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A Braskem cancelou, na segunda-feira, 4, a sua participação na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática (COP28). O motivo é a situação de emergência decretada em Maceió e os alertas para o risco de colapso de uma mina da petroquímica na capital de Alagoas.

"Nos últimos dias, diante do agravamento da crise de Maceió, achou melhor cancelar sua participação nos painéis para evitar que o assunto sobrepujasse quaisquer outras discussões técnicas, dificultando eventuais contribuições que a empresa pudesse oferecer", diz o comunicado da Braskem sobre a conferência que ocorre em Dubai.

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Ainda segundo a petroquímica, a "Braskem está acompanhando a COP e todas as discussões sobre mudanças climáticas, uma vez que tem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e de crescimento com produtos mais sustentáveis, entre eles bioprodutos e produtos com conteúdo reciclado".

Na segunda-feira, a Defesa Civil de Maceió voltou a detectar um aumento de velocidade da abertura da mina 18, depois de uma sequência de dias em que se apontou a desaceleração no ritmo do afundamento do solo.

O boletim mais recente divulgado pelo órgão indica que a velocidade, na noite da segunda-feira, era de 0,26 cm por hora, um pequeno aumento em comparação ao registrado no período da manhã: 0,25 cm por hora. O deslocamento vertical acumulado da mina é de 1,80 metro.

O presidente da Braskem, Roberto Bischoff, afirmou nesta segunda-feira (4) que a petroquímica tem feito esforços consistentes para minimizar os impactos ambientais provocados pelo afundamento do solo em Maceió, capital de Alagoas. O executivo destacou que a empresa identificou a aceleração da instabilidade na região em novembro, a partir de um relatório interno. Em seguida, a empresa compartilhou informações com as autoridades.

"Percebemos a partir de um monitoramento que realizamos, considerado de primeiro mundo, uma mudança no comportamento do solo e imediatamente informamos às autoridades. O bairro já estava desocupado, quem estava na região eram apenas as equipes da Braskem e 23 famílias resistentes que não haviam deixado o local, mas foram retiradas após ordem judicial", afirmou Bischoff durante o 28º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), evento tradicional do setor químico promovido pela Associação Brasileira de Indústrias Química (Abiquim).

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O executivo afirmou que decidiu falar sobre o tema durante a realização do evento em função de, segundo ele, haver uma grande quantidade de informações veiculadas nas redes sociais e que não necessariamente são precisas. "Temos bons indicativos de que o solo vem se acomodando", disse.

Bischoff disse ainda que nos últimos quatro anos foram realocadas 40 mil pessoas em 14,5 mil imóveis e mais de 97% das propostas de indenização foram aceitas e pagas por meio do Programa de Compensação Financeira (PCF).

A Braskem informou na manhã desta segunda-feira, 4, que as atividades de extração de sal-gema da petroquímica em Alagoas foram encerradas em maio de 2019 e que, desde então, vem adotando medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, que está previsto para meados de 2025.

Segundo a companhia, o plano de fechamento definitivo de 35 cavidades atingiram 70% de avanço. Destas, 9 receberam recomendação de preenchimento com areia, com 5 já tendo preenchimento concluído, 3 em trabalhos de preenchimento em andamento, e 1 pressurizada, indicando que não é mais necessário realizar o preenchimento.

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Outras 5 cavidades tiveram confirmado o status de autopreenchimento. E as 21 cavidades restantes estão sendo tamponadas e/ou monitoradas, sendo que em 7 delas o trabalho foi concluído.

"Adicionalmente, no contexto do monitoramento preventivo do solo que vem sendo realizado desde 2019, foram registrados recentemente microssismos e movimentações de solo atípicas concentrados no local da Cavidade 18, tendo a Braskem paralisado preventivamente suas atividades de preenchimento de poços na área, assim como as atividades preparatórias para o início do preenchimento da Cavidade 18", afirma a companhia, em comunicado ao mercado.

A Braskem diz ainda que o processo de desocupação preventiva da área se iniciou em dezembro de 2019 e que a área de risco do mapa definida pela Defesa Civil de Maceió está integralmente desocupada. A área de resguardo no bairro do Mutange, onde fica a Cavidade 18, já estava desocupada, sem nenhuma pessoa residindo nessa área, desde abril de 2020.

"Os dados atuais de monitoramento demonstram que a condição de movimentação do solo segue concentrada na área da Cavidade 18. Todos os dados estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Companhia vem trabalhando em colaboração, prestando todas as informações", afirma a Braskem.

O Ministério de Minas e Energia informou neste domingo, 3, que a situação no bairro de Mutange, em Maceió, está estabilizada e caso haja o colapso de uma mina será "de forma localizada e não generalizada". "Observa-se estabilização da situação, com redução do ritmo de subsidência do terreno e redução da probabilidade de deslocamentos de terra de larga escala", diz o relatório.

A capital alagoana decretou estado de emergência na semana passada por causa do risco iminente de desmoronamento da mina da petroquímica Braskem, que até 2019 fazia a extração de sal-gema em 35 poços abertos na cidade.

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Citando dados coletados até sábado, 2, o ministério, que instaurou uma sala de situação para gerenciar as ações em Maceió, afirmou que houve redução da velocidade de deslocamento de 50 centímetros para cerca de 15 centímetros por dia. "Ainda é uma velocidade elevada, ao se comparar com o parâmetro anterior, da ordem de 20 centímetros por ano. A situação ainda demanda atenção", afirma o relatório.

A pasta também informou que não foi observada alteração expressiva do nível da Lagoa de Mundaú e que há "risco baixo" de contaminação e que a Defesa Civil monitora em tempo real o local com sensores. A Brasken informou que 100% da área em risco está agora desocupada.

Último culto

A Igreja Batista do Pinheiro, uma das últimas edificações que seguiam funcionando no bairro, foi interditada pela Defesa Civil na tarde de ontem depois que um último culto foi celebrado. O local era considerado simbólico pelos moradores por ter sediado encontros e debates sobre as desocupações promovidas pela Braskem a partir de 2018.

O fechamento, por motivo de segurança, é temporário e atende à determinação da Justiça Federal que avaliou risco de colapso de uma mina no bairro Mutange, a algumas centenas de metros do local.

Cerca de cem pessoas, quase todas ex-moradoras do bairro, acompanharam o culto. Muitas choraram ao saber que o espaço seria interditado. O local alegre, aberto todos os dias e com muitas crianças, teve um fechamento quase melancólico. "A gente foi pego de surpresa", disse o funcionário público Valcknaer Chagas, de 40 anos. "Nasci e me criei aqui na igreja. Minha vida toda foi aqui, e foram me tirando tudo aos poucos."

Chagas morou a vida toda no Pinheiro, mas teve que sair em 2020 em meio às desocupações maciças realizadas no bairro. "Aguentei bastante, mas na minha rua só tinham mais três pessoas, já não tinha mais segurança. Nos mudamos para o outro lado da cidade. Antes, estávamos a 15 minutos de tudo, e agora estamos a uma hora de shopping, praia e estádio."

A mulher dele, a corretora de seguros Edvânia Minervino, de 38 anos, também lamentou o fechamento da igreja. "Foi aqui que conheci meu marido, me casei, me batizei", disse ela, que vê omissão das autoridades. "Desde 2018 houve investigações, realocação de moradores, mas estamos chegando a 2024 e o que mais choca é que nenhum representante da empresa foi responsabilizado ou preso. Somente a população e as famílias estão pagando."

A Braskem disse realizar um monitoramento contínuo da situação da mina 18 e ter uma comunicação constante com as autoridades públicas da cidade. E que mantém tratativas desde 2021 para oferecer apoio à realocação da igreja. "A empresa permanece aberta ao diálogo e segue empenhada na implementação das medidas decorrentes da desocupação nos bairros, conforme determinação das autoridades, com foco na segurança das pessoas."

Contraste

Os jardins bem cuidados, a grama aparada, a pintura em dia e a limpeza impecável da Igreja Batista do Pinheiro são um contraste com o bairro que, nos últimos cinco anos, foi sendo desocupado.

Enquanto no entorno o que mais se vê são casas com os acessos concretados, a igreja mantinha suas portas abertas todos os dias. Tombada como Patrimônio Material e Imaterial de Alagoas desde 2021, a igreja, no início do processo de desocupação, foi usada por representantes do Ministério Público tratarem da organização de documentação dos residentes no bairro. Reuniões frequentes também eram feitas com moradores a fim de se debater ações para o processo de realocação deles. Afinal, boa parte resistia a se mudar.

"Nossa igreja foi um ponto, desde o começo, de tentativa de articulação das populações residentes, quando isso tudo ainda estava habitado", diz a pastora Odja Barros. "Desde o começo a gente foi um ponto de resistência."

Ela conta que a petroquímica chegou a tentar negociar o pagamento de uma indenização para que a igreja também se retirasse. "Mas nós nunca abrimos diálogo de negociação. Nós não queremos ganho financeiro, não tem valor que nos indenize. O que nós queremos é manter nossa história, nosso patrimônio imaterial", afirma a pastora. "A gente não desconsidera os riscos. Tem uma área que realmente não dá (para ficar). Se nós estivéssemos em outro lugar deste território, nós já teríamos saído."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou neste domingo, 3, que o houve uma redução da probabilidade de "deslocamento de terra em larga escala" na região da mina da Braskem em Maceió. A declaração foi dada tendo em vista análises de informações apresentadas ontem, 2, durante reunião da sala de situação instaurada pela Pasta para gerenciar as ações relacionadas às instabilidades geológicas.

Relatório da reunião deste sábado, 2, apontou que nas 24 horas anteriores (entre 1º e 2 de dezembro) houve redução da velocidade de deslocamento de terra, de 50 centímetros, nos dias 29 e 30 de novembro, para cerca de 15 centímetros por dia, ontem. "Registra-se que ainda é uma velocidade elevada, ao se comparar com o parâmetro anterior da ordem de 20 centímetros por ano. A situação ainda demanda atenção", diz.

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O documento afirma que a expectativa dos especialistas do Serviço Geológico Brasileiro (SGB) é que, se houver desmoronamento, ocorrerá de forma localizada e não generalizada.

O texto destaca que o sismo percebido ocorreu em direção à Lagoa de Mundaú, um fenômeno que indicaria um afastamento da situação de instabilidade da área original. "Não se observa alteração expressiva do nível da lagoa. Entende-se haver baixo risco de contaminação da lagoa", afirma.

Atualmente parte da lagoa Mundaú está interditada para a navegação. "Uma avaliação para a área demonstra que o sistema geológico está entrando em equilíbrio. Isso é corroborado pelo sistema DGPS de monitoramento e pela rede sismográfica, mostrando claramente diminuição na intensidade e quantidade de microsismos, bem com os movimentos nas duas direções, vertical e horizontal. Contudo, ainda é necessário continuar o ostensivo monitoramento da área como um todo", conclui o relatório.

O MME afirma que a sala de situação, composta por representantes do ministério, do SGB e da Agência Nacional de Mineração (ANM), continua interagindo com autoridades locais para acompanhar a situação, prestar assessoramento técnico e promover medidas de proteção e mitigação necessárias.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), disse há pouco que o poder público municipal está fazendo um levantamento sobre os impactos do afundamento da mina 18 da Braskem no bairro do Mutange, na capital aloagoana, que pode romper a qualquer momento. O boletim da Defesa Civil divulgado hoje às 9h informava que o movimento do solo nas últimas 24 horas foi de 10,8 centímetros.

Em entrevista à CNN Brasil, o prefeito disse que enviará o levantamento ao governo federal porque vai precisar da ajuda da União para reconstruir as casas do bairro cujas estruturas foram danificadas. Caldas disse que já destacou R$ 10 milhões "para fazer frente "às necessidades de urgentes na cidade de Maceió.

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"Estamos também sofrendo com o déficit habitacional que foi catapultado com toda a demanda que estamos vivendo agora. Conversei com o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) em relação a isso, para podermos viabilizar uma Medida Provisória", disse acrescentando que isso já aconteceu em 2010, quando ocorreu as enchentes em Alagoas.

À época, destacou o ministro, o governo federal, comandando pelo presidente Lula ajudou na reconstrução de 19 mil moradias. "Essa estratégia funcionou bem e as cidades um total de 22 puderam se reerguer", disse.

O prefeito disse também que já foram arrecadadas 15 mil cestas básicas para as famílias que foram removidas de suas casas por conta do risco de colapso da mina, 5 mil quilos de kits de higiene pessoal, 3 mil kits de limpeza, 5 mil colchões, 20 mil garrafas de água, contratação de aeronaves e aquisição de coletes salva-vidas.

Em entrevista à GloboNews, o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, há pouco afirmou que o processo de afundamento na mina da Braskem é "irreversível". "Agora precisamos aguardar para ver o que vai acontecer. Pode haver uma estabilização ou um rompimento de vez", disse. Nobre lembrou ainda que os trabalhos de fechamento das minas vizinhas à mina 18 seguem interrompidos por falta de segurança aos trabalhadores.

A Defesa Civil de Maceió informou, em nota, que o solo na mina da Braskem que está com risco de colapso já afundou 1,69 metro. A velocidade do afundamento é de 0,7 centímetros por hora, apresentando um movimento de 10,8 centímetros nas últimas 24 horas.

Desse modo, segundo o órgão, o alerta máximo permanece devido ao risco iminente de colapso da mina, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange.

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A Defesa Civil reforça a recomendação de que a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

A Braskem informou que a área de risco do mapa definido pela Defesa Civil municipal está 100% desocupada. Os moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer nessa área de risco foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial.

A Defesa Civil de Maceió (AL) informou neste sábado, 2, que o deslocamento vertical da mina da Braskem que está com risco de colapso é de 1,61 metro. A velocidade com que o processo ocorre é de 0,7 centímetro por hora, taxa que mostra desaceleração ante o registrado ontem. Nas últimas 24 horas, houve um movimento de 11,8 centímetros.

Apesar dessa desaceleração, o órgão permanece em alerta máximo para o risco iminente de colapso da mina.

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A Braskem informou nesta tarde que os moradores que ainda permaneciam em 23 imóveis em área de risco deixaram suas casas. Eles foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial. Agora, 100% da região vulnerável ao eventual colapso de mina da empresa está desocupada.

Moradores que ainda permaneciam em 23 imóveis em área de risco em Maceió (AL) deixaram suas casas, segundo a Braskem. Eles foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial. Agora, 100% da região vulnerável ao eventual colapso de mina da empresa está desocupada.

"Importante lembrar que a área de resguardo no bairro do Mutange, onde fica a mina 18, cuja realocação preventiva foi iniciada pela Braskem em dezembro de 2019, está desocupada, sem nenhuma pessoa residindo na região desde abril de 2020", informou a Braskem, por meio de nota.

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A empresa ressaltou ainda que os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina.

"Essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta. Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração", disse a empresa.

A velocidade com que o solo tem afundado por causa da mina da Braskem, em Maceió (AL) tem diminuído, disse o prefeito da cidade, João Henrique Caldas (PL), ao citar o último boletim da Defesa Civil. A velocidade, que chegou a 5 centímetros por hora em fases mais críticas, agora está em 0,7 cm/h. "Temos uma tendência de diminuição de afundamento naquela região", disse JHC, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Segundo ele, apenas um dos doze DPGSs (Differential Global Positioning System) - aparelhos que medem o afundamento do solo e monitoram a região da mina - está em alerta máximo. Antes, seis receptores chegaram a ser acionados. Os tremores de terra também reduziram "consideravelmente", de acordo com o prefeito.

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"Não podemos afirmar que vai estabilizar, mas esse é um caminho para a estabilização. Estamos vencendo um dia de cada vez para podermos juntos sairmos dessa situação", completou JHC.

O último boletim disponível da Defesa Civil de Maceió indica que o deslocamento vertical acumulado na mina é de 1,56 cm e a movimentação nas últimas 24h foi de 13 cm. O órgão ainda registrou um tremor de terra de magnitude de 0,89 a cerca de 300 metros de profundidade na madrugada deste sábado, 2.

A cidade ainda está em alerta máximo por causa do risco iminente de colapso da mina da Braskem, localizada na região do antigo campo do CSA, no bairro Mutange. A região foi desocupada e a recomendação é de que a população não transite na área. O abalo foi causado pelo deslocamento do subsolo pela extração de sal-gema, um cloreto de sódio que é utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC).

A prefeitura decretou estado de emergência, o que foi reconhecido por uma portaria do governo federal, em Diário Oficial.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, permitiu à Prefeitura de Maceió tomar um empréstimo de US$ 40 milhões junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). O recurso servirá para o executivo municipal dar uma resposta ao maior desastre ambiental do Brasil já registrado em área urbana.

A Defesa Civil de Maceió divulgou nota sobre o risco iminente de colapso de uma mina da petroquímica Braskem, situação que gerou alerta máximo de órgãos da prefeitura, do governo de Alagoas e do Serviço Geológico do Brasil. Segundo a informação divulgada às 9h56 desta sexta-feira, 1.º, o deslocamento vertical acumulado da mina é de 1,42 metro e a velocidade vertical é de 2,6 centímetros por hora.

A equipe de análise da Defesa Civil disse se basear em dados contínuos, incluindo análises sísmicas. A Braskem, por sua vez, diz que vem "tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências".

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"Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo", diz a nota da Defesa Civil.

Esta semana, Maceió decretou estado de emergência após o alerta de "risco iminente de colapso" da mina 18, que é operada pela Braskem e fica no bairro de Mutange. A Defesa Civil de Maceió afirma que o colapso da mina da Braskem pode ocorrer a qualquer momento.

Estudos têm mostrado o aumento significativo na movimentação do solo na mina, indicando a possibilidade de rompimento e surgimento de um sinkhole, ou seja, uma enorme cratera pode ser aberta na região afetada. Após um período de estabilização, o deslocamento da mina começou a se intensificar nos últimos dias.

Os problemas na capital alagoana começaram em 3 de março de 2018, quando um tremor de terra causou rachaduras em ruas e casas e o afundamento do solo em cinco bairros: Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e em uma parte do Farol. Mais de 55 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas naquele ano. Agora, uma decisão judicial determinou a saída de 27 famílias da área de risco. Dessas, 14 ainda não tinham saído de casa até a noite de quinta-feira.

Está agendada uma reunião para o dia 5 de dezembro entre o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e o governador Paulo Dantas, que pedirá para que o governo federal esteja preparado para ajudar Alagoas em caso de necessidade.

Em nota, a Braskem declarou que "continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, localizada no bairro do Mutange, tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências". O texto acrescenta que "todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração".

Ainda segundo a empresa, a extração de sal-gema (um cloreto de sódio que é utilizado para produzir soda cáustica e PVC) em Maceió foi totalmente encerrada em maio de 2019. A fabricação na região teve início em 1976.

"A Braskem vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025", diz o texto.

Ibama

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participa da Conferência do Clima da ONU, COP-28, afirmou nesta sexta-feira, 1.º, que o Ibama acompanha de perto a situação envolvendo a mina da Braskem em Maceió.

"É um licenciamento feito pelo governo do Estado, mas o Ibama está acompanhando. Os nossos especialistas em risco ambiental estão acompanhando de perto. A orientação do Ministério do Meio Ambiente é: mesmo sendo algo de responsabilidade do governo estadual, nós não nos furtamos em suplementarmente apoiar os Estados quando se trata de questões de alto risco", disse a ministra.

Segundo Marina, neste caso, o órgão do governo federal atua de maneira suplementar.

Os tremores de terra e o risco de colapso que colocaram Maceió em estado de emergência têm ligação com a atividade de extração de sal-gema, utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), localizado a mais de mil metros de profundidade. A extração foi interrompida pela Braskem há cinco anos, mas isso não impediu que a movimentação do solo continuasse. Pesquisadores, porém, dizem alertar sobre riscos na área pelo menos desde 2010.

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) afirmam que apontavam para riscos de afundamentos em Maceió há mais de uma década. "Um estudo publicado na revista científica Geophysical Journal International mostrou que a exploração do sal-gema pela Braskem estava provocando aumento do nível do lençol freático na região. Esse aumento de pressão poderia causar o afundamento do solo", diz texto divulgado nesta semana no site da UFAL, citando publicação cientifica de 2010.

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"Em 2011, outro estudo, publicado na revista científica Engineering Geology, chegou à mesma conclusão. Os pesquisadores estimaram que o afundamento poderia atingir até 1,5 metro em algumas áreas da cidade", acrescenta o texto. A Defesa Civil de Maceió disse na noite desta quinta-feira (30) que o desabamento pode ocorrer a qualquer momento.

A Braskem, por sua vez, afirma em nota que a extração de sal-gema em Maceió "sempre foi acompanhada utilizando a melhor técnica disponível, fiscalizada pelos órgãos públicos competentes e com todas as licenças necessárias para sua operação". A empresa também declarou que não havia indícios de problemas relacionados à mineração até cinco anos atrás.

"Antes de 2018, não existiam indicativos de trincas ou rachaduras sobre as quais houvesse suspeita de relação com a atividade de extração de sal. De acordo com os estudos técnicos realizados nos últimos quatro anos, conduzidos por diversos especialistas nacionais e internacionais das diferentes áreas das Geociências, foi evidenciado que a subsidência é complexa", diz a Braskem.

"Ao tomar ciência em 2019 de que a subsidência estava acontecendo na região, a companhia interrompeu definitivamente a extração de sal-gema nessa região e iniciou as ações para mitigação de riscos e reparações", acrescenta a companhia.

Geóloga morava em área desocupada após tremores de terra

Sobre os sismos que têm sido detectados nos últimos dias, a geóloga Regla Toujaguez, professora dos cursos de Engenharia e Ciências Agrárias da UFAL, diz que eles são esperados na atual situação. "Na extração, trabalha liquofazendo muito o sistema. Injeta água no sistema e lubrifica muito lá embaixo", explica. "Tirou o sal e ficam muitas cavidades. Essas cavidades são preenchidas com fluido. A mineração parou, mas eles precisam manter o sistema e fazer monitoramento diário", afirma.

A própria professora da UFAL foi diretamente afetada pelo caso. Ela morava no bairro Pinheiro, um dos que precisaram ser desocupados. "Nosso prédio teve problema, muitas casas tinham rachaduras. Como os vizinhos sabiam que eu era geóloga, a todo momento vinham bater na minha porta para perguntar se era seguro", conta Regla. Todos eles foram removidos, a partir de 2018, e indenizados pela Braskem.

O geólogo Francisco Dourado, professor de Geologia da Universidade do Estado do Rio (UERJ) e coordenador do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres da instituição, explica que os colapsos ocorrem se há perda da auto sustentação de uma estrutura. "Quando falamos de cavernas, minas subterrâneas ou qualquer cavidade subterrânea, os colapsos causam a subsidência (afundamento) da camada acima dessa cavidade."

Dourado diz que esse tipo de incidente não é raro. "Algumas regiões do planeta sofrem muito com esse problema. O Alabama (nos EUA) sofre com subsidências naturais, assim como Rio e São Paulo sofrem com os deslizamentos e as inundações. Os colapsos causados pelo homem geralmente estão associados a minerações, mas há outras causas, como as construções de túneis para o sistema de transporte", cita.

Ele lembra os casos da escavação para a Linha-4 do metrô do Rio, que causou problemas em edificações na Gávea, na zona sul carioca, e da construção de um túnel na duplicação da Estrada Rio-Juiz de Fora, que provocou rachaduras em alguns imóveis.

Na avaliação do professor, colapsos provocados por intervenção humana - como em Maceió - "certamente" resultam de problemas no projeto. Ele ressalta, contudo, que isso não necessariamente significa que tenha havido erros na concepção.

"A natureza é heterogênea. No meio natural, podem surgir descontinuidades que, por mais detalhada que seja a prospecção, podem passar sem serem observadas. Nesses casos, aplica-se o princípio da imprevisibilidade da natureza", pondera Dourado.

Áreas precisam ser monitoradas por anos, mas poderão ser reaproveitadas

As áreas onde ocorreram evacuações e tiveram construções demolidas pela prefeitura de Maceió não estão condenadas para sempre. Elas poderão ser reocupadas, mas isso dependerá de monitoramento constante, avaliação de custo e interesse público.

"Depende da intensidade do problema e do mapeamento da extensão", considera Dourado, da UERJ. "Diferentes soluções podem ser adotadas, e isso vai condicionar as medidas de mitigação e seus custos. A partir daí, se estabelece a relação custo-benefício", afirma.

"Se os custos (financeiros, políticos e sociais) ultrapassarem os benefícios, opta-se por proibir o uso da área, mas isso não significa que a área não será utilizada. Se o custo for menor que os benefícios, executam-se as obras e a área pode ser novamente ocupada. Às vezes por um novo tipo de ocupação, como uma área de lazer ou comercial", exemplifica.

Regla Toujaguez, da Federal de Alagoas, ressalta que o monitoramento das condições do solo precisa ser diário e se estender por ao menos cinco anos após a constatação que ele está estabilizado. A partir daí, o espaço pode ser reurbanizado.

"As áreas foram compradas pela empresa, que poderá fazer uso dela. Há quem diga até que possam virar condomínios. Mas será que as pessoas vão esquecer do que aconteceu tão rápido assim?", questiona a professora.

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Desabrigados pelo terremoto que deixou ao menos 268 mortos na Indonésia solicitavam, nesta quarta-feira (23), todo tipo de ajuda aos serviços de emergência, que enfrentam dificuldades para encontrar sobreviventes devido a tremores secundários e fortes chuvas.

As autoridades alertaram que os escombros precisam ser removidos com urgência na cidade de Cianjur, a mais atingida pelo terremoto, devido a possíveis enchentes e deslizamentos de terra que podem ser desencadeados por fortes chuvas esperadas para os próximos dias.

Um terremoto de 5,6 graus de magnitude atingiu a província de Java Ocidental, a mais populosa do arquipélago do Sudeste Asiático, na segunda-feira.

O balanço mais recente do desastre é de 268 mortos, 1.000 feridos e 151 desaparecidos.

Mas as fortes chuvas e os novos tremores secundários do terremoto desaceleraram as operações de busca por sobreviventes em uma dúzia de cidades, onde mais de 20.000 casas foram destruídas.

Um tremor secundário de magnitude 3,9 provocou pânico entre vários deslocados, que fugiram dos abrigos esta manhã, observaram jornalistas da AFP.

Dois vilarejos remotos permanecem isolados, segundo Henri Alfiandi, chefe do serviço de emergência, em um vídeo publicado nas redes sociais.

"As pessoas de lá não podem nem pedir ajuda", disse, lembrando que três helicópteros foram enviados para a área.

Os moradores estão bloqueados, sem água nem eletricidade, e alguns tiveram que dormir ao lado de mortos, detalhou.

Nas cidades mais próximas de Cianjur, os moradores tentavam recuperar fotos de família, livros religiosos e certidões de casamento entre os escombros.

- Risco de nova catástrofe natural -

"Temos ajuda alimentar, mas não é suficiente. Temos arroz, macarrão instantâneo e água mineral, mas não é suficiente", comentou à AFP Mustafa, 23 anos, morador da cidade de Gasol.

O jovem vasculhava os escombros da casa da vizinha idosa, a pedido dela. Ele então voltou com uma pilha de roupas, arroz, fogão a gás e panelas.

"Não temos roupa e não tomamos banho há dias", confessou.

"Precisamos de ajuda", diziam faixas colocadas em frente a casas e tendas danificadas no vilarejo de Talaga.

Mais de 58.000 pessoas foram deslocadas pelo terremoto, informou a agência de gerenciamento de desastres na terça-feira.

O governo mobilizou milhares de militares e policiais. Também fornece ajuda alimentar e tendas, mas as necessidades são imensas.

Yunisa Yuliani, 31 anos, detalha que não há mais nada no local.

"Meu filho está com febre e não consegue comer. Tem muitos idosos e crianças que precisam de leite, fraldas e remédios", diz.

Neste cenário desolador, moradores de Cianjur começaram a enterrar seus parentes de acordo com os ritos islâmicos depois que foram autorizados a retirar seus corpos dos necrotérios.

As autoridades alertaram para o risco de uma nova catástrofe natural.

Durante a estação de chuvas, que já começou e terminará em dezembro, o arquipélago é propenso a deslizamentos de terra e inundações repentinas.

Os serviços meteorológicos anunciam tempestades, que são potencialmente perigosas após um terremoto.

Localizada no "círculo de fogo" do Pacífico, onde as placas tectônicas se encontram, a Indonésia enfrenta regularmente terremotos ou erupções vulcânicas.

Trânsito, trabalho, faculdade, filas, relacionamentos. Motivos para o estresse são muitos. E os sintomas também podem se manifestar de muitas maneiras. Uma delas é o tremor no olho. Segundo o médico oftalmologista e professor do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) Dr. Pedro Durães Serracarbassa, o tremor no olho é principalmente causado pelo estresse.

"O estresse pode causar tremor nos olhos e, inclusive, tem sido a principal causa deste sintoma. Importante reforçar que problemas como a síndrome do olho seco, doenças neuromusculares e paralisia facial também podem gerar tremor nas pálpebras", diz o especialista.

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O oftalmologista conta que, em caso mais leves ,o principal tratamento é realizar atividades que diminuam o nível de estresse. "O tratamento recomendado para os casos mais leves é a realização de atividades que diminuam o nível de estresse. Mas, caso o tremor leve a uma situação de contração da pálpebra, chamada de blefaroespasmo, o tratamento poderá ser realizado com injeção de toxina botulínica e, em casos mais graves, com uso de ansiolíticos", destaca.

Moradores de ao menos duas cidades nordestinas distantes quase 700 quilômetros foram surpreendidos por pequenos tremores de terra ao longo deste sábado (19).

Embora tenham sido captados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis-UFRN), os abalos sísmicos foram de pequena intensidade e não causaram estragos maiores.

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Um primeiro sismo foi registrado na região de Curaçá, no norte da Bahia, por volta das 5h de ontem. A partir dos dados de suas estações sismográficas, o LabSis calcula que o tremor de terra atingiu uma magnitude preliminar de 2.1 na escala Richter (mR).

O segundo evento sísmico confirmado pelo LabSis-UFRN ao longo deste sábado ocorreu na região de Canindé, no norte cearense, a cerca de 100 quilômetros de Fortaleza. Por volta de 21h33, os moradores de Canindé sentiram o tremor de terra que o laboratório potiguar calcula ter atingido 2.4 mR.

Segundo os especialistas, tremores de baixa intensidade como os registrados, ontem, em Curaçá e Canindé, são frequentes, mesmo no Brasil, e, na maioria das vezes, a população sequer percebe os abalos causados pelo contínuo processo de acomodação das rochas que formam a crosta terrestre.

Em Canindé, por exemplo, um abalo sísmico de 1.8 mR já tinha ocorrido no último dia 10. Além disso, na madrugada de ontem, a Rede Sismográfica Brasileira, registrou dois eventos de magnitudes semelhantes em Divinópolis (MG) – cidade onde, desde o inicio deste ano, já foram registrados ao menos 36 eventos semelhantes.

“Tremores desta ordem de grandeza ocorrem com uma certa frequência no país, principalmente na região Nordeste, dada as características locais”, explicou à Agência Brasil o geofísico Eduardo Menezes, do LabSis-UFRN.

“Normalmente, estes eventos são causados pela existência de falhas geológicas. E seus efeitos, principalmente emocionais, são mais sentidos quando os abalos ocorrem próximos a áreas urbanas”, acrescentou o especialista, destacando que, eventualmente, os tremores de pequena intensidade podem causar algum dano estrutural às construções, principalmente caso se repitam em um curto espaço de tempo.

“O grande problema é a repetição em um curto período de tempo, a exemplo do que temos observado em Canindé, onde, só este mês, já registramos seis eventos semelhantes, percebidos pela população.”

Os violentos tremores de terra prosseguiam nesta terça-feira (25) em Goma, localizada ao pé do vulcão Nyiragongo, leste da República Democrática do Congo (RDC), onde a população, angustiada, teme uma nova erupção.

O balanço da inesperada erupção de sábado subiu para 32 mortes, segundo as autoridades locais. Sete vítimas faleceram asfixiadas por vapores tóxicos na segunda-feira, quando caminhavam sobre o fluxo de lava.

De acordo com uma avaliação conjunta, entre 900 e 2.500 casas foram destruídas pela lava, afirmou à AFP Raphaël Ténaud, subdiretor da delegação da Cruz Vermelha Internacional (CICV) em Goma. Isto significa que 5.000 pessoas estão desabrigadas.

Nesta terça-feira, assim como na véspera, os terremotos abalavam a região a cada 10 ou 20 minutos.

A violência dos tremores provocou o desabamento parcial de um edifício de três andares e pelo menos sete pessoas ficaram gravemente feridas, segundo a polícia local.

Além disso, uma rachadura de alguns centímetros de largura, mas várias centenas de metros de comprimento, fissurou o solo na zona oeste da cidade.

Posteriormente foi detectada outra rachadura de quase 100 metros de comprimento perto do aeroporto (nordeste da cidade), o que alimentou ainda mais a psicose coletiva.

"A situação é confusa na cidade, as pessoas duvidam. Alguns retornam, outros foram embora. O medo continua", resumiu um morador, angustiado.

Milhares de pessoas saíram da cidade após a a erupção do vulcão, mas parte dos moradores retornou na segunda-feira.

Quando o vulcão começou a expelir lava, dois rios foram formados e um deles atingiu os subúrbios de Goma, onde parou na manhã de domingo.

Muitas fachadas e paredes de casas apresentaram rachaduras desde então. "As paredes da minha casa têm fissuras", disse um morador preocupado.

"Todos estamos com medo de uma nova erupção", afirmou à AFP o diretor local de uma organização internacional.

- Escassez de água potável -

"Os tremores são muito fortes. Todos nós dormimos ao ar livre sob mosquiteiros, assim como vários vizinhos que temem o desabamento de suas casas. Apareceram rachaduras nas paredes do nosso escritório", acrescentou a fonte.

O RSM, organismo púbico responsável pela vigilância sísmica na vizinha Ruanda, registrou uma dezena de tremores com intensidade entre 2,6 e 3,3 na região nesta terça-feira, entre 8h00 e 10h00 locais (3h00 a 5h00 de Brasília).

Durante a noite aconteceu um tremor de 4,3 graus, com epicentro no lago Kivu, segundo o RSM.

O governo, que enviou uma delegação ministerial a Goma, reiterou os apelos de vigilância e pediu que a população respeite as recomendações das autoridades provinciais.

Estas consideram que as prioridades são monitorar o vulcão, manter a ordem na cidade e a ajuda humanitária aos desabrigados.

"O problema mais urgente é a água", afirmou um especialista, pois uma parte da cidade está privada de água potável depois que a lava provocou a destruição parcial de uma estação de tratamento.

Além disso, a estrada entre Goma e Butembo, importante eixo regional para o transporte de mercadorias, foi bloqueada em mais de um quilômetro.

O centro da Croácia foi abalado por novos tremores de terra nesta quarta-feira (30), um dia após um violento terremoto que deixou pelo menos sete mortos, danificou centenas de casas e privou bairros inteiros de eletricidade.

De acordo com o Instituto Americano de Geofísica (USGS, na sigla em inglês), dois sismos de magnitude 4,8 e 4,7 foram registrados na região de Sisak, a sudeste de Zagreb, com alguns minutos de intervalo, após as 5h15 GMT(2h15 em Brasília). Em princípio, nenhum dano foi relatado.

As autoridades declararam este sábado dia de luto nacional em homenagem às vítimas do terremoto de magnitude 6,4 que destruiu casas e enterrou carros sob montanhas de escombros no centro do país e que também se fez sentir nos países vizinhos.

"O horror em Petrinja", era a manchete da imprensa croata nesta quarta-feira. "Um ano de desastre termina na destruição" de uma região, dizia a primeira página de um jornal local.

As equipes de resgate trabalharam sem descanso em busca de possíveis sobreviventes sob as ruínas dos prédios destruídos. Temendo tremores secundários, muitos moradores passaram a noite em seus veículos, e outros 200 se abrigaram em um quartel.

Em Petrinja, Sinisa Sremic, de 53 anos, bebe uma cerveja em um parque em frente à sua casa. "Passei a noite em um saco de dormir em um mercado próximo. Meu apartamento está de cabeça para baixo. Ainda não tem energia elétrica", contou à AFP.

Os socorristas de montanha que realizaram buscas em mais de 80 aldeias da área do desastre não encontraram novas vítimas, informou o chefe desta unidade, Josip Granic.

O terremoto de ontem deixou sete mortos, incluindo uma adolescente de 13 anos, segundo a imprensa local. Outras cinco pessoas morreram em Majske Poljane, na cidade vizinha de Glina, segundo fontes oficiais.

A sétima vítima foi encontrada sob os escombros de uma igreja na cidade de Zazina. Segundo o padre local, citado pela agência de notícias Hina, trata-se do organista que foi consertar o órgão danificado em um terremoto anterior.

Cerca de 20 pessoas ficaram feridas, de acordo com a polícia croata.

Um terremoto de magnitude 5,3 já havia sacudido a capital croata em março, causando danos materiais significativos.

Os Bálcãs são uma zona de forte atividade sísmica.

- Mensagem do papa -

Centenas de prédios, casas, estabelecimentos administrativos e escolas foram danificados. Os bairros de Petrinja e Sisak continuam sem eletricidade.

O papa Francisco se solidarizou com o país de 4,2 milhões de habitantes, a grande maioria deles católicos.

"Rezo especialmente por aqueles que perderam a vida", disse. "Espero que as autoridades do país, com a ajuda da comunidade internacional, possam aliviar em breve o sofrimento do querido povo croata", acrescentou.

O governo croata deve se reunir nesta quarta-feira para determinar a ajuda que será fornecida à região afetada e se espera a chegada do comissário europeu de Gestão de Crises, Janez Lenarcic.

Bruxelas pretende enviar ajuda com "barracas de inverno, aquecedores elétricos, camas e sacos de dormir, além de contêineres que podem ser usados como abrigos", disse Lenarcic no Twitter.

Foram registrados três novos tremores nesta terça-feira, 1º, na Bahia, segundo o Laboratório Sismográfico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os terremotos aconteceram em Amargosa e Santo Antônio de Jesus, e foram sentidos também em São Miguel das Matas - todas cidades do Recôncavo.

O primeiro tremor foi registrado às 3h32, em Amargosa. Às 6h30, moradores dizem ter sido acordados por um novo tremor. Oficialmente, o segundo terremoto foi registrado somente às 6h37, em Santo Antônio de Jesus, e o terceiro, às 10h25, novamente em Amargosa. Os abalos sísmicos tiveram, respectivamente, magnitudes, de 1.8, 2.24 e 1.96. Os tremores registrados nesta terça foram, novamente, considerados de baixa magnitude na Escala Richter.

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Desde domingo, 30, já são 16 tremores de terra registrados em Amargosa, considerada uma região sismogênica - mais propensa a ter abalos de terra, segundo sismólogos. É possível que o tremor sentido em São Miguel das Matas seja resultado do abalo em Amargosa, já que as ondas sísmicas percorrem uma distância e se fazem sentir em outros locais, até perder velocidade e força. As duas estão separadas por uma distância de 22,9 quilômetros.

Ainda era madrugada, às 3h32 do horário local, nesta terça-feira, quando a professora Raiane Silva, de 31 anos, sentiu o que parecia ser o tremor da explosão de uma bomba, no distrito de Corta Mão, em Amargosa, no Recôncavo Baiano. "Só consegui cochilar, pensando que poderia vir um pior", disse ao Estadão.

A zona rural da cidade de São Miguel das Matas, relatou o prefeito Zé Renato (PP), também sentiu novos tremores às 9h desta terça. Mas também não há confirmação de um terceiro terremoto, até o momento, nos dados sismológicos do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e da UFRN.

Um morador da cidade de Conceição De Feira, a 120 quilômetros de Amargosa, também registrou, às 7h30, no site do Centro de Sismologia da USP, ter sentido um tremor. Ainda não há informações sobre a magnitude do terremoto.

Em Corta Mão, considerado epicentro dos terremotos, segundo o Laboratório da UFRN, a professora Raiane Santos Silva contou que os moradores já não dormem tranquilamente. "A gente fica assustado agora. Porque domingo foi mais forte e já ficamos pensando que podemos ter um problema maior", afirmou. No domingo, o terremoto mais forte teve magnitude de 4,6 - capaz de rachar paredes, danificar telhas e sacudir prateleiras, por exemplo.

A terra voltou a tremer no interior da Bahia, na madrugada desta segunda-feira (31). Segundo o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), o abalo sísmico mais forte registrado esta madrugada atingiu magnitude preliminar 3.5 na escala Richter, e foi sentido em várias cidades do Vale do Jiquiriçá, principalmente na cidade de Amargosa, próxima à qual ocorreu o epicentro do terremoto.

De acordo com a diretora de Comunicação da prefeitura de Amargosa, Gabriela Andrade, a recente sucessão de tremores deixou os cerca de 38 mil moradores da cidade alarmados. “Tá todo mundo muito assustado. E é difícil tranquilizar a todos, já que nem os especialistas sabem se isso vai continuar acontecendo”, disse a diretora à Agência Brasil.

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Segundo Gabriela, apesar do susto, não há registros de feridos ou desalojados. “Na zona rural, alguns imóveis sofreram rachaduras, inclusive uma igreja do distrito de Corta Mão, mas nenhum deles corre risco de desabamento ou precisou ser condenado”, disse a diretora, acrescentando que o tremor foi mais intenso no distrito de Corta Mão, a cerca de 18 quilômetros do centro da cidade.

Vale do Jiquiriçá

Uma sequência de tremores de terra já tinha assustado moradores do Vale do Jiquiriçá e do Recôncavo Baiano na manhã deste domingo (30). De acordo com o LabSis/UFRN, o sismo de maior magnitude ocorreu às 7h44 de ontem, e atingiu 4.6 na escala Richter, sendo sentido até mesmo em Salvador.

Segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), em 2018 e 2019 foram registrados nove tremores de terra nessa mesma região da Bahia, o que revela “um histórico significativo de sismicidade no Recôncavo Baiano”. Já o LabSis/UFNR informou que o evento mais antigo que se tem notícia nessa região ocorreu em dezembro de 1899, quando foi registrado um tremor de magnitude estimada 3.5.

“Esses nove episódios se concentram em três períodos distintos”, disse a diretora de Comunicação da prefeitura de Amargosa. “Mas não é uma coisa comum e as pessoas ainda ficam assustadas. Principalmente porque sempre ouvimos dizer que não há terremotos no Brasil. Então, isso, para as pessoas, é uma novidade”, acrescentou Gabriela, garantindo que a prefeitura vem procurando manter a população informada sobre a situação, principalmente para evitar a propagação de boatos e notícias falsas. Ela disse que especialistas da UFRN conduzirão um estudo na região.

Em nota, os especialistas do Centro de Sismologia da USP explicaram que, como o Brasil está no meio de uma placa tectônica, terremotos de maior magnitude são “extremamente raros”. Mesmo assim, a movimentação desta chamada Placa Tectônica Sul-Americana causa grandes pressões em seu interior, forçando novas acomodações da matéria que forma este bloco rochoso.

“Como em sismologia é impossível fazer previsões, não é possível saber se esses eventos vão ficar circunscritos às proximidades de Amargosa ou vão iniciar um novo ciclo de intensa atividade sísmica nessa região da Bahia”, apontam os especialistas.

Sergipe

Moradores de Canhoba, em Sergipe, também relataram ao Laboratório Sismológico da UFRN que sentiram a terra tremer durante a noite deste domingo (30). Ao menos oito eventos sísmicos foram registrados por estações da Rede Sismográfica Brasileira. O maior deles atingiu magnitude preliminar de 1.8 na escala Richter.

A prefeitura de Canhoba informou à Agência Brasil que, até o meio-dia, não tinha recebido qualquer informação de tremores na cidade.

Nordeste

Tremores de terra de baixa magnitude foram registrados ao longo da última semana em diversos locais da Região Nordeste. Ontem (30), por volta das 5h23, foi registrado um abalo sísmico de magnitude preliminar 2.2 na região de Pedra Preta, no Rio Grande do Norte. No último dia 17, outro tremor, de magnitude preliminar 1.8, já tinham sido registrado na mesma localidade.

Na quinta-feira (27), o Labsis/UFRN registrou quatro tremores de terra na região do município pernambucano de Caruaru. Os primeiros eventos, que ocorreram pela madrugada, tiveram suas magnitudes preliminares calculadas em 1.9 (às 3h01) e 1.8 (3h19). Houve um terceiro episódio perto das 8 horas e um quarto tremor às 20h11.

Nas primeiras horas da quarta-feira (26), um tremor de magnitude preliminar 1.6 foi registrado na região da Serra da Meruoca, no Ceará, atingida por pelo menos um outro tremor posterior. E perto das 14h47 do mesmo dia, estações sismográficas registraram um outro tremor próximo à cidade de Tejuçuoca (CE), com magnitude preliminar de 1.7 na escala Richter.

Tremores de terra foram registrados na manhã deste domingo (30) na região dos municípios de Amargosa e São Miguel das Matas, na Bahia. Os tremores foram registrados pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e atingiram magnitudes de 4.2 e 3.7 na escala Richter (mR), respectivamente. Não há registro de feridos.

De acordo com o o centro, o primeiro tremor foi registrados às 7h45 e o segundo, um pouco mais brando, por volta das 8h20. Os tremores atingiram ainda os municípios de Santo Antônio de Jesus, Varzedo, Muritiba, Laje, Cruz das Almas, São Felipe, Jaguaquara, Valença, Itatim.

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Outros tremores

Nos últimos dias diversos tremores de terra foram registrados em municípios da Região Nordeste, de acordo com o Laboratório de Sismologia (Labsis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Nesse sábado (29), por volta das 5h23 foi registrado um tremor de terra, de magnitude preliminar 2.2 mR, na região de Pedra Preta, no Rio Grande do Norte. Na semana passada, no dia 17, outro tremor, de magnitude preliminar 1.8 mR, também foi registrado na região.

Na quinta-feira (27), o Labsis registrou quatro tremores de terra na região do município pernambucano de Caruaru. Os primeiros eventos, que ocorreram pela madrugada, tiveram suas magnitudes preliminares calculadas em 1.9 (às 3h01) e 1.8 (3h19).

“Ainda pela manhã, mais precisamente às 7h52, outro tremor foi registrado pela rede, desta vez de magnitude preliminar 1.7. Mais tarde, às 20h11, a terra tremeu pela quarta vez no município pernambucano e sua magnitude preliminar foi calculada em 1.8”, informou o Labsis.

Nas primeiras horas da quarta-feira (26), um tremor de magnitude preliminar 1.6 mR foi registrado, na região da Serra da Meruoca. Depois, por volta das 11h47, a terra voltou a tremer na mesma região.

“Às 14h47 UTC (horário local), as estações sismográficas operadas pelo Laboratório Sismológico registraram mais um tremor na região do município cearense de Tejuçuoca, desta vez a magnitude preliminar foi calculada em 1.7 mR”, informou o Labsis.

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