Tópicos | UE

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, insistiu nesta segunda-feira (22) em uma solução baseada em dois Estados para o conflito israelense-palestino, e garantiu que Israel não conseguirá alcançar a paz em Gaza apenas com meios militares.

"Queremos construir uma solução de dois Estados. Então, vamos conversar sobre isso", disse Borrell ao chegar a uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas.

##RECOMENDA##

Borrell fez estas declarações antes de os ministros europeus realizarem reuniões separadas em Bruxelas com o chanceler israelense, Israel Katz, e seu homólogo palestino, Riyad al Maliki.

Segundo Borrell, "a paz e a estabilidade não podem ser construídas apenas por meios militares. (...) Qual outra solução vocês consideram? Fazer todos os palestinos partirem? Matá-los?".

O chanceler espanhol, José Manuel Albares, afirmou que Madri defende a convocação de uma conferência da paz para "implementar a solução de dois Estados".

"Um Estado palestino realista e viável envolve Gaza e a Cisjordânia sob a mesma Autoridade Nacional palestina, conectadas por um corredor para que haja continuidade territorial, com acesso ao mar através de um porto em Gaza, e com a sua capital em Jerusalém Oriental", disse o ministro.

- Contatos de alto nível -

Os ministros da UE também convidaram seus homólogos saudita, Faisal Bin Farhan Al Saud, jordaniano, Ayman Safadi, e egípcio, Sameh Shoukry. Também está previsto um diálogo com o secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Ahmed Abul Gheit. Nenhum encontro presencial entre Katz e Riyad al Maliki está programado.

De todos estes interlocutores árabes, os ministros da UE querem conhecer seus pontos de vista, já que Bruxelas considera que todos eles poderão desempenhar um papel importante após o fim do conflito.

Uma fonte diplomática da UE admitiu que não se espera nenhuma decisão concreta dessas negociações, mas acrescentou que a presença de Katz e de Al Maliki em Bruxelas no mesmo dia deve ser vista como um "símbolo forte".

"Acho que não devemos ter expectativas muito altas (...). A ideia é ter uma discussão aprofundada (...), tentar perceber qual é a posição de cada um", disse a mesma fonte.

A UE já manifestou a sua preocupação com o alto número de vítimas nos bombardeios lançados por Israel contra Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos em solo israelense.

De acordo com o movimento islamista palestino, mais de 25 mil pessoas morreram em Gaza até o momento pelos ataques de Israel.

No entanto, o bloco não conseguiu até agora alcançar uma posição unificada sobre a necessidade de um cessar-fogo.

- Tensão no Mar Vermelho -

Na sexta-feira, em um discurso na Universidade de Valladolid, na Espanha, Borrell lamentou a recusa de Israel em criar um Estado palestino.

No mesmo discurso, Borrell observou que Israel "criou" e "financiou" o Hamas como forma de enfraquecer a influência da Fatah, o movimento secular do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, com sede na Cisjordânia.

Na reunião desta segunda-feira, os ministros europeus também planejam discutir uma possível missão da UE no Mar Vermelho, onde os rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, atacaram vários navios mercantes.

A ideia é implantar três navios de combate no Mar Vermelho. Por enquanto, Itália, França, Países Baixos, Alemanha e Bélgica manifestaram vontade de participar, enquanto Espanha se distanciou da iniciativa.

Segundo a ideia original, a missão naval da UE teria a missão de derrubar mísseis ou drones lançados pelos huthis contra navios mercantes, mas não de realizar ataques a alvos terrestres no Iêmen.

Estados Unidos e Reino Unido, países da Otan, já realizaram vários ataques aéreos contra alvos huthis no Iêmen.

No entanto, a decisão sobre essa missão é esperada apenas no próximo mês, uma vez que ainda há detalhes por definir.

bur-ahg-ob-del/avl/aa/tt

A Comissão Europeia, braço Executivo da UE, anunciou nesta terça-feira (9) que analisa os investimentos da Microsoft na empresa de inteligência artificial generativa OpenAI por possível violação das regras de concorrência europeias.

Em um comunicado, a Comissão anunciou que está analisando "se o investimento da Microsoft na OpenAI pode ser alvo de uma revisão segundo o Regulamento de Fusões da UE".

##RECOMENDA##

A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, tem na agenda desta quinta e sexta-feira uma visita à Califórnia, nos Estados Unidos, para participar de uma conferência sobre normas antimonopólio.

Nessa visita, Vestager também se reunirá com os principais executivos da Apple, Tim Cook, e do Google, Sundar Pinchai, assim como com dois altos cargos da OpenAI: diretor de Tecnologia, Mira Murati, e diretor de Estratégia, Jason Kwon.

No comunicado desta terça-feira, a Comissão anunciou que também analisa alguns dos acordos celebrados entre os principais atores do mercado digital e os desenvolvedores de inteligência artificial generativa.

Em particular, avalia "o impacto destas associações na dinâmica do mercado".

As autoridades europeias da concorrência procuram evitar que as inovações no setor da inteligência artificial sejam capturadas por um pequeno número de gigantes digitais já dominantes.

Pela mesma razão, a parceria entre a Microsoft e a OpenAI está sob análise do órgão de fiscalização da concorrência do Reino Unido, o CMA, que convocou as "partes interessadas" para comentários.

A Comissão adotou uma abordagem semelhante e anunciou nesta terça-feira o lançamento de "dois convites à apresentação de contribuições sobre a concorrência", um deles relativo a "mundos virtuais" e outro à inteligência artificial generativa.

A Comissão anunciou também que enviou "pedidos de informação a vários atores digitais importantes".

No final deste processo, a Comissão poderia organizar "um workshop" durante o segundo trimestre de 2024 "para reunir as diferentes perspectivas emergentes das contribuições e continuar esta reflexão".

O ex-presidente da Comissão Europeia, pai do euro e figura importante da esquerda francesa, Jacques Delors, morreu nesta quarta-feira (27) aos 98 anos, anunciou sua filha Martine Aubry à AFP.

"Faleceu esta manhã em sua residência parisiense enquanto dormia", informou a prefeita socialista da cidade de Lille (norte).

##RECOMENDA##

Ex-ministro da Economia de 1981 a 1984, sob o mandato do presidente socialista François Mitterrand, Delors frustrou as esperanças da esquerda francesa ao recusar concorrer às eleições presidenciais em 1995, apesar de ser o favorito nas pesquisas.

"Não me arrependo", mas "não digo que estava certo", declarou à revista francesa Le Point em 2021. "Estava preocupado demais com a independência e me sentia diferente dos que estavam ao meu redor. Minha forma de fazer política não era a mesma".

Após ocupar o cargo de ministro da Economia, o francês foi nomeado presidente da Comissão Europeia, o braço Executivo da UE, com sede em Bruxelas.

Teve um papel central na concepção da Europa atual: a criação do mercado único, a assinatura dos acordos de Schengen (de livre circulação de pessoas), o lançamento do programa de intercâmbio de estudantes Erasmus e da reforma da Política Agrícola Comum.

Sob seu mandato também lançou a união econômica e monetária que levaria à criação do euro, a moeda única utilizada por 20 dos 27 membros atuais da UE.

Em março de 2020, instou os chefes de Estado e de governo dos países-membros do bloco econômico a fornecerem apoio no enfrentamento conjunto da pandemia de covid-19.

Até seus últimos dias, Delors defendeu o fortalecimento do federalismo europeu e pediu mais "ousadia" como resposta à saída do Reino Unido da UE e aos ataques de "populistas de todo tipo".

A Comissão Europeia anunciou nesta segunda-feira (18) a abertura de uma "investigação formal" contra a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, por supostas violações das regras de moderação de conteúdo e transparência - relacionadas às publicações sobre o ataque do Hamas em Israel.

Pela primeira vez, a Comissão decidiu lançar uma investigação formal com base na nova Lei de Serviços Digitais (DSA, em inglês), adotada em agosto pela União Europeia (UE), à qual regula as operações das plataformas digitais no território europeu.

##RECOMENDA##

"A abertura de uma investigação formal hoje contra a X mostra que acabaram-se os dias em que as grandes plataformas on-line se comportavam como se fossem grandes demais para se preocupar com as regras", afirmou o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, responsável pelos assuntos digitais.

"Lançaremos uma investigação aprofundada sobre o cumprimento por parte da X das obrigações da DSA, no que diz respeito ao combate à disseminação e amplificação de conteúdos ilegais e desinformação na UE", acrescentou.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, abriu uma investigação preliminar em 12 de outubro - cinco dias após o ataque sem precedentes dos milicianos do Hamas em Israel -, por suposta divulgação de "conteúdo ilícito" e "incitação ao ódio" na rede social do magnata Elon Musk.

No âmbito da investigação preliminar, as autoridades solicitaram informações em uma primeira etapa para verificar se a plataforma X implementou as obrigações estabelecidas pela norma europeia.

A resposta da rede social e seu "relatório de transparência", divulgado no início de novembro, no qual abordava o método de moderação de conteúdo, não convenceram a Comissão Europeia, que decidiu abrir uma investigação formal.

- "Alarmante discurso de ódio" -

A DSA prevê multas que podem atingir 6% do volume de negócios global da empresa acusada e, no caso de violações graves e prolongadas, pode-se até mesmo declarar a proibição de operar na área da UE.

Após a abertura da investigação formal, a Comissão informou, nesta segunda-feira, que continuará reunindo "evidências" e solicitará mais informações à X, incluindo entrevistas ou inspeções.

A abertura deste processo permite que a Comissão tome medidas para obrigar a X a cumprir as regras ou a aceitar soluções propostas pela rede social para resolver os problemas apontados.

A investigação aberta contra a X não estabelece nenhum prazo.

Também sob amparo da DSA, e pela mesma razão, a Comissão Europeia iniciou investigações preliminares sobre o TikTok, YouTube e Facebook.

O ataque do Hamas em 7 de outubro resultou na morte de cerca de 1.140 pessoas em Israel, a maioria delas civis. Além disso, o grupo islamista palestino tomou cerca de 240 reféns, de acordo com autoridades israelenses.

Israel respondeu com intensos bombardeios na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, e grande parte desse território foi reduzido a destroços.

O Ministério da Saúde do governo do Hamas informou que, até agora, mais de 18.800 palestinos (cerca de 70% deles mulheres, crianças e adolescentes) morreram devido aos bombardeios.

Nas horas e dias seguintes ao ataque do Hamas, as principais redes sociais foram inundadas com vídeos e fotografias das vítimas.

Em novembro, a Comissão Europeia suspendeu suas campanhas publicitárias na rede X, em um gesto justificado pelo aumento "alarmante da desinformação e do discurso de ódio" nesta plataforma.

O andamento das negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia foi o tema da conversa por telefone entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, na tarde desta segunda-feira (20).  Segundo o Palácio do Planalto, a conversa durou cerca de meia hora e tratou dos pontos finais do acordo entre os dois blocos.

“Os dois concordaram em acompanhar de perto o trabalho dos negociadores nos próximos dias e deverão voltar a se encontrar na próxima semana, durante a COP28, em Dubai, Emirados Árabes”, informou a assessoria. 

##RECOMENDA##

A finalização do acordo também foi tratada recentemente em conversa entre Lula e o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, que ocupa a presidência rotativa do bloco europeu. 

A presidência do governo brasileiro no Mercosul vai até o dia 7 de dezembro, três dias antes da posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que já defendeu a saída da Argentina do bloco econômico. Milei depois recuou da ideia e passou a defender apenas mudanças no Mercosul, que reúne também Uruguai, Brasil e Paraguai. 

Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países.

Os ministros de Relações Exteriores de Israel e da Autoridade Palestina foram convidados para participar da reunião ministerial de emergência da União Europeia (UE) nesta terça-feira (10), informou hoje o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, em publicação no X (antigo Twitter).

"Convidei o Ministro de Relações Exteriores israelense Eli Cohen para participar na reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE que estou convocando para esta tarde. Também convidei o ministro das Relações Exteriores Riyad al-Maliki para discursar na reunião e apresentar as opiniões da Autoridade Palestina", escreveu Borrell na rede social.

##RECOMENDA##

As discussões devem ocorrer em Omã, onde as autoridades estão reunidas para o encontro dos ministros da UE e do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). Mais cedo, Borrell divulgou que conversou também com o ministro saudita Faisalbin Farhan sobre a "situação em Israel/Palestina".

A Comissão Europeia - braço executivo da União Europeia (UE) - dialogou com a China sobre regulação de dados, inteligência artificial (IA), fluxo transfronteiriço de dados industriais e inovação e pesquisa, entre outros assuntos relacionados ao domínio digital.

Em comunicado, a Comissão Europeia informa que o evento foi presidido pelo vice-primeiro-ministro da China, Zhang Guoqing, e pela vice-presidente para Valores e Transparência da Comissão Europeia, Vera Jourova.

##RECOMENDA##

Esse foi o segundo Diálogo Digital China-UE, realizado em Pequim.

O evento não ocorria desde 2020.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamou de "absurdo" a norma aprovada pela União Europeia que proíbe a venda, no continente, de produtos oriundos de desmatamento em florestas. Para ele, a regra é um "protecionismo disfarçado" e é baseada em uma "narrativa totalmente furada".

O pacto verde europeu prevê gradualmente zerar a aquisição de produtos provenientes de área de desmatamento, mas não diferencia áreas de desmatamento legais ou ilegais, algo que ocorre na legislação brasileira.

##RECOMENDA##

"É um absurdo a discussão na União Europeia com relação ao regulamento para produtos livres de desmatamento. Trata-se de protecionismo disfarçado, ao arrepio da Organização Mundial do Comércio (OMC). Estão deixando a OMC de lado, tirando sua capacidade de arbitrar", afirmou Tarcísio.

As críticas foram feitas durante participação do governador na abertura do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, na manhã desta segunda-feira, 7, em São Paulo.

O governador defendeu, ainda, que o Brasil não pode "sucumbir" a essa regra. "Isso impõe um desafio gigantesco à nossa diplomacia. Não podemos sucumbir a uma regra que vai impor sanções aos nossos produtos em cima de uma narrativa totalmente furada", enfatizou Tarcísio, para quem o agronegócio brasileiro é "extremamente sustentável".

O posicionamento do governador se alinha ao do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem criticado a norma, imposta como uma das condições para selar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Em junho, Lula se reuniu em Brasília com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e criticou a exigência ambiental.

O presidente brasileiro afirmou que a premissa das negociações não deve ser "desconfiança e sanção".

Os principais representantes diplomáticos dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) criticaram o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, nesta sexta-feira (14), por atitude "pouco construtiva" durante uma reunião com seus homólogos do Sudeste Asiático na capital da Indonésia.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, aproveitou os dois dias de reuniões no âmbito dos fóruns organizados pela Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) para manter novas conversações com a China, embora tenha denunciado a "coerção" de Pequim na região.

##RECOMENDA##

Blinken, que recusou um encontro bilateral com Lavrov, afirmou que a atitude do chanceler russo "não foi construtiva nem produtiva" nas reuniões plenárias, acrescentando também que ele fez uma apresentação "negativa" das questões em pauta e atribuiu "todos os problemas do mundo aos Estados Unidos".

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, por sua vez, afirmou que Lavrov falou de maneira "muito agressiva" ao responder aos questionamentos sobre a invasão russa na Ucrânia.

"Lavrov me respondeu de uma forma muito agressiva e explicou seu ponto de vista, afirmando que tudo é uma 'conspiração do Ocidente' e que a guerra vai continuar", disse o chefe diplomático a jornalistas.

Blinken ainda alertou que os países em desenvolvimento "pagarão o preço" caso a Rússia negue estender o acordo que permite à Ucrânia exportar grãos através do Mar Negro, que expira às 21h GMT da próxima segunda-feira (17).

Embora não tenha falado publicamente após a reunião, o chanceler russo disse à imprensa indonésia no início desta semana que a guerra na Ucrânia não terminará até que os países ocidentais desistam de seus esforços para "derrotar" a Rússia.

O último encontro entre Blinken e Lavrov ocorreu em março em Nova Délhi, onde conversaram brevemente pela primeira vez desde a invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

- "Coação" da China -

O secretário de Estado americano pediu aos países do Sudeste Asiático que se unam frente à "coação" da China na região Ásia-Pacífico, objeto de tensões entre Washington e Pequim.

"Devemos defender a liberdade de navegação no Mar da China Meridional e Oriental e manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse.

Com os países da Asean, "compartilhamos a visão de um Indo-Pacífico livre, aberto, próspero, seguro, conectado e resistente", acrescentou.

"Uma região onde os países são livres para escolher seus próprios caminhos e seus próprios parceiros, onde os problemas são tratados abertamente, e não sob coação", disse ele em uma alusão velada à China.

O atrito está se intensificando entre a China e alguns membros da Asean, em particular Vietnã e Filipinas, incomodados com as reivindicações de soberania por parte de Pequim sobre quase todo o Mar da China Meridional.

As tensões são ainda mais significativas em relação a Taiwan, um território de governo democrático considerado por Pequim como uma província que, cedo ou tarde, será recuperará - e à força, se necessário.

"O Indo-Pacífico não deve ser um novo campo de batalha", disse o ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi.

Blinken se reuniu na quinta-feira com o diplomata chinês, Wang Yi, à margem das negociações da Asean na quinta-feira. No encontro, disse a ele que Washington reagirá ao recente ciberataque ao governo dos EUA atribuído à China.

Wang pediu aos EUA, por sua vez, para "trabalhar com a China" e pôr fim a qualquer "interferência" nos assuntos do país, de acordo com um resumo de sua reunião com Blinken divulgado por Pequim nesta sexta-feira.

As discussões dos ministros das Relações Exteriores da Asean no início desta semana também abordaram a crise em Mianmar. De volta ao poder desde o golpe de 2021, a junta militar não foi convidada para Jacarta.

Também nesta sexta, Blinken prometeu que Washington e seus aliados se defenderão de qualquer "agressão" da Coreia do Norte, que realiza testes periódicos de mísseis, colocando em alerta a Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos.

burs-jfx/pc/avl/tt/fp/yr/dd

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou ao presidente da Espanha, Pedro Sánchez, que participará da abertura da Cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, que ocorrerá entre os dias 17 e 18 de julho, em Bruxelas. A confirmação foi feita em telefonema com o espanhol nesta tarde.

Lula e Sánchez, que irá assumir o comando da União Europeia, conversaram por telefone nesta quarta-feira, 5, para tratar sobre o acordo em negociação entre o Mercosul e o bloco europeu. Na terça, 4, o petista assumiu a presidência pro tempore do Mercosul. Lula disse que quer fechar o acordo com a União Europeia durante à sua gestão à frente do bloco sul-americano.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com o Palácio do Planalto, na conversa, Sánchez falou sobre o Fórum Empresarial, previsto para o dia 17, e convidou Lula para a realizar a abertura do evento ao seu lado e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. No Fórum, deverão ser anunciados novos investimentos europeus na América Latina.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (4) da 62ª cúpula de líderes do Mercosul, na cidade argentina de Puerto Iguazú, ocasião em que assume o comando rotativo do bloco durante seis meses.

Seu principal desafio na presidência do Mercosul será destravar o acordo comercial com a União Europeia, que incomodou os países sul-americanos ao propor um documento adicional com punições em caso de descumprimento de normas ambientais.

##RECOMENDA##

Lula deseja resolver o impasse ainda neste ano, mas este não será o único tema em pauta. Em reunião dos ministros econômicos dos países-membros, o argentino Sergio Massa propôs a realização de trocas comerciais dentro do bloco através de uma moeda local.

"O uso de moedas locais, em tempos de crise, alivia a pressão sobre a utilização das reservas", disse o ministro.

Além disso, Argentina e Brasil tentam demover o Uruguai da ideia de negociar um acordo bilateral com a China, projeto que poderia inundar os países da região com produtos baratos beneficiados por isenções alfandegárias.

"O Uruguai finalizou um estudo de viabilidade com a China, que está esperando, assim como o Uruguai", afirmou o ministro das Relações Exteriores Francisco Bustillo.

O chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, reafirmou neste sábado (1º), em Kiev, no primeiro dia da Presidência espanhola da União Europeia (UE), o apoio do bloco à Ucrânia, que tem resistido há 16 meses à invasão russa.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que espera acelerar a adesão de seu país ao bloco de 27 nações, destacou o gesto de Sánchez, mas lamentou a demora de algumas potências ocidentais em fornecer o equipamento militar necessário para fortalecer sua contraofensiva no leste e no sul.

##RECOMENDA##

"Minha presença aqui no primeiro dia da Presidência semestral [da UE] demonstra um compromisso político claro e inequívoco por parte das instituições comunitárias" em relação à adesão da Ucrânia, declarou Sánchez em entrevista coletiva ao lado de Zelensky.

"É extremamente simbólico que esta visita ocorra no primeiro dia da Presidência espanhola da UE", considerou Zelensky em redes sociais.

A Ucrânia recebeu o status de candidato à UE há um ano e espera iniciar ainda este ano as negociações formais sobre os próximos passos.

"A Espanha reitera seu apoio à candidatura da Ucrânia para aderir à UE, que estará entre as prioridades de sua Presidência", afirma a declaração conjunta de Sánchez e Zelensky.

O presidente ucraniano também pediu que a Otan estenda um convite para que a Ucrânia adira "após a guerra" à aliança de defesa ocidental durante a cúpula deste mês em Vilnius, capital da Lituânia.

A declaração conjunta destaca que "a Espanha apoia o fortalecimento da cooperação entre a Otan e a Ucrânia, incluindo a criação de um Conselho Otan-Ucrânia".

- Aliados que "se arrastam" -

Sánchez anunciou sua viagem a Kiev em uma cúpula da UE na quinta-feira, afirmando que seu objetivo era demonstrar o "apoio inabalável" da UE à Ucrânia.

No entanto, Zelensky reiterou suas críticas contra "alguns" aliados ocidentais que demoram a treinar pilotos ucranianos no manuseio de caças de combate.

"Você tem alguma ideia de quando a Ucrânia poderá obter os F-16?", disse o presidente ucraniano ao lado de Sánchez. "Não há nenhum cronograma para as missões de treinamento. Acho que alguns parceiros estão se arrastando", acrescentou.

Essas críticas surgem após semanas de uma contraofensiva com avanços limitados na tentativa de recuperar os territórios conquistados pelas tropas russas desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

O comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, disse na sexta-feira em entrevista ao Washington Post que os planos de contraofensiva têm sido prejudicados pela falta de armamentos adequados, desde modernos caças de combate até munições de artilharia.

"Isso me incomoda", disse ele, referindo-se ao fato de que algumas potências ocidentais ficam frustradas com a lentidão dos avanços, mas não entregam os caças F-16 prometidos para contrabalançar a superioridade aérea russa.

"Eu não preciso de 120 aviões. Não vou ameaçar todo mundo. Um número muito limitado seria suficiente", ressaltou. "Mas eles são necessários. Porque não há outra maneira. O inimigo está usando uma geração diferente de aeronaves", acrescentou.

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Mark Milley, disse na sexta-feira que Washington e seus aliados estão trabalhando para fornecer apoio à Ucrânia.

"Estamos fornecendo toda a ajuda humanamente possível", afirmou Milley, explicando que os Estados Unidos ainda estão em negociações com a Ucrânia para fornecer F-16 e mísseis de precisão do tipo ATACMS.

No entanto, ele reconheceu que há impaciência em relação ao ritmo da contraofensiva.

"Claro, está avançando um pouco devagar, mas isso faz parte da natureza da guerra", afirmou.

Um funcionário dos Estados Unidos confirmou à AFP na sexta-feira que o diretor da CIA, William Burns, viajou recentemente para a Ucrânia, onde se encontrou com os serviços de inteligência e o presidente Zelensky.

Durante sua viagem, Burns reafirmou "o compromisso dos Estados Unidos em compartilhar inteligência para ajudar a Ucrânia a se defender da agressão russa", disse o funcionário dos Estados Unidos.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira, 2, que o Brasil não vai aceitar o acordo do Mercosul com a União Europeia se os negociadores europeus continuarem insistindo na abertura das compras governamentais a produtos do bloco comum. "O Brasil não quer assinar sem ajuste. Os europeus querem que o Brasil abra as portas para as compras governamentais. A gente não vai fazer isso", assegurou Lula em discurso na fábrica de ônibus elétricos Eletra, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

E complementou: "Se não aceitarem, não tem acordo. Não podemos abdicar das compras governamentais, que são a oportunidade para as pequenas e médias empresas sobreviverem nesse País."

##RECOMENDA##

Lula defendeu que o Brasil participe mais do comércio mundial e estabeleça trocas de produtos e serviços com todos países. Porém, ponderou que prefere fazer negócios com empresas brasileiras para fortalecer a indústria nacional.

Em meio à promessa do governo de desonerar os automóveis para reanimar o setor automotivo, o presidente lembrou que a indústria, que chegou a representar 30% do Produto Interno Bruto (PIB), está sumindo do cenário econômico, com essa participação atualmente reduzida para algo entre 10% e 11%.

Nesse momento, Lula criticou o que chamou de "campanhas imensas para destruir a indústria nacional", como as narrativas a favor da substituição de produtos brasileiros por importados, e que cabe ao Estado garantir a sobrevivência da indústria brasileira para que ela possa ser um dia competitivo no exterior.

Alckmin comemora PIB e balança comercial

Antes de Lula discursar, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, aproveitou para destacar o resultado acima das expectativas do PIB no primeiro trimestre. "Ontem, nós vimos uma boa notícia. O PIB brasileiro está no top 5", declarou, ao observar que o crescimento da atividade no primeiro trimestre está entre os cinco maiores no mundo.

Alckmin também apontou os números recorde da balança comercial, cujo saldo no mês passado foi de US$ 11,4 bilhões, e aproveitou ainda a passagem pela fábrica de ônibus elétricos, onde foi inaugurada nesta sexta uma nova linha, para apontá-la como um exemplo da neoindustrialização defendida em artigo recente publicado junto com Lula no jornal O Estado de S. Paulo.

O governo britânico foi criticado ontem por um grupo de eurodeputados pela prisão do ativista francês Ernest Moret. Ele foi detido na terça-feira, 18, quando estava a caminho de uma feira de livros em Londres. Após ser interrogado pela polícia e ficar 24 horas detido, ele foi enviado de volta a Paris. Seu celular e seu laptop, no entanto, ficaram com os investigadores.

A polícia alegou que a lei britânica permite a prisão e o interrogatório de qualquer suspeito de terrorismo. Moret, que é gerente de uma editora, teria sido preso por obstrução quando se recusou a fornecer senhas para desbloquear seu telefone, segundo a Éditions la Fabrique, sua editora.

##RECOMENDA##

Os eurodeputados acusaram o governo britânico de infringir os direitos humanos e abusar da lei antiterrorismo. Em carta à secretária de Justiça, Suella Braverman, eles disseram que Londres seria cúmplice da repressão na França. Em Paris, parlamentares também pediram explicações ao presidente Emmanuel Macron, que teria requisitado a prisão de Moret.

Durante seu interrogatório, segundo Richard Parry, advogado de Moret, ele foi questionado se apoiava Macron e indagado sobre sua participação nas manifestações. "Isso indica uma cumplicidade entre as autoridades francesas e britânicas", disse Parry.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A União Europeia (UE) reagiu, nesta segunda-feira, 17, às acusações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que Estados Unidos e Europa contribuiriam para o prolongamento da guerra na Ucrânia.

Em coletiva de imprensa, o porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, negou que as ações do bloco tenham alimentado o conflito e enfatizou que a Rússia é a agressora neste caso. "O que estamos fazendo é ajudar a Ucrânia a exercer seu direito legítimo de autodefesa", afirmou.

##RECOMENDA##

Stano lembrou que o Brasil votou a favor da resolução que condena a decisão de Moscou de invadir o país vizinho e determina que o Kremlin retire todas as tropas do território ucraniano. "Não é verdade que os EUA e a UE estejam ajudando a prolongar o conflito. A verdade é que a Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal que viola a Carta das Nações Unidas", rebateu.

Em viagem aos Emirados Árabes Unidos, Lula voltou a criticar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ontem e propôs a criação de um fórum semelhante ao G20 que busque uma solução pacífica no leste europeu.

Em resposta, o porta-voz da Comissão Europeia argumentou que a UE apoia iniciativas de paz desde antes da invasão russa. Stano alega que o bloco ofereceu ao Kremlin diversas oportunidades para apresentar suas preocupações "de maneira civilizada". Segundo ele, todas as alternativas foram respondidas com uma escalada das hostilidades pelo presidente russo, Vladimir Putin.

"Claro que a UE apoia a paz o mais breve possível, mas não nos esqueçamos de que a Ucrânia é que a vítima, então é a Ucrânia que definirá sob quais condições possíveis conversas de paz começarão", ressaltou.

As declarações acontecem no mesmo dia em que o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, chegou ao Brasil para reuniões com representantes do governo Lula. Após encontro com o homólogo brasileiro, Mauro Vier, Lavrov disse que os dois países têm "visão similar" sobre a guerra na Ucrânia.

A União Europeia (UE) aprovou, nesta sexta-feira (24), a décima rodada de sanções contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia, que começou há exatamente um ano, anunciou a Presidência do bloco, exercida atualmente pela Suécia.

As medidas preveem "restrições contra indivíduos e entidades que apoiam a guerra, divulgam propaganda e abastecem a Rússia com drones usados na guerra", detalhou.

Um diplomata da UE revelou à AFP que a lista incluía 120 indivíduos e entidades, assim como três bancos russos.

Os detalhes serão publicados no Diário Oficial da União Europeia depois da aprovação definitiva das sanções neste sábado.

O anúncio da UE acontece depois de medidas similares de Estados Unidos e Reino Unido. O G7, que reúne as economias industrializadas mais avançadas do mundo, também ameaçou com "altos custos" países que ajudem a Rússia a driblar as sanções.

Diversos diplomatas da UE explicaram à AFP que as queixas da Polônia - que considerou as sanções insuficientes - acabaram atrasando o acordo desta sexta.

Em Kiev, o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, disse hoje que as propostas de Bruxelas eram "leves e fracas demais".

Após se encontrar com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil deseja alterar alguns termos do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. Ainda assim, o petista estimou que as negociações tenham um desfecho até o final do semestre.

"Vamos trabalhar de forma muito dura para que a gente possa concretizar esse acordo. Mas algumas coisas têm que ser mudadas", declarou Lula em coletiva de imprensa após o encontro com Scholz no Palácio do Planalto. "Nós vamos fechar esse acordo UE-Mercosul, se tudo der certo, até fim do semestre", acrescentou.

##RECOMENDA##

No pronunciamento, Lula falou em achar um meio termo que "melhore para quem se sente prejudicado". "Vamos sentar à mesa da forma mais aberta possível", afirmou o petista. De acordo com o presidente, ao Brasil é muito cara a questão das compras governamentais, do que seria difícil abrir mão. "A compra governamental é uma forma de fazer crescer pequenas indústrias", avaliou, ao lado de Scholz.

O acordo UE-Mercosul está travado na ratificação nos países-membros do bloco europeu.

OCDE

O presidente também afirmou que o Brasil tem interesse em entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas negociando os termos.

"O Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que queremos é saber qual seria o papel do Brasil na OCDE", declarou o presidente no Palácio do Planalto após se encontrar com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. "Nós estamos dispostos a discutir outra vez e queremos saber as condições", acrescentou.

A gigante americana das redes sociais Meta, proprietária do Facebook, foi multada em 5,5 milhões de euros nesta quinta-feira (19) por descumprir o regulamento de proteção de dados da União Europeia com seu aplicativo de mensagens WhatsApp.

Nesta nova decisão, a comissão irlandesa de proteção de dados (DPC, na sigla em inglês), que atua em nome da UE porque a sede europeia do grupo fica na Irlanda, considerou que a gigante digital operou "descumprindo suas obrigações de transparência", informou o órgão regulador em nota.

##RECOMENDA##

Além disso, a Meta baseou-se em um fundamento jurídico equivocado "para seu tratamento de dados pessoais com fins de melhoria e segurança do serviço", acrescentou, dando ao grupo um prazo de seis meses para "ajustar suas operações de tratamento de dados" em conformidade com o regulamento europeu.

Esta sanção tem como base motivos similares à adotada em 4 de janeiro contra a Meta, que foi multada em 390 milhões de euros em relação com suas redes sociais Facebook e Instagram.

O grupo americano anunciou imediatamente que pretende apresentar um recurso.

O órgão regulador irlandês já havia imposto uma sanção de 255 milhões de euros ao WhatsApp em setembro de 2021, por descumprir suas obrigações de transparência, em particular no que se refere às transferências de dados para outras empresas do grupo.

A DPC também multou a Meta em 405 milhões de euros em setembro por falhas no tratamento de dados de menores de idade e em 265 milhões de euros em novembro por não proteger suficientemente os dados de seus usuários.

A nova rodada de sanções de janeiro é consequência da adoção de três decisões vinculantes pelo comitê europeu de proteção de dados no início de dezembro.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda (2) estar pronto para normalizar as relações com os Estados Unidos e a União Europeia, em um momento de reaproximação do chavismo com o governo de Joe Biden e países como França e Espanha.

A declaração ocorre ao mesmo tempo que há uma pressão sobre os custos da energia em razão da guerra da Ucrânia, com países procurando fontes alternativas de petróleo e gás.

##RECOMENDA##

Em paralelo, a Casa Branca e Bruxelas pressionam o regime chavista para retomar o diálogo com a oposição, que na semana passada encerrou o mandato de Juan Guaidó como chefe do governo interino criado em 2019.

A perspectiva em Washington e em outros países latino-americanos e europeus é a de que a mudança no quadro político na região, com governos de esquerda e centro-esquerda na Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Brasil e México, favoreça o diálogo entre as partes.

Ontem, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Jorge Rodríguez, um dos principais aliados de Maduro, e com os chefes de Estado do Chile, Gabriel Boric, da Colômbia, Gustavo Petro, e da Argentina, Alberto Fernández. Espera-se também que Lula se reúna ainda neste mês com Biden, na Casa Branca, quando a crise venezuelana deve ser abordada.

"A Venezuela está totalmente preparada para normalizar suas relações políticas e diplomáticas com este e os próximos governos americanos", disse Maduro à Telesur - canal latino-americano financiado pelo regime venezuelano. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão Europeia convocou para esta quinta-feira (29) uma reunião com o objetivo de "discutir (...) possíveis medidas para uma abordagem coordenada" dos países da União Europeia diante da explosão de casos de covid-19 na China.

"Levando em conta a situação pandêmica na China", o Executivo europeu reunirá nesta quinta-feira de manhã um comité com representantes dos 27 ministérios da Saúde, disse, nesta quarta (28), à AFP uma porta-voz da Comissão.

O objetivo é "discutir com os Estados-membros e as agências europeias (de Saúde) da UE possíveis medidas para uma abordagem coordenada", disse.

Após o levantamento abrupto este mês da política de "covid zero" na China, que tem causado uma onda significativa de infecções no gigante asiático, vários países manifestaram preocupação e alguns, como Itália, Estados Unidos, Japão ou Índia, decidiram impor testes de covid a viajantes provenientes da China.

Espera-se que a Comissão Europeia, braço executivo da UE, trabalhe para evitar que os países-membros do bloco adotem sozinhos restrições nas suas fronteiras sem consultar os outros integrantes, como aconteceu no início da pandemia, em 2020.

No início de dezembro, por recomendação da Comissão, os 27 concordaram em remover todas as restrições de entrada na UE para viajantes de outros países e retornar à situação pré-pandêmica.

"A variante BF.7 Ômicron, que prevalece na China, já está presente na Europa e não teve um aumento significativo. No entanto, continuamos vigilantes e prontos para usar o 'freio de emergência' - ou seja, medidas restritivas 'de maneira coordenada' - se necessário", concluiu a porta-voz.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando