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A equipe econômica decidiu reforçar o capital da Caixa Econômica Federal em R$ 1,5 bilhão para aumentar a capacidade do banco de gerar novos empréstimos. Segundo a instituição, a injeção de recursos publicada no Diário Oficial é "fruto das negociações da Caixa com o governo". A necessidade de mais dinheiro passou a ser debatida mais fortemente nos últimos meses, quando a Caixa iniciou a investida no mercado com a redução de juros e das margens, o spread bancário. Segundo o banco, o capital extra dará suporte à estratégia de crescimento no mercado de crédito.

Alinhada com o Palácio do Planalto, a instituição financeira tem sido mais agressiva nos empréstimos e financiamentos com o corte das taxas e aumento dos volumes oferecidos. A intenção de Brasília é fomentar a demanda interna, especialmente das famílias. Antes do novo aporte de R$ 1,5 bilhão, o banco recebeu R$ 500 milhões no fim de 2011 em operação semelhante. Mesmo com os R$ 2 bilhões a mais no caixa, a instituição federal cita que as conversas sobre o tema "estão abertas", o que pode resultar em novos aportes nos próximos meses.

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O dinheiro novo foi anunciado em decreto presidencial com a data de ontem. O texto aprova o aumento de capital do banco em R$ 1,5 bilhão com a "transferência de ações ordinárias da Petrobras e/ou ações ordinárias da Telebrás, excedentes à manutenção do controle acionário da União, a critério da Secretaria do Tesouro Nacional". Operação idêntica foi realizada em dezembro de 2011, com R$ 500 milhões.

O chefe do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse nesta quinta-feira que a participação dos empréstimos consignados no crédito pessoal total voltou a crescer em 2012, após recuar em 2011, e se aproxima novamente de 60% do total. Ele disse ainda que isso reflete a retomada do crédito ao consumo.

Maciel afirmou que a queda significativa nas concessões de crédito em julho reflete o fato de ser um mês sazonalmente fraco, por causa do período de férias. Ele destacou ainda que houve queda na média de concessões de crédito para compra de veículos, depois do salto registrado no mês anterior, o primeiro após o corte de imposto anunciado pelo governo.

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Maciel destacou que houve aumento significativo no valor da entrada dada pelos consumidores na compra a prazo de veículos. Em dezembro de 2010, segundo dados do próprio BC, os clientes financiavam, em média, 85% do valor do veículo, pagando 15% de entrada. O dado de julho deste ano mostra, na média, o pagamento de 30% de entrada, com os 70% restantes sendo financiados.

Na cidade de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, será realizado, nesta quinta-feira (30), o seminário “Cooperativa de crédito em Gravatá: oportunidades de negócios para o seu empreendimento”.

A ação é gratuita e direcionada a microempreendedores e demais interessados no tema. O assunto será debatido por especialistas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Pernambuco, além de outras instituições.

O horário do seminário é às 18h, no Hotel Serrano Gravatá, localizado na Rua Quintino Bocaiúva, 336, no centro da cidade. Mais detalhes informativos podem ser obtidos pelo telefone 0800-570-0800.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira a aprovação de financiamento de R$ 500 milhões ao Estado da Paraíba. O empréstimo corresponde a 90% do investimento total necessário para viabilizar o programa Paraíba Sustentável, que contempla setores como infraestrutura viária, saúde, saneamento, habitação, recursos hídricos, segurança pública, defesa civil e gestão pública, informou o banco em nota.

No projeto aprovado, perto de R$ 250 milhões serão destinados à pavimentação e recuperação de rodovias. A saúde pública receberá R$ 33 milhões, que serão usados para construir e equipar hospitais e o laboratório central. No setor de saneamento, R$ 79 milhões serão investidos no abastecimento de água e na rede de esgoto.

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Aproximadamente R$ 34,6 milhões serão aplicados na construção de casas populares, nas áreas urbana e rural. O programa prevê também o uso de R$ 82,7 milhões em edificações públicas, R$ 5,6 milhões, na melhoria da infraestrutura dos distritos industriais do Estado e quase R$ 18,4 milhões, na construção de barragens.

No campo da segurança pública, quase R$ 30 milhões serão destinados à construção de penitenciárias, delegacias regionais, unidades policiais integradas, unidades do Corpo de Bombeiros e centro de comando e controle, além da aquisição de equipamentos.

Segundo o BNDES, os investimentos priorizam a eliminação de gargalos de infraestrutura e o aumento da competitividade da Paraíba, contribuindo para a dinamização da economia local e o aumento da qualidade de vida da população. O governo estadual arcará com a contrapartida de 10% dos recursos para viabilizar o programa.

A Caixa Econômica Federal (CEF) está com uma nova oferta de produtos para Pessoa Jurídica que pensa em realizar ações de comércio exterior. As linhas de crédito são Adiantamento Sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento Sobre Cambiais Entregues (ACE), bem com os serviços Carta de Crédito de Exportação e Cobrança Documentária de Exportação.

Segundo a Caixa, o ACC oferece a contratação antes do embarque das mercadorias para o exterior, e o cliente recebe o crédito para produzir. O ACE promove o financiamento depois do embarque. Ambos possuem alíquota zero de IOF, financiam 100% do valor do contrato em câmbio futuro e, de acordo com a CEF, garantem agilidade na aprovação do crédito.

A CEF também destaca outros serviços. Segundo a instituição financeira, a Carta de Crédito de Exportação é um compromisso entre a Caixa e um banco do exterior com o intuito de honrar a quantia devida pelo importador estrangeiro, dando segurança de recebimento ao exportador brasileiro. Já a Cobrança Documentária de Exportação é um auxílio em que a CEF realiza uma intermediação do pagamento entre exportador e importador em parceria com o banco estrangeiro, tornando a transação segura e ágil.

Mais detalhes informativos sobre os serviços podem ser encontrados no endereço virtual da CEF.

Diante de uma economia estagnada e de sinais de moderação no mercado de trabalho, grandes bancos estão pessimistas. Mesmo com as várias medidas adotadas pelo governo e o juro no menor patamar histórico, banqueiros preveem que a oferta e a aprovação de novos financiamentos para o consumidor deverão ser "restritivas" no trimestre. A avaliação incomoda o governo e a equipe econômica já ameaçou que, se precisar, vai agir.

Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou nove dos maiores banqueiros do Brasil para tentar mudar a posição do grupo - especialmente dos privados - que argumenta que o crédito não deslanchará tão rápido como espera o governo. Nos bancos, o argumento passa pelo emprego mais fraco, desaceleração da renda e, especialmente, falta de confiança na economia.

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O pessimismo ficou explícito um mês antes do encontro com Mantega. No fim de junho, 17 instituições financeiras - entre bancos e financeiras - foram sondadas pelo Banco Central sobre as perspectivas do mercado de crédito. O grupo responde por 85% do total de empréstimos ao consumo, segmento considerado chave para manter a economia aquecida.

As respostas não foram animadoras. O grupo disse que a oferta de novos empréstimos deve ter "moderada contração" no terceiro trimestre. A pesquisa qualitativa recebe respostas em uma escala entre +1 (o melhor cenário possível) e -1 (o pior cenário possível). Sobre a oferta de crédito ao consumo, o estudo mostra uma nota -0,31 no período entre julho e setembro. Ou seja, uma tendência à redução da disponibilidade de empréstimos. Além disso, os bancos também preveem que a situação econômica dos clientes não estará boa o suficiente e, por isso, a aprovação de novos financiamentos deve ter "ligeira contração". Neste caso, a resposta dos bancos foi -0,19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de pessoas que procuraram por crédito no mês de julho aumentou 8% na comparação com junho e 2% em relação ao mesmo mês de 2011, informou, nesta quinta-feira a Serasa Experian. Na comparação anual, foi a primeira alta em nove meses registrada pelo Indicador da Demanda do Consumidor por Crédito, calculado pela empresa. No acumulado de janeiro a julho, no entanto, a busca por crédito registra queda de 6% sobre o mesmo período de 2011.

Na análise por classe de renda, o maior avanço verificado em julho ante junho ocorreu entre os consumidores que ganham na faixa que vai de R$ 1.000 a R$ 2.000 mensais (8,2%). O menor crescimento nesta base de comparação, mas ainda expressivo, ocorreu entre os que recebem acima de R$ 10.000 por mês (6,4%).

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No acumulado dos sete primeiros meses de 2012, a única faixa que apresenta alta na procura por crédito, se comparado com o mesmo período do ano passado, é aquela que recebe até R$ 500 mensais (3,2%). O restante permanece no campo negativo, com destaque para os consumidores que têm vencimentos entre R$ 2.000 e R$ 5.000 (-7,6%).

De acordo com a Serasa Experian, o aumento verificado em julho na procura por crédito é reflexo dos impactos provocados por reduções das taxas de juros, incentivos fiscais por meio do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e início do processo de redução da inadimplência do consumidor.

Segundo a pesquisa, o aumento da procura por crédito foi maior em todas as regiões do País na comparação com junho, com o Sul (8,8%), o Centro-Oeste (8,7%) e o Nordeste (8,6%) liderando as altas. No Sudeste houve crescimento de 7,7% no período, enquanto no Norte o avanço foi de 3,8%.

Acesso a crédito é um fator importante para os empreendedores. De acordo com informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as Sociedades de Garantia de Crédito (SGC) começam a ganhar destaque no país como inovação financeira, em que essas organizações empresariais podem ampliar o acesso de micro e pequenos empresários ao crédito, e ainda reduzem os custos. Esse contexto será tema do terceiro Fórum Brasileiro de Sistemas de Garantias de Crédito para MPE, que ocorre nesta quarta (8) e na quinta-feira (9), em Belo Horizonte. 

Segundo informações da Agência Sebrae de Notícias, representantes do poder público, de instituições financeiras e empresários debaterão a evolução das garantias para enfatizar as práticas internacionais que possam fortalecer o modelo brasileiro. O fórum é organizado pelo Sebrae e o Banco Central.

Ainda de acordo com o Sebrae, no Brasil há seis SGC em operação: uma no Rio Grande do Sul, a Garantiserra, fundada em 2003; três no Paraná, Garantioeste, Garantisudoeste e Noroestegarantias, inauguradas em 2011; no Rio de Janeiro, a Garantinorte, criada em 2011; e a Garantia dos Vales, recém-inaugurada em Governador Valadares, a primeira SGC criada em Minas Gerais e que vai atender empresas do leste do estado. Essas organizações também ajudam os empresários na relação com os agentes financeiros, visando o processo de obtenção do financiamento, o que aumenta as chances da operação se concretizar. 

“Os empresários se beneficiam com a facilidade do acesso ao crédito e redução de custos, os bancos reduzem os riscos de inadimplência e a comunidade ganha uma ferramenta de desenvolvimento local, com estímulo à produção, geração de renda e emprego”, comenta o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, segundo informações da Agência Sebrae de Notícias.

O fórum é no horário das 9h às 18h, nesta quarta-feira (8), e das 9h às 13h, nesta quinta-feira (9). O evento ocorre no Hotel Ouro Minas, que fica na Avenida Cristiano Machado, 4001, no bairro de Palmares, em Belo Horizonte.

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Com informações da Agência Sebrae de Notícias.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, informou, nesta sexta-feira, durante a divulgação do Boletim Regional do BC edição de julho, que uma consulta feita a executivos de instituições financeiras apontou que as condições de crédito devem seguir um pouco restritivas no terceiro trimestre do ano, embora ligeiramente melhores do que nos últimos três meses.

Segundo Hamilton, há melhora nas condições de aprovação de crédito para grandes empresas. O diretor do BC salientou, no entanto, que a percepção do risco do cliente e as condições de liquidez do mercado determinam as condições ainda restritivas de crédito para grandes companhias. Hamilton informou que dados preliminares do setor financeiro apontam uma redução modesta das concessões de crédito para empresas em julho em relação a junho.

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Para o segmento de micro e pequenas empresas as condições de crédito "continuam um pouco restritivas, afetadas pela inadimplência", disse Hamilton. "Há, porém, melhora na demanda por crédito por parte de micro e pequenas empresas. E isso ocorre em função das condições de juros e da demanda por capital de giro", afirmou.

Os executivos consultados pelo BC, contou Hamilton, também indicaram condições ligeiramente restritivas para a concessão de crédito às pessoas físicas. "Mas a demanda por crédito pelas famílias melhora em função da redução dos juros e da perspectiva de avanço das condições econômicas nos próximos meses".

Ainda em comentários para o cenário de crédito, o diretor do BC disse que "à medida que o tempo vai passando, é natural que ocorra moderação da taxa de juros nas concessões de crédito". Ele também afirmou que as perspectivas são de continuidade da redução da inadimplência ao longo do segundo semestre. (Equipe AE)

 

Crédito imobiliário

A demanda por crédito habitacional é moderadamente forte, de acordo com o diretor de Política Econômica do BC, e esse movimento vem sendo impulsionado pela flexibilização dos prazos de financiamentos de imóveis e pela redução dos juros, diz ele. Hamilton citou que, de acordo com os executivos ouvidos na pesquisa, as perspectivas de concessão de crédito para este trimestre são melhores do que no trimestre passado.

Quanto ao endividamento das famílias, o diretor do BC diz que um grande fator do crescimento do endividamento é o crédito imobiliário, que representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele lembra, no entanto, que no caso de quem compra um imóvel, em boa parte dos casos, os cidadãos se desvencilham da despesa de aluguel. Também, no País, acrescentou, o crédito imobiliário ainda é muito pequeno (não chega a 10% do PIB) quando se compara a outros países, onde a participação atinge 40% do PIB.

Hamilton lembrou ainda que, no caso da inadimplência, atrasos de 15 a 90 dias atingiram o ponto máximo em fevereiro e estão recuando. Em sua avaliação, o endividamento das famílias tem apresentado recuo lento. Segundo o diretor do BC, o comprometimento da renda das famílias atingiu 21,85% em maio, abaixo do pico de 22,42% em outubro. Quando se excluem as despesas com crédito habitacional, o comprometimento da renda das famílias atingiu 20,6% em maio.

A liberação de crédito do Banco do Brasil para micro e pequenas empresas alcançou a marca de R$ 24,8 bilhões desde o início da redução dos juros pela instituição, em abril, segundo comunicado à imprensa divulgado nesta quinta-feira. Também nesta quinta-feira o BB anunciou novo corte de taxas para o segmento, válido para o mês de agosto.

Desde o início do programa Bompratodos, com corte de juros em linhas de crédito, foram realizadas mais de 2,8 milhões de liberações de empréstimo nas linhas para pessoas jurídicas, priorizadas na estratégia. O resultado corresponde a um crescimento de 18,5% de desembolso de crédito médio por dia no período comparado com março de 2012, mês imediatamente anterior à vigência das medidas.

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Nos cortes anunciados nesta quinta-feira o BB informa que as linhas de antecipação de recebíveis terão este mês juros a partir de 1% ao mês e taxa média prevista de 1,53% ao mês. A redução é uma iniciativa do BB em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

A base monetária encerrou o mês de junho com expansão de 1,3% na comparação com maio, pelo conceito de média dos saldos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central e mostra que o montante alcançou R$ 192,526 bilhões no mês passado. Por esse conceito, o valor cresceu 6,9% nos últimos 12 meses encerrados em junho. A base monetária é a soma do total de papel moeda emitido com as reservas bancárias registradas pelas instituições financeiras.

Pelo conceito de ponta, que leva em conta o saldo no fim do período, a base monetária cresceu 3,8% em junho ante maio e alcançou R$ 198,858 bilhões. Em 12 meses, a base monetária nesse conceito teve expansão de 4,4%.

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A linha de financiamento Cred Móveis, anunciada em abril pela Caixa Econômica Federal, está longe de decolar. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Mobiliário (Abimóvel), o programa financiou R$ 1,5 milhão entre junho e julho, ou 0,075% dos R$ 2 bilhões que a linha dispõe até 2014 para participantes do Minha Casa Minha Vida. Quem financia o imóvel pelo programa do governo federal pode tomar crédito para comprar móveis com juros de 1% a 2% ao mês, a depender da faixa de renda, com prazo de até 48 meses.

A principal função do Cred Móveis é atender a demanda da classe C que forma o público do Minha Casa Minha Vida, e, ao mesmo tempo, é uma linha que pode ajudar a impulsionar as vendas da indústria moveleira. Essa parcela da população é responsável por 30% das compras de móveis no Brasil, de acordo com Ivo Cansan, presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs). A nova linha da Caixa poderia aumentar as vendas de 2% a 3%, estima Cansan. O mercado interno ganhou importância para o setor após a crise financeira de 2008, quando as exportações despencaram. Em 2007, as vendas externas somaram mais de US$ 1 bilhão, enquanto em 2012 a Abimóvel prevê exportar US$ 700 milhões.

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Exigências

Cansan, da Movergs, afirma que as exigências do banco federal para aprovar os financiamentos são uma das razões pelas quais o Cred Móveis apresenta, após um mês, cifras tão tímidas. "A pessoa que vai tentar ter acesso ao dinheiro já tem a sua renda comprometida com o Minha Casa, Minha Vida e não consegue obter um segundo financiamento", explica. Para ele, o banco precisa dar mais facilidades às famílias, como permitir que o Cred Móveis seja contraído pelo cônjuge ou por um familiar do titular da dívida imobiliária que não esteja com a sua capacidade de endividamento esgotada.

Para José Luiz Dias Fernandez, presidente da Abimóvel, o dinheiro do Cred Móveis não chegou na ponta do consumidor, "devido a um processo de adaptação interna da Caixa Econômica Federal". Ele destaca, porém, que as lideranças do setor se reuniram na semana passada com o banco e esperam, para agosto, uma forte campanha de divulgação para reanimar a linha de financiamento.

Fernandez ressalva que o Cred Móveis não é o incentivo mais importante para o reaquecimento da indústria. "O que vai ajudar muito é a redução do IPI (prorrogada no final de junho por três meses) e a desoneração da folha de pagamentos". Concedida no início de abril, a desoneração substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% por 1% a 2% do faturamento bruto. O presidente da Abimóvel espera que os incentivos contribuam para a recuperação do segmento, que deve faturar R$ 25 bilhões em 2012 - o faturamento do ano passado foi de cerca de R$ 23 bilhões.

A Caixa Econômica Federal não comentou a cifra da Abimóvel e informou que o primeiro balanço do Cred Móveis será apresentado em agosto.

O número de pessoas que procuraram crédito no primeiro semestre caiu 7,4% ante igual período de 2011, o que representa o maior recuo da série histórica iniciada em 2008 pelo Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Na comparação de junho com o mesmo mês do ano passado, o indicador recuou 6,6%. Em relação a maio, a queda na procura por crédito em junho foi de 2,1%.

A empresa avalia que os níveis elevados de inadimplência e endividamento do consumidor foram responsáveis por reprimir a procura por crédito no primeiro semestre, apesar das medidas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo.

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Na análise por classe de renda pessoal, a parcela da população com menor renda (até R$ 500 mensais) foi a única que aumentou a procura por crédito no primeiro semestre, com alta de 2% ante igual período de 2011. Os demais segmentos, na divisão por renda, apresentaram queda. Aqueles que ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês registraram a maior variação: -8,8% em relação ao primeiro semestre de 2011.

Quanto à análise por regiões, o Norte e o Nordeste apresentaram as menores quedas na busca por crédito no primeiro semestre (de 0,3% e 4,7%, respectivamente) em comparação com o mesmo período de 2011. Na mesma base de comparação, a maior queda foi registrada pela região Sul (9,1%), seguida pelo Sudeste (-8,6%) e Centro-Oeste (-5,4%).

O indicador é calculado mensalmente a partir de uma amostra de números de Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) consultados na base de dados da Serasa Experian em transações que configuram relação creditícia entre consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras.

Após longo debate, os líderes da zona do euro concordaram hoje com uma série de medidas para acalmar as pressões do mercado sobre Espanha e Itália. Essas medidas incluem a permissão para a recapitalização direta dos bancos da zona do euro por meio do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) e o acesso aos fundos de resgate da região para países que não estão em programas de resgate.

Após a reunião de cúpula que se arrastou até as primeiras horas desta manhã (horário de Bruxelas), os líderes também concordaram que o fundo de resgate permanente da região, o ESM, não terá status de credor sênior quando assumir os empréstimos concedidos à Espanha para ajudar seus bancos em dificuldades. Um alto funcionário europeu disse que a Espanha deverá ser capaz de tomar os empréstimos fora de sua folha de balanço da dívida soberana.

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O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou que os bancos da zona do euro serão capazes de acessar diretamente o mecanismo de resgate permanente da região, assim que um único banco supervisor for estabelecido. Ele disse que a Comissão Europeia irá, em breve, fazer uma proposta sobre este plano.

As decisões foram bem recebidas pelo primeiro-ministro italiano Mario Monti, que, juntamente com o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy, comandou duras negociações para garantir medidas imediatas para ajudar a aliviar a disparada dos custos dos empréstimos em seus países.

Monti disse que as medidas tomadas foram muito positivas para a zona do euro e devem ajudar a estabilizar a economia da região.

Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo dos ministros das Finanças, disse que "considerando a dificuldade do momento e das discussões, conseguimos enviar aos mercados uma mensagem que - espero - irá convencê-los".

Já a chanceler alemã Angela Merkel afirmou que os líderes da zona do euro tomaram boas decisões de curto prazo e que será necessário trabalhar ainda em soluções de longo prazo. As informações são da Dow Jones.

O calote no cartão de crédito aumentou com força no mês passado e atingiu o patamar recorde de 29,5%, maior marca da série histórica iniciada em 2000. Conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira, a marca anterior era de abril, quando alcançou 28,7%.

O nível de inadimplência quer dizer que, em maio, quase um terço dos recursos acumulados no crédito rotativo, financiamentos com juros e saques está sem pagamento há pelo menos 90 dias. Em cifras, os bancos esperam R$ 10,835 bilhões em pagamentos no cartão de crédito há mais de três meses.

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O crédito para veículos voltou a crescer em maio, após dois meses seguidos de queda, apesar do porcentual de atrasos ter batido novo recorde. As medidas de incentivo ao setor automotivo, anunciadas no fim do mês passado, provocaram aumento de 2,8% na média diária de financiamentos para compra de veículos, de abril para maio, segundo o Banco Central. A recuperação ganhou força na primeira quinzena de junho, o que levou a instituição a projetar crescimento acima de 10% nos financiamentos neste mês.

A retomada no crédito para veículos ocorreu depois do pacote de incentivo às vendas, que incluiu redução de imposto e liberação de recursos para empréstimos. Além disso, os bancos se comprometeram com o governo a destravar as operações, que atingiram em abril o menor patamar desde fevereiro de 2010.

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Também contribuiu para a tendência a política de redução dos juros adotada pelos bancos públicos, seguida pelos privados. A taxa média está em queda há três meses e passou de 17,5% para 15,2% ao ano (equivalente a 1,2% ao mês) no período, menor nível desde março do ano passado. A taxa mais baixa em bancos de montadoras caiu de 1,18% no final de janeiro para 0,85% ao mês em meados de junho.

Embora os juros tenham voltado ao patamar de 15 meses atrás, a inadimplência mais que dobrou no intervalo e bateu novo recorde em maio, com atrasos equivalentes a 6,1% dos empréstimos. Para o BC, o problema reflete uma "safra" de concessões de crédito de baixa qualidade, observada em 2010, antes de o governo praticamente obrigar os bancos a adotar regras mais rígidas, como exigência de garantias maiores e redução de prazos.

Desde 2011, os empréstimos para compras de veículos apresentam mais "qualidade", conforme o BC, mas isso ainda não aparece nas estatísticas. Por isso, a autoridade monetária acredita que a retomada dos empréstimos não será acompanhada de aumento de inadimplência.

"A expansão do crédito para veículos não significa deterioração da qualidade da carteira, porque temos observado, desde o ano passado, maior rigor dos bancos na concessão nessa modalidade", disse o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.

Além disso, segundo Maciel, os juros menores atraem mais interessados em tomar crédito, o que dá mais liberdade às instituições financeiras para selecionar os clientes. "Os bancos terão mais opção. Poderão selecionar mais com um conjunto maior de tomadores." Entre os aspectos que vão garantir a qualidade das novas operações, segundo Maciel, são exigências maiores, como a necessidade de maior entrada para compra do carro ou renda mais elevada.

Considerado um dos principais seguros do País contra crises de falta de liquidez, os depósitos compulsórios dos bancos brasileiros chegaram a R$ 393,042 bilhões no final de maio, segundo dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira. O valor está 12% ou R$ 55,5 bilhões abaixo dos R$ 448,542 bilhões verificados no final de dezembro de 2011.

O estoque de compulsórios sobre depósitos a prazo caiu 26% no período. Nos recursos à vista, a queda foi de 14%. A exigibilidade adicional recuou 9%. O compulsório sobre poupança, no sentido contrário, cresceu 5%.

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Em dezembro, o BC anunciou mudanças nas regras do compulsório sobre depósitos a prazo, cujo cronograma de liberação de recursos foi alterado posteriormente, em fevereiro, com expectativa de injeção de cerca de R$ 30 bilhões na economia até agosto deste ano. O objetivo da medida era direcionar esses recursos para que os bancos de maior porte comprassem carteiras de crédito de instituições menores. Em maio, o governo alterou a regra para incentivar especificamente a compra de carteira de financiamento de veículos.

O Brasil está atravessando a quarta crise de inadimplência dos últimos 15 anos. E, desta vez, a onda de calotes dos consumidores está demorando mais a passar. A demora frustra os planos do governo de obter uma arrancada mais forte da economia com pacotes de incentivo ao consumo, como ocorreu na crise de 2008.

Nos últimos meses, a economia andou de lado, influenciada principalmente pelo baixo nível de investimentos e pela frustração com a produção do campo. O governo baixou impostos para facilitar a venda de geladeiras a carros. Segundo os primeiros dados do comércio, o consumidor reagiu, mas sem euforia.

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A principal explicação está na inadimplência. Em abril, o nível de calotes bateu em 7,6%, maior marca desde setembro de 2009, segundo o Banco Central. Segundo economistas, lojistas e executivos de bancos, a tendência é de queda gradual, mas o calote só deve recuar para níveis normais, em torno de 6,5%, no fim do ano.

A maior dificuldade do brasileiro para pagar as dívidas em comparação com outros períodos de pico de calote se deve à forte ressaca do consumo. Pesquisa da Serasa Experian, feita em março com 350 mil inadimplentes, revela que 64% deles tinham dívidas em atraso que superavam 100% da renda mensal. Ficaram de fora pendências com contas de água, luz e outros serviços. "Isso significa que, para limpar o nome, a maioria dos inadimplentes precisa desembolsar o salário inteiro do mês", diz o economista responsável pelo indicador, Luiz Rabi. É o pior resultado em dois anos.

Em 2001, 2005 e 2008/2009, a disparada do calote foi provocada pelo aumento do desemprego. Desta vez, no entanto, o desemprego bate recorde de baixa e a inadimplência, de alta, só que por excesso de endividamento.

O comércio e os bancos têm avaliação semelhante. Na semana passada, o presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, disse que a inadimplência deve começar a se estabilizar no fim do ano. Até lá, o calote e as provisões para possíveis perdas devem continuar subindo.

"A inadimplência não deve ceder rapidamente. O retorno para níveis normais deve ocorrer mais para o fim do ano", prevê o economista da Associação Comercial de São Paulo, Emílio Alfieri. Ele lembra que o último pico do calote do crediário ocorreu em abril de 2009. Naquele mês, a inadimplência líquida, que considera os carnês não pagos, descontados dos renegociados, em relação às vendas financiadas de três meses anteriores, foi de 10,3%, mas recuou para 6,5% cinco meses depois. Em abril deste ano, o índice atingiu 8,5% e teve uma ligeira queda em maio para 8,1%, motivada por uma campanha de renegociação.

Mas dados preliminares mostram que, na primeira quinzena de junho, o calote voltou a subir num ritmo superior ao das renegociações, invertendo a tendência observada desde abril. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante as atividades da Conferência Rio+20 desta sexta-feira (22), a Caixa Econômica Federal (CEF) lançou o Portal de Sustentabilidade CAIXA. O objetivo da ferramenta virtual é proporcionar o acesso do público a informações dos produtos e serviços sustentáveis do banco, com destaque para o Microcrédito Produtivo Orientado – linha de crédito que desempenha importante papel sócio-inclusivo – e o Selo Casa Azul – instrumento de qualificação de projetos de empreendimentos habitacionais dentro de critérios socioambientais.

De acordo com a assessoria de comunicação da CEF, o presidente da instituição, Jorge Hereda, afirma que o portal mantém a tradição de transparências nas informações da Caixa. “Ao lançar o novo Portal, a Caixa reafirma com transparência os avanços atingidos no cumprimento de sua missão, no tocante aos aspectos econômicos e socioambientais, bem como a sua aderência e identidade com temas em discussão na conferência da ONU”, diz o presidente.

O número de pessoas jurídicas que procuraram crédito em maio subiu 6,7% no País na comparação com abril, mas caiu 1,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou nesta terça-feira a Serasa Experian. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2012, ante o mesmo período de 2011, o Indicador da Demanda das Empresas por Crédito apresenta elevação de 0,6%.

O resultado mensal mostra recuperação após o recuo de 8,1% registrado em abril. "Porém, o quadro da demanda das empresas por crédito ainda continua sendo de baixo dinamismo, mesmo com os estímulos monetários e creditícios que estão sendo colocados por parte do governo para reaquecer a economia", afirma a Serasa Experian, em nota distribuída à imprensa.

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As micro e pequenas empresas se destacaram em maio, com um crescimento de 7,1% no número das que buscaram crédito no mês. Na comparação com maio de 2011, porém, houve recuo de 2,1%. No acumulado do ano, o resultado é de estabilidade.

O total de médias empresas que procuraram crédito em maio subiu 1,1% ante abril (11,9% sobre maio de 2011 e 10,6% no acumulado de 2012). No caso das grandes companhias, o crescimento sobre abril foi de 0,6%, com alta de 15% ante maio de 2011 e de 15,6% no acumulado dos cinco primeiros meses.

"O agravamento do quadro externo (principalmente na zona do euro) tem feito com que as médias e grandes empresas acabem procurando crédito nas fontes tradicionais domésticas (crédito bancário e mercantil), em detrimento de outras fontes (recursos externos e emissões primárias de ações), as quais se retraem em momentos de instabilidades na conjuntura internacional", justifica a Serasa Experian.

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