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A criação de um fundo de R$ 3,6 bilhões, oriundos de recursos públicos, para o financiamento das campanhas eleitorais tem causado uma reação negativa dos deputados federais pernambucanos. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/2017 que institui o novo fundo está na pauta de votação do Plenário da Câmara dos Deputados desta quarta-feira (16). Na bancada há quem seja totalmente contra a nova forma de financiamento e quem defenda o modelo, mas com um valor menor do que o proposto.

Para o deputado Danilo Cabral (PSB) “não é justo que a sociedade pague mais esta conta”. “Não é razoável que se crie um fundo de quase R$ 4 bilhões para bancar as eleições, enquanto a sociedade já está pagando uma conta enorme com os cortes que estão sendo feitos nas políticas públicas”, afirmou, lembrando do novo déficit fiscal de R$ 159 bilhões anunciado nessa terça-feira (15). “É um debate que precisa feito com responsabilidade, porque a sociedade não aceita nenhum tipo de elevação na sua conta ou a retirada das políticas públicas recursos para financiar o sistema eleitoral”, reforçou.

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Mais radical diante do assunto, o deputado Gonzaga Patriota (PSB) disse que “não deveria existir financiamento de campanhas”. “Os partidos já têm seu dinheiro. Eles que custeiem seus candidatos. Só os partidos podem ajudar seus candidatos. Arrecadação do dinheiro do povo para custear campanha, isso não. Sou totalmente contra. Um país falido, 15 milhões de pessoas desempregadas, o governo cortando salários. Como pode dar R$ 3 a R$ 4 bilhões para campanha?”, indagou. 

Um valor menor

Já sob ótica do deputado Betinho Gomes (PSDB), há a necessidade da criação de um fundo, mas não com um montante de recursos tão alto. “É preciso que discutamos uma forma de ter recursos razoáveis no ponto de vista fiscal. Não dá para imaginar campanhas nacionais sem ter uma forma de financiamento claro. Se não tivermos um modelo claro, passaremos a ter um sistema que estimule aquilo que todos condenam: um caixa 2 e recursos de origem ilícita. Embora seja um tema delicado, a Câmara precisa dar um instrumento”, frisou.

Segundo o tucano, os R$ 3,6 bilhões previstos podem ser reduzidos após uma “experiência adquirida”, ou seja, uma eleição. “É uma projeção que você pode fazer um ajuste e adequar a realidade. Afinal, 50% dele é apenas para candidatura majoritária, como nem todos os partidos vão ter não será gasto isso na realidade”, complementou. 

A redução do valor também foi corroborada pelo deputado Daniel Coelho (PSDB). "Com a metade dos recursos que estão sendo propostas seria possível fazer campanhas tranquilamente em todo o país. Até um pouco menos. Creio que algo em torno de R$1,3 bilhão seria suficiente. Há um exagero no volume e formato da proposta", destacou. "O financiamento público tornou-se a solução inevitável. O modelo privado está esgotado até pelos escândalos recentes", acrescentou defendendo.

Além do fundo público, também está pronta para ser apreciada no Plenário a questão do chamado "distritão". Por esse sistema, serão eleitos os candidatos mais votados para o Legislativo, sem levar em conta os votos recebidos pelo conjunto dos candidatos do partido, como é o sistema proporcional adotado hoje.

Na expectativa do andamento da reforma política na Câmara Federal, com a possibilidade de aprovação do relatório do deputado Vicente Cândido (PT), nesta terça-feira (9), nas comissões especiais, o deputado Danilo Cabral (PSB) afirmou que as propostas em análise vão promover uma alteração nas “regras eleitorais do pleito de 2018” e “não a reforma política que o Brasil precisa”. Segundo ele, há consenso para aprovação do fim das coligações e da cláusula de barreira, mas há um ponto de interrogação em relação ao financiamento das campanhas eleitorais. 

Sob a ótica de Cabral, a maioria no Congresso defende o financiamento público. “Não concordamos com o retorno do financiamento privado, porque o constrangimento que estamos vivendo na democracia brasileira é fruto da relação promíscua do sistema eleitoral brasileiro e as empresas financiadoras de campanhas, e nós não temos a tradição do financiamento individual das campanhas como ocorre nos Estados Unidos. É uma decisão muito difícil”, opinou, lembrando também que a sociedade não aceita que o custo recaia sobre a conta dela. 

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O parlamentar também disse que a manutenção do sistema proporcional ou o estabelecimento do chamado distritão deve causar debates acalorados na Câmara. “Há uma tendência que o Congresso opte pelo distritão, mas ele poderá enfraquecer os partidos, pois privilegia o parlamentar e não será dessa forma que fortaleceremos a nossa democracia. Vivenciamos uma crise no sistema partidário brasileiro, mas não se faz política sem partido”, argumentou. 

Danilo Cabral afirmou ser favorável ao sistema distrital misto, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já informou que só teria condições de implantar o sistema nas eleições de 2022. 

Para que as novas regras passem a valer em 2018, o Congresso precisa aprová-las até o fim de setembro. Segundo o cronograma estabelecido pelos líderes partidários, a comissão especial deve aprovar a proposta, que está na pauta de discussão desde a última terça (8), até amanhã. Os textos devem ser votados no Plenário na próxima semana.

Com uma campanha orçada em R$ 30 mil e a tese de não aceitar doações financeiras de empresários, a candidato do PSTU a Prefeitura do Recife, Simone Fontana, aproveitou o domingo (21) para “vender” feijoada no bairro da Boa Vista, no centro da capital pernambucana, visando arrecadar fundos para custear os gastos da campanha. 

A ideia, segundo a postulante, na realidade não é de venda, mas de troca. “A pessoa dá uma quantia em dinheiro e recebe a feijoada. Cada um doa a quantia que pode, já recebemos R$10, R$30 e tem gente que doa até R$50 em troca”, explicou.  “Não sai de graça para ninguém e este é só a primeira campanha, terão outras. É possível atingirmos os R$ 30 mil, todas as nossas campanhas são assim e até hoje nunca saímos com dívidas”, acrescentou a prefeiturável.

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Indagada sobre como avalia os candidatos que custeiam as campanhas com doações volumosas, Simone Fontana encarou como questão de dependência. “Não aceitamos dinheiro da burguesia, sabe por quê? Toda vez que se aceita, o candidato torna-se dependente dela e precisa encontrar meios de pagar”, argumentou. 

“Nossa candidatura é da causa dos trabalhadores, nos orgulhamos de não estar ao lado do governador [Paulo Câmara]”, corroborou o candidato a vice-prefeito, José Maria. O PTSU disputa as eleições com uma chapa ‘puro sangue’. No local, além da ação, também aconteceu oficialmente o lançamento das candidaturas da legenda ao pleito. Na chapa proporcional, eles concorrem com três candidatos a vereador: Lourdes Florentino, Jair Pedro e Hélio Cabral.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu nesta sexta-feira, 29, ao grupo de deputados do PT, PSB, Pros, PCdoB, PPS e PSOL que pretendem entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre financiamento de empresas privadas a partidos políticos. "Isso não tem o menor cabimento", disse, justificando que não houve quebra de acordo para a aprovação da medida. "O que tem é o choro dos derrotados", ironizou.

Um dos deputados que defendem a contestação da medida no Supremo, Alessandro Molon (PT-RJ) argumenta que a Câmara não poderia ter deliberado sobre a doação de empresas para partidos, já que havia rejeitado no dia anterior as doações privadas aos candidatos. Além disso, avalia que o PRB, autor da PEC, e o PTB, que apoiou a proposta, não tinham número necessário de deputados para subscrever a emenda constitucional. E reitera que o presidente da Casa, Eduardo Cunha, errou ao insistir em pautar uma matéria já vencida na votação da última terça-feira, 26.

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Em entrevista concedida no Rio, Cunha criticou os que buscam a judicialização da política para discutir fatos que "perderam no voto" e lembra que a matéria foi aprovada com 330 votos favoráveis na Câmara. "A votação foi preponderante, vai ser confirmada no segundo turno e pode ou não ser confirmada pelo Senado Federal. Consequentemente, a partir daí é a realidade, e não é dessa maneira (recorrendo ao Supremo) que irão buscar algo para atender às suas ideologias."

Para o presidente da Câmara, se os partidos entrarem mesmo com uma contestação no Supremo, a Corte deverá decidir como sempre em matérias do gênero, afirmando que é uma questão 'interna corporis', que deve ser resolvida internamente por cada poder. E voltou a ironizar: "Às vezes, as pessoas não entendem o processo legislativo."

Depois de uma longa discussão sobre a legitimidade de retomar a votação sobre financiamento de campanha, o plenário da Câmara derrotou no início da noite desta quarta-feira, 27, a proposta do PCdoB que defendia doações públicas e por pessoa física. Foram 163 votos favoráveis, 240 contrários e 66 abstenções.

Neste momento, os parlamentares discutem outra proposta, que defende o financiamento exclusivamente público. Caso esse não seja aprovado, os parlamentares ainda discutirão proposta que permite pessoa física doar para candidato e pessoa jurídica doar apenas para partido político e a opção oferecida pelo texto do relator, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que defende financiamento público e privado apenas para partidos.

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O PT do Recife reuniu os militantes, na manhã deste sábado (16), para discutir sobre a organização interna da legenda. No encontro, temas como o fim do financiamento privado para as campanhas, o processo de eleição dos dirigentes e o recenseamento dos filiados à agremiação na capital pernambucana nortearam o debate. 

O evento é a quarta etapa do Congresso Municipal do partido e antecede os encontros estadual e nacional, marcados para 31 de maio e de 11 a 14 de junho, respectivamente. Comandando a rodada de discussões, o presidente municipal do PT, Oscar Barreto, destacou a necessidade de reorganização da legenda e pontuou a “revolução” que o partido pretende fazer no Brasil ao abdicar, por exemplo, do financiamento privados das campanhas. 

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“O PT, com este quinto congresso, quer reorganizar a plataforma política, mas também quer atualizar a organização interna. Há um consenso no PT de que é preciso se rediscutir uma série de questões, uma delas, já aprovada nacionalmente, é financiamento das campanhas que passará a ser exclusivo de atividades da militância”, frisou o dirigente, pontuando que os métodos para o autofinanciamento petista serão definidos em junho. 

Outro item frisado por Barreto durante o evento foi o Processo de Eleições Diretas (PED), responsável por eleger as direções da legenda. Segundo ele, a conjuntura atual pede uma reavaliação do tema. “Queremos reformular o PED. Alguns mantêm a ideia de eleição direta e outros, como nós, defendemos que a eleição aconteça de forma congressual, como uma maneira mais eficaz para a conjuntura de hoje”, cravou. 

Corroborando Barreto, a presidente do PT em Pernambuco, deputada estadual Teresa Leitão, que participou da abertura do evento, argumentou que o PED tem “contaminado” a estrutura interna da legenda. “A ideia do PED é muito boa, mas está muito contaminada e acirrada. Hoje muitas práticas durante o processo retiram o espírito da democracia dentro do partido e levam a brigas e rachas internos”, observou. De acordo com os dirigentes, o assunto será “amplamente discutido durante o Congresso Nacional”. 

Também neste sábado outras cidades pernambucanas estão finalizando as etapas locais do Congresso do PT. Eventos, nos mesmos moldes deste da capital, estão acontecendo em Petrolina, Olinda e Abreu e Lima.

Recenseamento das filiações

No Recife, o PT tem registrado aproximadamente 60 mil filiados e o número, segundo Oscar Barreto, deve passar por uma atualização após o Congresso Nacional. “Talvez sejamos a agremiação com o maior número de filiados no Recife. Vamos rediscutir inclusive essas filiações e tentar fazer um recenseamento. É um número muito grande de petistas e tem alguns que, há anos, não participam das atividades da legenda”, afirmou. “Vamos fazer primeiro uma limpeza e depois novas campanhas de filiação”, acrescentou. 

Um grupo de senadores vai começar a pressionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para que ele libere a ação sobre financiamento de campanha, a fim de que a Corte possa concluir o julgamento sobre a questão. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu uma audiência com o ministro no próximo dia 29 para conversar sobre o assunto. Outros senadores, como Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), devem acompanhá-lo.

A discussão sobre a proibição de doações empresariais para candidatos foi suspensa há mais de um ano por um pedido de vista de Mendes. Até agora, 6 ministros votaram a favor da medida e 1 contra. Ainda faltam os votos de quatro magistrados.

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Segundo Cristovam, em nenhum momento o grupo vai tentar interferir na decisão de Gilmar Mendes, apenas pedir para que ele dê o seu voto para que os demais ministros possam deliberar sobre o assunto.

"Nós vamos fazer um apelo para que ele dê a posição dele, qualquer que ela seja. A gente acredita que vai ser bom para o meio político se esse processo avançar", afirmou.

Mendes tem declarado que o modelo de financiamento de campanha é um tema que tem de ser discutido pelo Congresso e não pelo Supremo. Ele também costuma defender que a mudança no sistema não seria a solução para acabar com a corrupção, tese que costuma ser defendida por quem é favorável ao fim das doações eleitorais por empresas.

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, lançou, nesta terça-feira (14), uma enquete sobre o fim do financiamento privado de campanha. A pesquisa visa colher informações se a legenda poderia ou não abrir mão, voluntariamente, de doações empresariais para financiar campanhas políticas.

Na enquete, o líder do PT garante ser contra o financiamento e lança a indagação aos internautas. “O PT defende o fim do financiamento empresarial de campanha. Eu defendo que nosso partido precisa abrir mão, VOLUNTARIAMENTE, desse tipo de contribuição. E você? Concorda comigo?”, pergunta Falcão no site do PT.

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Para Rui Falcão a pesquisa também tem o intuito de debater com os eleitores o assunto. “Ainda não há consenso sobre isso, essa é uma posição minha. Faço essa pesquisa como forma de ampliar o debate em torno do tema, tudo precisa ser debatido e analisado”, reforçou o petista.

Em reunião do partido no último dia 31 de março, em São Paulo, Rui Falcão já havia saído em defesa da proposta. A mudança na forma de recebimento dos recursos poderá ser votada em reunião o Diretório Nacional, no dia 17 de abril, em São Paulo. Para o presidente do PT, a alteração na forma de recebimento de doações eleitorais representaria uma “mudança de cultura”.

O pedido de vistas feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, no processo que pode acabar com as doações privadas de campanhas no país, foi ironizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), nesta quinta-feira (2). Os petistas lembraram que há um ano foi feita a solicitação, mas até agora não houve retorno. Eles frisaram também, a realização de protestos em Brasília, nesta semana. 

Segundo no PT, “o ministro engavetou, há um ano, o julgamento do fim do financiamento empresarial de campanhas na Suprema Corte. No dia 2 de abril de 2014, ele pediu vistas e interrompeu a tramitação do processo, mas desde então, ele não manifestou interesse em retomar o julgamento da ação”, recordou texto publicado no site do partido.

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Na época do pedido de vistas, a matéria contava com seis votos favoráveis e um contra, faltando apenas o voto de Gilmar Mendes. “A atitude do ministro é encarada como uma conhecida manobra para suspender o julgamento por prazo indeterminado”, criticou o PT. 

Além da cobrança da sigla, nessa quarta-feira (1º), integrantes de movimentos sociais ligados ao partido como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizaram um ato público na tentativa de pressionar Gilmar Mendes a devolver o processo e garantir a continuidade do julgamento do fim do financiamento empresarial de campanhas. O PT também revelou que estão previstas outras manifestações sobre o assunto, inclusive, uma para esta quinta-feira (2) em São Paulo.

Deputados, vereadores e o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB) apoiaram propostas elaboradas pela Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) e Movimentos Sociais, nesta sexta-feira (20) em prol da reforma política. Os políticos participaram da coletiva de imprensa no Recife e prometeram promover debates e colher assinaturas de eleitores para a criação de um Projeto de Iniciativa Popular.

Solicitando o fim do financiamento empresarial de campanha, entre outras mudanças, a vereadora do Recife, Isabella de Roldão (PDT), prometeu movimentar a Casa José Mariano a favor da reforma política. “Pretendo fazer audiências públicas na Câmara e também mobilizar moradores de todas as RPAs (Regiões político-administrativas) com bicicletas de som, debates em escolas públicas e com a ajuda de líderes comunitários”, assegurou. 

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Representando a cidade de Olinda, os vereadores Marcelo Santa Cruz (PT) e o presidente da Câmara de Olinda, Marcelo Soares (PCdoB) também se prontificaram em apoiar a proposta. “Podemos fazer consultas populares, contar com o apoio de entidades locais para que o debate não fique apenas interno, levar para dentro dos partidos, ocupar todo o espaço da Câmara, ir às feiras-livres e mobilizar a participação da população”, sugeriu Soares.

Para o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), entre as propostas elencadas pela OAB-PE e movimentos sociais, a primordial mudança deve ser o financiamento empresarial de campanha. “Nunca a gente diz que combate a corrupção no país, mas as propostas que os grandes partidos têm apresentados, principalmente o PMDB e o PSDB na Câmara dos Deputados, falam de muitas coisas, menos de uma que é chave e que pode cortar pela raiz a relação promíscua entre grupos econômicos e detentores de mandato que é o financiamento empresarial de campanhas eleitorais”, expôs, destacando que a proposta sugerida extingue o financiamento empresarial e aceita apenas o financiamento individual com um teto máximo de R$ 700,00.

Única representante da Câmara Federal na coletiva de imprensa promovida pela OAB-PE e movimentos sociais, a deputada Luciana Santos (PCdoB) foi questionada pela imprensa de como conseguiria articular na Casa Federal o apoio para as propostas da reforma. No entanto, a pós-comunista comentou da resistência de alguns parlamentares. “Estamos num momento lá de muita defensiva política, lá estamos naquele ponto de resistir a uma solução pior. Então nosso esforço é começar uma peregrinação com alguns líderes de partidos e explorar muito as divergências, porque os partidos não têm o pensamento como a gente, sobre a reforma política”, destacou a parlamentar, reforçando a ideia de mobilizar a população. “Apesar de ter padrinho na iniciativa de projeto popular, a principal pressão tem que vir das ruas. É ela que vai garantir que a gente tenha maior ou menor modelo eleitoral avançado” ressaltou Luciana Santos.

Os quatro pontos principais da proposta são a proibição do financiamento de campanha por empresas e adoção do Financiamento Democrático de Campanha; eleições proporcionais em dois turnos; Paridade de gênero na lista pré-ordenada e o fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes. O projeto precisa de 1 milhão e 500 assinaturas para ser enviado ao Congresso.

 

O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) defendeu nesta quarta-feira (13), a reforma política como solução para que o país enfrente o momento de fragilidade democrática que esta passando atualmente. Um dos pontos mais importantes, de acordo com o parlamentar, é o financiamento exclusivo público de campanhas eleitorais. Para Henrique, enquanto as grandes empresas estiveram bancando as campanhas, o Brasil vai continuar presenciando casos de corrupção e citou o mensalão e a Petrobras como exemplos. 

O senador também defendeu outras mudanças na legislação eleitoral, como o fim da reeleição, propaganda eleitoral ao vivo na televisão sem a pré-produção dos profissionais de marketing, cláusula de barreira para impedir a proliferação de partidos sem qualquer conteúdo programático, e fidelidade partidária.

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“Essa é a meta, é o horizonte da política brasileira: a próxima eleição, que vai ocorrer daqui a dois anos. É preciso dar tempo ao país para pensar-se e repensar-se e dar tempo aos governos para atuarem dentro de programas consistentes de médio e longo prazos” falou Luiz Henrique.

 

O Partido dos Trabalhadores pretende lançar um site, ainda este mês, para arrecadar doações de pessoas físicas para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. As contribuições serão descontadas em débito nas contas correntes.  

Nesta fase da campanha, os petistas também devem intensificar as arrecadações em empresas de médio e pequeno porte. Além das empresas de grande porte que costumam fazer doações para as campanhas da legenda. 

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O candidato à Presidência da República, Zé Maria (PSTU), cumpriu agenda de campanha hoje (30) no Rio Grande do Sul. O candidato criticou o financiamento privado de campanhas eleitorais. Ele também voltou a defender o fim do pagamento da dívida pública e um modelo econômico que priorize os trabalhadores. O candidato panfletou e conversou com operários nas fábricas da MWM Motores e AGCO, de tratores e colheitadeiras, ambas em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre. No período da tarde, fez campanha na General Motors de Gravataí.

"Os grandes partidos recebem milhões dos bancos, empresas e empreiteiras para suas campanhas e, se eleitos, vão ter que devolver esse investimento na forma de políticas que os beneficiem. Nossa candidatura, ao contrário, é financiada unicamente pela militância e os jovens e trabalhadores que apoiam nossa campanha", disse aos metalúrgicos da General Motors.

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Mais cedo, em Canoas, ele defendeu investimentos em saúde e educação em lugar do pagamento da dívida. “Para ter salário digno, saúde e educação pública de qualidade, a primeira coisa que tem que fazer é parar de pagar a dívida pública, que consome quase metade do Orçamento Federal todos os anos, e investir isso na melhoria das condições de vida dos trabalhadores”.

“Nossa candidatura propõe um outro modelo econômico, que não mais priorize os bancos, grandes empreiteiras e empresas, como faz o atual governo, mas as necessidades dos trabalhadores e da grande maioria da população, como saúde, educação e transporte público”, acrescentou.

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O candidato a governador de Pernambuco Zé Gomes (PSOL) anunciou, neste sábado (12), o início de uma nova fase da campanha a partir da próxima quinta-feira (17). Nesta data, será realizado o primeiro encontro do projeto Diálogos Pernambucanos. A iniciativa busca envolver setores da sociedade civil no debates sobre os temas prioritários para o Estado, auxiliando na construção coletiva do programa de governo do PSOL. Pela manhã, ele e a candidata do PSOL ao Senado, Albanise Pires, promoveram um ato no Mercado de Casa Amarela, na Zona Norte. 

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“Já apresentamos as diretrizes e bases programáticas de nossa candidatura. Agora é o momento de traduzi-las em propostas de políticas públicas. Os Diálogos Pernambucanos serão transmitidos pela internet, para que aqueles interessados em discutir os rumos do Estado possam contribuir com ideias”, explicou Zé Gomes.

Na caminhada pelo mercado, Zé Gomes e Albanise dialogaram com comerciantes e frequentadores, enfatizando a importância de a população a exercer um papel ativo nas eleições, inclusive fiscalizando e denunciando crimes eleitorais. Zé Gomes ressaltou a importância de se cobrar dos postulantes transparência e buscar se informar, em especial, sobre os doadores das campanhas milionárias.

A coligação Mobilização por Poder Popular (PSOL-PMN) não aceita doações de construtoras, bancos, agronegócio e empresas de transporte. Também veda o recebimento de recursos de empresas que lucram com a privatização da saúde e da educação, que tenham contratos e interesses a serem intermediados com o Estado, ou com passivos trabalhistas e ambientais.

Para reagir ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara dos Deputados pretende incluir na Constituição a permissão de que empresas financiem campanhas eleitorais. Integrantes da cúpula da Câmara querem aprovar uma proposta de emenda constitucional dentro da reforma política que o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), promete levar a plenário em maio. Alves se reuniria na noite desta segunda-feira em sua residência com deputados para discutir o tema.

O encontro ocorre na mesma semana em que o STF retoma o julgamento que discute a proibição de as empresas doarem dinheiro para campanhas. Em dezembro, quatro ministros votaram contra o financiamento por pessoas jurídicas e a análise foi suspensa por um pedido de vista do ministro Teori Zavascki. A autora da ação é da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A tendência na Corte é de que a maioria siga o voto do relator, Luiz Fux, pela proibição, mas há ainda espaço para que outros ministros possam pedir vista e adiar a decisão mais uma vez. Caso o plenário da Corte confirme o fim do financiamento por empresas, terá de definir se vale já na eleição de outubro. Parte dos ministros entende que não há obstáculos para isso porque a arrecadação das campanhas ainda não começou.

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O presidente do tribunal, ministro Joaquim Barbosa, foi um dos que antecipou voto contra o financiamento por empresas. "A permissão para as empresas contribuírem para campanhas e partidos pode exercer uma influência negativa e perniciosa sobre os pleitos, apta a comprometer a normalidade e legitimidade do processo eleitoral, e comprometer a independência dos representantes", disse, em seu voto.

Ainda sem votar, o ministro Gilmar Mendes se manifestou a favor das doações. "Estamos fazendo um tipo de lei para beneficiar quem estiver no poder? É isso que se quer? É disso que seu cuida? É para eternizar quem está no poder?", questionou. A possibilidade de aplicação imediata da decisão é o que aumenta a preocupação no Congresso. A avaliação dos políticos é de que só PT conseguiria arrecadar sem recorrer a empresas. Veem ainda na decisão do STF uma forma de levar adiante a tese petista do financiamento público.

A alternativa em debate é deixar expresso na Constituição que as doações de empresas são permitidas. Texto aprovado por um grupo de trabalho e que está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) prevê que os partidos poderão escolher por financiamento público, privado e até misto. As doações passariam a ser apenas às legendas, não mais aos candidatos. Uma lei posterior regulamentará os limites para as contribuições de pessoas físicas e jurídicas.

O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirma que a reforma política faz parte de um acordo construído desde o ano passado, quando se decidiu abandonar a ideia de um plebiscito, defendida pela presidente Dilma Rousseff. "Vamos discutir cada um dos temas e votar o que tem consenso. Estamos dispostos a este debate", diz. Coordenador do grupo de trabalho, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) crê em celeridade na CCJ e na comissão especial para a votação final em maio.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou três resoluções com novas regras para as eleições de outubro deste ano. Com elas serão alteradas algumas regras de propaganda eleitoral, registro de candidaturas e arrecadação para as campanhas eleitorais. As normas foram apresentadas pelo vice-presidente do TSE, o ministro Dias Toffoli, que foi o relator das resoluções. Das 11 previstas para reger as eleições deste ano, 10 já foram aprovadas.

A Corte decidiu proibir que candidatos usem serviços de telemarketing para pedir votos aos eleitores. Também será obrigatório que a propaganda eleitoral e os debates na TV sejam transmitidos com legenda ou na Língua Brasileira de Sinais (Libras), para facilitar a compreensão por pessoas com deficiência. 

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Os candidatos, de acordo com as novas medidas, não poderão ser identificados por nome relacionados a autarquias ou órgãos públicos, como “Fulano da CTTU”, por exemplo. Também ficou definido que os partidos só podem substituir seus candidatos 20 dias antes da eleição. Antes da decisão, o prazo era de 24 horas antes do pleito.

Sobre financiamento, o TSE reafirmou que o candidato só pode financiar sua campanha com recursos próprios com até 50% do próprio patrimônio. No ano passado, ao aprovar outras regras, o TSE decidiu que o voto em trânsito passará a valer nas eleições deste ano nas cidades com mais de 200 mil eleitores. No último pleito, o eleitor podia votar em trânsito apenas nas capitais.

“Pelo Código Civil você não pode doar mais do que 50% do seu patrimônio. Ninguém pode doar mais da metade do que tem”, justificou Toffoli, lembrando que há candidatos que, na vontade de se eleger, chegam a pegar empréstimos. 

Outras resoluções - Em dezembro de 2013, o TSE já havia aprovado seis resoluções sobre as eleições deste ano. As seis resoluções já foram publicadas no Diário de Justiça Eletrônico (DJe)  e dispõem sobre atos preparatórios para o pleito; registro e divulgação de pesquisas eleitorais; crimes eleitorais; cerimônia de assinatura digital e fiscalização do sistema eletrônico de votação, votação paralela e segurança dos dados dos sistemas eleitorais; representações, reclamações e pedidos de direito de resposta; e modelos de lacres e seu uso nas urnas, etiquetas de segurança e envelopes com lacres de segurança.

*Com informações do TSE 

O Grupo de Trabalho (GT) da Câmara Federal, que está viabilizando propostas para a Reforma Política, decidiu nesta quinta-feira (24)  incluir o voto facultativo no texto que deve ser enviado ao plenário no início de novembro. Os parlamentares aceitaram também estabelecer um teto para o financiamento de campanha, independentemente da origem do dinheiro. Pelo acordo, o teto será definido a cada campanha eleitoral. Esta foi a penúltima reunião do GT.

O colegiado tem se reunido desde agosto para entrar em consenso sobre pontos como o financiamento de campanhas eleitorais e o sistema de eleições proporcionais. Defendendo a necessidade de maior aproximação com o eleitor e de redução de custos de campanhas, o grupo aprovou a inclusão do sistema distrital proporcional de eleição. A proposta é que os estados sejam divididos em distritos e os deputados sejam eleitos de acordo com a proporção do número de votos nestes limites.

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Votação em Plenário

O coordenador do GT, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que a proposta de Reforma Política poderá ser discutida diretamente em Plenário, já em novembro. Vaccarezza informou ainda que, na próxima quinta-feira (31), ocorrerá a última reunião do grupo, quando será discutida a versão preliminar da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) resultante das deliberações ocorridas no grupo. Além disso, o grupo vai discutir novamente a duração dos mandatos, definida inicialmente em cinco anos, sem reeleição. Faltava apenas o grupo decidir o tempo de mandato dos senadores. 

*Com informações das Agências Brasil e Câmara

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A falta de adesão aos partidos políticos, por parte dos recifenses, também gira em torno de uma tese fixa que a população tem: o uso do dinheiro público para fins pessoais ou para financiamento de campanhas partidárias. Financiamento este que de acordo com uma mostra, divulgada nesta quarta-feira (9), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), não é aceito por 40,8% dos recifenses e 17,2% discordam parcialmente do método. Em contraponto 16,5% concordam e 18,8% concordam parcialmente. 

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Para o analista político e ecomonista, Maurício Romão, o financiamento público de campanha ainda é pouco esclarecido no país e por isso não  é bem aceito. “Este é um assunto que precisa ser mais abordado no Brasil, não temos nenhuma cartilha explicando o que é e do que se trata. E ainda tem aquela noção das pessoas de que ‘é o meu dinheiro’, então se eles não são adeptos a classe política, também serão contra o uso do financiamento público para as campanhas”, pontuou o especialista.

Dados de uma outra pesquisa do IPMN corroboram a opinião de Romão. No levantamento 55,8% dos recifenses não sabem o que é o financiamento público de campanha. E dos 41,1% dos que conheciam, 55,2% discordavam plenamente.

Método de financiamento no Brasil - Atualmente as campanhas eleitorais no Brasil são pagas predominantemente com recursos privados, no entanto há respingos públicos. Nas disputas, os partidos podem usar o fundo partidário (dinheiro público), composto de multas e reserva do Orçamento, como também “doações” privadas sejam elas de pessoas físicas, jurídicas, de outros candidatos, de comitês financeiros ou de outros partidos. O dinheiro pode ser repassado através do partido ou diretamente ao candidato.

As doações de pessoas físicas são restritas a 10% dos rendimentos brutos obtidos no ano anterior à eleição pelo doador. Já no caso de pessoas jurídicas, o limite é de 2% do faturamento bruto da empresa no ano anterior à eleição. Com a junção das verbas, os candidatos e partidos, entre outras despesas, arcam com os gastos de propaganda e bancam comícios e viagens.

Com o renascimento, no último mês, da proposta de uma Reforma Política no Brasil vários questionamentos foram levantados pela população brasileira, entre eles, um dos assuntos mais divergentes entre as opiniões de estudiosos, parlamentares e eleitores: o tipo de financiamento das campanhas eleitorais. Público, privado ou misto? Como deve ser a participação financeira das empresas, dos cidadãos, do governo e de pessoas jurídicas nas eleições?

Dados de um levantamento, feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), e divulgados nesta quinta-feira (18), demonstraram que a 55,8% da população recifense não sabem o que é financiamento público de campanha. Em contrapartida 41,1% afirmou conhecer o método.

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Dos que afirmaram ao IPMN conhecer a distribuição de verbas públicas para o custeio de campanhas 55,2% discordam plenamente e 11,6% concordam com esta modalidade de financiamento.

A última versão da proposta para o uso do dinheiro público para tais fins, é de maio de 2005, quando aconteceu uma das proposições de Reforma Política no país após a explosão do esquema do Mensalão. No texto do Projeto de Lei do Senado (PLS) 268/2011, a proposta do financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais estava sendo justificada "pela necessidade de redução dos gastos nessas campanhas, que vêm crescendo exponencialmente no país. Outro ponto defendido é a necessidade de "pôr fim à utilização de recursos não contabilizados, oriundos do chamado 'caixa 2'."

De acordo com o economista, Maurício Romão, a aprovação de um financiamento público não necessariamente extinguiria a corrupção na modalidade política. “A mudança, suponha drástica, para o financiamento público de campanha teria algumas vantagens, entre elas a de mais transparência. Não teria possibilidades de enganação, mas não necessariamente excluiria a iniciativa dos candidatos e partidos de procurarem uma ajuda e com ela construir o famoso caixa 2”, analisou.

O sistema ideal para financiar as campanhas, segundo Romão, seria o misto. Com verbas públicas e privadas divididas entre os partidos de maneira igualitária e não entre os políticos. “O financiamento misto seria o mais interessante com a possibilidade de ser dado o recurso não aos candidatos, mas exclusivamente aos partidos”, defendeu o estudioso.

Cenário no Brasil - As campanhas eleitorais no Brasil hoje são pagas com predominantemente com recursos privados, no entanto há respingos públicos. Nas disputas, os partidos podem usar o fundo partidário (dinheiro público), composto de multas e reserva do Orçamento, como também “doações” privadas sejam elas de pessoas físicas, jurídicas, de outros candidatos, de comitês financeiros ou de outros partidos. O dinheiro pode ser repassado através do partido ou diretamente ao candidato.

As doações de pessoas físicas são restritas a 10% dos rendimentos brutos obtidos no ano anterior à eleição pelo doador. Já no caso de pessoas jurídicas, o limite é de 2% do faturamento bruto da empresa no ano anterior à eleição. Com a junção das verbas, os candidatos e partidos, entre outras despesas, arcam com os gastos de propaganda e bancam comícios e viagens.

Confira um breve definição sobre cada tipo de financiamento:

Financiamento público - Acontece quando a arrecadação de fundos para a campanha eleitoral de um candidato é proveniente de recursos públicos. Neste caso o percentual é divido de acordo com a representação do partido no Congresso Nacional. Dificultando a inserção dos partidos sem representação nacional, na lista dos financiados. 

Financiamento privado - Neste caso as empresas, pessoas jurídicas ou fisícas e os partidos disponibilizam os recursos para as campanhas eleitorais, denominados de doações particulares. 

Financiamento misto - Quando a campanha eleitoral do candidato é financiada por verbas públicas, do Fundo Partidário, e privadas, de empresas, pessoas físicas e jurídicas. Modelo vigente no Brasil.

Em todos os casos os políticos devem após o período eleitoral prestar contas ao TSE de todos os recursos, desde a sua doação até o seu uso. 

Na mensagem enviada ao Congresso Nacional nesta terça-feira (2) sobre o plebiscito para a reforma política, a presidente Dilma Rousseff frisou que os governantes precisam dar à população uma resposta adequada às reivindicações feitas nas últimas semanas. O documento com as sugestões do Executivo foi entre aos presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Alves e Renan Calheiros, respectivamente.

"Cabe às instituições representativas não só comemorar mais esse avanço democrático, mas também dar a adequada resposta à voz das ruas, buscando diálogo e a celebração de pactos que possibilitem a construção de caminhos para o entendimento das demandas apresentadas", disse Dilma, que nos últimos dias tem realizado reuniões com governadores, prefeitos, representantes da sociedade civil e ministros.

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No documento, a presidente salienta a "necessidade de fortalecer o sistema político" e que, por isso, sugere ao Congresso Nacional a realização de uma "consulta popular, na forma de um plebiscito para que o povo se pronuncie sobre as linhas mestras que devem balizar a reforma política que o país tanto necessita".

O Executivo também sugeriu cinco pontos a serem considerados na elaboração das questões do plebiscito, ao lado de outros que "poderão vir a ser oportunamente apontados por deputados e senadores".

O primeiro deles é a forma de financiamento da campanha eleitoral, para permitir uma avaliação das vantagens e desvantagens do modelo atual e fazer comparações entre os modelos privado e misto. A possível reformulação do sistema eleitoral também está entre as propostas, para que se faça "uma opção entre o sistema proporcional como é hoje, o voto distrital puro ou misto, o voto majoritário para a eleição de parlamentares, o voto em lista fechada ou flexível, ou, então, o voto em dois turnos como propõem entidades da sociedade civil".

Dilma também sugeriu para o plebiscito a "continuidade ou não da existência de suplência nas eleições para o Senado, a manutenção ou não da existência de coligações partidárias para a eleição de deputados e vereadores, e o fim ou não do voto secreto no Parlamento".

Por fim, a presidente informa que consultou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármem Lúcia, sobre prazos e procedimentos para a realização do plebiscito.

Para ler a íntegra da mensagem presidencial, clique no link abaixo.

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