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O Governo de Pernambuco oferecerá um novo auxílio emergencial para o ciclo carnavalesco de 2022. O anúncio foi feito em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (27), com a presença dos secretários André Longo, de Saúde, Rodrigo Novaes, Turismo e Lazer, e Gilberto Freyre Neto, de Cultura, bem como do presidente da  Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Marcelo Canuto. A medida socorrerá a classe artística local pelo segundo ano consecutivo de pandemia de covid-19.

De acordo com Marcelo Canuto, o governador Paulo Câmara prepara um projeto de lei com a proposta do auxílio, que será enviado à Assembleia Legislativa em caráter de urgência. "Terão direito todos os artistas, grupos e agremiações que participaram do Carnaval entre os anos de 2018, 2019 e 2020. O valor corresponderá a 80% do cachê pago. O valor mínimo a ser pago será de R$ 3 mil reais e o máximo de R$ 30 mil", explica Canuto.

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A expectativa da gestão estadual é investir cerca de R$ 6.350.000 no auxílio, que atingirá aproximadamente 750 beneficiários. "O pagamento do recurso ocorrerá entre 40 e 50 dias depois do lançamento do edital. O governador espera o fim do recesso da Alepe para enviar o projeto", acrescenta Canuto.

Medidas restritivas

O Governo do Estado também anunciou que as medidas restritivas vigentes para realização de eventos serão prorrogadas até o dia 15 de fevereiro. Assim, a capacidade máxima permitida para eventos seguirá sendo de mil pessoas para ambientes fechados e de 3 mil pessoas para festas ao ar livre.

O Plenário da Alepe aprovou, em Primeira e Segunda Discussões, a concessão do Auxílio Emergencial Ciclo Carnavalesco de Pernambuco, destinado a artistas e grupos culturais da tradição pernambucana, em decorrência do cancelamento do Carnaval de 2021 por conta da pandemia de Covid-19. Encaminhado pelo Poder Executivo, o Projeto de Lei (PL) nº 1794/2021 prevê esse pagamento para as áreas de cultura popular, dança e música. O texto votado nesta quinta (25) obteve apoio unânime durante a Reunião Plenária.

O auxílio será equivalente a 60% do último valor recebido pelo artista ou grupo cultural em contratação realizada pela Fundarpe ou Empetur, não podendo ser menor que R$ 3 mil nem superior a R$ 15 mil. Para pleitear o apoio, é preciso ter sido contratado pelo menos uma vez nos últimos três carnavais.

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Três modificações apresentadas por parlamentares ao projeto foram rejeitadas. De autoria do deputado Wanderson Florêncio (PSC), a Emenda n° 1 autorizaria o pagamento mesmo àqueles que estão impedidos de receber verbas da administração pública, enquanto a de nº 2 pretendia tornar o auxílio elegível para quem, mesmo não sendo da tradição carnavalesca, tivesse recebido recursos nos últimos festejos. Já a Emenda nº 3, apresentada pela deputada Priscila Krause (DEM), incluiria as empresas de infraestrutura de eventos no benefício.

Quando a matéria foi discutida, após a leitura e votação dos pareceres das Comissões de Educação e Cultura e de Desenvolvimento Econômico, a deputada Teresa Leitão (PT) sugeriu que o Governo incluísse representantes da sociedade civil na comitiva responsável pela execução da lei. A petista ressaltou que a cadeia produtiva do Carnaval não se restringe aos artistas e grupos culturais, portanto, o auxílio poderia contemplar trabalhadores das equipes técnicas e de produção.

Na mesma linha, a deputada Jô Cavalcanti, titular do mandato coletivo Juntas (PSOL), citou como exemplos os bonequeiros, aderecistas e costureiros que trabalham no Carnaval. Ela frisou, ainda, que a Prefeitura do Recife investirá R$ 4 milhões em seu auxílio, enquanto o Estado estima um investimento menor, de R$ 3 milhões. 

Em resposta, o líder do Governo, Isaltino Nascimento (PSB), assinalou que a Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural já alcançou parte da cadeia produtiva da cultura. “Como os recursos são fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), é necessário estabelecer um foco. Algumas pessoas [que trabalham na produção do Carnaval] não são remuneradas pelo Estado, mas por empresas terceirizadas. Então é muito difícil estabelecer uma regra que atenda todos.”

O segundo turno de votações deu-se em Reunião Extraordinária realizada na sequência da sessão ordinária. Após a deliberação, em discurso no Grande Expediente, o deputado Marcantonio Dourado Filho (PP) parabenizou o Governo do Estado pela medida. “Muita gente depende desse dinheiro para sobreviver e, com a pandemia, ficou sem trabalhar. Nem todos puderam ser contemplados, mas já é uma ajuda”, comentou.

Calamidade Pública

Ainda por conta da pandemia do novo coronavírus, foi acatado, em Primeira Discussão, o Projeto de Decreto Legislativo nº 191/2021, que amplia o reconhecimento do estado de calamidade pública por mais seis meses em 11 municípios – Machados, Cedro, Casinhas, Orobó, Altinho, Araripina, Ipubi, Pombos, Mirandiba, Ouricuri e São José do Belmonte –, os únicos que ainda não haviam solicitado a prorrogação à Alepe.

Os decretos são de autoria da Mesa Diretora da Casa. O reconhecimento da situação desobriga os gestores públicos de cumprir metas fiscais, bem como de ter limites para despesas com pessoal, empenho e endividamento estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Autorização para empréstimo

Também em Primeira Discussão, foi aprovado o PL nº 1777/2021, que autoriza o Governo de Pernambuco a tomar empréstimos no valor de até R$ 1 bilhão junto a instituições financeiras nacionais. Em audiência pública promovida, nesta semana, pelas Comissões de Justiça (CCLJ), de Finanças e de Administração Pública, o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, explicou que a maior parte desses recursos será aplicada em obras de estradas e aeródromos.

A aprovação da matéria cumpre alguns de uma série de requisitos para obter o financiamento. É necessária, ainda, a reclassificação da Capacidade de Pagamento (Capag) do Estado para contrair empréstimos com aval da União, devendo passar da categoria C para a B. A mudança foi solicitada pelo Poder Executivo ao Ministério da Economia em janeiro deste ano, informou Rebêlo na ocasião.

Ao apresentar, em Plenário, o parecer da Comissão de Desenvolvimento Econômico, o presidente do colegiado, deputado Delegado Erick Lessa (PP), avaliou que o PL 1777 traz expectativas positivas aos pernambucanos. “O empréstimo pode significar bastantes recursos para a aplicação em obras estruturantes”, disse.

A proposta foi aprovada por unanimidade. Ao discuti-la, Tony Gel (MDB) considerou que a mudança na Capag foi conseguida graças ao esforço do Governo Estadual para equilibrar as contas públicas. “A pandemia gerou um gasto não previsto de R$ 900 milhões e diminuiu a arrecadação. Mesmo assim, o Estado teve um superávit em 2020 acima de R$ 1 bilhão, manteve a folha de pagamento em dia e investiu além do piso em educação e saúde. Agora poderá buscar empréstimos para direcionar à infraestrutura, sobretudo de estradas”, comemorou.

Fura-filas da vacina

Ainda em primeiro turno, o Plenário deu aval à proposta que prevê a aplicação de multas administrativas – entre R$ 10 mil e R$ 100 mil – a pessoas ou empresas que fraudarem a ordem de preferência nas campanhas de imunização realizadas em Pernambuco. A penalidade está prevista nos Projetos de Lei nºs 1734/2021 e 1749/2021, reunidos em um substitutivo elaborado pela CCLJ. As matérias originais foram apresentadas, respectivamente, pelos deputados Clodoaldo Magalhães (PSB) e Delegada Gleide Ângelo (PSB).

Segundo o texto, o valor da multa será estabelecido com base nas circunstâncias do ato e nas condições financeiras do infrator. O montante poderá ser em dobro se o transgressor da norma for funcionário ou servidor público; se o caso ocorrer em períodos de calamidade; ou se for constatada reincidência da prática. Os recursos arrecadados deverão ser destinados ao Fundo Estadual de Saúde (FES). Caberá, ainda, responsabilização nas esferas cível e penal.

Durante a Reunião Plenária, Gleide Ângelo frisou que a proposta vai além da situação verificada durante a pandemia de Covid-19, aplicando-se, ainda, a futuras campanhas de vacinação.

Confira todas as proposições discutidas na Ordem do Dia

Institucional

Ainda na reunião desta quinta, o presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), convocou os parlamentares a realizarem um minuto de silêncio em homenagem ao empresário Domingos da Silva Moreira e ao ex-vereador do Recife Erivaldo da Silva. Ambos faleceram em decorrência da Covid-19.

Medeiros também recebeu pessoalmente, durante o encontro, o convite para a posse do novo presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), o desembargador federal Edilson Nobre. Além dele, o desembargador Élio Siqueira, que será empossado corregedor-regional, acompanhou a visita.

Conforme explicou Nobre, devido à pandemia, a cerimônia do dia 29 de março ocorrerá por videoconferência. “Temos muito respeito pela instituição que os senhores representam. Nosso objetivo é nos aproximar cada vez mais dos outros órgãos e cumprir o papel de representar o povo pernambucano com seriedade, transparência e dedicação”, disse o presidente da Alepe ao desembargador federal.

*Da Alepe

A partir da próxima segunda-feira (22), cerca de 160 agremiações e 900 atrações artísticas - entre cantores, bandas, orquestras e grupos de dança - aptas a receber o Auxílio Municipal Emergencial (AME) poderão realizar as inscrições até o dia 9 de março, pela internet.

O AME vai assegurar R$ 4 milhões para amparar a cadeia produtiva e criativa do ciclo carnavalesco da cidade, impactada pela suspensão do Carnaval por conta da pandemia da Covid-19. 

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A Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura do Recife publicaram o extrato com os termos gerais do auxílio neste sábado (20), no Diário Oficial do Recife. A Chamada Pública com o detalhamento das informações está disponível no site da Cultura do município.

Segundo a Prefeitura do Recife, a divulgação das inscrições validadas está prevista para o dia 20 de março, com a publicação do resultado final no dia 30 de março - após prazo para apresentação e avaliação de eventuais recursos.

O AME equivale a 50% do valor máximo unitário de cachê, para atrações artísticas, ou 50% da subvenção, para agremiações, tendo por base o Carnaval de 2020, respeitando um teto de R$ 10 mil para cada pagamento. Nenhuma contrapartida obrigatória será exigida aos contemplados pelos recursos.

Para possível contemplação, as agremiações e atrações artísticas precisam estar sediadas no Recife e ter integrado a programação oficial do Carnaval 2020, promovido pela capital pernambucana. 

A PCR confirma que durante o período de inscrições irá funcionar um atendimento presencial extraordinário no térreo do prédio da prefeitura para pessoas com deficiência ou que não puderem realizar a solicitação pelo site. Para isso, será necessário o agendamento através dos telefones: (81) 3355-8582 e (81) 3355-9013, das 9h às 17h. 

Artistas e produtores têm até 31 de outubro para participar do processo de contratação para os ciclos festivos da cidade do Recife. Pela primeira vez, a Prefeitura do município lança edital unificado, que contempla propostas artísticas para o Natal 2017, Carnaval e São João 2018.

As inscrições devem ser feitas através do site. Cada proponente receberá informações sobre data e local para entrega presencial, da documentação exigida, que terá o prazo máximo de cinco dias.

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 “Nessa convocatória, habilitaremos separadamente os artistas/produtores de seus respectivos projetos. Assim, um mesmo artista ou produtor não precisa entregar sua documentação jurídica mais de uma vez”, explica Diego Rocha, presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

As próximas etapas da convocatória são: No dia 16 de novembro, serão divulgados os artistas habilitados para os três ciclos, que terão onze dias para entregar os projetos. Em dezembro, serão anunciadas as propostas artísticas habilitadas para os ciclos natalino e carnavalesco.

Em 2018, entre os dias 2 e 19 de abril, haverá a entrega de propostas artísticas para o Ciclo Junino e, no dia 11 de maio, serão publicadas as propostas habilitadas. Os projetos serão avaliados por uma comissão formada por representantes da Prefeitura do Recife e do Conselho Municipal de Política Cultural.

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