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O Ministério Público de São Paulo solicitou a instauração de um inquérito policial para apurar os fatos que envolveram a Polícia Militar durante a reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), que aconteceu no último dia 8. Cerca de 400 homens da Tropa de Choque entraram no prédio para esvaziá-lo, e alguns estudantes classificaram a ação como truculenta.

Segundo o MP, o pedido foi enviado na segunda-feira pelo Promotor de Justiça de Direitos Humanos, Eduardo Valério. Ele também enviou uma cópia do documento para a corregedoria da PM.

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Depois da desocupação ontem da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) pela Tropa de Choque e a detenção de 73 alunos, cerca de 2 mil estudantes decidiram à noite decretar greve estudantil. Além de pedir a expulsão da Polícia Militar do câmpus, a assembleia de alunos decidiu incorporar mais duas propostas ao movimento: a não punição dos envolvidos em ocupações (da FFLCH e da Reitoria) e a criação de um plano paralelo de segurança. Alguns também cogitavam acampar na Cidade Universitária.

Hoje, comissões de estudantes passarão pelas diversas faculdades para convocar alunos a se juntar à paralisação - que foi sugerida pelos 73 detidos ontem. Além de integrantes dos cursos de Humanas, estudantes de Exatas, como Física, Matemática e Computação, apoiam o movimento. Cursos como os de Economia e Administração e da Escola Politécnica já se manifestaram a favor da presença da PM no câmpus.

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Sempre sob comando de líderes do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e de partidos de extrema esquerda, durante a manhã estudantes já pediam pela greve. Lideranças trotskistas da Liga Estratégia Revolucionária - Quarta Internacional (LER-QI) circularam por todo o dia na delegacia, ao telefone, clamando pela paralisação. Eles diziam por quais bandeiras os estudantes deveriam gritar - salientando sempre a extinção dos processos administrativos antigos contra os servidores. Também convocaram estudantes do movimento estudantil de outras universidades, como a Unesp, que estiveram na porta da delegacia, e articuladores de centros acadêmicos ligados a Psol, PSTU e PCO.

Ainda durante o dia, manifestantes bloquearam as duas entradas da Faculdade de Letras da USP e fizeram protestos e assembleias. Não houve aulas e apenas uns poucos alunos que chegaram mais cedo conseguiram fazer uma prova, de latim. Um grupo de quatro alunas e dois professores do Cursinho do Crusp (Conjunto Residencial da USP) relatou que não pôde usar as salas - funcionários trancaram as portas porque alunos estavam retirando carteiras para barricadas. Houve uma tentativa de usá-las para impedir as aulas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), mas alunos contornaram os obstáculos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Todos os 73 estudantes da Universidade de São Paulo (USP) pagaram fiança de R$ 545 e foram liberados do 91º Distrito Policial (DP), na zona oeste de São Paulo. O último aluno preso deixou o local às 3h45 de hoje.

Cerca de 70 estudantes ficaram na frente da delegacia gritando palavras de ordem, como "Greve" e "Prenderam 73, agora são milhares lutando de uma vez". Cada vez que um aluno preso passava para o Instituto Médico Legal (IML), ao lado da delegacia, era aplaudido pelos manifestantes. Quando os estudantes liberados se reuniam ao grupo, eles exibiam o alvará de soltura enquanto se juntavam ao coro.

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Uma das alunas soltas, a estudante de Ciências Sociais da Fundação Santo André, Maíra Machado, de 29 anos, disse que, no momento da reintegração, os estudantes foram colocados sentados de frente para a parede e de costas para os policiais, e que os PMs separaram os homens das mulheres em duas salas. Afirmou ainda que houve abusos por parte da polícia, e que ouviu uma colega gritando em outro ambiente. A coronel da PM Maria Aparecida afirmou que "a reintegração foi pacífica".

A aluna que disse ter ficado na sala separada, falou que os policiais usaram excesso de força para imobilizá-la, e taparam sua boca com as mãos para que ela não gritasse. Ela disse que mordeu a mão por não conseguir respirar, quando um policial teria colocado um objeto redondo em sua boca, causando um ferimento.

O governador Geraldo Alckmin afirmou em conversa com jornalistas hoje que os estudantes que invadiram a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) precisam ter aula de democracia. "Eu entendo que os estudantes precisam ter aula de democracia, precisam ter aula de respeito ao dinheiro público, respeito ao patrimônio público", disse. "Não é possível depredar instituições que foram construídas com dinheiro da população que paga impostos", acrescentou.

"(Eles) Precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É inadmissível isso, é lamentável que tenha que chegar ao ponto de a policia ter que ir lá para fazer cumprir uma decisão judicial, mas ela já foi feita", continuou Alckmin. Anteriormente, ao falar sobre a operação policial para reintegração de posse que aconteceu na manhã de hoje, o governador declarou que "a Polícia Militar mostrou mais uma vez sua competência, sua capacidade de trabalhar nessas questões de alto stress".

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Cerca de 200 estudantes da Universidade de São Paulo (USP) seguiam em direção à 91ª Delegacia de Polícia, na zona oeste da capital paulista, por volta das 12h30, para protestar contra a prisão de colegas. Um grupo de 70 estudantes foi detido durante a reintegração de posse da reitoria da USP e levado em três ônibus da Polícia Militar para o distrito policial. Há uma semana um grupo de alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas ocupava o prédio.

A PM mantém sua tropa de choque em frente à entrada do prédio da reitoria para evitar nova ocupação. Os policiais fazem um cordão de isolamento, que impede que os estudantes tenham acesso ao local.

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Os universitários detidos terão de pagar R$ 1.050 de fiança. O valor pode aumentar conforme as condições econômicas de cada aluno. Todos foram presos em flagrante e serão indiciados por crimes de desobediência, dano ao patrimônio público e crime ambiental. As informações são da Agência Brasil.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, condenou hoje o movimento de estudantes que invadiu o prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) na semana passada. Ele avaliou que os jovens, retirados na madrugada de hoje pela Polícia de Choque, acabam desta forma criando "um fato político" mas sem produzir os "efeitos desejados". "Eu entendo que esse expediente de invadir reitoria, além de ser autoritário é ineficaz, não produz bons resultados em nenhum lugar", afirmou.

O ministro lembrou que esse tipo de manifestação não vem ocorrendo apenas na USP. "Esse é realmente um procedimento em que uma minoria, de maneira arbitrária, cria um fato político sem produzir os efeitos desejados." Haddad participou hoje de vistoria ao antigo Hospital Psiquiátrico do Juqueri, que, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat), deverá sediar o novo câmpus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) na cidade de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo.

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Além de condenar a invasão, o ministro observou que a USP não pode ser tratada como se fosse a "cracolândia", região do centro de São Paulo conhecida pela presença de usuários de crack. "Nós precisamos compreender que é preciso, tratando-se de um câmpus universitário, ter todo o cuidado na interação com a comunidade universitária, seja com alunos, professores ou funcionários."

Pelo menos 23 estudantes que foram contidos pela Tropa de Choque da PM dentro do prédio da reitoria da USP embarcaram no ônibus da Polícia Militar e foram levados para o 93º Distrito Policial, do Jaguaré. Todos foram revistados dentro do prédio e serão fichados na delegacia pela Polícia Civil, podendo responder por depredação do patrimônio público e resistência. A saída foi feita com um aluno por vez, para evitar tumulto. A ação de reintegração teve início às 5h10.

Dois helicópteros Águia sobrevoaram a região e 400 policiais da Tropa de Choque realizaram o cerco por terra. Um grupo de estudantes realizou protesto, com palavras de ordem contra ação da PM, em frente ao prédio. Dois estudantes tentaram furar o bloqueio feito pelos PMs. Um deles foi detido.

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O efetivo empregado pela corporação, segundo o comando no local, foi necessário para garantir a integridade física de todos. "Esse efetivo foi deslocado para a universidade justamente para que tudo ocorresse pacificamente", afirmou a coronel Maria Aparecida de Carvalho. Eram pelo menos 100 estudantes, entre os que saíram logo com a invasão da PM e os que ficaram retidos no prédio pelos policiais.

Uma nova reunião entre representantes de estudantes, reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) tentará acabar com a ocupação da reitoria pelos estudantes e funcionários.

Segundo o presidente do Sintusp, Magno de Carvalho, a reunião foi marcada para hoje à tarde, no prédio da Faculdade de Geografia. Participarão da reunião estudantes e dois professores, um da Faculdade de Direito e outro da ECA, de acordo com Carvalho.

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"Esperamos que os representantes da USP tragam uma proposta concreta para a negociação, caso contrário, a ocupação permanece. A assembleia dos estudantes marcada para a próxima quarta-feira vai decidir a continuação da ocupação", conclui Magno.

Os estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) que ocupam a Reitoria têm até as 23 horas de hoje para deixar o local, ou estão sujeitos à intervenção da Polícia Militar para retirá-los à força. O prazo inicial para retirada foi prolongado de sábado para hoje à noite, após uma reunião na 9ª Vara da Fazenda Pública entre os representantes dos ocupantes e os da reitoria.

O edifício foi ocupado na madrugada de quarta-feira por manifestantes contrários à presença da Polícia Militar na Cidade Universitária. Estudantes invadiram a Reitoria depois de votação em assembleia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) decidir pela desocupação do prédio da faculdade. O local foi invadido no dia 28, quando PMs detiveram três alunos da Geografia flagrados fumando maconha no câmpus.

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A Justiça decidiu prorrogar para segunda-feira, às 23 horas, o prazo final para que os estudantes deixem a reitoria da Universidade de São Paulo (USP). A decisão ocorreu após reunião na manhã de hoje, no Fórum Hely Lopes de Meirelles, no centro da capital paulista, em que compareceram representantes da reitoria e dos estudantes. A notificação judicial entregue no final da tarde de ontem determinava que os estudantes deixassem o local até as 17 horas de hoje.

Os alunos ocupam o prédio da reitoria desde quarta-feira, em manifestação contra a presença da Polícia Militar na Cidade Universitária e contra processos administrativos envolvendo funcionários da USP. Agora, o estudantes deverão fazer nova audiência para discutir a decisão da Justiça, ainda sem data marcada.

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A reitoria declarou que não vai negociar o convênio com a PM. Quanto aos processos administrativos, a USP deverá analisar os casos que ainda não estão na Justiça. A representação da universidade já havia manifestado interesse em discutir as demandas dos manifestantes, desde que eles desocupassem a reitoria.

Quarenta dias após a morte de Felipe Ramos de Paiva, estudante da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), e com a intensificação do policiamento no câmpus da Universidade de São Paulo (USP) na zona oeste da capital, os crimes caíram cerca de 60% na Cidade Universitária, segundo estatísticas da Polícia Militar.

A referência são os 40 dias anteriores ao assassinato, em 18 de maio. De acordo com os dados da PM, os assaltos caíram de 7 para 2, os furtos de 46 para 28 (na maioria no interior das faculdades) e o roubo e furtos de carro de 21 para zero. Não foram registrados sequestros - antes, havia sido computado 1 caso.

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Além de comemorar os bons resultados, o major William Evaristo Wenceslau, subcomandante do 16º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da USP, já fala em "quebra de tabu" sobre a histórica aversão à presença de policiais militares no câmpus. "Pelo menos de boa parte da comunidade acadêmica", ressalva.

O "termômetro" usado pelo oficial para medir essa aceitação são os chamados que os policiais têm recebido. "Anteriormente, éramos acionados para intervir depois que os delitos já haviam ocorrido. Agora, são frequentes as ligações de estudantes, professores e funcionários que, ao observar pessoas em atitudes suspeitas, nos procuram para fazermos averiguações", afirma. Uma viatura e oito motos circulam no câmpus das 6 horas às 23h30 diariamente. Quem estuda ou trabalha na USP já se sente mais seguro com os policiais mais próximos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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