico. "A rubéola é particularmente perigosa na forma congênita. Neste caso, pode deixar sequelas irreversíveis no feto como: glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento e surdez", disse a Fiocruz.

Transmissão

O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se manifestar desde a infecção, varia em torno de duas semanas. Geralmente, a transmissão acontece de uma pessoa a outra pela emissão de gotículas das secreções respiratórias das pessoas doentes.

O diagnóstico é feito por meio de análises clínicas, epidemiológicas e laboratoriais que confirmam ou descartam os casos.

Tratamento

Não existe tratamento específico para a rubéola. Os sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com os sintomas, como no caso de febre.

Prevenção

"Filhos de mães imunes geralmente permanecem protegidos por anticorpos maternos em torno de seis a nove meses após o nascimento", afirma a Fiocruz. Para diminuir a circulação do vírus da rubéola, a vacinação é essencial.

Mais de 16 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, foram enviadas pelo Ministério da Saúde para todo o país. Desse total, 6,5 milhões foram destinadas aos municípios paulistas, pois o estado concentra quase 100% dos casos de sarampo registrados nos últimos 90 dias, segundo dados do órgão. Foram 1.220 ocorrências em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro, uma na Bahia e uma no Paraná. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,58 por 100 mil habitantes.

As vacinas enviadas atendem à imunização de rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação e às situações de surto de sarampo. Rio Janeiro, Bahia e Paraná receberam, juntos, 8,2 milhões de doses.

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O ministério destaca que a vacina é o principal meio de prevenção de sarampo, caxumba e rubéola. O Brasil não registrava casos autóctones (adquiridos no país) de sarampo desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com medidas de bloqueio vacinal.

Campanhas adicionais

Até o momento, considerando o atual cenário epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas adicionais de vacinação contra a doença. Elas estão sendo feitas nas áreas onde há circulação do vírus atualmente.

“Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de surto, a vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS [Sistema Único de Saúde], conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a sua população não vacinada para a devida atualização”, informou o órgão em nota.

Atualmente, 53 cidades em quatro estados brasileiros – São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná – se mantém com surto ativo. Veja abaixo a lista dos municípios.

Orientações

No dia 6 de agosto, o Ministério da Saúde divulgou um alerta para pais, mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis meses a menores de um ano de idade para os municípios em situação de surto ativo do sarampo no país. A recomendação é que essas crianças sejam vacinadas com a tríplice viral pelo menos 15 dias antes da viagem. Além de proteger a criança, a medida contribui para interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.

Esta dose, chamada de “zero”, não substitui as etapas do calendário nacional de vacinação da criança. Além dessa dose, que não é considerada válida para fins de calendário, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.

A tríplice viral está disponível nos mais de 37 mil postos de vacinação em todo o Brasil pelo SUS.

 

Mais de 177 mil doses de vacinas contra poliomielite e tríplice viral foram aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de São Paulo, de acordo com o balanço da prefeitura. Desse total, 89.914 foram contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil, e outras 87.579 doses da tríplice viral SRC que protege contra o sarampo e, também, contra caxumba e rubéola.

A meta da Secretaria Municipal de Saúde é atingir 95% de cobertura de vacinação entre crianças de um a quatro anos, o que corresponde a 562.392 crianças que vivem na capital. Até agora, a cobertura atingida contra poliomielite é de 15,2% e contra sarampo, caxumba e rubéola é de 14,8%.

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As doses da campanha de imunização estarão disponíveis em todos os postos de saúde da capital até o dia 31 de agosto. Para receber a vacina é preciso levar documento de identificação, carteira de vacinação e cartão SUS.

Segundo a administração municipal, mesmo que a carteira de vacinação da criança esteja em dia, é importante reforçar a imunização para reduzir o risco de reintrodução da poliomielite no Brasil e de circulação do sarampo, caxumba e rubéola na cidade.

Postos de Saúde de todo o país estarão abertos hoje (24) para o dia D de atualização do calendário vacinal de crianças menores de cinco anos e crianças e adolescentes de nove anos a 15 anos. Serão disponibilizadas diversas vacinas como as contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba e HPV.

A orientação do Ministério da Saúde aos estados e municípios é que as salas de vacinação permaneçam em atividade durante todo o dia, no entanto os horários de funcionamento ficam a cargo dos gestores locais de saúde e podem variar de uma cidade para outra.

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A campanha começou na última segunda-feira (19) e segue até 30 de setembro, em cerca de 36 mil postos fixos em todo o Brasil. Ao todo, 350 mil profissionais participam da ação.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram enviadas a todas as unidades da Federação 26,8 milhões de doses - incluindo 7,6 milhões para a vacinação de rotina de setembro e 19,2 milhões de doses extras para a campanha.

O objetivo da ação é combater a ocorrência de doenças imunopreveníveis no país e reduzir os índices de abandono à vacinação – principalmente entre adolescentes.

Mudanças no calendário de vacinação

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde alterou o esquema de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. A imunização contra a poliomielite passou a ter três doses da vacina injetável (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral. Até 2015, o esquema era de duas doses injetáveis e três orais.

Já a vacinação contra o HPV passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas para meninas saudáveis de 9 a 14 anos. Meninas de 9 a 26 anos que vivem com HIV devem continuar recebendo o esquema de três doses. 

No caso da meningocócica C, o reforço, que era administrado aos 15 meses, passou a ser feito preferencialmente aos 12 meses, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras duas doses continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

A pneumocócica teve redução de uma dose e passou a ser administrada em duas (2 e 4 meses), com um reforço preferencialmente aos 12 meses, mas que pode ser recebido até os 4 anos.

O último surto de rubéola nos Estados Unidos, que começou no parque de diversões Disneylândia, na Califórnia, em dezembro, se propagou por causa de um nível de vacinação muito baixo - mostra um estudo publicado nesta segunda-feira (16) na revista JAMA Pediatrics.

Ao examinar os casos reportados pelas autoridades sanitárias da Califórnia e os dados do programa de vigilância HealthMap, pesquisadores do hospital infantil de Boston (Massachusetts), como a médica Maimuna Majumder, determinaram que as taxas de vacinação nos grupos em que foram registrados casos na Califórnia, Arizona e Illinois variavam entre 50% e 86%. É necessário entre 96% e 99% para gerar uma imunidade generalizada.

Se uma população está vacinada por completo, um caso de rubéola se traduzirá na infecção de outras duas pessoas nos 70 dias seguintes. Mas a taxa de vacinação chega apenas a 60%, haverá mais de 2.800 casos no mesmo período - segundo o modelo de estudo utilizado pelos pesquisadores.

A rubéola é muito contagiosa, ressaltam, e apontam que uma pessoa infectada em uma população vulnerável pode contagiar entre 11 e 18 pessoas.

Os pesquisadores destacam que estas considerações não refletem a taxa de vacinação no conjunto do território nacional no começo da epidemia. Trata-se apenas de uma avaliação da taxa de vacinação em cada um dos grupos expostos a casos de rubéola.

Ao todo, 142 pessoas foram infectadas em sete estados desde o início desta nova onda, no final de dezembro de 2014, segundo mostram os Centros de Controle e de Prevenção de Doenças (CDC).

"Nossos dados estabelecem claramente que a vacinação é o meio adequado para frear a epidemia de rubéola e as próximas que virão", disse o epidemiologista John Brownstein, co-autor do estudo e co-fundador do HealthMap e do VaccineFinder, serviço online que permite rastrear centros de vacinação de rubéola e outras doenças infecciosas.

O retorno da rubéola nos Estados Unidos coincide com a tendência de alguns pais a se negarem a autorizar seus filhos a receberem a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), por temerem que a imunização seja responsável pelo aumento no número de casos de autismo. Outros optam por não vacinar os filhos por motivos religiosos.

O “Dia D” de vacinação contra o sarampo começa neste sábado (27) em Pernambuco para imunizar mais de 260 mil crianças de seis meses a quatro anos. A campanha será realizada em 24 municípios pernambucanos e segue até sexta-feira (2) em mais de 700 postos de saúde do Estado. 

Serão oferecidas ao público infantil a tríplice viral, que também protege contra a rubéola e caxumba, e integra o calendário básico de vacinação. Mais de 390 mil doses foram disponibilizadas, numa parceria entre Estado, União e municípios. 

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Na Região Metropolitana do Recife (RMR), 603 postos de saúde irão realizar a vacinação nas cidades do Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Moreno, São Lourenço da Mata, Itamaracá, Itapissuma e Araçoiaba. Na Mata Norte, serão 85 postos nas cidades de Goiana, Condado, Carpina, Glória de Goitá, Chã de Alegria e Paudalho. Já na Mata Sul, a campanha será realizada em 57 unidades básicas de saúde, nas cidades de Vitória de Santo Antão, Primavera, Chã Grande e Pombos.

DADOS - A mobilização quer ampliar a cobertura vacinal e reduzir o risco de transmissão do sarampo em Pernambuco. De janeiro a junho deste ano, o Estado notificou 155 casos da doença, dos quais 62 (40%) foram confirmados, 40 (25,8%) descartados e 53 (34,2%) em investigação. Dos municípios convocados e que apresentaram casos confirmados da doença, Recife é o que registra maior ocorrência, com 13 casos, seguido de Paulista (9), Vitória de Santo Antão (8), Cabo de Santo Agostinho (8), Goiana (6), Olinda (5), Abreu e Lima (3), Jaboatão dos Guararapes (2), Camaragibe (2), Santa Cruz do Capibaribe (1), Primavera (1), Pombos (1), Condado (1) e Carpina (1).

DOENÇA - O sarampo é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus, cuja transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, como gotículas expelidas ao tossir, falar ou respirar. O período de incubação é, geralmente, de 10 dias, desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema (erupção cutânea). A principal forma de prevenção do sarampo é a vacinação, por meio da vacina tríplice viral, disponível nos postos de saúde durante todo o ano.

Com informações da assessoria

A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, está convocando os pais e responsáveis para levar as suas crianças aos postos de saúde do município. O objetivo é a atualização dos cartões de vacinação, em especial, o da tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba. 

O atendimento acontece nas 90 unidades de saúde da família, das 8h às 16h. Crianças com doze e quinze meses de idade são as mais esperadas pela campanha, que tem por meta vacinar até o final do ano de 95% desse público. Na cidade, esse percentual corresponde a nove mil crianças. 

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Também poderão ser imunizadas pessoas que viajaram ou tiveram contato com alguém que saiu do Brasil em 2013. Os principais sintomas do sarampo são a tosse, coriza, irritação nos olhos e febre. Para obter outras informações, o interessado deve entrar em contato com a Gerência de Vigilância em Saúde pelo número 3476.3068. O órgão municipal funciona de segunda a sexta-feira, das 8h ás 17h.

 

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