Após a divulgação das prisões de quadrilhas envolvidas na fraude de concursos no Brasil pelas Polícias Civis de Goiás e Distrito Federal, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou uma nota de esclarecimento. O grupo também tentou burlar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 e pretendia atuar novamente na edição de 2017, nas provas que serão realizadas nos próximos dois domingos.
Por meio do documento enviado à imprensa, o Inep esclareceu que oficiou, na segunda feira (30), a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e a Secretaria de Segurança Pública de Goiás para obter informações, em caráter de urgência, sobre o inquérito que resultou na prisão de envolvidos.
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Confira a nota de esclarecimento:
"Nesta terça-feira, 31, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal publicou uma nota de esclarecimento em seu portal. A Polícia Civil de Goiás encaminhou ao Inep um esclarecimento oficial sobre as operações.
A nota da Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Paz Social e a Polícia Civil do Distrito Federal, assinada pelo Secretário de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal, Edval de Oliveira Novaes Júnior, afirma:
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Paz Social e a Polícia Civil do Distrito Federal esclarecem que, no âmbito da segunda fase da Operação Panoptes, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal, até o momento, não foram comprovadas fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016. No entanto, as investigações por parte da Polícia Civil do Distrito Federal continuarão. Na Capital federal, a Justiça autorizou cinco prisões preventivas, três prisões temporárias e oito conduções coercitivas para esclarecimentos relacionados à Chamada Máfia dos Concursos”.
A nota da Polícia Civil de Goiás afirma: A Polícia Civil de Goiás informa que, por ocasião dos trabalhos realizados na Operação Porta Fechada, não existem indícios concretos de que a organização criminosa investigada tentaria fraudar o Enem 2017, de forma que não se pode colocar em suspeição a lisura do processo seletivo deste ano. Com relação ao Enem 2016, informamos que as provas e indícios de fraude encontrados fortuitamente serão encaminhados à PF e ao MPF para as providências cabíveis, por se tratar de caso de competência da esfera federal.
O Inep reitera que foram adotadas todas as medidas para uma aplicação segura, que garanta isonomia entre os participantes e tranquilidade para realização das provas. O esquema de segurança do Enem 2017 foi reforçado. Pela primeira vez, as provas serão personalizadas, com identificação do nome e número de inscrição do participante. Será usado, de forma inédita, um detector de ponto eletrônico. Além disso, todos os requisitos de 2016 foram garantidos, como a identificação biométrica, o detector de metal nas portas dos banheiros e escoltas para entrega das provas, inclusive no retorno".