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Mais de 156 milhões de brasileiros estão aptos para voltar às urnas neste domingo (30), para o segundo turno das eleições para presidente da República e para governadores de 12 estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a votação ocorre em 5.570 municípios brasileiros e em 181 localidades no exterior.

De acordo com a Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos. O voto é facultativo para os analfabetos e os maiores de 70 anos, bem como para os maiores de 16 e menores de 18 anos. 

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Aqueles que não votaram na primeira rodada eleitoral, no dia 2 deste mês, podem votar no segundo turno, mesmo que ainda não tenham justificado a ausência. Isso porque, de acordo com o TSE, cada turno de votação é uma eleição independente, e o não comparecimento ao primeiro não impede a participação no segundo.

No primeiro turno, cerca de 32,7 milhões de cidadãos aptos para votar não compareceram às urnas, o que corresponde a 20,89% do eleitorado, um índice dentro da média histórica dos pleitos. Capitais de estado e Distrito Federal terão passe livre no transporte público para tentar conter o aumento da abstenção nesta etapa das eleições, que costuma ser mais alta do que no primeiro turno.

Horário

O horário de votação neste domingo é o mesmo do primeiro turno: das 8h às 17h, pelo horário de Brasília. Isso significa que cidades com fusos diferentes devem se adequar ao horário da capital federal. Eleitores que estiverem na fila de votação antes das 17h terão o direito garantido, mesmo com o encerramento do horário.

Nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, a votação vai das 7h às 16h do horário local e, no Acre, das 6h às 15h do horário local. Em 11 municípios do Amazonas, que seguem o fuso do Acre, a votação também começa às 6h e termina às 15h do horário local: Amaturá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Tabatinga e São Paulo de Olivença. Nos demais municípios amazonenses (51), a votação vai das 7h às 16h do horário local.

Já no Arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, a votação vai das 9h às 18h, também do horário local. Tudo isso para coincidir com o horário de Brasília.

Locais de votação

Pelo Portal do TSE, é possível descobrir o local de votação na aba Eleitor e Eleições, na parte superior da página. Ao clicar nesse tópico, a pessoa será redirecionada para dois menus: em Eleitor, é só clicar no link Local de votação/zonas eleitorais. Na página principal do tribunal, há outra possibilidade de consulta. Basta acessar Autoatendimento do Eleitor, Onde Votar e preencher o formulário disponível com as mesmas informações pessoais para obter os dados. Essas informações também podem ser conferidas diretamente no aplicativo e-Título. 

Além dessas opções, é possível consultar o local de votação pelo chatbot do TSE no WhatsApp. Basta enviar um “oi” para o número +55 61 996371078 ou clicar no link https://wa.me/556196371078 e salvar o contato para receber os conteúdos do assistente virtual. O eleitor deve acessar o menu principal, clicar em Acesse o Chatbot e, em seguida, em Ver tópicos. Na sequência, dentro de Serviços ao Eleitor, basta escolher a opção Local de votação. A partir daí, a consulta pode ser feita pelo nome completo, título de eleitor ou CPF.

Números

De acordo com dados da Justiça Eleitoral divulgados em 15 de julho, o número de eleitores aumentou 6,21% desde as últimas eleições gerais, em 2018. À época, o número de pessoas habilitadas para votar era de 147.306.275. Nas eleições deste ano, há 2.116.781 jovens de 16 e 17 anos habilitados mas, para eles, o voto não é obrigatório. Em 2018, esse grupo era de 1.400.617 pessoas.

Também em relação a 2018, houve crescimento de 51,13% nessa faixa etária do eleitorado. Segundo a Justiça Eleitoral, o aumento é resultado, principalmente, das ações promovidas durante a Semana do Jovem Eleitor. Somente nos quatro primeiros meses de 2022, o Brasil ganhou mais de 2 milhões de eleitores jovens.

O eleitorado acima de 70 anos, para o qual o voto é facultativo, também aumentou. O salto foi de 23,82%, passando de 12.028.608 em 2018 para 14.893.281 em 2022. O número representa 9,52% de todo o eleitorado habilitado a votar em 2 de outubro.

Mais de 156 milhões de eleitores, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), escolherão, no próximo domingo (2), os nomes que vão ocupar os cargos de presidente da República, governador, senador e deputado federal, estadual ou distrital.

Você sabe para quem o voto é obrigatório e quem pode optar por não votar? O parágrafo 1º do Artigo 14 da Constituição estabelece duas categorias do eleitorado para as quais o voto é obrigatório ou facultativo nas eleições. Conforme o dispositivo, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os eleitores maiores de 18 anos, sendo facultativo para os analfabetos e os maiores de 70 anos, bem como para os maiores de 16 e menores de 18 anos.

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Para o TSE, o voto, mesmo para quem o direito de não votar, é fundamental. “O exercício da cidadania começa pela escolha dos representantes da população para os cargos dos Poderes Executivo e Legislativo nas esferas federal, estadual ou municipal. Por isso, é muito importante que todos os eleitores – mesmo aqueles para os quais o voto é facultativo – compareçam às urnas eletrônicas no domingo (2), primeiro turno das eleições gerais, e no dia 30 de outubro (em eventual segundo turno) para contribuir com a definição do destino do país”, ressalta o tribunal.

Números

De acordo com dados da Justiça Eleitoral, divulgados em 15 de julho, houve aumento de 6,21% do eleitorado desde as últimas eleições gerais do país, em 2018. À época, o número de eleitores habilitados a votar era de 147.306.275. Nas Eleições 2022, são 2.116.781 jovens de 16 e 17 anos aptos a votar de maneira facultativa. Em 2018, essa faixa etária atingiu 1.400.617. Esse número corresponde aos eleitores com 16 e 17 anos que terão essa idade no dia 2 de outubro, data do primeiro turno do pleito.

Também em relação a 2018 houve crescimento de 51,13% nessa faixa etária do eleitorado. Segundo a Justiça Eleitoral, o aumento é resultado, principalmente, das ações promovidas durante a Semana do Jovem Eleitor. Somente nos quatro primeiros meses de 2022, o Brasil ganhou mais de 2 milhões de eleitores jovens.

O eleitorado acima de 70 anos também aumentou. O salto foi de 23,82%, passando de 12.028.608 em 2018 para 14.893.281 em 2022. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado habilitado a votar em 2 de outubro.

Mesmo o voto sendo facultativo para maiores de 70 anos, idosos comparecem às urnas neste domingo (7). Munidos de bengala ou acompanhados de parentes, os mais velhos dizem votar por prazer e para cumprir um papel.

"É o meu dever de cidadã", resume Maria do Carmo Gabriel, de 73 anos. Ela diz votar desde os 16 anos. A aposentada Orquídea Moura de Amorim, 85, diz que seu voto foi consciente. "Eu gosto de dar meu voto consciente. Eu orei para votar com sabedoria", comenta.

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Aos 73 anos, Icleia Guerra Simões decidiu o voto de última hora, mas também garante ter sido consciente. "Enquanto eu tiver consciência, vou votar", reforça. O aposentado Geraldo dos Anjos , 78, esqueceu o papel com o número dos candidatos maa voltou a sua casa para buscar. "Eu sempre votei. Eu gosto. Eu sou cidadão e estou fazendo meu papel, finalizou.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que defende o voto facultativo. De acordo com a parlamentar, o alto número de abstenções justifica a adoção da medida. Contando com esse projeto, agora são quatro PECs sobre o assunto que tramitam no Senado e na Câmara. De acordo com um estudo da Agência de Inteligência dos EUA (CIA), só 21 países, entre 230, ainda mantém o voto obrigatório.

As propostas foram apresentadas em conjunto pelos políticos com a intenção de pressionar a votação. O deputado federal Cesar Pancera (PMDB-RJ), criador de um dos textos, tenta aprovar na Câmara a realização de um plebiscito para 2018, para que a população possa dizer se é a favor ou contra o voto facultativo. O correligionário de Pancera, senador Romero Jucá, apresentou proposta semelhante, que acaba com a obrigatoriedade de votar, mas mantém o alistamento eleitoral.

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Nas eleições de 2014, 27,7 milhões de brasileiros não compareceram às urnas. Se somados o número de votos nulos e brancos ao de eleitores ausentes, os votos invalidados chegam a 38 milhões. Para Jucá “o voto facultativo já é uma realidade, já que grande parte dos brasileiros não se interessam em participar do pleito”.

A Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de tornar o voto facultativo, e não mais obrigatório, por um placar de 311 votos contrários à mudança. Foram 134 votos favoráveis e três abstenções. A Casa retomou o julgamento dos pontos restantes da proposta de emenda constitucional de reforma política no início da noite desta quarta-feira, 10.

A maioria das bancadas orientou os parlamentares a rejeitar a mudança. Só PV, PPS e DEM deram orientação favorável ao voto facultativo, enquanto PMDB e PP liberaram a bancada para votação de acordo com o desejo de cada parlamentar por falta de consenso.

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Agora, os parlamentares iniciam discussão sobre tempo de mandato, com a possibilidade de alterar de quatro para cinco anos o período de permanência no cargo de presidente, governadores, prefeitos, deputados, vereadores e senadores.

Além desses dois pontos, a Câmara ainda precisa discutir a proposta de coincidência de eleições e cota de mulheres. A previsão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é finalizar a votação de todos os pontos da reforma política em primeiro turno entre esta quarta, 10, e quinta, 11. A votação em 2º turno ocorreria na primeira semana de julho, segundo Cunha.

A inserção do voto facultativo na proposta da Câmara Federal para a Reforma Política pode gerar ainda muitas discussões no Congresso Nacional. Na análise do cientista político, Túlio Velho Barreto, a matéria “caiu de paraquedas” em meio às propostas da Reforma e pode acarretar a redução dos votantes no Brasil. De acordo com o estudioso é pouco provável que a medida seja aprovada pelo Congresso Nacional.

“Essa discussão é antiga, vira e mexe ela volta à tona no âmbito da Reforma Política. A princípio sou favorável ao voto facultativo, mas acho que é uma mudança, mesmo sendo uma demanda das ruas e a tentativa de incluí-la nessa luta pelas respostas, difícil de ser aprovada no Congresso, pois entre ser incluído e ser aprovado pelo Congresso vai uma distância grande”, pontuou.

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Velho Barreto afirmou também que, se a matéria for aprovada, cresce mais ainda o desafio dos candidatos. “Muda a dinâmica eleitoral, pois com o voto obrigatório você não precisa convencer o eleitor a votar, mas só a votar em você. E no facultativo os políticos terão que convencer duas vezes”, analisou.

O voto facultativo dificulta o controle do eleitorado, além de reduzir o índice de votantes. Principalmente para aqueles que vão às urnas para votar em branco ou nulo. “O voto no Brasil é obrigatório, mas a penalidade para quem deixa de votar é pequena. O percentual de quem não vota em uma eleição vem crescendo historicamente. A tendência é que as pessoas participem menos do processo eleitoral, muitos votam porque é obrigatório mesmo e não por contribuir com a melhoria do Brasil”, refletiu o estudioso. 

O Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados que discute o projeto de Reforma Política vai incluir em seu relatório final a implantação do voto facultativo no País. Em votação, os parlamentares também aprovaram a criação de um teto para gastos e doações na campanha eleitoral, a ser definido futuramente em lei pelo Parlamento. O sistema de financiamento poderá ser misto, com recurso público e privado. O texto final da proposta deverá ser apresentado até o dia o 5 de novembro.

O deputado Miro Teixeira (PROS-RJ), membro do Grupo de Trabalho, defendeu o fim da obrigatoriedade de participação dos eleitores nas eleições. "Que a pessoa vá se quiser ir. Dessa maneira você terá uma mobilização maior dos políticos e dos partidos a motivar os eleitores a votar", considerou. A votação foi apertada e apenas um voto decidiu pela inclusão da proposta no relatório final. Hoje, o voto é obrigatório para cidadãos brasileiros alfabetizados entre 18 e 70 anos. A participação é facultativa para jovens entre 16 e 17 anos, para maiores de 70 anos e analfabetos.

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A última reunião do grupo acontecerá na próxima quinta-feira, 31, quando voltará ao debate a manutenção ou não da reeleição. Os deputados também decidiram manter o mandato em quatro anos.

Se aprovadas pelo Congresso, as propostas do Grupo de Trabalho não valerão para as próximas eleições. Não há prazo para a votação das propostas em plenário.

O Grupo de Trabalho (GT) da Câmara Federal, que está viabilizando propostas para a Reforma Política, decidiu nesta quinta-feira (24)  incluir o voto facultativo no texto que deve ser enviado ao plenário no início de novembro. Os parlamentares aceitaram também estabelecer um teto para o financiamento de campanha, independentemente da origem do dinheiro. Pelo acordo, o teto será definido a cada campanha eleitoral. Esta foi a penúltima reunião do GT.

O colegiado tem se reunido desde agosto para entrar em consenso sobre pontos como o financiamento de campanhas eleitorais e o sistema de eleições proporcionais. Defendendo a necessidade de maior aproximação com o eleitor e de redução de custos de campanhas, o grupo aprovou a inclusão do sistema distrital proporcional de eleição. A proposta é que os estados sejam divididos em distritos e os deputados sejam eleitos de acordo com a proporção do número de votos nestes limites.

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Votação em Plenário

O coordenador do GT, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que a proposta de Reforma Política poderá ser discutida diretamente em Plenário, já em novembro. Vaccarezza informou ainda que, na próxima quinta-feira (31), ocorrerá a última reunião do grupo, quando será discutida a versão preliminar da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) resultante das deliberações ocorridas no grupo. Além disso, o grupo vai discutir novamente a duração dos mandatos, definida inicialmente em cinco anos, sem reeleição. Faltava apenas o grupo decidir o tempo de mandato dos senadores. 

*Com informações das Agências Brasil e Câmara

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