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O crédito para as famílias no Reino Unido apresentou forte alta em setembro devido principalmente a uma significativa elevação na concessão de crédito sem seguro, segundo dados divulgados hoje pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

Os empréstimos para consumo cresceram em 1,7 bilhão de libras (US$ 2,7 bilhões) em setembro, o maior aumento desde julho de 2008. Em agosto, houve pagamento líquido de 300 milhões de libras em empréstimos.

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O número de setembro veio bem acima das expectativas. Economistas consultados pela Dow Jones previam um ganho de 200 milhões de libras no volume de empréstimos do mês passado.

O detalhamento dos dados mostra que os empréstimos hipotecários subiram 500 milhões de libras em setembro. No mês anterior, foi registrado pagamento líquido de 100 milhões deste tipo de empréstimo.

A maior parte do aumento geral nos empréstimos veio do crédito sem seguro, que cresceu 1,2 bilhão de libras em setembro, a maior alta desde fevereiro de 2008. Em agosto, houve pagamento líquido de 100 milhões de libras nesta categoria.

A base monetária, que inclui o fluxo de recursos para as famílias e empresas, cresceu em 5,7 bilhões de libras em setembro, após avançar 8,6 bilhões de libras em agosto. As informações são da Dow Jones.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse nesta sexta-feira que o crédito imobiliário permanece crescendo de forma expressiva. Já os financiamentos de veículos caíram em setembro, em relação a agosto, por causa da redução nas vendas.

Ele afirmou ainda que o aumento na concessão de conta garantida e capital de giro, em setembro, reflete a retomada de atividade econômica. Disse também que a expectativa da instituição continua sendo de queda da inadimplência, apesar de o indicador seguir estável há três meses.

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"A nossa expectativa é, com crescimento da renda e do emprego e com esses mutirões mais recentes de renegociação, que isso tudo favoreça. Por isso, a nossa expectativa continua sendo de recuo da inadimplência até o fim do ano", afirmou. "Os atrasos de 15 a 90 dias, por exemplo, mostram recuo."

O estoque das operações de crédito do sistema financeiro brasileiro subiu 1,1% no mês de setembro sobre agosto, para R$ 2,237 trilhões. No terceiro trimestre, a carteira de crédito cresceu 3,2%. No ano até setembro, o aumento foi de 10,2%. Em 12 meses até o mês passado, o total de operações de crédito registrou expansão de 15,8%.

Segundo o Banco Central, o crédito para pessoas físicas cresceu 0,9% no mês e 12,1% no acumulado do ano. Em 12 meses, acumula alta de 18%. Para as empresas, avançou 1,3% no mês, 8,6% no ano e 14% em 12 meses. O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) subiu para 51,5% em setembro, de 51,2% em agosto.

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Juros

A taxa média de juros no crédito livre recuou de 30,1% ao ano em agosto para 29,9% ao ano em setembro, segundo o BC. Foi o sétimo mês consecutivo de queda na taxa média de juros, que está no menor nível da série histórica iniciada em 2000.

Para a pessoa física, no entanto, a taxa média de juros subiu de 35,6% ao ano em agosto para 35,8% ao ano no mês passado. Os juros para a pessoa jurídica caíram, passando de 23,1% para 22,6% anuais, no mesmo período.

Entre as três principais linhas de crédito para pessoas físicas monitoradas pelo BC, houve queda apenas no cheque especial, no qual os juros recuaram de 148,6% ao ano em agosto para 147,6% ao ano em setembro. No crédito pessoal, a alta foi de 39,4% para 39,7%, no mesmo período. Já no crédito para veículos, o aumento foi de 20,5% para 20,9% anuais, na mesma base de comparação.

Inadimplência

Segundo o BC, a inadimplência média do crédito livre se manteve em 5,9% em setembro, mesmo porcentual verificado em agosto. É o terceiro mês seguido de estabilidade. A inadimplência para pessoa física também ficou estável, em 7,9% pelo terceiro mês.

Para pessoa jurídica, o indicador teve ligeira queda na comparação mensal, de 4,1% para 4,0%. Nas principais linhas monitoradas pelo BC, houve alta na inadimplência no crédito para aquisição de veículos (de 5,9% para 6,0%) e no crédito pessoal (de 4,6% para 4,9%). No crédito para aquisição de outros bens o indicador ficou estável em 7,4%. No cheque especial, continuou em 12,2% na comparação mensal.

Os bancos da zona do euro reduziram os empréstimos para empresas e famílias em setembro, conforme a região se aprofundou na recessão, forçando as companhias a procurarem outras fontes de financiamento.

O crédito bancário para empresas caiu 21 bilhões de euros (US$ 27,3 bilhões) em setembro, na comparação com agosto, informou o Banco Central Europeu (BCE), indicando que as taxas de juros básicas em mínima recorde e o massivo fornecimento de liquidez feito pela instituição não beneficiaram todos os setores da economia.

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Para pessoas físicas, o crédito diminuiu 1,0 bilhão de euros, depois de uma breve melhora em agosto, quando os empréstimos cresceram 4,0 bilhões de euros. O dado de agosto foi revisado para baixo, dos 7,0 bilhões de euros relatado anteriormente.

No total, os empréstimos do setor bancário recuaram 0,8% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, após caírem 0,6% em agosto.

O crescimento anual da medida de oferta monetária ampla, conhecida como M3, perdeu força para 2,7% em setembro, da alta revisada de 2,8% em agosto, e ficou abaixo da previsão dos economistas de aumento de 3,1%. Em termos mensais, a M3 caiu 0,3%, na primeira queda desde abril.

No período entre julho e setembro a M3 subiu 3,0% em média na comparação com o mesmo período do ano passado, também menor do que a previsão de 3,2%.

A média de três meses permanece bem abaixo do valor de referência do BCE, que é de 4,5%, considerado consistente com o mandato de estabilização dos preços com uma taxa de inflação de 2,0% ou menos no médio prazo. Isso indica que a pressão inflacionária continua controlada na zona do euro. As informações são da Dow Jones.

O presidente do Congresso Nacional, José Sarney, autorizou nesta sexta-feira (19) a abertura de crédito extraordinário de R$ 381 milhões em favor do Ministério da Defesa. Os recursos serão destinados a ações de apoio a comunidades afetadas por desastres ou calamidades. A liberação dos R$ 381.252.988,00 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, com a promulgação da Lei 12.728.

O DOU ainda traz a autorização de crédito extraordinário no valor de R$ 6.843.701.650,00 para os ministérios da Justiça, da Educação, da Saúde, dos Transportes, do Planejamento, do Desenvolvimento Agrário, da Defesa, da Integração Nacional e das Cidades. O ato também foi autorizado pelo presidente do Congresso, José Sarney, por meio da promulgação a Lei 12.729.

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O Senado Federal autorizou os estados da Bahia, do Rio de Janeiro e do Mato Grosso a contrair empréstimos externos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A Bahia poderá contratar até US$ 700 milhões do Bird, que serão destinados ao Programa de Inclusão e Desenvolvimento Socioeconômico do Estado da Bahia (Proinclusão). O Rio de Janeiro está autorizado a obter empréstimos do BID no valor de até US$ 60 milhões, que devem ser aplicados no Programa de Inclusão Social e Oportunidades para Jovens. Mato Grosso também poderá fechar contrato de obtenção de crédito com o BID no valor de US$ 15.032.000,00. O recurso deve financiar parcialmente o Programa de Desenvolvimento da Administração Fazendária (Profisco-MT).

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As resoluções do Senado Federal que autorizam os empréstimos externos para esses Estados foram publicadas nesta sexta-feira no Diário Oficial da União (DOU).

O número de empresas que procuraram crédito em setembro caiu 17% na comparação com o mês anterior, informou a Serasa Experian, com base em pesquisa feita em 1,2 milhão de consultas. Houve queda também, de 15%, se o resultado for comparado com setembro do ano passado. No acumulado dos nove primeiros meses de 2012, a busca das empresas por crédito registrou variação negativa de 3% sobre o mesmo período de 2011.

De acordo com a Serasa Experian, a demanda foi afetada pelo menor número de dias úteis em setembro - 19 ante 23 em agosto. "Ajustada pela quantidade de dias úteis, a média diária da demanda das empresas por crédito em setembro foi 0,5% superior à de agosto, refletindo a trajetória de gradual recuperação da atividade econômica, tendência que deverá prevalecer ao longo dos próximos meses", informou a empresa, em nota distribuída à imprensa.

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As micro e pequenas companhias foram as que mais diminuíram a procura por crédito em setembro, com um recuo de 17,9% ante agosto. Nas médias empresas houve queda de 2,5% e nas grandes o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito registrou alta de 0,2% na mesma base de comparação. No acumulado do ano sobre o mesmo período de 2011, a procura apresenta diminuição de 3,9% no caso das micro e pequenas empresas, alta de 12,1% para médias e avanço de 15,2% para grandes companhias.

"O cenário internacional ainda com elevado grau de instabilidade, prejudicando captação de recursos externos ou via mercado de capitais, e a presença de subsídios creditícios oficiais - recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo - vêm incentivando a demanda das médias e das grandes empresas por crédito perante fontes domésticas de financiamento", afirma a Serasa Experian.

Na divisão por setor da economia, as empresas comerciais diminuíram em 14,6% a procura por crédito em setembro na comparação com agosto, as industriais reduziram 14,8% e as de serviços apresentaram baixa de 20,1%. No acumulado do ano, até setembro, esses setores apresentam baixas de, respectivamente, 4,6%, 3,1% e 1,2%.

O Banco do Brasil oferece a partir desta quarta-feira a linha de crédito FAT Turismo, que contará com R$ 500 milhões. A linha é destinada a micro, pequenas e médias empresas com projetos relacionados à Copa das Confederações de 2013 e à Copa do Mundo de 2014.

O limite de financiamento é de R$ 2 milhões por empresa, divididos em R$ 500 mil para capital de giro e R$ 1,5 milhão para investimentos. A taxa mínima de juros é de 4,5% ao ano mais TJLP. O prazo de pagamento é de até 84 meses para investimentos, com carência de 24 meses. Para capital de giro, o financiamento é de até 36 meses, incluindo 12 meses de carência.

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Segundo o BB, pela nova linha será possível financiar, por exemplo, máquinas e equipamentos, capacitação de pessoal, pagamento de licenças e royalties para uso de logomarcas oficiais.

O vice-presidente de Agronegócio e Micro e Pequenas Empresas do BB, Osmar Dias, afirmou que a expectativa é esgotar rapidamente o volume de recursos já disponível. Por isso solicitou ao Ministério do Trabalho a ampliação do valor total da linha, que hoje é de R$ 100 milhões para capital de giro e R$ 400 milhões para investimentos.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou, em Tóquio, à Agência Estado, que a carteira de crédito do banco público, que está hoje em R$ 315 bilhões, deve crescer perto de 40% em 2013 ante este ano, velocidade muito próxima da alta de 42% que deve ser registrada em 2012 em relação a 2011.

Em relação à concessão de crédito para o setor imobiliário pela Caixa, na categoria originação, Hereda apontou que deverá crescer 20% em 2013 em relação a este ano, mantendo o mesmo ritmo de expansão deste ano ante 2011. Com isso, esse segmento de financiamentos que atingiu por parte do banco um montante de R$ 80 bilhões em 2011, deverá alcançar R$ 100 bilhões em 2012 e R$ 120 bilhões em 2013.

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Hereda ressaltou que a Caixa deverá firmar 750 mil contratos relativos ao programa Minha Casa, Minha Vida em 2013. Em 2012, o banco oficial computou a entrega de um milhão de moradias e mais um milhão de contratos foram firmados. Para o próximo ano, a expectativa do presidente da Caixa é de que sejam contratados mais 750 mil residências nesse plano federal.

Bolha

Hereda afirmou que não há risco de ocorrer bolha imobiliária no Brasil, como foi registrado nos Estados Unidos e na Espanha. Para ele, vários fatores lhe dão segurança de que tal problema não ocorrerá.

Um deles é o nível de garantia para o financiamento dos imóveis, que é elevado. "No País, o sonho da casa própria é muito importante. Nessas nações que tiveram problemas bastante sérios as pessoas já possuíam moradias e estavam comprando o segundo ou o terceiro imóvel", destacou. "Já no Brasil, a última coisa que o cidadão quer é perder a sua residência", destacou.

Além disso, Hereda destacou que no Brasil o mercado secundário imobiliário ainda é muito pequeno, diferente do que ocorreu nos EUA, onde "ativos bons podiam ser empacotados com ativos não bons e ser distribuídos" por instituições financeiras. "Estamos muito distante de uma bolha no Brasil", apontou.

Ele fez os comentários após participar de evento promovido pela Câmara do Comércio Brasileira no Japão.

O Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês) divulgou neste sábado que a medida mais ampla da base monetária do país, chamada M2, teve alta de 14,8% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. O avanço foi maior do que a expansão de 13,5% registrada em agosto e superou a previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de 13,7%.

A base monetária M1 teve alta anual de 7,3% em setembro e medida M0 cresceu 1,3% na mesma base de comparação.

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Os dados do banco central mostram também que a medida mais ampla de crédito, chamada financiamento social total, cresceu para 1,65 trilhão de yuans em setembro, de 1,24 trilhão de yuans em agosto. Isso aparentemente compensou uma queda em novos empréstimos em yuan concedidos pelas instituições financeiras, que recuaram para 623,2 bilhões de yuans em setembro, de 703,9 bilhões de yuans em agosto.

Os depósitos em yuan subiram 13,3% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2011, para 89,96 trilhões de yuans (cerca de US$ 14,4 trilhões). Já os depósitos em moeda estrangeira avançaram 61,9%, para US$ 413,8 bilhões. Mas houve uma queda ante agosto deste ano, quando esses depósitos estavam em US$ 415,1 bilhões.

O banco central chinês informou também que as reservas internacionais do país totalizavam US$ 3,29 trilhões no fim do terceiro trimestre, de US$ 3,24 trilhões no fim do segundo trimestre. As informações são da Dow Jones.

O governo encaminhou ao Congresso Nacional a Medida Provisória 583, que abre crédito extraordinário em favor do Ministério da Integração Nacional, no valor de R$ 676 milhões. Segundo o anexo ao texto da MP, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), os recursos serão destinados para ações de defesa civil e operações especiais (auxílio emergencial financeiro).

A greve dos bancos poderá contribuir para o aumento da taxa média de juros bancários apurada pelo Banco Central no mês de setembro, segundo comentou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. O dado será divulgado pela instituição no final do próximo mês. A paralisação pode influenciar ainda os dados de inadimplência.

Maciel lembrou que, no ano passado, os dados de outubro refletiram o efeito da greve naquele mês. Na época, a instituição explicou que a greve restringiu parcialmente o acesso aos serviços bancários, afetando, principalmente, o crédito a pessoas físicas, em particular o crédito pessoal e o consignado, que são as linhas mais baratas. Isso elevou a demanda por modalidades pré-aprovadas, como cheque especial. O BC divulgou nesta quarta-feira (26) dados parciais de crédito até dia 14, mas a greve só começou no dia 18 deste mês.

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Empresários de micro e pequenos negócios do varejo alimentar, como por exemplo mercadinhos, localizados na Região Nordeste do Brasil, e que têm participação no projeto Varejo Competitivo, poderão ter acesso a crédito do Banco Gerador. Os recursos e juros serão subsidiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e deverão ser destinados a reformas e ampliações e para a compra de equipamentos.

De acordo com informações da Agência Sebrae de Notícias, a maneira como será feito o financiamento foi discutida em reunião do comitê gestor do Varejo Competitivo - que é desenvolvido pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) -, em São Paulo. O debate foi nessa segunda-feira (24).

O projeto realiza capacitações com foco no fortalecimento de micro e pequenos negócios do varejo alimentar. A perspectiva é que mais de 1,8 mil empresários sejam qualificados até o mês de dezembro do ano que vem. Desse total, já participam do processo 1,1 mil, com maior parte sendo do Nordeste.

“A ideia é que os financiamentos junto ao Banco Gerador sejam pleiteados pelas empresas que já passaram pelo processo de capacitação e consultoria necessários, pois assim terão maior segurança na administração de seus negócios e no gerenciamento financeiro”, disse a coordenadora nacional de Comércio Varejista do Sebrae, Fabianni Melo, de acordo com a agência.

Com informações da Agência Sebrae de Notícias.

Os bancos do Reino Unido reduziram os empréstimos para empresas e famílias em agosto, destacando os desafios enfrentados pelos formadores de política que tentam estimular o crédito e reanimar a economia estagnada.

Dados da Associação dos Banqueiros Britânicos mostraram que os empréstimos para empresas não financeiras caíram 1,5 bilhão de libras (US$ 2,43 bilhões) em agosto, na comparação com julho - mais do que a queda mensal de 500 milhões de libras registrada naquele mês.

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O crédito hipotecário líquido diminuiu 300 milhões de libras em agosto, após ter aumentado 100 milhões de libras em julho, enquanto outras formas de empréstimos para famílias também recuaram 300 milhões de libras, assim como ocorreu em julho.

O governo britânico e o Banco da Inglaterra (BOE) identificaram uma falta de crédito para pequenas empresas conforme a economia local se enfraqueceu, o que prejudicou os investimentos, as contratações e o crescimento econômico. Para lidar com isso, lançaram um plano conhecido como "financiamento para empréstimos", que permite que os bancos captem recursos mais baratos do banco central se os utilizarem para fornecer novos empréstimos. As informações são da Dow Jones.

Os três maiores bancos do Japão estão ampliando esforços para adquirir moedas estrangeiras, especialmente o dólar norte-americano, em resposta ao crescimento de empréstimos para companhias internacionais, de acordo com o jornal Nikkei.

A crise do endividamento soberano na Europa tem dificultado a obtenção de uma fonte estável para fundos em dólares para bancos em todo o mundo. As instituições japonesas, estando em boas condições relativas, provavelmente vão buscar adquirir agressivamente moedas estrangeiras a juros baixos.

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O Bank of Tokyo-Mitsubishi, o Sumitomo Mitsui Banking e o Mizuho Financial Group tinham, fora do Japão, depósitos de US$ 344,7 bilhões, ou cerca de 26,9 trilhões de ienes em 31 de março. Desde então, o número tem crescido. O Mizuho tinha recentemente fora do país cerca de US$ 80 bilhões, ante US$ 74 bilhões em 31 de março, excluindo-se depósitos em banco central.

Os bancos também têm adquirido moedas internacionais por meios que não sejam depósitos. O patrimônio em moeda estrangeira levantado por meio de certificados de depósito e por commercial paper (instrumento financeiro de crédito) subiu US$ 17 bilhões, para US$ 71 bilhões no Sumitomo Mitsui Banking no período de três meses iniciado em abril. O banco levantou US$ 3 bilhões em julho pela emissão de títulos denominados em moedas estrangeiras. O Mizuho emitiu seus primeiros títulos denominados em moeda internacional em março, levantando US$ 1,5 bilhão.

A razão para este comportamento é que os empréstimos para empresas fora do Japão estão aumentando rapidamente. O balanço relativo a financiamento estrangeiro totalizou mais de US$ 500 bilhões em 31 de março e continuou a avançar desde então. Com custos baixos para adquirir recursos em moedas estrangeiras, os grandes bancos têm utilizando depósitos domésticos em moeda estrangeira e também depósitos fora do país. E os bancos japoneses têm classificação de crédito relativamente elevada.

"Instituições como bancos centrais na América do Sul, buscando gerenciamento de seus recursos, têm feito mais depósitos em bancos japoneses", afirmou um representante do Sumitomo Mitsui Banking. "Um número crescente de empresas estrangeiras também tem depósitos conosco", citou fonte do Mizuho.

Embora grande parte da procura por moeda estrangeira ocorra na forma de dólares norte-americanos, as opções estão se ampliando para incluir o dólar australiano e outras moedas. Os grandes bancos até mesmo esperam ter acesso à moeda chinesa por meio de depósitos internacionais para varejistas em algum momento no futuro. As informações são da Dow Jones.

A poupança continuará sendo a principal fonte do funding para o crédito imobiliário nos próximos anos, avaliou Júlio Cesar Carneiro, chefe adjunto do Departamento de Normas do Banco Central. Segundo ele, a captação da poupança não foi afetada pela mudança ocorrida recentemente na remuneração da caderneta. "A população entendeu bem a medida e os depósitos cresceram. A poupança será a principal fonte do crédito por um bom tempo", disse nesta quinta-feira durante seminário promovido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O executivo do Banco Central observou que entre maio e agosto de 2012, meses seguintes às alterações na remuneração, a captação da poupança totalizou R$ 23,1 bilhões no País. O montante é bem superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 7,2 bilhões.

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Ele ponderou, no entanto, que é necessário fomentar o desenvolvimento de outros instrumentos para compor o funding do crédito imobiliário, que segue em rota de crescimento. "Se temos que incentivar o crédito imobiliário entre instituições de menor porte, esses instrumentos têm que ser trabalhados", afirmou, referindo-se às Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), entre outros. Carneiro acrescentou que está em avaliação no Banco Central a criação de covered bonds, que são títulos com lastro nos financiamentos imobiliários. O instrumento, porém, ainda não tem data para chegar ao mercado.

Para Carneiro, o mercado imobiliário brasileiro está fundamentado em bases sólidas, com baixa inadimplência e atendendo em grande parte as recomendações internacionais. Para ele, entretanto, faltam indicadores sobre crédito imobiliário, originação dos recursos e preços dos imóveis. O executivo disse que está em estudo por outras instituições a criação de um índice de preços. Atualmente, há apenas o Índice Fipezap, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a partir de anúncios no site Zap, e não de negócios fechados.

O executivo também afirmou que existe uma tendência de relaxamento das exigências para concessão de crédito à medida que cresce o volume de financiamentos. Segundo Carneiro, é preciso seguir verificando a renda dos mutuários e seus limites de endividamento com o objetivo de evitar complicações nos pagamentos. A inadimplência do setor está decrescente.

Após uma série de altas entre janeiro de 2011 e maio de 2012, e uma queda de 0,1 ponto porcentual em junho, a inadimplência nos contratos de financiamentos de veículos para pessoa física - aqueles com mais de 90 dias de atraso - permaneceu estável em julho, em 6% do saldo da carteira de veículos. Segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Décio Carbonari, a tendência é de queda na inadimplência nos próximos meses.

"As atuais políticas de crédito das financiadoras tiveram grande responsabilidade neste movimento inicial de estabilização dos índices de inadimplência", disse Carbonari, numa referência à exigência de valores maiores de entrada no financiamento, bem como de parcelamentos mais curto. "Com essas ações, as financeiras conseguiram salvaguardar a saúde financeira destes clientes e evitaram que tivessem maiores dificuldades para cumprir com seus compromissos", informou o presidente da Anef.

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O saldo total das carteiras de financiamentos de veículos (CDC e leasing) fechou julho em R$ 203,4 bilhões, 0,3% superior ao mês de junho, quando o saldo era de R$ 202,7 bilhões. Quando comparado ao mesmo período de 2011, a alta foi de 3,8%. O saldo seguiu em 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, estimado em R$ 4,308 trilhões, entre junho e julho, ante 4,9% em julho de 2011.

O total corresponde a 9,3% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e representa 29,4% do total do crédito destinado às pessoas físicas no Brasil. A taxa média de juros praticada pelas associadas da Anef em julho de 2012, estabilizou-se em 1,30% ao mês e 16,77% ao ano, a mesma taxa utilizada no mês anterior. A taxa média do mercado em julho passou a ser de 1,60% ao mês e de 20,95% ao ano.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os bancos estão cobrando taxas "escorchantes" no cartão de crédito, que são injustificáveis. "Esses disparates têm de desaparecer", afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na sexta-feira à tarde, em seu escritório em São Paulo. "Estamos preocupados com os cartões de crédito. E, se nós estamos, é bom que eles (os bancos) também se preocupem."

Os spreads bancários se tornaram uma das principais brigas do governo Dilma Rousseff, que quer ver chegar ao consumidor o efeito do forte corte promovido na taxa Selic, utilizada como referência para os empréstimos no País. Normalmente comedido ao falar dos rumos da Selic, Mantega, dessa vez, foi categórico. "Não há necessidade de alta de juros", disse.

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O ministro está seguro de que os preços vão se manter sob controle no ano que vem, apesar da recuperação da economia e ao contrário do que projetam consultorias renomadas. Não só a crise global vai elevar a oferta de produtos internamente a preços baixos, diz o ministro, como também as medidas adotadas pelo governo vão ajudar.

Para o titular da Fazenda, a desoneração da folha de pagamentos, a redução do custo da energia e o corte de IPI para carros colaboram para manter os preços estáveis. "E também não pode levar em consideração choque de oferta", frisou, referindo-se ao aumento do preço dos grãos, provocado pela quebra da safra americana. "Não adianta elevar juro para diminuir preço nos Estados Unidos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O volume total de crédito do sistema financeiro cresceu 516,4% nos últimos dez anos, ao passar de R$ 351,647 bilhões em junho de 2002 para R$ 2,167 trilhões em junho de 2012. De acordo com levantamento feito pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em junho deste ano o volume equivalia a 50,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Em junho de 2002, o volume representava 27,2% do PIB. O total corresponde tanto a recursos livres, que as instituições financeiras emprestam livremente, quanto a recursos direcionados - recursos obrigatórios por legislação.

No caso dos recursos livres, o crescimento no período foi de 446,3%. O volume passou de R$ 209,506 bilhões em junho de 2002 para R$ 1,144 trilhão em junho de 2012. O volume de crédito para pessoa física cresceu ainda mais (613,4%) na mesma base de comparação, passando de R$ 76,519 bilhões para R$ 545,869 bilhões. No caso das pessoas jurídicas, o volume de crédito chegou a R$ 598,676 bilhões em junho de 2012, ante R$ 132,986 bilhões em junho de 2002, alta de 350,2% no período.

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Para a Anefac, a expansão é positiva, mas o volume total de crédito brasileiro ainda é baixo em comparação com as principais economias mundiais, onde o número chega a corresponder a mais de 100% do PIB.

A Análise de Dez Anos do Crédito do País, feita pela Anefac, compilou dados do relatório de Política Monetária do Banco Central. O estudo não computou operações feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O número de consumidores que procuraram crédito no mês de agosto foi 3,1% maior do que o registrado em julho, informou nesta terça-feira a Serasa Experian. Foi a segunda alta mensal consecutiva do Indicador da Demanda do Consumidor por Crédito. Em julho, havia sido verificada elevação de 8% na comparação com junho.

Apesar da alta na margem, o indicador segue abaixo dos níveis registrados no ano passado. A procura por crédito em agosto ficou 2,7% abaixo da quantidade vista no mesmo mês de 2011. Já o acumulado nos oito primeiros meses do ano está 5,6% abaixo do verificado no mesmo período de 2011.

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De acordo com a Serasa Experian, o consumidor demonstra maior disposição em buscar crédito no segundo semestre por causa de taxas de juros mais baixas e pela queda da inadimplência, o que abre oportunidades a quem estava com dívidas em atraso.

Em agosto, houve aumento na demanda por crédito em todas as faixas de renda. Destaque para a população de baixa renda, cujas altas foram de 4,5% na comparação com julho, de 2,4% sobre agosto de 2011 e 3,1% no acumulado do ano ante o mesmo período de 2011. Na análise por regiões do País, o Nordeste foi onde houve a alta mais expressiva em agosto, de 5,2% ante julho.

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