Tópicos | violência contra mulheres

Um funcionário do alto escalão da ONU condenou, nesta sexta-feira (7), a violência contra as mulheres na República Democrática do Congo (RDC), onde 31.000 casos de estupro e agressão foram registrados apenas no primeiro trimestre, o que "encarna a desumanidade dos homens", declarou.

A violência de gênero "é generalizada em partes do leste do Congo, entre populações deslocadas de Ituri", disse em entrevista coletiva o responsável da ONU para assuntos humanitários, Martin Griffiths. “Não quero repetir as estatísticas e histórias do cotidiano dessas mulheres e jovens que são vítimas do comportamento imprudente daqueles que controlam suas vidas, mas isto vai além do imaginável."

Nos três primeiros meses de 2023, a organização registrou 31.000 casos de violência de gênero, o que, segundo Griffiths, é bem inferior à realidade, devido ao baixo número de denúncias. Se o ritmo atual se mantiver, “chegará ao número extraordinário de 125 mil casos neste ano”, previu.

"A RDC encarna, para mim, a natureza espantosa da desumanidade dos homens. Temos que alertar para este problema, porque ele não acontece apenas naquele país", ressaltou Griffiths.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Alvorada do Norte, realizou, na manhã de sexta-feira (2), a prisão de um indivíduo do sexo masculino suspeito da prática do crime de feminicídio tentado praticado contra sua ex-mulher. A vítima informou que o investigado não aceitava o término do relacionamento, enviava mensagens com palavras ofensivas, bem como proferia ameaças.

A vítima afirma que no mês de março deste ano, o ex-companheiro novamente a procurou em sua residência. Ela tentou conversar com o investigado na data do fato, sendo novamente injuriada e ameaçada de morte, e foi agarrada pelos cabelos. O investigado arrastou a vítima até o seu veículo em via pública, provocando diversos ferimentos na ex-esposa.

##RECOMENDA##

Em determinado momento, a soltou, engatou marcha ré e tentou passar com seu automóvel sobre a ex-companheira, todavia, a vítima conseguiu fugir do local. Ante a gravidade do fato, a autoridade policial representou pela expedição de mandado de prisão temporária contra o suspeito, o qual foi prontamente deferido pelo Poder Judiciário e cumprido, estando o detido no presídio de Simolândia.

Da assessoria.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu nesta terça-feira ao governo do presidente Andrés Manuel López Obrador que combata a violência contra as mulheres no México, onde a morte de Debanhi Escobar, 18 anos, provocou uma onda de indignação.

Segundo o secretariado executivo do sistema nacional de segurança pública, de janeiro a março de 2022 houve 229 feminicídios em nível nacional, principalmente nos estados de México, Veracruz e Nuevo León, onde a jovem foi encontrada morta em abril, no fundo da caixa d'água de um motel, perto da estrada para Nuevo Laredo, na fronteira com os Estados Unidos.

O despertou um interesse incomum no país e ultrapassou fronteiras, do Peru aos Estados Unidos. A Comissão Nacional de Busca contabiliza 24.600 mulheres desaparecidas neste ano e, segundo dados oficiais, foram registrados 2.287 estupros e mais de 50 mil casos de violência doméstica ou conjugal.

A violência de gênero faz parte "de um padrão contínuo, que deriva da discriminação histórica e estrutural, enraizada na cultura patriarcal e machista das sociedades da região, que condiciona as mulheres, meninas e adolescentes sob noções estereotipadas de inferioridade", condenou a CIDH.

O governo deve agir "para prevenir, investigar e punir" esses fatos e tomar medidas para que os mesmos não se repitam", acrescentou o órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos que promove os direitos humanos.

Em 2021, houve 3.751 assassinatos de mulheres no México, dos quais 1.004 foram classificados como feminicídios, segundo fontes oficiais.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo ao combate à violência contra as mulheres na abertura da 65ª sessão da Comissão da Situação Jurídica e Social da Mulher, que pretende adotar uma declaração na qual serão exigidas mais medidas contra o assédio sexual.

A pandemia de covid-19 expõe mais as mulheres do que os homens a consequências prejudiciais, disse o chefe da ONU, referindo-se à perda de empregos, abuso sexual e casamento infantil.

##RECOMENDA##

“A participação equitativa das mulheres mudaria as regras do jogo da maneira que precisamos”, afirmou Guterres, pedindo igualdade de gênero e de responsabilidades.

"Apenas 22 países são governados por mulheres. E no ritmo atual, a paridade a nível de chefes de governo não será alcançada antes de 2150", continuou.

"Vocês ouviram bem! São 130 anos dominados por homens que tomam as mesmas decisões dos últimos 130 anos, sempre".

A covid-19, acrescentou, "oferece aos homens mais uma oportunidade de monopolizar a tomada de decisões. E estamos gastando bilhões de dólares em armas que não nos protegem, enquanto negligenciamos a violência sofrida por uma em cada três mulheres no mundo".

Guterres pediu aos 193 países membros da ONU que "adotem um plano de resposta de emergência para combater a violência contra mulheres e meninas".

Como todos os anos, a Comissão da Situação Jurídica e Social da Mulher, que desta vez se encontra de 15 a 26 de março, reúne milhares delas.

Como a de 2020, a 65ª sessão ocorrerá principalmente online devido à pandemia.

Os palestrantes deste ano incluem a nova vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, a ministra da Igualdade de Gênero da França, Elisabeth Moreno, a vice-ministra de Assuntos Multilaterais e Direitos Humanos do México, Martha Delgado Peralta, e a comissária europeia para Alianças Internacionais, a finlandesa Jutta Urpilainen.

Policiais civis de todo o estado do Rio de Janeiro cumprem nesta terça-feira (7) mandados de prisão contra acusados de violência doméstica e sexual contra mulheres. A ação envolve as 14 delegacias de Atendimento à Mulher (Deams) do estado.

As prisões têm como base a Lei Maria da Penha, que completa 12 anos hoje. A ação, coordenada pela Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM) do Rio, já resultou em 23 prisões.

##RECOMENDA##

A operação também conta com o apoio das delegacias de Homicídios, da Polinter e de outros departamentos da Polícia Civil.

Crime

Na manhã dessa segunda-feira (6), uma mulher, que estava grávida, foi assassinada no Complexo do Alemão. O principal suspeito é o marido dela. Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foram chamados para prender o suspeito e socorrer a mulher, mas foram impedidos por criminosos armados, que atacaram a guarnição da polícia.

Quando os policiais chegaram ao local do crime, a mulher já tinha sido levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Alemão, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O marido, que havia se deslocado depois do crime para a escola da filha, de 9 anos, na mesma comunidade, conseguiu fugir dos policiais. Mas ele acabou se entregando à Polícia Civil mais tarde, na Baixada Fluminense.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando