Tópicos | Cohab

O deputado estadual Antonio Coelho e a vereadora Maria Helena, de Petrolina, participaram, na manhã desta quarta-feira (12), de uma audiência com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueiredo.

O encontro – que também contou com a presença do desembargador corregedor Geral da Justiça, Ricardo Paes Barreto – teve como propósito solicitar ao magistrado uma maior celeridade no julgamento dos processos referentes ao seguro das residências da antiga Companhia de Habitação Popular (Cohab).

##RECOMENDA##

Em Petrolina, mais de 3 mil famílias aguardam essa indenização a que têm direito sobre seus imóveis, todavia, a dificuldade atinge usuários de todo o estado.  Essa é uma luta antiga que vem sendo enfrentada por milhares de pernambucanos, os quais adquiriram imóveis através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), no final dos anos 80, e que apresentaram graves falhas de construção no decorrer dos anos.

"O pagamento das indenizações é um justo alívio e conforto para as famílias que estão envelhecendo, e outras até morrendo, sem ver realizado o seu sonho a que tem direito. Em Petrolina, por exemplo, há habitações da Cohab construídas há cerca de 60 anos e as famílias seguem esperando esse ressarcimento. Então, o nosso pedido ao desembargador Luiz Carlos foi no sentido de que ele possa ajudar, junto aos juízes competentes, a dar agilidade aos referidos processos", relatou a vereadora Maria Helena, que saiu animada do encontro diante da sensibilidade e do interesse demonstrados pelo magistrado à pauta apresentada.

O deputado Antonio Coelho também destacou a importância da visita ao presidente do TJPE e reforçou a necessidade de se resolver essa pendência, que está parada na Justiça e se arrasta há vários anos.

“Vamos continuar acompanhando de perto e cobrando. Tenho a certeza do comprometimento dos órgãos competentes nessa causa. Torço para que, muito em breve, possamos dar a boa notícia sobre o seguro das residências para tantas famílias ainda não indenizadas”, sublinhou o parlamentar, agradecendo, em seguida, a disposição do magistrado em ajudar a solucionar essa demanda urgente de muitas famílias pernambucanas.

*Da assessoria 

Entre os dias 23 e 29 de maio, o Recife terá vacinação itinerante contra a Covid-19, sem necessidade de agendamento, em 25 locais das zonas Sul e Oeste da cidade. Os bairros contemplados pela campanha de imunização são Cohab, Afogados, Cordeiro, São José e Nova Descoberta.

A partir desta segunda-feira (23), trabalhadores da Secretaria de Saúde do município vão realizar busca ativa das crianças entre cinco e 11 anos e de pessoas a partir de 12 anos que estão dentro do perfil para receber a primeira dose da vacina ou aqueles que estão no prazo para a segunda dose, os que estão com doses atrasadas ou que já podem tomar a primeira ou segunda dose de reforço.

##RECOMENDA##

Durante as atividades, as equipes da secretaria fazem o cadastro das pessoas no Conecta Recife e realizam a aplicação da dose na mesma hora. Para receber a vacina, os moradores precisam ter um documento de identificação com foto e um comprovante de residência. Caso não possua este último, ou o certificado de domicílio eleitoral, é possível utilizar uma autodeclaração de moradia, elaborada especificamente para esta ação.

Confira a programação completa:

VACINAÇÃO 12+ E INFANTIL:

SEGUNDA-FEIRA (23)

• USF Alto da Bela Vista: Rua Dermeval Lobão, 672, Ibura (das 8h às 15h)

TERÇA-FEIRA (24)

• USF Rio da Prata: Rua Rio da Prata, 455, Ibura (das 8h às 15h)

QUARTA-FEIRA (25)

• Comunidade Nossa Senhora: Rua 19 de Abril, s/n, Poço da Panela (das 8h às 12h)

• Associação dos moradores do Alto Antônio Félix: Rua Antônio Félix, 105, Nova Descoberta (das 8h às 13h)

• USF Lagoa Encantada: Rua Dr. Benigno Jordão de Vasconcelos, s/n, Cohab (das 8h às 15h)

QUINTA-FEIRA (26)

• Comunidade Vasco da Gama: Avenida Vereador Otacílio Azevedo, 1000, Vasco da Gama (ponto de referência: ao lado da delegacia do bairro) (das 8h às 13h)

• USF Parque dos Milagres: Rua Cantora Clara Nunes, s/n, Barro (das 8h às 15h)

SEXTA-FEIRA (27)

• Mercado da Encruzilhada: Rua Dr. José Maria, 200, Encruzilhada (das 8h às 16h)

• Comunidade do Córrego do Euclides: Largo Córrego do Euclides, s/n, Córrego do Euclides (ponto de referência: próximo à Padaria Tropical) (das 8h às 13h)

SÁBADO (28)

• Mercado da Encruzilhada: Rua Dr. José Maria, 200, Encruzilhada (das 8h às 16h)

• Mercado de Casa Amarela: Rua Padre Lemos, 94, Casa Amarela (das 8h às 12h)

• Comunidade Vasco da Gama: Rua Vasco da Gama, 503, Vasco da Gama (ponto de referência: salão da Paróquia São Sebastião) (das 8h às 13h)

• Comunidade Água Viva: Rua Major Silva Castro, 84, Jordão Baixo (das 8h às 15h)

DOMINGO (29)

• Policlínica Salomão Kelner: Estrada Velha de Água Fria, 1652, Água Fria (das 8h às 16h)

• USF UR-02: Avenida Santa Fé, 240, Cohab (das 8h às 15h)

VACINAÇÃO EXCLUSIVAMENTE 12+:

TERÇA-FEIRA (24)

• Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano: Av. Desembargador Guerra Barreto, s/n, Ilha Joana Bezerra (das 8h às 14h)

• Comunidade Escorregou Tá Dentro: Avenida Maurício de Nassau, s/n, Cordeiro (ponto de referência: Habitacional Alfredo Martins) (das 8h às 12h)

• Instituto Solidare: Rua Alcântara, 170, Coqueiral (das 9h às 15h)

QUARTA-FEIRA (25)

• Associação de Moradores da Travessa do Gusmão e Sérgio Loreto: Travessa do Gusmão, 91, São José (das 8h às 13h)

SÁBADO (28)

• UBT José Dustan: Avenida Maurício de Nassau, s/n, Iputinga (das 8h às 16h)

DOMINGO (29)

• Creche Municipal Paulo Guerra: Rua Engenho Canto Alegre, 123, Imbiribeira (das 8h às 15h)

VACINAÇÃO EXCLUSIVAMENTE INFANTIL:

SÁBADO (28)

• USF Coelhos II: Rua Dr. José Mariano, 699, Coelhos (das 8h às 16h)

• Comunidade Souza Luna: Rua Aprígio Alves, 32, Afogados (ponto de referência: Igreja de Deus Missão da Paz) (das 8h às 15h)

• Escola Municipal Abílio Gomes: Rua Bruno Veloso, s/n, Boa Viagem (das 8h às 15h)

DOMINGO (29)

• USF São José do Coque: Avenida Central, 10, Ilha Joana Bezerra (das 8h às 16h)

Um novo programa habitacional deve garantir moradia para mais de 10 mil famílias na cidade de São Paulo. A prefeitura lançou, na última terça-feira (17), o "Pode Entrar". A iniciativa promete facilitar o acesso de grupos familiares com renda bruta de até três salários mínimos ao financiamento para aquisição de imóveis populares. Além de atender paulistanos que não tenham acesso aos subsídios do crédito imobiliário, o programa beneficiará aqueles que não foram mais respaldados pelo Governo Federal em 2019, classificados como “Faixa 1” pelo plano "Minha Casa, Minha Vida" e famílias com renda de até seis salários mínimos. Esta categoria pode ter auxílio de até R$ 40 mil, via de Carta de Crédito.

O projeto teve andamento a partir da alteração da Lei do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb), sancionada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB-SP) em outubro. Antes, a norma ordenava que os repasses do fundo para a habitação fossem utilizados de forma exclusiva para a compra de terrenos. Com a mudança, o Fundurb permite que a cidade invista os recursos na construção de unidades habitacionais. Somada à construção de moradias populares, a iniciativa tem como objetivo a reabilitação de imóveis como prédios localizados no Centro de São Paulo.

##RECOMENDA##

O investimento na fase inicial do programa é de mais de R$ 1 bilhão no ano de 2020, com recursos do município (Fundurb: R$ 499 milhões + Investimentos das Operações Urbanas: por volta de R$ 404 milhões) e operações de crédito de bancos nacionais (cerca de R$ 170 milhões). Na organização do modelo, a distribuição dos recursos ficou dividida por modalidade. Dos imóveis, 40% serão destinados aos cadastrados pela Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab) e famílias removidas de áreas de risco ou intervenções públicas como reintegrações de posse. Outros 40% serão direcionados aos empreendimentos organizados por entidades sociais. Os 20% restantes vão para imóveis de locação social ou carta de crédito. Dentro de cada segmento do “Pode Entrar”, o programa assegura 5% das unidades construídas para Pessoas Com Deficiência (PCD), 5% para pessoas idosas e 5% para mulheres atendidas por medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.

As primeiras obras do novo programa estão agendadas para fevereiro de 2020 em todas as regiões da capital paulista.

O bairro de Muribeca, localizado em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, era uma comunidade pulsante. Vibrava cultura, harmonia e encontros pelos becos dos 70 prédios do Conjunto Habitacional Muribeca, que nos anos 80 deu origem e sentido a todo o bairro. Hoje, o coração da comunidade parece estar fraco, batendo apenas com a ajuda de alguns moradores que resistem e tentam ressignificar o local que agora se encontra em meio ao êxodo provocado pela condenação dos mais de 2.000 apartamentos, e a retirada dos seus moradores.

O Conjunto Muribeca faz parte das milhares de habitações construídas nos anos 80, financiadas pelo Banco Nacional de Habitação (BNH), integrando parte de um projeto do Governo Federal, na época, para facilitar o acesso às moradias populares pelas pessoas mais carentes. Um projeto que foi replicado em várias cidades do Brasil.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A já extinta Companhia de Habitação Popular do Estado de Pernambuco (COHAB-PE) era a responsável pela construção e entrega local das moradias. No Estado, segundo confirmado pela Pernambuco Participações (Perpart), hoje responsável pelas demandas da COHAB, foram construídos 750 prédios "tipo caixão" para as pessoas carentes que acessaram essa iniciativa Federal; todos na Região Metropolitana. A construção ficou assim dividida: 28 no Recife, 260 em Paulista e 462 desses prédios erguidos no município de Jaboatão dos Guararapes.

Do total de "prédios caixão" - uma construção em alvenaria que se tornaram muito comuns no Brasil a partir de 1970 - entregues em Jaboatão, 70 representavam o Residencial Muribeca, que foi entregue aos seus compradores em 1982.

No entanto, exatos quatro anos após a entrega dos imóveis, alguns moradores se viram numa situação complicada: terem que sair de suas moradias recém adquiridas por conta de problemas estruturais, os chamados "vícios de construção" que acabaram condenando alguns apartamentos; o que mais tarde se repetiu por vários blocos do residencial.

A desocupação aconteceu de forma "parcelada", tendo a primeira desocupação obrigatória acontecido 1986. Neste ano, o bloco 10 da quadra 3, conhecido como “balança, mas não cai”, foi interditado e em seguida demolido.

Em 2005, 19 anos depois da primeira interdição, mais uma desocupação em massa aconteceu. A partir daí, cada vez mais moradores tiveram que sair de suas residências, deixando para trás toda uma vida construída dentro e fora das paredes de seus apartamentos. Foi o ano em que 100% dos blocos foram desocupados e o bairro que crescia começou a regredir e se resumir em abandono - se transformando numa “cidade fantasma”.

Comerciante, filha de uma das primeiras moradoras do Conjunto Muribeca, Eulina Felix, 60 anos, hoje residindo no Ibura, Zona Sul do Recife, lamenta a situação em que vive o seu bairro de infância. “A gente tem até medo de ficar por aqui. Nos feriados, por exemplo, a gente não abre o comércio porque não confiamos mais na segurança”, salienta.

Dona de uma loja de costura em Muribeca, Eulina sente na pele a diminuição de pessoas ao seu redor e, consequentemente, do trabalho. “As pessoas foram embora. Vamos trabalhar pra quem? A gente vive aqui pedindo a Deus uma solução para esse bairro. Ficamos triste porque somos pessoas iguais a todo mundo, e porque nossa cidade está assim? Estamos abandonados”, reclama.

Exercendo o papel como uma das líderes comunitárias da região, Rosa Maria da Silva, mesmo não tendo morado no Conjunto Muribeca, lamenta pela situação. “É algo muito difícil porque tem gente que chegou em Muribeca com filho pequeno, constituíram família e uma história aqui dentro, quando de repente se viram nesse beco sem saída”.

O sentimento de resistência e esperança de que conseguirão sair vitoriosos dessa batalha judicial é demonstrado por cada morador. Mas o que parece imperar em muitos desses é o sentimento do medo de morrer antes de ter um teto para chamar de seu novamente.

“Eu saí do Rio de Janeiro e escolhi esse lugar para viver até a morte.  De repente, já na velhice, me encontro com uma mão na frente e outra atrás, saindo do que era meu, para morar no que é dos outros” relata Maria José dos Santos, 60 anos. A dona de casa recorda a forma de abordagem da Defesa Civil, na época. “Fomos tratados como bichos e invasores. Muita gente aqui dentro passou mal, morreu e quem ainda vive está com a saúde ruim por conta de tudo o que aconteceu”.

Maria José foi uma das pessoas que resistiram inicialmente a ordem de despejo e, segundo afirma, só saiu após muita insistência de seu marido e do filho que não queriam mais passar pelas humilhações. Lembra que, na época, se juntou com outros moradores e foram até a justiça para conversar sobre a situação.

“A juíza nos recebeu e disse que ninguém iria mais sair e que o problema seria resolvido", o que não aconteceu. Depois de um tempo foi a vez de um engenheiro ir até o apartamento da Maria José, pedindo novamente para que a moradora e seus familiares saíssem do imóvel para que pudesse ser feito uma nova perícia. "Depois disso eu recebi a ordem de despejo e tive que deixar o apartamento contra a minha vontade”, afirma.

Maria, Rosa e Eulina são pessoas que estão com a idade avançada, assim como dona Ruth Almeida, que diz já ter perdido a esperança de voltar para a “nova Muribeca” e luta para que pelo menos consiga receber a indenização da moradia que tem direito. “Eu não tenho mais idade para esperar que eles façam as novas moradias. Estou com 75 anos e quero antes de morrer conseguir comprar minha casa e descansar em paz, não aguento mais essa situação”.

Há 13 anos que os moradores lesados esperam pela reconstrução do Habitacional Muribeca e/ou pagamento do seguro para que possam adquirir um novo lar. Toda essa dificuldade deixou a marca da incerteza de um futuro seguro para os velhos e novos, pais e filhos de Muribeca. Assim como teme Dona Ruth, dezenas de pessoas morreram sem reaver suas moradias.

Não é por falta de divulgação da realidade dos que, um dia, tiveram Muribeca plenamente como o seu lar, que o problema foi por completo solucionado. Filmes e poesias já foram feitos no (e para o) bairro, ultrapassando até as fronteiras do Brasil. No entanto, parece que tanta visibilidade da situação calamitosa que vive os antigos e resistentes moradores do bairro não tem feito com que todos os órgãos envolvidos consigam entrar num consenso e resolver a problemática.

O imbróglio judicial do Habitacional Muribeca corre hoje na 5ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco. São ao todo cinco processos e nenhuma perspectiva de quando tudo será solucionado.  

Em 2012, a Presidenta Dilma Rousseff, em visita à Pernambuco para a promoção do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2), havia afirmado, juntamente com o Governador Eduardo Campos, que a resolução do problema de Muribeca deveria ser prioritário para a Caixa, que naquele momento não deveria discutir o “mérito” do problema e, sim, tentar auxiliar as pessoas que moravam nos apartamentos condenados. Mas nada foi feito.

Com a desabitação dos prédios, os moradores conseguiram perante a justiça a garantia do pagamento do auxílio moradia no valor de R$ 920, pagos pela Caixa Econômica Federal (CEF), que assumiu o conjunto com o fim do Banco Nacional de Habitação. Em resposta ao LeiaJá, a Caixa afirma que “já se posicionou no referido processo e está aguardando a decisão judicial".

Especulação Imobiliária

Luiz Cláudio, integrante do movimento Somos Todos Muribeca, acredita que o que está acontecendo com o bairro seja parte de uma especulação imobiliária. “Nós aqui estamos a cinco minutos da BR que dá acesso a Suape (Cabo de Santo Agostinho), acesso a praia, ao shopping. A gente está sofrendo o poder dessa especulação que tenta fazer um êxodo na comunidade e o poder público não faz o que deveria fazer”.

Lula, como é conhecido dentro da comunidade, informa que em boa parte do processo os moradores foram julgados, sentenciados e condenados sem participar das ações. “O Somos Todos Muribeca tentou colocar um advogado popular para acompanhar todo o processo como conselheiro do caso, mas a justiça não permitiu”, conta Lula.

Ele afirma que até pouco tempo a comunidade só sabia dos fatos quando tudo já estava determinado, e sem a participação popular. “Uma coisa importante que devemos pontuar aqui é que para além das moradias não existe projeto algum para os comerciantes da área. Toda a comunidade precisa de um comércio e aqui não se está fazendo nada para isso. Nós já entramos em contato com a prefeitura, mostramos algumas áreas que poderia ser construída uma alameda de comércio para atender a comunidade e eles dizem que não podem (fazer)”, diz.

Quem continua em Muribeca, resiste pela esperança de encontrar essa comunidade mais uma vez sendo habitada e desfrutada por aqueles que um dia derramaram o suor do rosto para conseguir realizar o sonho da casa própria.

Moradores da Cohab I, em Garanhuns, no Agreste do Estado, se juntam neste sábado (28), para trabalhar na construção da primeira quadra poliesportiva da comunidade. O projeto da ONG love.fútbol, conta com patrocínio da Ferreira Costa, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, e com parceria do Lar da Criança Santa Maria.

O projeto tem como objetivos garantir o acesso ao esporte para crianças e jovens e, principalmente, promover a convivência e o desenvolvimento de pessoas e suas comunidades. A love.fútbol trabalha lado a lado com os moradores, atuando como um facilitador. "Nós mapeamos grupos esportivos e culturais, formais ou informais, e instituições locais, identificamos os talentos e lideranças dentro da própria comunidade e co-criamos uma comissão local, que será responsável pela manutenção e sustentabilidade do espaço. Mais do que beneficiados, os moradores são os verdadeiros protagonistas do projeto", explica o Diretor de Operações da organização, Mano Silva.

##RECOMENDA##

Este é o quinto projeto da organização em Pernambuco e o primeiro em  um município fora da Região Metropolitana do Recife. No primeiro mutirão, os voluntários da comunidade irão preparar o terreno para receber o piso da nova quadra. No segundo, previsto para maio, a comunidade irá colaborar com a instalação da superfície de concreto da quadra. Já no terceiro momento de engajamento coletivo, no mês de junho, haverá pintura do espaço e plantio de árvores no entorno da nova área de lazer, preparando o local para a inauguração, programada para 30 de junho.

“Não é apenas fornecer o material para construção da quadra, vai muito além disso. É a transformação e o incentivo à capacitação, construindo novas habilidades e inspirando sonhos nas pessoas que fazem parte da comunidade. Estamos levando conhecimento e queremos ser agentes transformadores na vida das pessoas. É uma grande parceria que, além de promover o acesso ao esporte, dá a comunidade o senso de integração e melhora o convívio além de um espaço com condições para realizar outros tipos de eventos”. Complementa Flávia Chiba, gerente de Marketing Corporativo da Ferreira Costa.

A comunidade Cohab 1 foi inaugurada em fevereiro de 1968 pela então Companhia de Habitação de Pernambuco. O espaço onde o projeto será desenvolvido surgiu com a chegada dos moradores, que passaram a utilizar o terreno para a prática do futebol amador. Atualmente, 915 famílias vivem na localidade e a estimativa é que cerca de 1.200 crianças e jovens da Cohab 1 e de outras comunidades do entorno utilizarão o espaço.

O terreno do projeto foi cedido pela prefeitura municipal de Garanhuns para a construção do espaço esportivo que será gerido em parceria com a população por um período de 20 anos. Como forma de assegurar a manutenção e o uso dos campos e quadras ao longo do tempo, a love.fútbol desenvolve planos de sustentabilidade em conjunto com as comunidades. Os planos são aplicados pela Rede de Vizinho formadas durante os projetos e têm acompanhamento periódico da organização.

Da assessoria de imprensa

Elas botaram a mão na massa, passaram por cima de barreiras sociais históricas e conquistaram a tão sonhada casa própria. Há 24 anos, um grupo de 78 mulheres atuou em regime de mutirão durante o ano de 1994 para a edificação de casas que seriam posteriormente habitadas por elas e suas famílias. O resultado de todo esforço e união feminina foi o surgimento da Vila das Mulheres Pedreiras, comunidade localizada no bairro de Peixinhos, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.

Em um ambiente predominantemente masculino, pedreiras, ferreiras, pintoras, azulejistas, ceramistas e eletricistas ganharam espaço. Profissões tradicionalmente ocupadas e coordenadas por homens também são serviços de mulheres. Em 1992, o Projeto Mulher Constrói, em que mulheres seriam as responsáveis por construir suas próprias casas enquanto os maridos tomavam conta dos filhos, foi criado pela Federação das Mulheres Pernambucanas (FMP), em convênio com a Companhia de Habitação Popular de Pernambuco (Cohab), atual Cehab. Para dar seguimento à iniciativa foram realizados cursos de construção civil direcionados à mulher.

##RECOMENDA##

Na época em que conheceu o projeto, Márcia Durack, 55, trabalhava como vendedora de perfume e morava com o marido e oito filhos em uma casa com dois vãos, em Água Fria, Olinda. Ela lembra que de todos os seus sonhos, ter uma casa era o principal por causa das inúmeras humilhações sofridas. A notícia mais feliz de sua vida chegou aos seus ouvidos no dia 8 de março de 1994. No Dia Internacional da Mulher, a Cehab realizou o sorteio das mulheres que receberiam a oportunidade de trabalhar no projeto. Entre as 200 inscritas, foram contempladas 78. A prioridade era beneficiar mães e chefes de família que viviam em áreas de risco.

Pioneira e promissora, Márcia adquiriu conhecimento na área de construção e se tornou ferreira e tratorista. Uma das primeiras da vila onde homens praticamente não tinham espaço. Durante a obra, ela era responsável por coordenar uma equipe com 16 ferreiras. ”Muitas nem acreditavam que o projeto sairia do papel porque era algo tão distante ter um lar só nosso. Mulheres, dos mais variados bairros lutaram. Essa unidade e luta fez com que a gente chegasse até aqui. A nossa visão é o que nos uniu”, contou a ferreira.

 A ferreira Márcia Durack mostra a fotografia de quando era tratorista na obra que levantou sua própria casa. (Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

O governo de Pernambuco cedeu o terreno, que precisou ser aterrado porque era mangue. Após a primeira etapa, as casas seriam construídas e cada uma teria 44m², com seis cômodos. A área total era de 2,2 hectares. “Quando começou o processo de vim ver o campo, as mulheres vinham de caminhão, na expectativa do que seria essa casa. O sindicato enviou o ferreiro seu Cláudio. Na época, o governador Joaquim Francisco, um homem culto, acreditou no nosso potencial. Ele liberou materiais e os homens profissionais para nos ensinar. Eles nos ensinaram como era o procedimento prático. As mulheres eram mais assíduas, elas não se atrasavam, participavam de tudo. Os homens nem sempre vinham ensinar”, relembrou Márcia.

Tijolo por tijolo, ferragem cortada e devidamente colocada na base, piso feito e aos poucos as casas da Vila das Pedreiras iam surgindo. Mas, como elas dependiam do material enviado pelo gestão estadual, as dificuldades foram muitas porque o material de construção sempre acabava ou era alvo de roubo. E as casas ficavam mais distantes. “Fomos várias vezes à Cohab buscar material porque o projeto estava parado e tinham mulheres desesperadas sem ter onde dormir”, disse.

Além das dificuldades com os materiais, as mulheres pedreiras também não eram aceitas pelos seus maridos e por homens que caçoavam delas porque, para eles, não sabiam nem segurar uma pá e cavar uma base. “Meu marido não acreditava em mim, dizia que eu estava botando chifre nele. Quando me viu no jornal, tomou consciência do que eu estava fazendo isso pela família. Eu sofri muito com isso”, relembrou Márcia.

À época, para a presidenta da Federação de Mulheres de Pernambuco, Edna Costa, a vila representava uma conquista para quem não tinha emprego e ainda vivia de aluguel ou nas ruas. Para Márcia, o que foi feito na Vila das Pedreiras deveria se repetir em outros regiões. “A gente é um pedacinho geográfico que fez um diferencial tão grande. Eu trabalhei como tratorista, também. Eu via os homens mexendo no trator e eu também queria fazer aquilo, achava legal e sabia que tinha potencial. Certo dia, um deles me deixou subir para fazer o transporte do material. Nos primeiros dias derrubei uma das guaritas, mas depois aprendi corretamente”.

No dia 31 de dezembro de 1994, o sonho da ferreira de Peixinhos se tornou realidade. Ela finalmente se mudou para sua casa, onde vive até hoje com a família. "Foi um sonho quando a gente entrou. Ainda lembro da primeira noite que passei aqui. Apesar de simples, eu sabia que era minha e que nunca mais seria humilhada".  Em 2018, Márcia relembra os anos de luta e muito trabalho duro, de domingo a domingo para erguer seu teto. Talentosa e uma líder com qualidades ímpares, a ferreira não seguiu carreira após a construção de sua casa.

O preconceito por ocupar uma profissão “de homem” prejudicou a continuidade no ramo da construção civil. “Eu queria continuar como tratorista, mas nunca tive oportunidade. Minha filha seguiu meus passos e é assentadora de cerâmica e hoje em dia o problema continua o mesmo. Ela é muito boa, tem experiência, mas esbarra no mesmo rótulo de ser frágil”, disse. Hoje, ela trabalha como vendedora e se orgulha dos filhos. Segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), de 2008 até 2016, o número de mulheres cresceu de 22 mil para 30 mil no ramo da construção civil, mas ainda representam apenas 0,7% do total quando comparados ao número de homens no setor.

 Marinalva queria ter seguido a profissão no ramo da construção civil, mas desistiu depois da falta de oportunidades na área por ser mulher (Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

Marinalva Oliveira da Silva, 52, natural de Alagoas, precisou vir morar no Recife junto com sua filha por questões pessoais do marido. Após alguns anos na cidade, tiveram mais três crianças e pouco tempo depois, ele a abandonou. Ela foi morar embaixo do Viaduto Tancredo Neves, na Zona Sul da capital pernambucana, e conseguiu um emprego de auxiliar nos serviços gerais do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon).

“Na época, Ducilene era a presidente do sindicato da construção civil e me prometeu uma casa. De primeiro, ela me levou para morar dentro do sindicato para eu sair da rua com meus filhos. Depois, me informou que eu podia participar do projeto e ganhar uma casa”, contou Marinalva.

Na década de 1990, a auxiliar de serviços gerais teve o primeiro contato com o canteiro de obras. Também foi uma das sorteadas no Projeto Mulher Constrói. Trabalhava como ajudante de pedreiro e na alvenaria assentando os tijolos. “Eu tinha muita dificuldade, eram quatro crianças para alimentar, sem ter condições de pagar aluguel de uma casa. A escolha era comer ou morar em um lar”.

[@#video#@]

A Vila das Pedreiras foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1996, como um dos modelos de solução para o déficit habitacional do mundo. Cada rua da vila recebe o nome das principais mulheres em homenagem à luta delas na redução do déficit habitacional de Pernambuco. A Rua Tereza Sabino é uma das mais importantes. Ela foi uma das mais ativas na luta pelo direito à moradia. Márcia revela uma das explicações sobre como o projeto nasceu. “No Alto do Mandú, Tereza se reuniu com outras mulheres e invadiu um terreno, mas a polícia foi cruel. Talvez as pessoas digam que invadir a terra dos outros não é justo, mas pra quem não tem como pagar um aluguel e precisa alimentar o filho, essa é a escolha. Por causa dessas ações, a Federação da Mulher Pernambucana criou o projeto”, explicou.

Juntas, as mulheres fundaram a Associação de Mulheres da Vila das Mulheres Pedreiras no intuito de oferecer cursos, palestras e outras atividades a outras mulheres da comunidade. O local, no entanto, está fechado por causa da falta de verba. A atual presidente da associação, Cristiane Gomes, diz que os problemas estruturais impedem o funcionamento da casa, também levantada pelas mulheres da vila.

 Cristiane, Marinalva e Márcia seguem na espera do título de posse de todas as casas da Vila das Pedreiras (Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

Atualmente, a comunidade conta com 138 casas. Dessas, 78 são das mulheres que trabalharam na obra em 1994. As outras 60 casas pertencem a homens pedreiros. Na época, também estavam em construção as residências dos pedreiros sem teto, cujo regime se equiparava ao das mulheres pedreiras.

O déficit habitacional brasileiro atingiu a marca de 7,7 milhões de domicílios, o terceiro pior índice da história, segundo um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado em 2017. Na Região Metropolitana do Recife, o déficit é de 108 mil unidades. Só na capital pernambucana são 280 mil pessoas sofrendo com a falta de moradias adequadas. Os dados foram divulgados pela ONG Habitat para a Humanidade Brasil.

Após 24 anos, este Dia das Mulheres não deve ser celebrado. Apesar de todo reconhecimento e notoriedade das mulheres da Vila das Pedreiras, o título de posse das casas nunca chegou a mão de nenhuma delas. É como se elas não fossem as verdadeiras donas dos imóveis que construíram com suor, dedicação e luta. Há anos, as líderes comunitárias lutam para que a Companhia Estadual de Habitação (Cehab) entregue os devidos papéis.

Procurada pela reportagem do LeiaJá, a Cehab informou que os títulos de posse das casas localizadas na Vila das Pedreiras encontram-se em ajustes finais com os órgãos competentes e serão entregues até o final do primeiro semestre de 2018. “Além disso, a Cehab realizará toda a urbanização da área. A construção incluirá rede de esgoto, pavimentação e drenagem. Esse projeto está em processo licitatório e a previsão é que as obras comecem ainda este ano”, diz trecho de nota enviada à imprensa.

Questionada se a pasta teria projetos semelhantes ao que foi realizado na década de 1990 em Peixinhos para outras áreas de Pernambuco no intuito de diminuir a falta de moradia, o órgão estadual afirmou desconhecer o projeto. “Sobre o projeto "Mulher Constrói", a Cehab informa que não tem conhecimento da iniciativa, mas que trabalha com as comunidades em prol da requalificação e reurbanização dos bairros e apoia todos os projetos de interesse da população”.

*Na época, uma cartilha foi feita para ensinar de maneira simples as principais técnicas da construção de uma casa. O documento foi dividido em parte escrita e ilustrada para orientar quem não entende de construção, a levantar a sua casa, desde a fundação (sapata) até a cumeeira. A associação só possui um exemplar e afirma ter recebido a cartilha do Governo de Pernambuco.

Confira:

[@#galeria#@]

A Secretaria Executiva de Defesa Civil está trabalhando para conter uma erosão na Vila dos Milagres, situada na Cohab, zona sul do Recife. Os serviços serão executados de forma emergencial para  evitar situações de risco para os moradores, na área de aproximadamente mil metros quadrados de extensão.

A recuperação do acesso da rua já foi realizada, além da regularização do terreno e da drenagem com a instalação de um tubo para conduzir a água até a canaleta de forma a evitar o agravamento da erosão. A remoção de entulhos , lixo da barreira e intervenções nas redes hidráulicas com apoio da Compesa também já foi realizada no local.

##RECOMENDA##

O próximo passo é aplicar a geomanta impermeabilizante de PVC na barreira – tecnologia com mais durabilidade e resistência aos impactos da chuva que a lona plástica e garantia de cinco anos. 

Vinte e duas Upinhas Dia serão construídas no Recife representando um novo padrão no atendimento básico da saúde. A primeira Upinha, a unidade UR4-UR5 teve sua ordem de serviço assinada na manhã desta sexta (23), pelo Prefeito Geraldo Júlio.

A primeira unidade funcionará na Rua Capitão Vicente Curado, 33, Cohab, na Zona Sul do Recife. O objetivo é iniciar a construção de outras 10, até outubro. Para tanto, um investimento superior a R$ 24,6 milhões foi disponibilizado.

##RECOMENDA##

O horário de funcionamento das Upinhas será das 8h às 17h, tendo cada uma três equipes de saúde da família, formadas por um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem, e, em média, seis agentes comunitários de saúde. Haverá também três equipes de saúde bucal, formadas por um cirurgião-dentista e um auxiliar de saúde bucal.

Com informações da assessoria

 

Uma ação de saúde da mulher será realizada nesta quinta-feira (9) na Cohab, Zona Sul do Recife. A iniciativa contemplará moradoras vinculadas à Unidade da Saúde da Família da UR 12 / UR 5 – 3a etapa (rua Francisco de Miranda, 16), para onde um grupo formado por aproximadamente 30 agentes levará à população exames de mamografia gratuitos. O evento ocorrerá das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 15h30.

Além da avaliação da imagem da mama, o público terá acesso a exames de prevenção, aferição de pressão arterial, medição de nível de glicose no sangue e camisinhas. No local também serão realizadas palestras educativas sobre prevenção ao câncer de mama e de colo do útero. Os debates serão conduzidos por profissionais do Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (Nasf).

Quem comparecer ao posto de saúde terá a disposição informações a respeito de saúde bucal, com direito a orientações sobre modo de escovação, aplicação de flúor e kit odontológico contendo escova e creme dental. A mobilização na unidade conta com a participação da gerência de território, especialistas do Nasf, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

Segundo a gerente de território Gisele Cunha, o objetivo da iniciativa é levar informação e orientação às mulheres. “Estamos trazendo para a população a questão da importância do teste de mamografia, facilitando ainda mais o acesso para quem precisa fazer intervenções complexas como a mamografia. Queremos que as usuárias se previnam, façam os exames e verifiquem se há ou não algum tipo de problema”, destacou.

As mamografias serão feitas em um caminhão adaptado que estará estacionado em frente à USF. Até o fim de fevereiro, o evento também acontecerá nas unidades Parque dos Milagres; Professor Jorge Lobo / Três Carneiros; UR 04 / UR 05 – 1a etapa; e Professor Fernando Figueira / Pantanal.

 

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando