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Juízes criticaram publicamente a emenda que a Câmara aprovou na quarta-feira passada (27) autorizando o financiamento de campanha eleitoral por empresas privadas. "A manobra adotada pela Câmara dos Deputados para incluir na Constituição Federal o financiamento de campanha por empresas privadas é inconstitucional", afirmam.

Segundo eles, "os deputados já haviam rejeitado emenda sobre o mesmo tema no dia anterior e não poderiam apreciar a mesma matéria novamente".

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Em nota pública, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), mais importante entidade de classe da toga, diz que a medida "favorecerá a corrupção e a falta de transparência na disputa eleitoral". Segundo o presidente da AMB, João Ricardo Costa, a emenda "vai promover o desequilíbrio nas eleições ao direcionar as doações privadas aos partidos políticos".

"Esse é o pior modelo que poderia ter sido aprovado, pois o financiamento será concentrado nos partidos dificultando o controle e tornando o processo de doação menos transparente", prevê. "A maior fonte de arrecadação vem de empresas privadas. Essas empresas não fazem filantropia, são corporações interessadas em influir nos rumos da economia e articular regras que lhes sejam favoráveis." Costa diz ainda que a forma como o texto foi aprovado "revela a falta de diálogo da Câmara diante de temas de grande relevância. "A decisão está na contramão dos anseios da sociedade."

Supremo

Para a AMB, cabe agora ao Supremo Tribunal Federal retomar o julgamento de uma ação que determina o fim do financiamento empresarial de campanhas. A ação já tem o apoio da maioria do Supremo, mas está parada por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. "Esse é um passo importante no esforço das instituições para combater a corrupção e declarar a inconstitucionalidade a esse modelo de doação. Somente assim abriremos o caminho para uma grande reforma política", avalia o presidente da AMB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três associações de juízes entraram nesta sexta-feira (8) com um pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar parte da Emenda Constitucional 88/2015, conhecida como Emenda da Bengala, que aumentou de 70 para 75 anos a idade de aposentadoria compulsória dos ministros de tribunais superiores.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) recorreram ao Supremo com uma medida cautelar contra a interpretação de que os ministros precisarão de uma nova sabatina para ficar mais cinco anos no cargo.

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A emenda mudou o Artigo 40 da Constituição Federal, de modo a garantir a ministros de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU) aposentadoria aos 75 anos. Com o novo texto, também foi estabelecido que a nova regra para aposentadoria ocorrerá conforme o Artigo 52 da Constituição Federal, até que uma lei complementar seja aprovada.

Dessa forma, segundo as associações, os ministros devem passar por mais uma sabatina, além da prevista para ingressar no cargo. “Tal requisito é frontalmente contrário às garantias da magistratura, especialmente na parte em que se projetam a vitaliciedade e a imparcialidade do juiz. Com efeito, esta nova submissão ao Senado Federal afetará a liberdade e a independência do ministro interessado em permanecer no cargo até os 75 anos, pois o mesmo estará refém do Senado e de interesses político-partidários”, avaliam as entidades.

A emenda foi promulgada na quinta (7) pelo Congresso Nacional e provocou polêmica. Além da reação das associações de juízes, um desembargador de Pernambuco conseguiu uma liminar para continuar no cargo até 75 anos, ainda que o texto da emenda estabeleça que a mudança vale somente para ministros de tribunais superiores.

  

Promulgada na manhã desta quinta-feira, 7, a Proposta de Emenda à Constituição 457/2005, a chamada PEC da Bengala - que eleva a idade da aposentadoria compulsória de ministros dos Tribunais Superiores de 70 anos para 75 anos - já levanta questionamentos quanto a sua constitucionalidade.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), mais importante e influente entidade da classe, fez um alerta sobre trecho da emenda que relaciona a aposentadoria compulsória ao artigo 52 da Constituição Federal. "Em outras linhas, o texto condiciona a prorrogação da aposentadoria à aprovação pelo Senado Federal, por meio de uma nova sabatina aos ministros", destaca a AMB, em nota.

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Para a entidade, tal regra fere uma cláusula pétrea. "Esse requisito torna o Poder Judiciário refém de interesses político-partidários. Essa condição é frontalmente contrária às garantias da magistratura e constitui ameaça à independência do Judiciário, especialmente sobre a vitaliciedade e a imparcialidade do juiz. É uma tentativa de controle do Judiciário", considera o presidente da AMB, João Ricardo Costa.

Para os magistrados, a leitura do texto "revela, de imediato, uma incompatibilidade entre a origem da PEC, que trata da aposentadoria compulsória, e a competência do Senado que é a de aprovar a indicação pelo Presidente da República para ingresso nos respectivos Tribunais Superiores".

"Não cabe ao Senado aprovar a possibilidade da aposentadoria de ministros, mas somente o acesso aos indicados para os cargos de Tribunais Superiores", argumenta João Ricardo Costa. "Aprovaram uma PEC onde 75% da própria magistratura foi contrária a ela e agora se mostra a verdadeira intenção por trás de tal medida. O Judiciário não pode estar sujeito a nenhum juízo de conveniência", alerta o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu nesta sexta-feira, 21, a reforma política e fez críticas à "cultura" social brasileira, na qual público e privado se misturam. Ele citou comportamentos da sociedade que estariam entre as "causas" da corrupção.

"A classe política é um reflexo de uma sociedade que, ao não distinguir do seu meio o público e o privado, escolhe sem esse critério seus representantes e depois os reprime, legitimamente, mas sem olhar para si", afirmou Cardozo, em evento organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros.

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Segundo o ministro da Justiça, os mesmos que criticam atos da classe política "são aqueles que quando um guarda de trânsito para e quer multar pensam numa 'propininha'". "O mesmo empresário que por vezes protesta, e com razão, dos desmandos dos nossos governantes é aquele que quando chega um fiscal de rendas diz 'bem, como podemos acertar isto?'", criticou Cardozo. "Vivemos numa sociedade que até o síndico de prédio superfatura quando compra o capacho", completou.

Apesar das críticas à sociedade, Cardozo defendeu a punição dura dos que se apropriam do que é público. "O ato de corrupção é execrável", afirmou. "É evidente que temos que punir todos os corruptos, mas temos que atacar frontalmente as causas da corrupção." O ministro disse que o Brasil vem avançando nesta questão, mas está em um "processo de transformação muito dolorido, no qual às vezes é mais fácil (adotar) o maniqueísmo".

Para superar os problemas, de acordo com Cardozo, é preciso avançar na realização de uma reforma política para enfrentar questões sobre financiamento de campanha. "Ou fazemos uma reforma política no Brasil ou continuaremos a conviver com uma mentalidade promíscua nas próximas décadas em relação a financiamento eleitoral e à forma na qual os nossos representantes são eleitos." O ministro disse ser favorável ao financiamento público de campanha.

Presente no mesmo evento, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, também defendeu uma reforma política "que impeça definitivamente a corrupção" e lembrou que a Corte já tem maioria formada para a proibição do financiamento privado de campanhas eleitorais.

Projeto que recebe denúncias da população sobre o atendimento na rede pública de saúde recebeu mais de 900 denúncias em 13 dias de lançamento. A demora para ser atendido, com 58% das reclamações, foi o item mais citado pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Em seguida veio a falta de leitos, com 26% das reclamações.

Chamado Caixa-Preta, o projeto da Associação Médica Brasileira (AMB), quer que o próprio usuário do SUS denuncie quando o sistema não funcionar como previsto em lei. “Nós pedimos que a população envie vídeos e fotos para que possamos fortalecer a denúncia. Faremos balanços mensais para ver se o gestor público está resolvendo o problema ou se a situação está se agravando. Caso necessário, acionaremos o Ministério Público”, disse o presidente da AMB, Florentino Cardoso.

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Os estados que tiveram mais denúncias foram São Paulo (172) e Bahia (83). Alagoas e Acre, com uma denúncia cada, foram os que menos participaram da Caixa-Preta. “A população denunciou demora e falta de atendimento, que não consegue marcar consulta. Basicamente o que todo nós já sabíamo, mas agora é denunciado pelo próprio usuário”, disse Cardoso.

As denúncias podem ser feitas no site http://www.caixapretadasaude.org.br/.

A médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos e se refugiou num primeiro momento no gabinete da bancada do DEM na Câmara dos Deputados, começará a trabalhar nesta quarta-feira (12), na Associação Médica Brasileira (AMB). A médica vai ganhar R$ 3 mil e receberá ajuda da entidade para encontrar uma moradia fixa em Brasília.

Ramona foi contratada para trabalhar na área administrativa como assessora da diretoria da AMB. Segundo nota distribuída pela assessoria do DEM, a médica também pretende atuar ajudando outros médicos cubanos que "estão sendo tratados como escravos e ganhando diferente dos outros profissionais". Ao deixar o programa, a médica alegou que ganhava apenas US$ 400, enquanto os demais profissionais de outras nacionalidades recebem do governo brasileiro R$ 10 mil.

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O DEM informou que a médica terá assegurado os benefícios trabalhistas previstos na legislação brasileira. A cubana manifestou o desejo de fazer a prova de revalidação do diploma médico, o Revalida.

A Associação Médica Brasileira (AMB) chamou de "precária, humilhante e próxima à escravidão" a situação dos médicos de Cuba que vieram ao Brasil com o objetivo de participar do programa Mais Médicos, do governo federal. Depois que a cubana Ramona Matos Rodríguez se refugiou no gabinete da liderança do DEM da Câmara, a AMB decidiu criar uma comissão para acompanhar a situação dos demais profissionais do país no Brasil e assegurar a eles possibilidades legais de tornar viável o asilo político.

Por meio de uma nota divulgada nesta quinta-feira, 6, a AMB disse que prestará toda a assistência a Ramona, que participava do programa em Pacajá (PA). Após o episódio no Congresso, a associação saiu em defesa dela e ofereceu emprego na sede de Brasília. Na segunda-feira, 10, Ramona se reunirá com a diretoria executiva e com o presidente da AMB, Florentino Cardoso, para acertar detalhes da contratação para um cargo na área administrativa. O salário ainda não foi confirmado, mas a AMB destaca que serão respeitados o preço de mercado, bem como todos os direitos trabalhistas.

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A Associação Médica Brasileira (AMB) distribuiu nova ação na Justiça Federal, nesta sexta-feira (02), tendo em vista um possível conflito de competência e jurisdição originado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo promovido pela associação, cobrando explicações do Ministério da Saúde, na pessoa do ministro Alexandre Padilha, sobre os motivos de ter deixado de investir R$ 17 bilhões na saúde.

Em 2012, sobraram R$ 9,01 bilhões de créditos não utilizados. Historicamente, 2% a 3% não são investidos em projetos devido à morosidade e burocracia da máquina pública, mas 9,64% do orçamento aprovado é inaceitável. Do total empenhado, R$ 8,3 bilhões foram inscritos em restos a pagar não processados, porém o Tribunal de Contas da União não sabe onde estão essas contas ou se elas existem.

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“Evitaremos, à guisa da previsão legal, qualquer obstáculo institucional a compelir o ministro a revelar a destinação dos valores inutilizados”, afirma Carlos Michaelis Júnior, advogado da entidade.

A Associação Médica Brasileira (AMB) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação do Programa Mais Médicos. No mandado de segurança, a associação contesta a legalidade do que chamou de "serviço civil obrigatório" - a regra de que estudantes de medicina prestem serviço ao SUS por dois anos. E ataca a contratação de médicos estrangeiros sem validação do diploma e o fato de o programa ser criado por medida provisória.

Como o STF está em recesso, o pedido de liminar será analisado pelo presidente em exercício, Ricardo Lewandowski. O processo será depois distribuído para algum dos ministros da Corte para ser relatado. O mais provável é que a liminar seja negada e que o tribunal julgue o caso em definitivo nos próximos meses.

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Outras ações já foram ajuizadas contra o programa. Numa delas, a Presidência da República terá de prestar informações sobre a legalidade do programa. Em outra, a Advocacia-Geral da União (AGU) terá até a semana que vem para defender a constitucionalidade da medida provisória.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Pernambuco (OAB-PE), Pedro Henrique Reynaldo Alves, vai solicitar ao ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, agilidade na revisão da decisão liminar da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4598). A ação foi requerida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e respalda a deliberação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em reduzir o horário de atendimento ao público, nas comarcas do interior e Região Metropolitana do Recife (RMR).

A Direção da Ordem em Pernambuco entende como equivocada a resolução do TJPE, uma vez que a redução do expediente forense penaliza advogados e sociedade, comprometendo assim o andamento dos processos. “A medida proposta pelo TJPE impõe à sociedade, uma maior dificuldade de acesso aos serviços jurisdicionais”, defendeu o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique.

Ele ressalta, ainda, que a mudança constitui um retrocesso. “Sabemos da escassez de recursos humanos e orçamentários em nossa Justiça estadual, mas não podemos admitir que um serviço tão essencial como o da justiça seja prestado em meio expediente”, destaca.

Vale lembrar que a decisão da Mesa Diretora do TJPE restaura a meia jornada que vigorava até o advento da Resolução 130 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uniformizando o horário de atendimento dos fóruns e tribunais das 09h às 18h. A OAB-PE vai postular junto ao ministro relator Luiz Fux, a manutenção da Resolução 130 do CNJ. “O pleito da OAB-PE vai ao encontro do posicionamento já adotado pelo Conselho Federal da OAB que já se habilitou aos autos na condição de amicus curiae, em defesa da norma do CNJ”, conclui Pedro Henrique.

 

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O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Nelson Calandra, disse hoje, em Curitiba, que a entidade entrou com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a Resolução 135 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pretende regulamentar o processo disciplinar de juízes, por observar nela alguns "absurdos".

O presidente da AMB destacou que a resolução, publicada em 15 de julho no Diário da Justiça, "transforma o CNJ em tribunal" para julgamento de atos de juízes. "Outro absurdo é que ela reduz o prazo de defesa", acrescentou. "Pela lei orgânica da magistratura, que é nacional, é de dez dias, e reduz para cinco, partindo do pressuposto de que Brasília é o Brasil." De acordo com Calandra, em alguns locais do Norte do País, apenas para o juiz se deslocar de barco demora cinco dias. "Portanto, anula completamente a possibilidade de defesa para o magistrado acusado", reforçou.

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Ele disse que a AMB defendeu a constitucionalidade do CNJ no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2004, quando foi criado. "Depois vou querer destruir aquilo que eu mesmo validei?", ponderou. "Aqueles que estão interessados não só em não discutir o que discutimos, mas em ampliar os poderes do CNJ, dizem na mídia que nós estamos querendo destruir o CNJ, retirar competência. Isso é uma mentira."

Questionado sobre a existência de corregedores de tribunais de Justiça respondendo a processos no próprio órgão, Calandra disse que o Brasil não é um "Estado totalitário" e não se pode concordar com "supressão de instância". "Toda a competência do CNJ é exercida sempre de forma revisional, salvo quando o implicado seja o próprio tribunal", salientou. "Num país democrático, quando há impedimento de todo um tribunal, a competência passa para o tribunal que está acima dele, vai para o Superior Tribunal de Justiça, ele processa, julga e, se eu não estiver satisfeito com o veredicto, eu recorro administrativamente ao CNJ ou judicialmente posso reclamar no Supremo."

O presidente da AMB reforçou que, "na magistratura brasileira, 99,80% são absolutamente corretos". "O que é incorreto é um juiz chegar para a imprensa e dizer: há bandidos entre nós", revoltou-se.

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