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O Instituto Akatu, organização não governamental de consumo consciente, lançou nesta semana um movimento para sensibilizar consumidores a evitar compras supérfluas. Denominada Green Friday, a ação foi criada para substituir o consumismo provocado pela promoção Black Friday, pelo consumo consciente, aquele focado no que é necessário, excluindo excessos e desperdícios, além de gerar um melhor impacto para os indivíduos, a natureza e a sociedade.

A ONG se baseia no argumento de que toda forma de consumo traz consequências para o meio ambiente e para a sociedade. Em uma data como a Black Friday, o consumo estimulado e exacerbado faz com que o "barato de hoje possa sair caro amanhã”. A iniciativa Primeiros Passos, também lançada recentemente pelo instituto, traz dicas para que os consumidores trilhem sua jornada de consumo de modo a evitarem exageros no período das promoções.

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A primeira dica é sobre a necessidade da compra, considerando impactos financeiros para o meio ambiente e a sociedade. “Evite o consumo por impulso, pense sobre os motivos que despertam seu desejo de compra e se há algo que a torna de fato necessária”, diz o guia. Outra dica é repensar as compras online, dando um tempo com outra atividade antes de finalizar a compra e pensar se aquela é uma necessidade real.

Outra orientação é não salvar os cartões nas plataformas de compra, a fim de evitar as compras por impulso, porque, quando salvos, facilitam a compra desnecessária. “Caso decida fazer uma compra, busque produtos com menor pegada de carbono: você pode comparar as emissões associadas à produção de itens similares na plataforma CoClear e, assim, poderá optar por aquele cujo impacto negativo é menor”, diz o guia.

O controle das finanças pessoais e o aprendizado de como lidar com o próprio dinheiro é essencial para conseguir escapar mais facilmente de uma compra por impulso. “Aplicativos (apps) como o GuiaBolso e o Organizze ajudam a evitar compras desnecessárias e limitar gastos”, informa o Akatu.

Outra dica é evitar que emoções negativas sejam o motivo das compras, cultivando outros métodos para lidar com essas emoções, como passar um tempo com amigos e familiares ou qualquer outro hobby. O instituto ainda orienta para, ao comprar, dar preferência a empresas que aderem ao movimento que propõe um consumo mais consciente e sustentável por meio da oferta de produtos que geram menos impactos negativos ao meio ambiente e à sociedade.

Dia de Doar

Para estimular os compradores na busca por um consumo mais consciente, o Instituto Akatu se une a diversas organizações sociais no Dia de Doar. A iniciativa promove um país mais solidário e incentiva pessoas e empresas a apoiarem causas e organizações sociais no período da Black Friday, fazendo doações em dinheiro a partir de R$ 20,00

“As contribuições serão direcionadas ao Edukatu, plataforma de aprendizagem gratuita que leva conteúdos exclusivos sobre consumo consciente e sustentabilidade para mais de sete mil escolas e 42 mil alunos em todo o país. O valor arrecadado será usado para a realização de oficinas de capacitação de professores, a produção de novos conteúdos educativos e o engajamento de novas turmas do Ensino Fundamental.”

Os brechós online são mais uma tendência potencializada pela pandemia de Covid-19. Nos últimos meses, as redes sociais se tornaram a principal ferramenta de divulgação desse tipo de comércio. A fotógrafa Isabelle Peres, 20 anos, de Guarulhos (SP), conta que todo ano reserva peças de roupas para doação, mas não sabia o que fazer com outros itens que sobravam. "Resolvi abrir um brechó online pra poder colocar essas peças à venda e ter uma renda extra", conta.

Para divulgar os produtos, Isabelle utiliza uma conta no Instagram e o perfil dos parentes. "Tenho pensado em divulgar pela própria ferramenta do Instagram, onde você paga de R$ 1 a R$ 2 por dia, e as publicações aparecem um pouco mais no feed das pessoas, já que não estamos conseguindo vender quase nada", relata a fotógrafa.

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A fotógrafa Isabelle Peres | Foto: Arquivo Pessoal

Quando tinha 16 anos, a empreendedora Jennifer Oliveira, 20 anos, de Guarulhos (SP), montou um brechó, mas só começou a se dedicar a ele no final de 2019. "Minha motivação é propagar um consumo mais consciente, longe das lojas de departamento fast fashion, que produzem roupas em grandes quantidades de maneira desnecessária, compactuam para o consumismo, prejudicam o meio ambiente e contribuem com mão de obra escrava", comenta. Ela fez do "vestir é arte" um slogan para o brechó. "A moda vai muito além da aparência. Acredito que é uma das formas de comunicação mais fortes que existem, e que se vestir é expressar sua essência".

Todas as vendas de Jennifer são feitas pelo Instagram, por meio de stories, vídeos e fotos, tanto na conta pessoal, como na página da loja, no @simplebrecho.co. "Como já trabalhei com marketing digital e criei gosto pelas redes, utilizo bastante da criação de conteúdo como estratégia de venda", diz a empreendedora.

A empreendedora Jennifer Oliveira | Foto: Arquivo Pessoal

A influenciadora digital Rafaella Ribeiro, 27 anos, do Rio de Janeiro, descobriu as plataformas de brechós online e começou a comprar produtos de marca por valores mais em conta. As aquisições são exibidas Instagram @rafaellasindorf. "Muitas vezes, encontro produtos seminovos ou usados, mas em perfeito estado. Já adquiri muita roupa, bolsa e sapatos de marca. Minha experiência foi ótima", descreve ela, que também tem um brechó online, e muitas vezes revende as aquisições na rede social.

A tendência dos brechós online surge com debates sobre comportamento de consumo e as questões que envolvem a proteção do meio ambiente. Junto a isso, a sociedade tem buscado por novas políticas que envolvem produzir e consumir. "Ao reaproveitarmos utensílios, adicionamos à nossa identidade a ideia de buscar por um mundo melhor, além de tornar nossa vida mais sustentável", explica o especialista em marketing e pesquisador de comportamento do consumo Gabriel Rossi.

Segundo ele, o principal desafio é fazer com que a prática do reaproveitamento seja abraçada por grupos sociais mais abrangentes. "Isso não ocorrerá sem a colaboração de longo prazo de outros entes da sociedade civil e sem propaganda de massa. Inovação tecnológica também é um alicerce importante, pois a expansão da cultura de reaproveitamento dependerá, por exemplo, de aplicativos da chamada economia circular", detalha Rossi.

De acordo com o especialista em marketing, a pandemia fez com que alguns comportamentos humanos fossem evidenciados, o que chamou a atenção de pesquisadores. Um deles ocorreu quando as pessoas correram aos supermercados para estocar alimentos no momento em que foi decretada a quarentena. O fato também realçou a curiosidade sobre como aumentar a vida útil de um produto. "Houve um aumento substancial da procura por conteúdo nas mídias sociais sobre desperdício zero", lembra.

Outro fenômeno observado foram as dúvidas em relação às finanças, que fizeram as pessoas buscarem maneiras de reduzir os gastos em um cenário de incertezas. "Abriu-se um espaço para que elas repensem a relação com os produtos comprados e como eles podem ser reutilizados e reciclados", destaca Rossi.

Muitos brasileiros reconhecem que o consumo inadequado de recursos naturais causa sérios impactos ao meio ambiente, mesmo assim, 97% possuem alguma dificuldade em adotar práticas de consumo consciente. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Entre as principais dificuldades para criar hábitos responsáveis, estão os preços dos produtos orgânicos (37%) e os obstáculos em separar o lixo para a reciclagem (32%). Além disso, 30% dos entrevistados reconhecem que não conseguem reduzir a quantidade de lixo gerado.

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O comportamento pouco sustentável de terceiros também afeta boa parte dos brasileiros. Oito em cada dez (79%) entrevistados, disseram que ao ver outras pessoas desperdiçando água, energia ou comprando produtos sem se preocupar com o meio ambiente se sentem prejudicados.

O levantamento também aponta que, o brasileiro ainda é considerado “consumidor em transição”, ou seja, 58% mantém práticas de consumo consciente, porém, em uma frequência menor que a desejada. No Brasil, o consumo consciente é voltado ao aspecto financeiro. Para 41% ser sustentável significa adotar hábitos que evitem o desperdício e as compras desnecessárias.

Para 75% dos consumidores, um fator que pesa na hora das compras é optar por empresas que investem em projetos sociais e ambientais. Um aspecto valorizado para 89% dos entrevistados é conhecer a origem dos produtos que são consumidos, em especial os industrializados (45%), os animais (39%) e os orgânicos (37%).

 

Neste sábado (15) e domingo (16) será realizado no Recife o III Encontro de Brechós, edição de natal, evento que é fruto da campanha ‘Compre de uma garota’, organizado pela página @girlsrevolution.br, que incentiva o empreendedorismo feminino.

As marcas Quero Quero Brechó, Desprende!, Brechó de Quintal, Inverso Brechó, Agora é Meu, Reuse e o brechó da artista Rejane Trindade, e Miuse Criações compareceram ao evento, todas são adeptas do consumo consciente e são geridas por mulheres. A animação do evento fica por conta do VJ Wagner Silveira.

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Serviço

III Encontro de Brechós

15 e 16 de dezembro | 16h às 22h

Garage Food Trucks (Rua Padre Silvino Guedes, 65, ao lado da igreja do Espinheiro) Entrada grátis

Por conta do pouco volume de chuvas e baixa nos reservatórios das usinas hidrelétricas, as distribuidoras de energia do país irão promover uma campanha publicitária para incentivar a economia e o uso consciente de energia elétrica.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a campanha será coordenada pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), que ficará responsável por produzir as peças que serão divulgadas em todo o país. Os recursos utilizados na campanha virão do Programa de Eficiência Energética (PEE) – projeto que existe para financiar este tipo de iniciativa. O PEE funciona através de uma taxa já inclusa nas contas de luz e corresponde a 0,5% da receita operacional líquida das distribuidoras de energia.

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De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), em 2017 é possível que o armazenamento dos reservatórios permaneça abaixo do volume registrado em 2014 – período com de maior estado crítico na série histórica.

O Nordeste apresenta o quadro mais preocupante - reservatórios operando com apenas 7,59% da capacidade. No Sudeste e Centro-Oeste, o nível das barragens é de 20,45% e no Norte, 25,38%.

Estimular o consumo consciente e evitar o acúmulo de brinquedos que causa bagunça. Esses são motes de um projeto inovador das empresárias Amanda Cavalcanti e Vidiane Pinheiro: a Loktov, uma das primeiras lojas virtuais de aluguel de brinquedos de médio e grande porte, com atuação inicial no Nordeste.

O negócio promete oferecer diversas opções de diversão para as crianças. Segundo a assessoria de comunicação do empreendimento, a ideia surgiu da necessidade dos pais que almejavam compartilhar a importância do consumo equilibrado. O serviço estará disponível em novembro e o site está em fase de finalização.

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De acordo com a empresa, para efetuar os alugueis, os clientes farão um cadastro no site e escolherão uma assinatura mensal distribuída por pontos. A Loktov ficará responsável pela entrega e devolução dos produtos e, antes dos brinquedos serem locados, o negócio garante a higienização dos objetos “Alguns produtos infantis só atendem até certa faixa de idade e logo são esquecidos pelos filhos, gerando um acúmulo de brinquedos que ficam sem uso e ocupando espaço dentro de casa”, destaca a empresária Amanda Lomaque.

Cerca de 200 brinquedos serão disponibilizados para crianças de zero a cinco anos de idade, além de acessórios infantis. Os valores do serviço variam de R$ 60 a R$ 250. Também existe um plano de final de semana que custa R$ 150, exclusivo para brinquedos de grande porte.

Em meio à crise hídrica que o Brasil está passando, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) realizou um estudo para saber como anda o consumo de água na casa dos recifenses. A amostra ouviu 624 pessoas, que responderam perguntas como quantas vezes por dia toma banho e quantas horas passa com o chuveiro ligado. 

Em resposta à primeira pergunta, a maioria dos entrevistados disseram que tomam 3 ou 4 banhos por dia. Segundo o economista e coordenador do IPMN, Djalma Guimarães, este número está razoável, visto que o Recife é uma cidade que faz muito calor, mas é a quantidade de tempo que vai fazer a diferença. “O que vale é quanto tempo você fica com a torneira aberta. A pessoa pode tomar vários banhos, contanto que não demore. É possível tomar banho com dois minutos, se fechar a torneira para se ensaboar”, destacou o economista. 

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Porém, a média de tempo com o chuveiro ligado dos recifenses é bem diferente: 12,3 minutos; um número altíssimo para Djalma Guimarães. “Para um banho bem tomado, 2 a 5 minutos é mais do que necessário”, avaliou.

Outro dado constatado foi que 54,3% das pessoas não usam a mesma roupa para economizar água na lavagem. O coordenador IPMN afirma que esse tópico é muito importante, e que inclusive está lançando uma pesquisa para estimular a prática. “Logicamente se estiver muito suja, a pessoa não vai usar. Mas se tiver condições, a gente estimula sempre a reutilização, pois lavar roupa consome uma quantidade de água muito grande”, afirmou.

Além desta campanha, o Instituto lança também duas outras: o ‘xixi no banho’, e o ‘tome banho junto’, ambas com intuito de reduzir o consumo de água. A pesquisa aponta que 47,5% das pessoas que moram na capital, já são adeptas do xixi no banho.

Djalma Guimarães afirma que se a pessoa tiver o cuidado de limpar o box para tirar o odor, não há problema algum no hábito. “Já consultamos um especialista em bactérias e ele disse que não há nenhum tipo de problema de saúde em relação a isso”, garantiu. “São três práticas que se você trabalhar e vai ter uma redução muito grande”, finalizou o economista.

O nível de confiança da pesquisa realizada no dia 7 e 8 de abril é de 95%, com margem de erro de 4,0 pontos percentuais, para mais ou para menos. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados: Censo IBGE e TRE.

A partir desta segunda-feira (1°) até o próximo dia 9 de setembro, a Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC) abre inscrições do Curso Virtual para o Jovem Consumidor. Apesar de serem voltadas aos jovens, as aulas têm o objetivo de formar consumidores mais conscientes e informados. 

Temas como saúde e higiene, educação financeira, consumo sustentável, internet e redes sociais serão abordados durante o curso, que vai de 7 de outubro a 14 de novembro de 2014. Para se inscrever, é preciso baixar a ficha de inscrição e o edital ou ir à sede do Procon-PE, na Rua Floriano Peixoto, 141, São José – Recife.

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Há 100 vagas disponíveis para todo o Estado. Ao preencher a ficha de inscrição, é preciso enviá-la ao e-mail jane.flavia@procon.pe.gov.br. Para ter acesso às aulas, os inscritos podem entrar no site www.endcead.ip.tv, usando o login e a senha fornecidos por e-mail. 

Estão abertas as inscrições para o Curso Virtual para o Jovem Consumidor. Realizado pela Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC), a qualificação é direcionada para jovens que almejam se tornar consumidores mais conscientes e informados.

As inscrições para o curso podem ser feitas até a próxima sexta-feira (3), na sede do  Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon-PE). O local fica a Rua Floriano Peixoto, 141, no bairro de São José, área central do Recife. O procedimento também pode ser feito pelo telefone (81) 3181-7017.

No total, estão sendo oferecidas 100 vagas para todo o Estado de Pernambuco. As aulas iniciarão no dia 14 de junho e seguirão até 2 de agosto. Saúde, higiene, internet, redes sociais, ensino particular, educação financeira e consumo sustentável são alguns dos temas que serão abordados no evento.  



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