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Não há como reduzir, por enquanto, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A afirmação foi feita nesta sexta-feira pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, durante almoço promovido, em São Paulo, pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.

No futuro, porém, ele acredita que isso seja possível. "Eu sou muito otimista com relação a essa possibilidade", disse. Coutinho considera que o País vive um processo de "transição", referindo-se às taxas de juros. Por um bom tempo, porém, em sua opinião, os financiamentos mais longos continuarão sendo feito apenas pelo BNDES.

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O número de empresas que procuraram crédito em fevereiro caiu 5% em comparação a janeiro, informou hoje a Serasa Experian. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o Indicador da Demanda das Empresas por Crédito de fevereiro apresentou queda de 6,5%. No acumulado do ano ante o mesmo período de 2011, o indicador está negativo em 1,6%.

O setor que apresentou o maior recuo em fevereiro ante janeiro foi o de serviços (-7,2%), seguido pela indústria (-3,7%) e pelo comércio (-3,5%). Na comparação com fevereiro de 2011, esses setores registraram queda, respectivamente, de 5,8%, 2,5% e 7,9%. No acumulado do ano até fevereiro, apenas o comércio registra queda na busca por crédito em comparação ao mesmo período de 2011, de 3,6%, enquanto serviços subiu 0,3% e indústria avançou 1%.

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Para a Serasa Experian, a queda da demanda das empresas por crédito em fevereiro é "natural" devido ao menor número de dias úteis em razão do feriado de carnaval. A empresa destaca a alta acumulada até fevereiro no indicador da indústria, o que sinaliza um desempenho melhor do setor em 2012. "A reversão da valorização do real e a melhora do cenário externo são elementos que poderão consolidar um cenário melhor para o setor industrial neste ano", afirma a Serasa Experian, em nota.

O recuo em fevereiro ante janeiro ocorreu apenas entre as micro e pequenas empresas (-5,5%), enquanto entre as médias houve aumento de 2,1% e entre as grandes companhias o crescimento foi de 0,2%. As micro e pequenas são as que registram queda no acumulado do ano até fevereiro, de -2,2%, ante alta na busca por crédito de 7,8% entre as médias companhias e de 14,9% entre as grandes. Na análise por regiões do País, houve recuo em todas no mês de fevereiro ante janeiro: Nordeste (-7,8%), Sudeste (-5,2%), Norte (-3,8%), Sul (-3,5%) e Centro-Oeste (-3,1%).

Brasília, 13 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que é preciso que o crédito continue seu processo de ampliação no País. Ele destacou também a necessidade de continuidade de redução do custo financeiro dos empréstimos. "No fim de 2011, chegamos com R$ 2 trilhões de crédito no sistema financeiro nacional", enfatizou o ministro durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Mantega disse também que o crédito habitacional está "crescendo muito" e que esse é um movimento saudável para a população, que já pode se comprometer com esse tipo de financiamento após adquirir bens de consumo. Falou, ainda, que os desembolsos da Caixa Econômica Federal nessa linha vêm aumentando. "A Caixa não é o único, mas é o maior financiador do País."

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Segundo o ministro, o governo tem vários desafios na área social, embora a pobreza já esteja diminuindo. "As desigualdades regionais têm de continuar diminuindo e, por isso, é importante ter programas sociais", disse, citando alguns deles como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o Brasil sem Miséria e as políticas em Educação. "Esta é uma arma poderosíssima na redução da pobreza", avaliou, acrescentando que o MCMV cresce e gera efeitos sobre a economia. "A diminuição da pobreza", disse Mantega, enfatizando que fazia a comparação entre os Brics. "Os países avançados hoje estão concentrando renda. Nossa comparação é com os Brics." No Brasil, segundo ele, os mais pobres têm aumentos mais expressivos do que os ricos.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que aprovou um crédito de R$ 1,5 bilhão para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que serão investidos em programas de treinamento e qualificação profissional para ampliar a oferta de mão de obra qualificada no País, um dos principais gargalos da economia.

O financiamento corresponde a 74% dos investimentos do Programa Senai para a Competitividade Industrial, que será feito em todo o país pela instituição educacional ligada à indústria, informou o banco em nota.

Segundo o BNDES, o crédito ajudará nos planos do Senai de ampliar e modernizar a rede de escolas técnicas e centros de referência da instituição em todo o País, além de criar uma nova categoria de centros tecnológicos voltados para o fomento da inovação. Até 2015, o projeto pretende ampliar de 2,1 milhões para 4 milhões o número de matrículas na educação profissional. Na área de serviços técnicos e tecnológicos, a meta é mais do que dobrar os contratos de prestação de serviços, chegando a 283 mil em 2015.

O crédito foi aprovado pela diretoria do banco no âmbito do Programa BNDES de Apoio à Qualificação Profissional do Trabalhador (BNDES Qualificação), criado para contribuir com as diretrizes do Plano Brasil Maior para reduzir a escassez de mão de obra. O financiamento destina-se, principalmente, às obras de infraestrutura (construção, modernização, ampliação e aparelhamento das unidades de treinamento.

O crédito para habitação com recursos livres e direcionados cresceu 2,7% no mês de janeiro em relação a dezembro de 2011, somando R$ 205,834 bilhões, informou hoje o Banco Central. Em 12 meses, o crescimento é de 44,5%.

O saldo de empréstimos para compra de veículos por pessoas físicas passou de R$ 200,889 bilhões para R$ 200,936 bilhões na comparação mensal. Houve crescimento de 0,8% nas operações com crédito livre e queda de 4,8% no leasing. Em 12 meses, houve avanço de 8% no total de operações.

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O governo aposta no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal em nova etapa do plano de aumento do crédito e incentivo à economia. Após turbinar a oferta de empréstimos no fim de 2011, a equipe econômica agora quer diminuir a margem que essas instituições cobram nas operações, o chamado spread bancário.

Com a aposta de que os bancos públicos podem liderar o movimento, o governo reforçou o pedido para que esses bancos diminuam o spread e, assim, incentivem concorrentes privados a realizarem o mesmo.

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Fontes do governo e dos bancos afirmam que a direção do BB e da Caixa tem se reunido com representantes do Ministério da Fazenda para tentar uma ação coordenada de redução dessa margem. A intenção é costurar plano semelhante ao executado na crise de 2008 e 2009, quando instituições públicas reduziram spreads e juros, ganharam clientes, impulsionaram a economia e, ainda, foram seguidos pelos concorrentes.

Um dos objetivos é reduzir as margens em operações que possam incentivar o consumo das famílias. No governo federal, há incômodo com o fato de que, apesar da queda da taxa básica de juro (Selic) desde agosto do ano passado, alguns spreads aumentaram expressivamente nesse período.

Entre essas linhas que sofreram com aumento das margens está o financiamento de loja - diretamente ligado ao consumo de eletrodomésticos e têxteis, por exemplo -, que apresentou elevação nos últimos meses de 2011. A piora da inadimplência nessas operações é a explicação dos bancos para o movimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começará a operar, neste ano, linhas de financiamento com condições especiais para projetos voltados à redução de emissões de gases do efeito estufa e ao desenvolvimento de tecnologias de adaptação às mudanças climáticas. Os recursos virão do Fundo Nacional Sobre Mudança do Clima, que tem, atualmente, R$ 560 milhões.

O BNDES foi escolhido pelo Ministério do Meio Ambiente para administrar a carteira de crédito reembolsável do Fundo Clima, composto por 60% do valor de Participações Especiais da exploração de petróleo no País recebido pelo ministério. A intenção é estimular investimentos privados e de governos municipais e estaduais em empreendimentos ou pesquisa aplicada.

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Dos R$ 230 milhões acumulados no fundo em 2011, R$ 30 milhões foram destinados a um programa de apoio financeiro não reembolsável operado diretamente pelo ministério. Os R$ 200 milhões restantes serão somados aos R$ 360 milhões que serão aportados no fundo este ano para as operações administradas pelo BNDES.

Captação - O fundo deve captar até R$ 750 milhões por ano das participações especiais do petróleo, mas poderá elevar esse teto com doações de outros segmentos, como empresas, entidades e governos de outros países. O fundo é um dos instrumentos do governo brasileiro para cumprir o compromisso voluntário do País com a redução entre 36,1% e 38,9% das emissões de carbono projetadas até 2020, assumido na convenção sobre o clima de Copenhague.

Com as linhas do Programa Fundo Clima, o BNDES oferecerá taxas de juros ainda mais vantajosas do que as tradicionais do banco. Para projetos de geração de energia solar, por exemplo, o banco oferecerá taxas entre 2,5% e 5,6% ao ano, com redução de quase 5 pontos porcentuais em relação às taxas usuais do banco.

Há ainda taxas reduzidas para projetos relacionados a transporte urbano, carvão vegetal, combate à desertificação, disposição e reaproveitamento de resíduos, energias renováveis dos oceanos, biomassa e eólica.

Mais competitividade - O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que o programa será um instrumento a mais do banco para incentivar o desenvolvimento de tecnologias que ajudem a aumentar a competitividade do Brasil num ambiente econômico de crescente valorização da redução dos teores de carbono. Ele citou como exemplo o interesse do governo no desenvolvimento de veículos elétricos.

"Em um primeiro momento, o custo de desenvolvimento de novas tecnologias é alto. Com a produção em escala, o preço cai, mas há um período de indução à inovação e o fundo é uma ferramenta para fazer isso com taxas mais baixas", disse Coutinho, em entrevista coletiva na sede do BNDES, onde recebeu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O presidente do banco de fomento ressaltou que as linhas do Fundo Clima não serão usadas para financiar a aquisição de equipamentos já viáveis comercialmente, mesmo que tenham conotação ambiental. O objetivo é apoiar projetos que agreguem novas soluções. "Tem que adicionar algo novo", frisou Coutinho. "Se olharmos as várias cadeias industriais, estimular o desenvolvimento de equipamentos que reduzam o consumo de energia já é uma grande contribuição. Mas é preciso induzir isso inicialmente para que as inovações ganhem escala."

No ano passado, as micro e pequenas empresas (MPE) contrataram mais de R$ 143,4 bilhões em empréstimos vindos de bancos públicos federais. Esse valor foi divulgado nesta segunda-feira (6), pelo Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O Serviço também informa que o número corresponde à soma dos valores emprestados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF).

Segundo o Sebrae, o valor é 13,5% superior do que o do ano de 2010. De acordo com informações levantadas pela Agência Sebrae de Notícias, foram emprestados às MPE R$ 126,3 bilhões pelos bancos. A atuação delas é maior entre clientes da CEF. Ainda de acordo com o órgão, de cada R$ 100 emprestados às empresas, R$ 44 foram contratados para empreendimentos de pequeno porte e a Caixa disponibilizou para esse setor cerca de R$ 28,6 bilhões em 2011, com previsão de que o valor suba para R$ 40 bilhões no corrente ano.

Em relação ao BNB, foram contratados R$ 2,5 bilhões em empréstimos, correspondendo a um total de 106 mil operações e a um valor 13% superior ao de 2010. A expectativa é de que esse valor suba, este ano, para R$ 3,5 bilhões. Já no BNDES, a proporção de empréstimos destinados aos pequenos negócios chegou aos 36%. Nesse contexto, R$ 49,8 bilhões foram contratados por micro e pequenas empresas, representando 9% a mais que em 2010.

Já o Basa, que atende em prioridade a região da Amazônia, emprestou R$ 208 milhões no ano passado. No entanto, o valor é 7,9% a quantidade emprestada em 2010. Se acordo com o Sebrae, o Banco do Brasil deverá divulgar o balanço correspondente a 2011 ainda este mês. 

O presidente da Febraban, Murilo Portugal, disse que o crédito já está avançando de maneira rápida no Brasil. "O crescimento é muito forte, acima do produto (Produto Interno Bruto)", disse hoje à Agência Estado em Londres, onde participa do evento City Week 2012.

Pelas estimativas da Febraban, o crédito deve ter crescido 19% em 2011, uma leve desaceleração em relação ao ano anterior (+20,5%). Para 2012, a projeção para a Febraban aponta para uma alta de 16%, em linha com o número que o Banco Central apontou como confortável, lembrou Portugal. No ano passado, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que o crescimento ideal do crédito para o País seria em torno de 15%.

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A avaliação do presidente da Febraban sinaliza que o governo não precisaria adotar medidas para estimular o setor. "O governo precisa continuar trabalhando para reduzir o custo do crédito", disse, citando como exemplo os impostos que incidem sobre a área.

Portugal acredita que a preocupação com a inadimplência hoje não é maior do que já foi no passado. Em 2011, o índice ficou em 5,4% e para este ano a Febraban estima pequena queda para 5,1%. Segundo ele, o aumento da inadimplência no ano passado ocorreu em parte como decorrência do aperto monetário realizado pelo Banco Central, com a introdução de medidas macroprudenciais, um cenário que já começou a ser revertido.

Portugal também destacou que, atualmente, os bancos têm provisões para inadimplência equivalentes a 159% dos empréstimos duvidosos.

O Banco Central autorizou o funcionamento pleno da nova Central de Cessões de Crédito, chamada de "C3", a partir de 30 de janeiro, próxima segunda-feira. Nesse ambiente, serão registradas as operações de crédito negociadas entre bancos, o que evita a negociação dupla de uma mesma operação - como aconteceu no Banco Panamericano. Desde agosto, o sistema operava uma autorização parcial concedida pelo BC.

"A partir de agora, a C3 fará a transferência definitiva do ativo negociado simultaneamente à liquidação financeira definitiva, trazendo, dessa forma, maior segurança às operações de cessões de crédito interbancárias", diz o BC em comunicado distribuído à imprensa.

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Desde o início da operação do novo ambiente, o sistema já registrou 89 milhões de parcelas de crédito, em 168 operações que somaram valor de R$ 16 bilhões. Além disso, já estão registradas outras 706 milhões de parcelas de operações de crédito que podem ser negociadas e que somam valor total de R$ 127 bilhões.

"O desenvolvimento do sistema apresenta o potencial de reduzir o risco operacional e de aumentar a liquidez no mercado de cessões de crédito interbancário, representando, dessa forma, importante aprimoramento na estabilidade e na eficiência do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro", diz o BC em nota.

O crédito destinado a empreendedores individuais aumentará este ano. A Caixa Econômica Federal vai destinar R$ 345 milhões para o Microcrédito Produtivo Orientado (Crecer). O  programa oferece facilidade de contratações, taxa de juros reduzida (0,64% ao mês) e prazo de até 24 meses para pagar.

O contrato deve atender mais de 30 comunidades do país, como o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e Heliópolis, em São Paulo, que receberam, pelo programa, R$ 5 milhões, em aproximadamente 1000 contratos. O objetivo da Caixa é contratar jovens das próprias comunidades atendidas para atuar como agentes de microcrédito. Já para esse ano, devem ser selecionados mais dois mil aprendizes, com idades entre 18 e 22 anos, que atuarão na orientação dos potenciais tomadores de crédito, com a supervisão direta de empregados da Caixa.

Os interessados em contratar uma operação pode se dirigir a uma agência ou a um dos postos de atendimento do banco, instalados em comunidades atendidas pelo programa. O Crescer pode ser usado como capital de giro ou para compra de equipamentos e máquinas. O valor máximo do empréstimo é de R$ 15 mil, com prazo de até 24 meses para pagar, e taxas de juros de 0,64% ao mês. A Taxa de Abertura de Crédito (TAC) é de 1% do valor do empréstimo.

O programa teve início em setembro do ano passado e já concedeu mais de R$ 11 milhões a novos empreendedores. 

 

A quantidade de empresas brasileiras que procuraram crédito em 2011 subiu 2,3%, informou hoje a Serasa Experian. O resultado do Indicador da Demanda das Empresas por Crédito, no entanto, mostra uma desaceleração em comparação a 2010, quando a expansão foi de 7,6% em relação ao ano anterior. Na comparação mensal, houve recuo de 10,6% em dezembro em relação a novembro (sem ajuste sazonal). Em relação a dezembro de 2010, a alta foi de 4,5%.

A justificativa para a desaceleração, conforme a empresa, está no alto nível das taxas de juros nos oito primeiros meses de 2011 e na desaceleração econômica do segundo semestre do ano passado. O indicador utiliza informações de 1,2 milhão de empresas em todo o País.

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A busca por crédito em 2011 foi mais forte entre as grandes companhias. A alta em relação a 2010 foi de 6,7%. "Este desempenho reforça a hipótese de que, diante do agravamento do quadro financeiro externo, as grandes empresas se voltaram para fontes internas de financiamento, num movimento semelhante ao ocorrido na crise de 2008", afirma a empresa, em nota à imprensa. A procura por parte de micro e pequenas empresas subiu 2,4%. Pelas médias, o crescimento foi de apenas 0,2%.

O setor em que a procura por crédito mais cresceu em 2011 foi o de serviços (5,5%). Para companhias industriais, o avanço foi de 2,8% e para as comerciais houve queda de 0,1%. Na análise por Região, o Sul liderou a procura de empresas por crédito com alta de 3,6% ante 2010, seguido pelo Sudeste (2,5%), Centro-Oeste (2,1%) e Nordeste (1,4%). A Região Norte apresentou recuo de 0,9%.

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União resolução do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que aprova linha de crédito do fundo para aquisição de material de construção para reformas.

O financiamento será concedido apenas para o trabalhador com vínculo empregatício, independente da renda familiar. O valor do empréstimo está limitado a R$ 20 mil e o prazo de pagamento será de até 120 meses a juros de 12% ao ano. O valor do imóvel que será reformado terá que obedecer os limites do FGTS de R$ 500 mil.

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O número de brasileiros que buscaram crédito em 2011 aumentou 7,5% em relação ao ano anterior, mostra o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado hoje. O resultado, no entanto, mostra que houve uma desaceleração em comparação ao crescimento de 16,4% verificado em 2010, causada pelo alto nível das taxas de juros vistas até agosto, aumento do endividamento da população, inflação em alta, aumento da inadimplência e crise europeia. Já dezembro de 2011 mostrou avanço de 4,6% na procura por crédito ante novembro e recuo de 4,6% em relação a dezembro de 2010.

O destaque de 2011 ficou por conta dos consumidores de baixa renda. Entre os brasileiros com rendimento abaixo de R$ 500, a busca por crédito aumentou 20%. "A diminuição da informalidade no mercado de trabalho em 2011 beneficiou, principalmente, os indivíduos de baixa renda, que passaram a dispor de maior acesso ao mercado de crédito", afirma a empresa, em nota divulgada à imprensa. Na faixa dos que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000, a alta foi de 8,7%. Aumento expressivo foi verificado também entre os brasileiros com rendimento entre R$ 5.000 e R$ 10.000, de 10,5% em 2011.

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O indicador mede o número de consumidores que buscaram crédito nas empresas credenciadas pela Serasa Experian, mas não identifica a finalidade do crédito. Todas as regiões do País apresentaram aumento na demanda em 2011, com destaque para o Nordeste, onde o crescimento foi de 11,7%. No Sudeste, a alta foi de 7,3%.

Para 2012, a expectativa é de crescimento um pouco abaixo do verificado em 2011 por causa do aumento do nível de inadimplência visto no ano passado e pela incerteza do cenário externo. "O aumento da inadimplência visto até novembro atrapalha porque, enquanto não regularizarem sua situação, as pessoas não podem contrair novos financiamentos", diz o gerente de Indicadores de Mercado da empresa, Luiz Rabi. "A velocidade desse procedimento vai ser importante para determinar se o crédito vai crescer mais ou menos em 2012", afirma.

De acordo com ele, a crise internacional também deve frear o crescimento da demanda por crédito. No entanto, Rabi prevê um quadro "um pouco melhor" da economia internacional em 2012. "Dados indicam uma certa recuperação dos Estados Unidos e a Europa está um pouco melhor, assim como o Japão. Além disso, a China vem tentando dar estímulos ao crescimento", afirma. "Do ponto de vista externo, parece que 2012 vai ser inverso a 2011, que começou bem e terminou ruim."

Os bancos já começaram a disponibilizar linhas de crédito pessoal feitas sob medida para os consumidores brasileiros custearem as já tradicionais despesas de início do ano. O empréstimo permite pagar à vista gastos com material escolar, matrícula, férias, além de tributos como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), parcelando o valor por um prazo mais longo.

Este é um mercado "bastante tradicional" e que tem sido cada vez mais demandado pelos consumidores, segundo Rogério Estevão, superintendente executivo de Empréstimos PF da instituição. "Esperamos emprestar mais do que em 2011", diz ele, sem precisar a cifra exata que o Santander objetiva financiar aos seus clientes.

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Estevão explica que a procura por este tipo de financiamento está mais concentrada no público de menor renda, mas existe em todos os segmentos de clientes do banco. "Geralmente, é quem errou nas compras de Natal e vê neste tipo de financiamento a possibilidade de fazer seu planejamento financeiro", explica ele.

O valor mínimo da linha é de R$ 100,00 e pode chegar até 30% do salário do solicitante. Segundo Estevão, o valor padrão é de mil reais, sendo que os prazos mais comuns variam entre 12 e 24 meses. A taxa média de juros está em 3,5%. A primeira parcela do empréstimo pode ser paga em até 90 dias.

No Bradesco, as linhas estarão disponíveis para todos os correntistas do banco até 31 de março. A data de vencimento da primeira parcela fica a critério do cliente e pode ser agendada para até 59 dias após a contratação da operação. Os prazos são de um a 12 meses, com prestação mínima de R$ 20,00, e taxa de juros a partir de 4,64% ao mês. No caso do IPVA, pode-se incluir no financiamento o custo do licenciamento do veículo e as multas do período. O valor referente ao IOF pode ser financiado e inserido nas prestações.

O vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil (BB), Paulo Rogério Caffarelli, afirmou hoje que a instituição financeira ainda tem um folga de R$ 5 bilhões para expandir a concessão do crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança.

Segundo ele, em 2012, no entanto, o governo terá que fazer um debate para criar novas formas de captação de recursos para esse fim. Essa é uma das reclamações das instituições financeiras que nos últimos anos expandiram os empréstimos para a compra da casa própria. "Conseguiremos operar com recursos da poupança em 2012 sem dificuldades", frisou Caffarelli.

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Caffarelli afirmou que o crédito imobiliário é importante para fidelizar a clientela. Ele ressaltou que, em janeiro, a instituição financeira começa a atuar com famílias com renda de até R$ 1,6 mil na segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida. Antes, essa faixa de renda era atendida apenas pela Caixa Econômica Federal.

Pessoa física

Somente no mês de novembro, o BB concedeu R$ 5,557 bilhões em empréstimos para as pessoas físicas - sem considerar crédito com vendas de veículos e imobiliários. Caffarelli informou que a média de concessões no ano foi de R$ 3,501 bilhões. Ele explicou que o aumento verificado está diretamente relacionado a retirada gradual das medidas macroprudenciais pelo Banco Central (BC). Caffarelli disse ainda que esse movimento deve continuar em dezembro.

Ele afirmou ainda que a concessão de empréstimos para compra de veículo também teve um crescimento considerável no mês passado. Em novembro, as operações somaram R$ 226 milhões, sendo que a média no ano foi de R$ 168 milhões.

A escalada da inadimplência e o agravamento da crise internacional deixaram os bancos mais rigorosos na concessão de crédito neste Natal. Dinheiro tem, mas apenas para aqueles que representam menor risco para as instituições financeiras. O problema é que há uma demanda forte vinda de consumidores classificados como problemáticos.

"Será um Natal mais pobre, mais comedido", diz o economista da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicolas Tingas. Ele conta que a inadimplência começou a incomodar os bancos entre abril e maio. Primeiro imaginou-se que seria uma alta pontual, que se acomodaria ao longo dos meses. Mas isso não ocorreu e os indicadores continuaram a subir. A solução foi fechar o cofre com regras mais criteriosas para a concessão de crédito.

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"Foi necessário elevar a nota de corte para controlar a liberação dos empréstimos", completa o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Renato Oliva. Hoje, comenta o executivo, há dois tipos de clientes. Um é aquele que tem conta corrente, cartão de crédito e outras operações no banco. O outro é o consumidor que não tem conta corrente no banco, mas pega empréstimo pessoal e financiamento de veículo.

"No primeiro, a restrição se dá pela redução dos níveis de crédito disponível. No segundo, é preciso fazer uma escoragem mais rigorosa. Nesse caso, dependendo da nota de corte, concedo ou não o crédito", destaca Oliva, ressaltando que há dinheiro no mercado, mas está mais caro e a mais difícil de ser liberado.

O gerente executivo de Crédito do Banco Volkswagen, Thierry Soret, confirma o aperto nas linhas de financiamento. Segundo ele, o volume de pedidos aumentou nos últimos meses, mas o nível de concessão diminuiu. No ano passado, a média de aprovação estava em 58%. Neste ano, caiu para 49%. "É um recuo significativo e foi provocado especialmente pela qualidade do tomador." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado hoje, mostra que os brasileiros estão bem mais cautelosos. O número de consumidores que buscaram crédito em novembro caiu 1,7% na comparação com outubro, registrando a terceira queda mensal consecutiva. Na comparação anual, a taxa ficou negativa pela primeira vez desde setembro de 2009, com recuo de 7,4% em relação a novembro de 2010.

Para os economistas da Serasa Experian, três motivos explicam esses resultados: desaquecimento econômico doméstico, agravamento da conjuntura internacional e aumento da inadimplência. Esse cenário, dizem os economistas da empresa, leva o consumidor a dar prioridade ao pagamento de dívidas e a ser mais moderado na hora de buscar financiamentos.

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Apesar das quedas do indicador em novembro, no acumulado do ano a procura do consumidor por crédito mostra crescimento de 8,8% na comparação com o período de janeiro a novembro de 2010.

Esse aumento é puxado pelos consumidores nordestinos. Em novembro, a região Nordeste foi a única a verificar ampliação da demanda por crédito - alta de 1,7% ante outubro. Nas demais regiões, houve quedas: -3,1% no Centro-Oeste, -3% no Sul, -2,1% no Sudeste e -2,4% no Norte.

No acumulado do ano até novembro, os nordestinos também estão na frente, com elevação de 13,7% em relação ao mesmo período de 2010. Na região Centro-Oeste, o crescimento foi de 10,3%; no Norte, 7,9%; no Sudeste, 8%; e no Sul, 6,1%.

Brasília – Com atuação recente no setor de financiamento habitacional, o Banco do Brasil (BB) vê, desde 2008, a sua carteira de crédito imobiliário crescer a passos largos, embora o setor como um todo tenha perdido um pouco o ritmo forte em 2010, disse à Agência Brasil o vice-presidente de Cartões e Novos Negócios do banco, Paulo Rogério Caffarelli.

Segundo ele, a carteira de crédito imobiliário do BB atingiu a marca de R$ 7,02 bilhões em financiamentos este ano, até sexta-feira da semana passada (25). Um crescimento de 105% em relação aos R$ 3 bilhões financiados em 2010. Os créditos para pessoa física somaram R$ 5,56 bilhões e para empresas R$ 1,46 bilhão.

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A expectativa, segundo ele, é ultrapassar os R$ 7,5 bilhões ainda este ano e chegar a R$ 13,5 bilhões de financiamentos imobiliários em dezembro de 2012. A estratégia para o ano que vem já está montada, com atuação mais contundente na liberação de créditos para a compra de moradias e para atender as necessidades das construtoras.

“Queremos chegar ao fim de 2012 entre as três maiores financiadoras do setor imobiliário”, disse ele. Hoje, o mercado tem participação majoritária da Caixa Econômica Federal, seguida, de longe, pelos bancos Itaú, Santander e Bradesco.

Caffarelli informou que o BB já atua no financiamento de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida para as faixas de renda familiar entre R$ 1,6 mil e R$ 5 mil, e a partir do dia 2 de janeiro o banco vai entrar também na faixa de menor renda, até R$ 1,6 mil, que tem atuação exclusiva da Caixa até agora. A previsão inicial, acrescentou, é financiar em torno de 97 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida no ano que vem.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, informou hoje que o governo deve anunciar, "no máximo até a semana que vem", medidas para estimular o crédito no País. "O que estamos discutindo e a Fazenda está preparando tem mais a ver com crédito. Vamos levantar um pouco as restrições de crédito que tinham sido feitas no início do ano, as tais medidas macroprudenciais", afirmou, após participar da solenidade de abertura da Conferência Américas +10.

Pimentel lembrou que o Banco Central (BC) já relativizou algumas destas medidas, mas afirmou que novas alterações serão realizadas. "Porque varejo é basicamente crédito", disse o ministro.

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Preocupado com a perda de dinamismo da atividade econômica, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu-se nos últimos dias, em São Paulo, com empresários e representantes de entidades ligadas à indústria e ao varejo. Mantega prometeu, por exemplo, anunciar medidas de redução tributária para o setor têxtil.

Pimentel disse que há várias ações que podem ser feitas na área do crédito, além de redução de tributo. "Pode aumentar o prazo, pode tirar a entrada no crédito ao consumidor, tem muita coisa que pode ser feita", disse.

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