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O opositor russo Alexei Navalny acusou o presidente Vladimir Putin de estar "por trás" de seu envenenamento, na primeira entrevista concedida desde que recebeu alta de um hospital da Alemanha.

"Afirmo que Putin está por trás do ato, não vejo outra explicação", declarou à revista alemã Der Spiegel, que publicou nesta quinta-feira (30) trechos da entrevista em seu site.

"Meu dever agora é continuar sendo como sou, alguém que não tem medo. E não tenho medo, afirmou o principal opositor do Kremlin.

Navalny também confirmou a intenção de retornar à Rússia quando estiver totalmente recuperado, de acordo com o semanário alemão, que publicará nas próximas horas a entrevista na íntegra.

Ativista da luta contra a corrupção, Navalny, 44 anos, passou mal a bordo de um avião na Sibéria em 20 de agosto.

Três laboratórios europeus afirmaram que ele foi vítima de um envenenamento com uma substância neurotóxica do tipo Novichok, criada na época soviética com fins militares. Vários países ocidentais exigiram da Rússia uma investigação do caso. Moscou nega todas as acusações.

O líder opositor recebeu alta na semana passada do hospital de Berlim em que passou um mês internado. Navalny permanecerá na Alemanha durante o período de recuperação, que, segundo a sua porta-voz, "levará muito tempo".

O opositor russo Alexei Navalny, vítima de um envenenamento com um agente neurotóxico de acordo com três laboratórios europeus, anunciou nesta segunda-feira (28) que recebeu a visita da chanceler alemã Angela Merkel quando estava hospitalizado em Berlim.

"Estou muito agradecido à chanceler Merkel por ter me visitado no hospital", escreveu Navalny no Twitter. Navalny confirmou desta maneira uma informação publicada no domingo (27) pela revista alemã Der Spiegel.

Alexei Navalny, que prossegue com o processo de recuperação em Berlim, recebeu alta na semana passada do hospital Charité, onde ficou internado por um mês.

Incansável ativista anticorrupção e fervoroso crítico do Kremlin, Navalny, de 44 anos, ficou gravemente doente em 20 de agosto a bordo de um avião na Sibéria, onde foi hospitalizado.

Três laboratórios europeus concluíram que ele foi envenenado com um agente nervoso do tipo Novichok, desenvolvido com fins militares na época soviética. Os países ocidentais pediram à Rússia que apresente explicações e investigue o caso. Moscou rejeita todas as acusações.

A revista alemã Der Spiegel afirmou no domingo que Merkel fez uma "visita secreta" ao opositor russo durante sua hospitalização em Berlim, para mostrar "a solidariedade do governo alemão com Alexei Navalny".

"O fato de que a própria chanceler se reuniu com um político da oposição é mais um sinal para o governo russo de que Berlim não vai ceder e quer estabelecer a verdade por trás do assunto", afirmou a Der Spiegel.

Navalny pediu que a reunião não seja considerada "secreta".

"Foi mais uma reunião privada e uma conversa com a família", disse.

O opositor russo Alexei Navalny, hospitalizado desde 22 de agosto em Berlim após um provável envenenamento, recebeu alta na terça-feira (22), anunciaram nesta quarta-feira (23) os médicos do hospital Charité da capital alemã.

"O estado de saúde do paciente melhorou tanto que a terapia intensiva foi interrompida após 32 dias de hospitalização", afirma um comunicado divulgado pelo centro médico.

"Observando a evolução do tratamento até agora e do estado atual do paciente, os médicos consideram que é possível um restabelecimento completo", completa a nota do hospital de Berlim.

O centro médico advertiu, no entanto, que é muito cedo para avaliar as possíveis consequências a longo prazo do envenenamento.

O principal opositor ao Kremlin divulgou nos últimos dias várias fotografias, incluindo uma imagem ao lado de sua esposa no hospital, na qual parece bem mais magro.

Vários laboratórios especializados na Alemanha, França e Suécia determinaram que Navalny foi vítima de um envenenamento com uma substância neurotóxica do tipo Novichok, o que Moscou nega.

A Rússia dispõe de meios "limitados" para investigar o caso de Alexei Navalny, declarou nesta sexta-feira (18) o Kremlin, enquanto apoiadores do opositor russo retiraram evidências de seu suposto envenenamento no dia do incidente.

"Infelizmente estamos limitados em nossa capacidade de realizar qualquer tipo de investigação. Parece que os objetos foram liquidados, retirados da Rússia e não podemos acessar as análises feitas na Alemanha", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, citado por agências de notícias russas.

Na quinta-feira (17), apoiadores de Navalny publicaram um vídeo no qual explicam que o agente nervoso do tipo Novtchok, identificado na Alemanha como o veneno usado contra o opositor, foi detectado em uma garrafa encontrada em seu quarto de hotel em Tomsk (Sibéria) no dia do incidente, no final de agosto.

Eles explicaram que pegaram essa garrafa e outros objetos que poderiam ser relevantes a uma investigação e levaram para a Alemanha, onde o opositor do Kremlin está hospitalizado, por estarem convencidos de que as autoridades russas não iriam investigar.

"Se a garrafa realmente existe, por que foi levada para algum lugar? Talvez haja pessoas que não querem que uma investigação seja realizada", disse Peskov.

"A única coisa que vai esclarecer esses eventos é a troca de informações, amostras biológicas, testes e trabalhos conjuntos, se necessário", acrescentou.

Desde 20 de agosto, quando Navalny passou mal em um avião na Rússia, Moscou diz que não tem provas de que um crime foi cometido e, portanto, não abriu uma investigação, apesar dos apelos a fazê-lo e ameaças de sanções europeias.

Os médicos russos que trataram do opositor antes de ele ser transferido para a Alemanha disseram que realizaram todos os testes necessários sem detectar qualquer agente tóxico.

O Kremlin critica a Alemanha por se recusar a transmitir os dados laboratoriais que apontam para uma substância da família Novichok. Berlim os transmitiu para a França e a Suécia, onde o mesmo veneno também foi identificado.

O líder da oposição russa Alexei Navalny afirmou nesta terça-feira que consegue respirar sem a ajuda de aparelhos, em suas primeiras declarações depois de ter sido envenenado em agosto na Sibéria.

"Olá, este é Navalny", afirmou o opositor em um post no Instagram, no qual aparece com a esposa sentado em sua cama no hospital de Berlim em que está internado.

"Ontem eu consegui respirar sozinho o dia todo", completou em sua primeira publicação na rede social após o envenenamento com uma substância neurotóxica, de acordo com os médicos alemães.

"Gostei muito, é um procedimento surpreendente subestimado por muitos. Eu recomendo", brincou, antes de afirmar que sente falta dos seguidores, uma semana depois de ter saído do coma induzido.

O principal opositor do Kremlin, vítima segundo a sua equipe de um envenenamento em 20 de agosto na Sibéria, poderá abandonar por completo em breve a "respiração artificial", anunciou o hospital Charite de Berlim.

Um laboratório alemão concluiu em 3 de setembro que Navalny, 44 anos, foi envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novichok, concebido com fins militares na época soviética, o que Moscou nega.

Laboratórios da França e Suécia anunciaram na segunda-feira que confirmaram as conclusões da Alemanha.

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O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou seu homólogo russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (14), que "esclareça, sem demora", a "tentativa de assassinato" sofrida pelo oponente russo Alexei Navalny - informou a Presidência francesa em um comunicado.

Em uma conversa com Putin pela manhã, Macron "expressou sua profunda preocupação com o ato criminoso" cometido contra Navalny e "enfatizou a necessidade de esclarecê-lo sem demora", acrescentou a nota do Palácio Eliseu.

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O presidente francês acrescentou que a França, com base em suas próprias análises, "compartilhou as conclusões de seus sócios europeus" de que o adversário de Putin foi vítima de "envenenamento com a ajuda de um neurotóxico [do grupo] Novichok".

O estado de saúde do líder opositor russo Alexei Navalny mostra "alguma melhoria", anunciou esta sexta-feira (28) o hospital de Berlim onde ele está internado, depois de ter sido vítima de um envenenamento na Rússia segundo as autoridades alemãs.

"Houve alguma melhora nos sintomas causados pela ingestão de uma substância do grupo dos inibidores da colinesterase", afirmou o Hospital da Caridade em um comunicado, no qual informa que Navalny permanece em coma induzido e sob assistência respiratória.

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A porta-voz de Navalny, Kira Yarmish, confirmou no Twitter que "não há atualmente uma grave ameaça para sua vida". "Os médicos, no entanto, se abstêm de qualquer prognóstico" completou a porta-voz.

O hospital reafirmou que não é possível no momento determinar se o russo de 44 anos terá sequelas após o "grave envenenamento". Os médicos alemães afirmaram que Navalny foi intoxicado por "uma substância do grupo dos inibidores de colinesterase".

Os produtos podem ser utilizados, em doses pequenas, contra o mal de Alzheimer. Mas em doses elevadas pode ser muito perigoso e se tornar um potente agente neurotóxico, similar ao Novichok

Navalny, muito conhecido por investigar a corrupção da elite russa e o entorno do presidente Vladimir Putin, sentiu um forte mal-estar na semana passada quando viajava de avião de Tomsk, na Sibéria, a Moscou. A aeronave fez um pouso de emergência para que o ativista fosse internado de urgência em um hospital de Omsk.

Sua equipe denunciou de modo imediato um envenenamento e defendeu uma transferência para a Alemanha. Nalvany foi levado a Berlim após alguns dias de elevada tensão com o governo russo.

A polícia russa anunciou nesta quinta-feira (27) que iniciou uma "análise preliminar" do caso do líder opositor Alexei Navalny, provável vítima de um envenenamento segundo os médicos que o atendem em Berlim, uma pista descartada até o momento por Moscou.

Os investigadores iniciaram "análises preliminares vinculadas à hospitalização de Alexei Navalny em 20 de agosto em Omsk", uma cidade da Sibéria, e recolheram objetos, que podem ter valor de provas, anunciou em um comunicado o departamento regional do ministério russo do Interior.

A nota afirma que "todas as circunstâncias" serão examinadas para a decisão sobre a abertura ou não de um processo criminal.

Navalny, 44 anos, reconhecido por investigar a corrupção da elite russa e do entorno de Putin, sentiu um forte mal-estar na semana passada quando viajava de avião de Tomsk, na Sibéria, a Moscou. A aeronave fez um pouso de emergência para que o ativista fosse internado urgentemente em um hospital de Omsk.

O quarto de hotel em que ficou hospedado em Tomsk, cidade em que foi envenenado, de acordo com sua equipe, também foi alvo de busca, "assim como as imagens das câmeras de segurança", segundo o comunicado.

Nalvany foi transferido para Berlim após dias de grande tensão com o governo russo. Ele permanece internado em estado grave, em coma induzido, mas sua vida não corre mais perigo.

Os médicos alemães afirmaram que ele foi intoxicado por "uma substância do grupo dos inibidores da colinesterase", mas sem precisar qual.

O Kremlin rejeitou o termo envenenamento e considerou apressadas as conclusões dos médicos médicos alemães.

"Estamos em total desacordo com as diversas formulações precipitadas que são utilizadas para afirmar que há uma elevada probabilidade de envenenamento", afirmou Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, na quarta-feira.

Yevgeny Prigozhin, um polêmico empresário próximo ao presidente russo Vladimir Putin, prometeu nesta quarta-feira (26) "arruinar" o opositor Alexei Navalny, que permanece em estado de coma em Berlim depois de um suposto envenenamento.

Prigozhin, também conhecido como o "cozinheiro de Putin", já que sua empresa de restaurantes Concord trabalhou para o Kremlin, é suspeito de envolvimento com uma "fábrica de trols" que Washington acusa de tentar influenciar as eleições americanas e também com o grupo de mercenários Wagner.

Prigozhin tem a intenção de obter o pagamento de 88 milhões de rublos (1,17 milhão de dólares) de Navalny e seu aliado Liubov Sobol pelos supostos prejuízos provocados pela publicação de uma das investigações do opositor, informou a assessoria de imprensa da Concord.

"Tenho a intenção de arruinar este grupo de pessoas sem escrúpulos", afirmou Prigozhin em um comunicado da empresa.

Ele indicou que uma empresa de restaurantes em escolas, que assinou um acordo com a Concord, foi prejudicada após a publicação de um vídeo de Navalny.

"Se Navalny entregar sua alma a Deus, não tenho a intenção de persegui-lo neste mundo (...). Se sobreviver, terá que responder ao rigor da lei russa", acrescentou.

Navalny e sua equipe denunciam a corrupção das elites russas com a publicação de investigações que são lidas por milhões de pessoas nas redes sociais.

O principal opositor do Kremlin segue hospitalizado em Berlim, onde os médicos alemães afirmaram ter encontrado "sinais de envenenamento" em seu organismo.

"Nenhum veneno" foi descoberto no corpo do principal opositor russo, Alexei Navalny, hospitalizado em terapia intensiva na Sibéria após não ter se sentido bem, disse nesta sexta-feira (21) um dos médicos responsáveis pelo estabelecimento, especificando que sua condição ainda era "instável".

"Até o momento, nenhum veneno foi identificado no sangue e na urina, não há vestígios dessa presença", declarou Anatoly Kalinichenko, vice-diretor do hospital de emergência Nº1 de Omsk onde o opositor foi admitido.

"Não acreditamos que ele tenha sofrido um envenenamento", continuou ele, acrescentando que não poderia declarar o diagnóstico de Navalny devido à lei, mas que havia notificado a família.

Segundo ele, o estado de Navalny é "instável", o que não permite sua transferência para o exterior, apesar da chegada a Omsk de um avião médico, fretado por uma ONG que espera levar o adversário à Alemanha.

Alexei Navalny, um dos maiores críticos do Kremlin, viajava de avião de Tomsk para Moscou quando passou mal. A aeronave teve que fazer um pouso de emergência em Omsk.

O opositor foi internado, em coma natural, colocado na UTI e conectado a um respirador artificial.

Seus aliados afirmam acreditar que ele foi vítima de "envenenamento intencional", "com algo misturado ao seu chá".

O principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalny, foi liberado nesta sexta-feira (23) depois de passar 30 dias na prisão por ter convocado os russos a participar no grande movimento de protesto que abala Moscou, anunciou seu porta-voz.

Navalny saiu da prisão sorridente, como demonstram duas fotografias publicadas no Twitter por seu porta-voz, Kira Yarmysh.

O opositor e ativista anticorrupção denunciou aos jornalistas "atos de terror destinados a amedrontar" por parte das autoridades russas em sua repressão do movimento de protesto em Moscou nas últimas semanas.

"O movimento vai continuar crescendo e este regime lamentará fortemente o que tem feito", disse Navalny.

Apesar da presença de policiais na saída de Navalny nesta sexta-feira, o ativista não foi detido novamente, com aconteceu com outros opositores liberados recentemente.

Alexei Navalny foi detido em 24 de julho em Moscou, ao sair de casa para correr e comprar flores para o aniversário de sua esposa, no auge dos protestos para criticar a exclusão das candidaturas de opositores às eleições locais previstas para 8 de setembro.

Ele foi condenado a 30 dias de prisão por "infrações reiteradas das regras de organização de manifestações".

Durante o período de detenção, Navalny recebeu atendimento para o que os médicos classificaram de "grave reação alérgica". O opositor não descartou a possibilidade de "envenenamento".

Várias manifestações não autorizadas para exigir eleições livres em Moscou terminaram com milhares de pessoas detidas nas últimas semanas.

Este é o maior movimento de protestos no país desde o retorno do presidente Vladimir Putin ao Kremlin em 2012.

Muitos opositores moscovitas cumprem atualmente curtas penas de prisão e a organização de Navalny, o Fundo de Luta contra a Corrupção, é investigado por "lavagem de dinheiro".

O opositor russo Alexei Navalny foi condenado a 30 dias de prisão nesta segunda-feira (12) por ter convocado manifestações contra a corrupção não autorizadas em toda a Rússia, informou seu porta-voz no Twitter. "Sentença: 30 dias" - escreveu Kira Iarmych.

Navalny, 41 anos, e quase mil de seus partidários foram detidos nesta segunda-feira antes do início de um protesto não autorizado no centro de Moscou.

Após uma mobilização que teve uma grande adesão em 26 de março, milhares de russos, incluindo muitos jovens, foram às ruas em dezenas de cidades, incluindo perto do Kremlin em Moscou, onde a tropa de choque tentava dispersar a multidão.

A ONG russa OVD-Info indicou à AFP que contabilizou ao menos 600 detidos em Moscou e 300 em São Petersburgo. Outras detenções aconteceram em cidades no interior, de Vladivostok (extremo-oriente) em Norilsk (norte), passando por Sochi (sul), indicou no Twitter.

"Putin está no poder há 17 anos e não pensa em partir", denunciou Alexandre Tiurin, 41 anos, durante o protesto na rua Tverskaïa, que vai até o Kremlin.

"Ele usurpou o poder, não existe sociedade civil no país, os tribunais não funcionam, a corrupção se transformou em sistema", completou.

A multidão gritava: "Rússia sem Putin!" e "Liberdade para Navalny!"

Alexei Navalny, que pretende disputar contra Vladimir Putin a presidência russa na eleição de março de 2018, foi detido quando saía de casa, informou sua esposa no Twitter.

"Olá, sou Yulia Navalnaya. Alexei foi detido na entrada do prédio. Pediu que informasse que nossos planos não mudaram: Tverskaya", escreveu, uma referência à rua do centro de Moscou onde está prevista a manifestação.

O blogueiro, cujos vídeos investigativos compartilhados nas redes sociais denunciam a corrupção das elites e oligarcas, convocou protestos em toda a Rússia para esta segunda-feira, feriado, quando o país comemora a sua independência em 1990 antes da queda da União Soviética.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, pediu ao governo da Rússia para libertar imediatamente todos os manifestantes pacíficos detidos.

"O povo russo merece um governo que apoie as ideias de livre mercado, um governo transparente e responsável, tratamento igualitário sob a lei e capacidade de exercer seus direitos sem medo de represálias", disse Spicer.

- 'Alternância' -

Em Moscou, a concentração prevista para as 11H00 GMT (8H00 de Brasília) foi autorizada ao nordeste da cidade, mas Alexei Navalny decidiu, poucas horas antes, transferir o protesto para a avenida Tverskaya, onde estavam previstas várias atividades relacionadas com o feriado.

De acordo com o opositor, a prefeitura de Moscou tentou impedir que todos os fornecedores da cidade alugassem um palanque e equipamentos de som para sua equipe.

No momento do início dos atos, Vladimir Putin entregava a estudantes no Kremlin suas carteiras de identidade.

Nos arredores do palácio presidencial, os jovens, incluindo muitos menores de idade, eram numerosos na manifestação.

"Queremos uma alternância como em todos os países normais (...) Queremos uma resposta por parte das autoridades", disse Yegor, de 16 anos, que carregava um cartaz: "A corrupção rouba o futuro", e dizia estar preparado para uma possível prisão.

"Em qualquer país, não há necessidade de uma oposição para controlar os atos de poder", insistiu Arseni, outro estudante do ensino médio de 16 anos.

O opositor número 1 do Kremlin surpreendeu em 26 de março ao levar às ruas dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos jovens que conheceram apenas Putin no poder, em toda a Rússia.

Esta mobilização, de escala sem precedentes em vários anos, aconteceu após a publicação pela equipe de Navalny de um vídeo acusando o primeiro-ministro Dmitri Medvedev de liderar um império imobiliário financiado pelos oligarcas.

Na ocasião, a polícia prendeu mais de 1.000 pessoas, incluindo Navalny, que passou 15 dias na prisão.

Desde então, sete pessoas foram colocadas em prisão preventiva por violência contra a polícia. Dois foram condenados a penas de prisão.

Antes das manifestações desta segunda-feira, a equipe de Alexeï Navalny e a ONG Human Rights Watch denunciaram a pressão por parte das universidades e escolas para dissuadir os jovens a protestar, por vezes com ameaças de expulsão.

No final de maio, a presidente do Senado Valentina Matvienko indicou que o Parlamento estava considerando proibir menores de idade de participar em manifestações não autorizadas, sob pena de sanções para os pais.

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos criticaram a prisão do opositor russo Alexei Navalny e exigiram que Moscou liberte todos os manifestantes detidos nesse domingo (26) durante um protesto. "Os Estados Unidos condenam fortemente a prisão de centenas de manifestantes pacíficos na Rússia e pedem que o governo os liberte imediatamente", disse em uma nota Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado.

Washington também demonstrou "preocupação" com a prisão do opositor a apenas um ano das eleições presidenciais. "Os Estados Unidos pretendem acompanhar a situação, pois os russos, como todos, merecem ter um governo que apoia a liberdade de pensamento, a transparência e a responsabilidade, um tratamento igualitário diante das leis e a possibilidade de exercitar seus direitos sem temer represálias".

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Já a representante de política externa da UE, Federica Mogherini, disse que "a polícia russa impediu o exercício das liberdades fundamentais de expressão, associação e assembleia pacífica, que são direitos fundamentais sancionados pela Constituição russa". "Pedimos para as autoridades russas respeitarem plenamente os compromissos internacionais que mantêm, inclusive com o Conselho Europeu e a OSCE", destacou.

O principal líder da oposição na Rússia, Alexei Navalny, foi detido no domingo por convocar uma manifestação na capital do país, Moscou, contra a corrupção. O ato reuniu oito mil pessoas, que ficaram revoltadas com a prisão do blogueiro e político.

Navalny foi indiciado por violação da lei russa que regulamenta a prática de protestos. A polícia informou que sua manifestação não tinha sido autorizada. Além do opositor, outras 500 pessoas também estariam presas.

No Twitter, o blogueiro publicou que "chegará o dia em que nós julgamentos eles, mas faremos de forma honesta", em uma crítica às autoridades da Rússia. Junto com o texto, ele publicou uma selfie dentro do tribunal de Tverskoi, na capital. Mesmo com os apelos, a Rússia garantiu que irá manter sua posição. "Não podemos concordar com estes apelos nem considerá-los. As obrigações diante do Conselho Europeu não comportam a necessidade de violar a legislação interna", rebateu o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitri Peskov.

Itália - Em meio à situação política em Moscou, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, inicia hoje uma viagem oficial para uma série de discussões institucionais, informou a Farnesina. O chanceler se reunirá com seu homônimo russo, Sergei Lavrov, com quem discutirá as crises na Líbia, Síria e Ucrânica, e também se reunirá com empresários e investidores.

"Minha visita ocorre em um contexto mais geral de encontros de alto nível, testemunhando o interesse italiano em manter e reforçar o diálogo com um país historicamente próximo e amigo como a Rússia", disse Alfano. "Acreditamos que a comunidade internacional não pode prescindir a interlocução de Moscou, especialmente em temas de crise internacional e desafios globais que colocam em risco a nossa segurança", disse.

Um tribunal de Moscou ordenou nesta terça-feira o embargo de bens do opositor russo Alexei Navalny e de seu irmão Oleg, acusados de fraude em um caso que envolve a marca francesa de cosméticos Yves Rocher.

"O tribunal Basmanny de Moscou ordenou o embargo de bens dos dois irmãos Navalny", declarou à AFP a porta-voz do tribunal, Natalia Romanova, que não revelou os bens afetados.

"Não tenho ideia dos bens que foram embargados pela justiça. Ninguém me convidou para esta audiência", escreveu Navalny no Twitter.

Alexei e Oleg Navalny foram acusados no fim de outubro de desvio de 26 milhões de rublos (590.000 euros) da Yves Rocher e de mais quatro milhões (90.000 euros) de outra empresa.

Também foram acusados de lavar 21 milhões de rublos (480.000 euros), o que pode resultar em penas de 10 anos de prisão.

Segundo os investigadores, Alexei Navalny criou uma empresa de transportes há alguns anos e seu irmão Oleg, diretor no Correio russo, convenceu em 2008 a Yves Rocher a assinar um acordo para o transporte de pacotes a preços elevados.

Alexei Navalny, advogado e ativista anticorrupção de 37 anos, que virou o principal opositor do presidente russo Vladimir Putin, foi condenado a cinco anos de prisão com suspensão condicional da pena por outro caso, que ele atribui a uma perseguição.

O opositor refuta todas as acusações, que pretendem, segundo ele, afastá-lo do cenário político.

O líder opositor russo Alexei Navalny voltou a Moscou neste sábado após ser libertado da prisão. Junto com sua mulher, Yulia, ele tomou um trem noturno da cidade de Kirov, onde foi julgado e condenado. Nalvany foi recebido calorosamente por manifestantes. Um tribunal russo libertou na sexta-feira, 19, Navalny, menos de 24 horas depois de ele ter sido condenado por fraude. Segundo ele, a medida foi tomada por causa dos protestos contra a sentença de cinco anos de prisão, vista por seus partidários como uma ação para silenciar o inimigo do presidente Vladimir Putin.

A promotoria havia pedido que Navalny, candidato a prefeito de Moscou, tivesse a prisão suspensa até a decisão sobre um recurso para que, dessa forma, possa participar do processo eleitoral, marcado para o outono (no hemisfério norte). A ação foi vista como uma tentativa de acalmar a raiva dos eleitores e dar legitimidade a uma votação que deve ser vencida pelo candidato apoiado pelo Kremlin. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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