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A Espanha recebeu a vice-campeã mundial Croácia e não tomou conhecimento do adversário nesta terça-feira. Em Elche, a seleção da casa manteve o bom início sob o comando de Luis Enrique e emendou a segunda vitória na Liga das Nações, ao atropelar sem piedade a maior surpresa da última Copa do Mundo por 6 a 0, com atuação de gala de Asensio, que participou de cinco gols.

Com o resultado, a Espanha disparou na liderança do Grupo 4 da Liga A, a primeira divisão do novo torneio criado pela Uefa. São seis pontos para os espanhóis em duas rodadas, contra zero de Inglaterra e Croácia, que jogaram apenas uma vez e se enfrentam no dia 12 de outubro, em Rijeka.

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Os vice-campeões mundiais vinham de empate por 1 a 1 com Portugal, na primeira partida após a Copa da Rússia. A equipe do técnico Zlatko Dalic mostrou sentir falta de nomes como o goleiro Subasic e o atacante Mandzukic, que se aposentaram da seleção, além de Lovren, Kramaric, Rebic e Strinic, ausências por problemas físicos.

Mesmo assim, a Croácia começou melhor nesta terça. Com marcação pressão, forçou erros da defesa adversária e quase abriu o placar aos quatro minutos, com Rakitic, que aproveitou erro de Busquets e finalizou rente à trave. Aos 15, Vrsaljko foi acionado pela direita e tocou para Santini, que perdeu grande chance de frente para De Gea.

Aos poucos, a Espanha encontrou espaço para fugir da marcação adversária, e foi precisa para abrir o placar logo na primeira chegada de perigo. Aos 23 minutos, Sergio Ramos virou para Carvajal, que dominou e cruzou com estilo. Saúl Ñíguez subiu muito alto e testou para a rede para marcar um belo gol.

A partir daí, começou o show de Asensio. Aos 32, o meia do Real Madrid aproveitou erro na saída de bola da Croácia, ficou com a sobra e encheu o pé de fora da área para ampliar. Mais dois minutos, e novamente Asensio tentou de longe. Desta vez, contou com a sorte, já que a bola tocou no travessão, nas costas do goleiro Kalinic e foi para a rede.

Entregue, a Croácia não conseguiu mais ameaçar a meta da Espanha. Para piorar, viu o adversário manter o ímpeto no segundo tempo e transformar a vitória em goleada logo aos três minutos. Desta vez, Asensio foi garçom e deu enfiada perfeita para Rodrigo, que disparou em condição legal, saiu na casa do goleiro e tocou por baixo para ampliar.

Em dia memorável, Asensio ainda participaria dos últimos dois gols da Espanha. Aos 11, ele cobrou escanteio da esquerda na cabeça de Sergio Ramos, que finalizou firme para a rede. Aos 24, recebeu pela direita e deu toque preciso para Isco, que ficou em ótima condição para bater cruzado e selar o placar.

A Copa do Mundo da Rússia está marcado o fim da carreira de alguns grandes jogadores em suas seleções nacionais. Este é o caso de alguns campeões de 2010 com a Espanha - como Andrés Iniesta, Gerard Piqué e David Silva - e agora do croata Mario Mandzukic. Perto de completar um mês da derrota na grande final para a França em Moscou, o atacante de 32 anos anunciou nesta terça-feira que não vai mais defender a equipe da Croácia.

Em uma carta aberta endereçada aos torcedores que foi divulgada em seu Instagram, Mandzukic disse que tomou uma decisão que parecia "impossível" e se disse orgulhoso pelos 14 anos defendendo a seleção da Croácia. Ainda não está definido se o atacante da Juventus ganhará uma partida de despedida por parte da Federação Croata de Futebol (HNS, na sigla em croata).

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"Eu sempre gostei de falar no campo e não fora dele. Portanto, essas palavras são um pouco mais difíceis do que enfrentar um adversário ou correr por 120 minutos. Mais difícil porque sei quanta felicidade me traz todas as convocações, jogos e vitórias. Mais difícil porque sei que honra é vestir a camisa croata e representar o país. Mais difícil porque eu sei que este é finalmente o fim dessas palavras. E, no entanto, sei que é hora certa para essas palavras", disse Mandzukic.

O atacante revelou que a derrota na final da Copa do Mundo ajudou a tomar a decisão. "Tanto quanto o vice-campeonato me enche de nova energia, tornou mais fácil para mim tomar essa decisão impossível. Nós experimentamos nossos sonhos, fizermos um sucesso histórico e sentimos o incrível amor dos fãs. Este mês, bem como a chegada a Zagreb, continuará a ser a memória mais importante da minha carreira. Foi a viagem mais bonita com a equipe e a melhor volta para casa. Estou muito feliz, orgulhoso da prata pela qual morremos há anos, através de muito esforço, trabalho, desapontamento e momentos pesados", afirmou.

"Não há tempo ideal para ir. Se pudéssemos, acredito que todos nós jogaríamos pela Croácia enquanto vivêssemos porque não há orgulho maior. Mas sinto que o momento é para mim agora. Eu fiz o meu melhor para dar a minha contribuição para o maior sucesso do futebol croata", concluiu Mandzukic.

O atacante se retira da seleção croata com 89 partidas e 33 gols. Ele estreou em 2007 sob a direção do técnico Slaven Bilic. Desde então, Mandzukic participou dos Mundiais de 2014 e 2018 e das Eurocopas de 2012 e 2016. É o segundo maior artilheiro da história da Croácia, atrás do centroavante Davor Suker - goleador da Copa de 2018 e atual presidente da Federação Croata de Futebol.

Orgulhosos pela melhor campanha da história da Croácia em uma Copa do Mundo, milhares de torcedores recepcionaram com uma grande festa a seleção do país na chegada dos jogadores à capital Zagreb, nesta segunda-feira, um dia depois da derrota por 4 a 2 para a França na final realizada em Moscou.

Em sua grande maioria vestindo o tradicional uniforme quadriculado em vermelho e branco e exibindo bandeiras croatas, a torcida marcou presença em bom número já no aeroporto e depois acompanhou a carreata do time nacional rumo à praça central da cidade, que ficou lotada para saudar os vice-campeões mundiais.

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Ao longo do trajeto realizado em um ônibus com a sua parte superior aberta, os atletas retribuíram o carinho dos fãs que gritavam os seus nomes e também distribuíram autógrafos para aqueles que conseguiram chegar perto do veículo em meio à multidão.

Em outro sinal de reconhecimento ao feito histórico obtido com o vice-campeonato mundial, jatos da Força Aérea da Croácia também escoltaram o avião que trouxe a seleção quando a aeronave entrou no espaço aéreo do país e sobrevoou Zagreb.

"Campeões! Campeões!", gritaram os torcedores aos jogadores antes de eles pisarem no tapete vermelho que foi estendido já na pista do aeroporto da capital croata e no qual os atletas andaram logo depois de saírem do avião.

Com uma população de cerca de 4 milhões de habitantes, a pequena Croácia foi tomada por clima de grande euforia desde a última quarta-feira, quando a seleção do país derrotou a Inglaterra por 2 a 1, em Moscou, e garantiu vaga na primeira decisão de Copa do Mundo de sua história. Até então, o melhor resultado do futebol do país havia sido o terceiro lugar no Mundial de 1998, na França.

A campanha de sucesso tem sido descrita como o maior feito da história do esporte croata, enchendo de orgulho a sua população e ajudando a unir um país que enfrentou uma guerra para se tornar nação independente na década de 1990, quando deixou de ser uma república da Iugoslávia após plebiscitos que garantiram uma vitória esmagadora aos separatistas em 1991. Porém, após conflitos sangrentos, o território croata chegou a ser ocupado por milícias sérvias. E apenas após intervenção militar da ONU para assegurar a paz nesta região, o país foi declarado como independente em 1992.

Para que a festa de recepção da seleção croata pudesse contar com o maior número possível de torcedores, a companhia estatal ferroviária reduziu pela metade o preço das passagens para Zagreb, enquanto autoridades da capital nacional anunciaram que o transporte público seria gratuito nesta segunda-feira.

A TV estatal croata também clamou para que os torcedores aproveitassem este "momento histórico" que é o retorno dos jogadores da seleção ao país. Já outros veículos da imprensa local descreveram os atletas como "nossos heróis" pela campanha na Rússia.

Eleito o melhor jogador da Copa do Mundo da Rússia, o meia croata Luka Modric não conseguia esconder a sua decepção ao deixar o estádio Luzhniki, em Moscou, após a derrota de sua seleção para a França por 4 a 2. O craque do Mundial não queria falar muito sobre a arbitragem do argentino Néstor Pitana, mas acabou dizendo que a atuação do juiz deixou a desejar.

"Claro que eu gosto do reconhecimento (prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo) e muito obrigado a quem me elegeu. Só que eu preferia ter ganhado o Mundial, mas não deu e pronto", afirmou, com a cara fechada ao passar pela zona mista.

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Questionado sobre a arbitragem, Luka Modric disparou. "Não vamos falar do árbitro... não vai mudar nada. A sensação é de orgulho. Podemos estar orgulhosos do que conseguimos, ainda que não seja fácil perder uma final. Demos tudo, lutamos, não baixamos os braços mesmo quando estava 4 a 1, tentamos e não podemos nos reprovar em nada. Temos que ficar de cabeça erguida", disse o jogador do Real Madrid.

Diante da insistência para comentar sobre arbitragem, Luka Modric deixou claro a sua insatisfação com o juiz argentino. "Não vi a situação do pênalti, mas Ivan (Rakitic) e Perisic me disseram que não foi intencional, o primeiro gol deles também não era falta, isso afeta é claro. Tínhamos dominado a França e vem o pênalti e tivemos de lutar tudo de novo. Não podemos mudar o que aconteceu hoje (domingo)".

"Merecíamos mais sorte, mas isso é futebol, acho que merecemos mais, mas assim é futebol, não podemos mudar nada, só temos de ficar orgulhosos, nunca desistimos, lutamos até o final", afirmou o craque da Copa do Mundo, que disse que agora quer férias. "Vamos descansar bem e nos próximos dias celebrar isso porque é muito grande para a Croácia, mas a sensação é agridoce. Estamos orgulhosos, mas tristes por ter perdido".

Na Copa do Mundo de 2022, Luka Modric terá 36 anos. Ele não quis dizer se vai deixar a seleção ou se participará de mais um ciclo junto com a Croácia. "Agora é muito cedo para falar desse tipo de coisa. Vamos ver. Tenho que descansar bem, falar com a minha família", finalizou.

IRRITAÇÃO - Se Luka Modric tentou economizar nas críticas ao árbitro, seu companheiro Ivan Rakitic foi mais incisivo. "Foi uma pena porque não revisaram a falta no primeiro gol da França e isso nos matou", disse o jogador do Barcelona.

Sobre as diferenças de critérios do árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês), ele também foi duro. "Deve-se perguntar às pessoas que cuidam disso. A primeira falta não foi e o pênalti é muito, mas muito duvidoso. Eles chutaram três vezes e fizeram quatro gols. Entendo que eles querem que tudo melhores com o VAR, mas ainda falta melhorar muito", disse.

"Fomos superiores em muitos aspectos, mas temos que felicitar a França. Temos de ficar orgulhosos, fizemos com que todo mundo prestasse atenção à Croácia. Para um país como o nosso, isso é o mais importante", finalizou Ivan Rakitic.

O sentimento na Croácia após a derrota para a França na Copa do Mundo de 2018 pode ser resumido em uma mistura de tristeza e orgulho.

Apesar da decepção com a perda do título, a pequena nação balcânica de 4,2 milhões de habitantes se prepara para festejar durante toda a noite uma campanha inédita.

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As lágrimas da presidente Kolinda Grabar-Kitarovic no momento do abraço ao capitão Luka Modric, melhor jogador do torneio, ilustram o sentimento que prevalece nas ruas e praças croatas, onde dezenas de milhares de pessoas se reuniram para ver a final.

"Tudo isso é incrível e inesquecível", disse o narrador na TV croata após o apito final de Néstor Pitana. "Agora o mundo inteiro sabe que nosso pequeno país tem jogadores fabulosos", acrescentou. "Terminou uma belíssima aventura, a Croácia é segunda", diz o jornal "Jutarnji list". "Os alvirrubros são nosso orgulho", reforça o "Vecernji list".

Essa foi a melhor campanha da Croácia em sua história de menos de 30 anos, superando o bronze de 1998, quando o país também foi derrotado pela França, mas nas semifinais.

Da Ansa

Vice-campeão, o meia Luka Modric, capitão da Croácia, venceu o prêmio Bola de Ouro de melhor jogador da Copa do Mundo de 2018. É a primeira vez desde que o troféu foi instituído, em 1978, que um jogador dos Bálcãs o conquista.

Apesar de uma atuação apagada na final, Modric, cérebro do meio-campo do Real Madrid, comandou a histórica campanha croata na Rússia. Aos 32 anos, ele também é candidato a encerrar o domínio de Messi e Cristiano Ronaldo no prêmio de melhor do mundo.

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Já o troféu de melhor jogador jovem da Copa ficou com Kylian Mbappé, de 19 anos, autor de um dos quatro gols da França na final - ele é o mais novo a marcar em uma decisão desde Pelé em 1958. Thibaut Courtois, da Bélgica, foi eleito o melhor goleiro do torneio.

O inglês Harry Kane, com seis gols, terminou como artilheiro.

Da Ansa

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O futebol tem uma nova bicampeã mundial. Em uma partida com polêmicas de arbitragem, a França derrotou a Croácia por 4 a 2 e conquistou a Copa do Mundo pela segunda vez em sua história.

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O jogo foi o primeiro em uma final de Mundial com a utilização do árbitro assistente de vídeo (VAR), usado para marcar pênalti em um toque de mão na bola de Ivan Perisic quando o jogo estava 1 a 1, após muita hesitação do juiz argentino Néstor Pitana.

Antes disso, o árbitro já havia dado falta inexistente em um lance em que Antoine Griezmann se jogou, resultando no primeiro gol da França, em uma cabeçada de Mandzukic contra a própria meta - já o tento de empate da Croácia havia sido marcado por Perisic.

A seleção balcânica, após três prorrogações no mata-mata, fez um primeiro tempo intenso e dominou o jogo, dando chance apenas nas duas bolas paradas que resultaram nos gols franceses. Na segunda etapa, no entanto, o cansaço cobrou sua conta.

Pragmática, mas talentosa, a França abriu 4 a 1 no placar com Pogba e Mbappé, ambos em chutes de fora da área. Em uma bobeada de Lloris, Mandzukic ainda fez o segundo gol croata, mas faltaram pernas para buscar um improvável empate.

A vitória premia uma França multiétnica: dos 23 convocados por Didier Deschamps, 17 são nascidos na França, mas descendentes de imigrantes, sobretudo da África, como Pogba, cuja família é da Guiné, e Mbappé, que tem sangue camaronês e argelino. Além disso, dois nasceram em outros países, Umtiti, em Camarões, e o goleiro reserva Steve Mandanda, na República Democrática do Congo.

Mbappé, de 19 anos, aliás, se tornou o mais jovem desde Pelé em 1958 a marcar em uma final de Copa. A França se junta ao grupo de bicampeãs mundiais, ao lado de Argentina e Uruguai. O Brasil tem cinco títulos, Alemanha e Itália, quatro, e Inglaterra e Espanha, um.

A Croácia, por sua vez, volta para casa com a melhor campanha de sua curta história de menos de 30 anos. Em 1998, na França, conquistara o bronze; em 2018, na Rússia, ficou com a prata. O próximo passo é o ouro. 

Da Ansa

Depois de 24 dias e 63 partidas a Copa do Mundo 2018 terá hoje (14) o seu capítulo final no Estádio de Luzhniki, em Moscou, a partir das 12h (horário de Brasília). França e Croácia são as únicas das 32 seleções que restaram na competição e farão uma final inédita. Com seu ataque veloz e meio campo habilidoso, a França é favorita, como já era desde o início do Mundial.

No início de junho, no entanto, outras seleções também faziam parte do grupo daquelas com condições de chegar à decisão. Entre elas, Brasil, Espanha e Alemanha. Todas caíram precocemente, menos a França. Se o título for para os “Bleus”, terá passado pelos pés de Mbappé e Griezzman. Os dois atacantes têm se destacado na campanha do país neste mundial.

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Eles ainda têm a companhia luxuosa de um meio-campo talentoso e veloz, composto por Pogba, Matuidi e Kanté. Mesmo com toda essa qualidade, a França está focada em vencer, e não em inspirar o mundo com seu futebol. Na maioria dos jogos decisivos, os franceses têm deixado o adversário atacar e apostado nos contra-ataques em velocidade. Tem dado certo.

Zebra quadriculada

E no grupo das favoritas não havia a Croácia. Mas o time do Leste Europeu tinha talento para ir longe na Copa. O meio-campo croata não é celebrado à toa: Modric e Rakitic são titulares no Real Madrid e Barcelona, respectivamente. O centroavante Mandzukic, autor do gol da classificação à final, joga na Juventus, melhor time da Itália na atualidade.

O técnico Zlatko Dalic ainda contou com uma boa Copa do atacante Perisic, do lateral direito Vrsaljko e dos zagueiros Lovren e Vida, além do seu goleiro. Subasic pegou quatro pênaltis, sendo fundamental para a sequência do time na Copa.

De um time como esse se esperava uma participação até as quartas de final, quando sairiam honrosamente. Mas a Croácia mostrou, além da qualidade no toque de bola no meio-campo, muita entrega e determinação nas partidas eliminatórias. Cada bola é disputada como se fosse a última, jogadores disputaram prorrogações seguidas, lesionados, mas nunca desistiam da vitória.

É inegável, no entanto, que a Croácia entra em campo mais cansada. Enquanto a França definiu sua classificação nas três partidas eliminatórias ainda no tempo normal, a Croácia jogou três prorrogações, totalizando 90 minutos a mais que os franceses. O técnico croata Zlatko Dalic sabe da condição física dos seus jogadores que, como se não bastasse, tiveram um dia a menos de descanso. A França fez a primeira semifinal e a Croácia só venceu a Inglaterra no dia seguinte.

“Os jogadores me dirão se estão prontos ou não. Sim, alguns não treinaram, mas não temos mais que treinar. Temos sim pequenos problemas, mas acredito que resolveremos todos hoje [sábado]”, disse Dalic, na coletiva de imprensa realizada ontem (14).

França e Croácia já se enfrentaram quatro vezes, entre partidas oficiais e amistosos. Foram três vitórias da França e um empate. A Croácia jamais venceu os franceses. Mas Dalic mostrou não se importar com as estatísticas desfavoráveis e a condição de “azarão” nesta final.

“Estatísticas e recordes estão aqui para serem quebrados. Não importa quem é seu oponente na final. É nossa meta dar nosso melhor, o mundo inteiro estará assistindo a Croácia. Viemos para desfrutar do jogo e vencê-lo”, disse o treinador.

Do outro lado, a França não alimenta o favoritismo. O técnico Didier Deschamps prega respeito ao adversário e elogiou o trabalho de Dalic no comando da seleção. “Eu tenho realmente um grande respeito pelos jogadores da Croácia e pelo técnico Zlatko Dalic. Não podemos esquecer o que ele fez com um país tão pequeno”.

O técnico Zlatko Dalic minimizou os problemas físicos da Croácia após a disputa de três prorrogações até a final da Copa do Mundo diante da França, neste domingo, em Moscou. "Temos pequenos problemas de lesão, mas é uma final da Copa do Mundo. Todos os jogadores estão prontos para se superar. Eles me disseram que estão prontos e que não estão cansados. Tenho certeza que nenhum vai dizer que não está pronto para disputar a final", disse o treinador em entrevista coletiva neste sábado em Moscou. "Se houver problemas, temos um bom banco de reservas", completou.

Considerando-se as três prorrogações e o número de minutos disputados, a Croácia jogou uma partida a mais que a França, que venceu todas as suas partidas no tempo normal. Além de ter um dia a mais de descanso, os franceses puderam poupar seis titulares na terceira rodada da fase de grupos - já estavam classificados. "Não temos treinado nos últimos dias. Nossas principais atividades são descansar e relaxar. Mas estarão todos prontos. Eu repito: é uma final de Copa do Mundo e todos terão mais energia", afirmou o treinador.

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Dalic mostrou otimismo em relação à final da Copa e reafirmou a importância da Copa para os croatas. Se forem campeões, ele prevê uma festa comparável às feitas no Brasil e na Argentina. "Nós podemos fazer mais, nós queremos fazer nosso país orgulhoso. Os croatas deixaram de lado todos os problemas para celebrar a Copa e ficaram orgulhosos. Os fãs e as pessoas que estão no nosso país nos motivam muito. Espero que tenhamos quatro milhões de pessoas nas ruas da Croácia amanhã celebrando uma grande festa, talvez fazendo as celebrações que fazem no Brasil e na Argentina", afirmou o treinador.

A trajetória de Dalic já se transformou em uma espécie de conto de fadas dos treinadores mundiais. O presidente da federação, Davor Suker, demitiu o treinador Ante Cacic por causa da má fase da seleção nas Eliminatórias no ano passado. Para o seu lugar, chamou Dalic, que seguia fazendo trabalho bom no Al Ain e já tinha sido auxiliar da seleção de base da Croácia. Ele comandaria os croatas no jogo contra a Ucrânia, no dia 9. Caso a seleção fosse eliminada, o interino voltaria ao seu trabalho. Em caso de um conseguir o milagre da vaga na repescagem, teria mais dois jogos. Ele falou com os jogadores pela primeira vez no aeroporto, dois dias antes do jogo. A Croácia venceu a Ucrânia, foi à repescagem e conseguiu a vaga na Copa ao superar a Grécia (vitória por 4 a 1 em casa e empate fora por 1 a 1). O interino estava efetivado e ia à Copa do Mundo.

Dalic tinha em torno de sete meses para fazer de um grupo de excelentes jogadores um time organizado e coeso, algo que a Croácia não conseguia desde 1998, quando foi terceira colocada. Na Copa de 2014, o time caiu na fase de grupos. Foram apenas duas datas Fifa e quatro ou cinco treinos até a preparação nos dias que antecederam o Mundial. Depois de boas atuações na fase de grupos, o time superou duas decisões por pênaltis (Dinamarca e Rússia) e venceu a Inglaterra na prorrogação. Hoje, é finalista.

"Ele entrou em cena em um momento difícil, nossa qualificação estava em dúvida e no jogo mais importante ele disse para confiarmos em nós mesmos, que tínhamos bons jogadores. Ele teve grande influência na nossa caminhada até aqui. Estamos muito felizes por ele estar conosco, não só pelo técnico que é, mas pela pessoa", elogiou o meia Modric, também presente na entrevista coletiva.

Danijel Subasic, 33 anos, é um dos heróis da histórica campanha que levou a Croácia à final da Copa do Mundo pela primeira vez. Com os pênaltis defendidos contra Dinamarca e Rússia, o goleiro do Monaco ajudou a colocar seu país a um passo de um título inédito.

Para chegar tão longe, Subasic não teve de enfrentar apenas a já dura concorrência com os milhares que tentam a sorte no futebol, mas também o nacionalismo que transformou os Bálcãs em um caldeirão de conflitos nos anos 1990 e que é propagado inclusive por companheiros de seleção.

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Nascido em Zadar, na antiga Iugoslávia e hoje pertencente à Croácia, o goleiro é filho de mãe croata católica e de pai também croata, mas ortodoxo e chamado Jovo, religião e nome que remetem imediatamente ao povo sérvio.

Na guerra de independência da Croácia, em 1991, Subasic passou parte de seus seis anos de idade vendo nacionalistas destruindo e saqueando lojas de sérvios, sem entender por que consideravam sua família culpada pelas bombas que Belgrado despejava sobre sua própria terra.

O conflito terminou, mas o sentimento nacionalista continuou encontrando solo fértil nos Bálcãs, divididos ainda pelas sangrentas guerras na Bósnia e no Kosovo. Segundo reportagem do jornal croata "Jutarnji list", de Zagreb, o sogro de Subasic ameaçou degolar a filha, já em meados da década de 2000, quando soube que ela namorava o filho de um "sérvio".

Na época, Subasic já era goleiro profissional e atuava pelo clube de sua cidade, o Zadar. "Eu não sei quantas vezes tenho de dizer que sou croata e católico. A Croácia é minha terra natal, e Zadar é minha cidade", disse, em uma entrevista concedida em 2007, antes de chegar ao estrelato.

Nacionalismo

A Copa do Mundo, com sua ode aos países, hinos e bandeiras, é um dos palcos mais propícios para exibir um nacionalismo que, muitas vezes, resvala no fascismo. Dejan Lovren, zagueiro do Liverpool e da Croácia, fugiu com a família da Bósnia para a Alemanha quando tinha apenas dois anos, em meio à carnificina que deixaria cicatrizes ainda visíveis em um dos países mais pobres e ingovernáveis da Europa.

De etnia croata, mais tarde encontrou abrigo no país que hoje defende. Após a vitória sobre a Argentina na primeira fase, em um país historicamente aliado da Sérvia, a Rússia, Lovren celebrou nos vestiários cantando a música "Bojna Cavoglave", da banda Thompson, ícone da extrema direita croata e cujos versos fazem alusão aos "Ustase", fascistas que comandaram o país durante a Segunda Guerra Mundial e colaboravam com Hitler e Mussolini.

Para os croatas, é justamente a noção de pátria que os levou até a final. "Em relação àquela época [1998, quando a Croácia foi terceira colocada na Copa], é tudo diferente, o futebol mudou muito, a guerra tinha acabado havia pouco tempo, mas é possível traçar paralelos: hoje também há muitos campeões e o grande amor pela pátria, uma conexão mental que outras nações, com todo o respeito, não têm", argumentou o ex-zagueiro da Juventus Igor Tudor, hoje treinador.

Esse sentimento, como também é comum em Copas, é explorado ao máximo pela política. A presidente Kolinda Grabar-Kitarovic, conservadora, é presença frequente nos estádios, sempre com a camisa quadriculada.

O nacionalismo ainda se reflete de outras maneiras: entre os 28 Estados-membros da União Europeia, a Croácia é o terceiro que menos acolhe solicitantes de refúgio ou refugiados em termos proporcionais, apenas 919, o que equivale a 0,02% de sua população de 4,2 milhões de habitantes, segundo dados da ONU.

No próximo domingo (15), a nação forjada pela guerra e pelo patriotismo terá pela frente uma França multiétnica, do sangue árabe de um filho de argelina chamado Mbappé e do "africano" Pogba, descendente de guineenses. Para conquistar o bicampeonato, no entanto, os "Bleus" precisarão superar a barreira "sérvia" que defende a pátria croata.

Da Ansa

O meio-campista Ivan Rakitic, um dos destaques da campanha da finalista Croácia na Copa do Mundo, defende que um croata seja escolhido como o melhor jogador do torneio antes mesmo da decisão de domingo diante da França. Ele próprio é um dos concorrentes, mas o favorito, entre os jogadores croatas, é seu companheiro Luka Modric.

"O jogador do torneio tem que ser um croata, com certeza. E nosso capitão mais do que merece. Estou certo de que as pessoas da Fifa estão atentas a isso. Eu acho que também haverá croatas no time ideal da Copa. Mas nenhum de nós está pensando nisso. Nós queremos ganhar no domingo. O resto será consequência", afirmou o atleta do Barcelona em entrevista coletiva nesta sexta-feira no estádio Luzhniki, em Moscou.

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O jogador de 30 anos revela que acompanhou como a campanha histórica modificou o país nas últimas semanas. Ele afirma que a seleção joga por toda a população. "São cinco milhões de croatas que estarão em campo. Não são apenas 23 jogadores ou a comissão técnica. É um país inteiro", enfatizou.

Nascido na Suíça e filho de croatas, o meia escolheu defender o país e que está realizando um sonho. "Acho que não há sentimento melhor do que ser croata. Quando eu decidi jogar pela Croácia, eu tinha sonhos. Eu queria jogar uma final de um grande campeonato a cada dois anos. E chegar aqui é a realização de um sonho".

Rakitic teve participação importante na campanha croata rumo à decisão. Fez um gol diante da Argentina na vitória por 3 a 0 sobre a rival e converteu seus pênaltis diante da Dinamarca e da Rússia. Na final da campanha histórica, o jogador nega clima de vingança por causa da derrota para a mesma França na semifinal da Copa de 1998. A Croácia foi terceira colocada e a França acabou campeã daquela competição realizada em solo francês.

"Eu não acredito que exista um jogador na França ou na Croácia que continue jogando e que estava em 1998. Temos que deixar o passado de lado um pouco. A história é a história. Lembramos dos gols de Thuram por muitos anos, mas temos que deixar isso de lado. Eles ganharam a Copa e mereceram. E nós queremos ganhar no domingo. Nós temos o maior respeito pela França. Mas é outro jogo. E depende de nós jogar bem e levar a taça para casa", concluiu.

A Fifa definiu nesta quinta-feira que o argentino Néstor Pitana apitará a decisão da Copa do Mundo entre França e Croácia. O duelo está marcado para domingo, ao meio-dia (horário de Brasília), no Estádio Luzhniki, em Moscou.

Pitana terá como auxiliares os compatriotas Hernan Maidana e Juan Pablo Belatti. O trio já apitou quatro jogos neste Mundial, incluindo o duelo de abertura. Também estiveram à frente de partidas das duas seleções finalistas.

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Os argentinos fizeram a arbitragem de Croácia x Dinamarca, pelas oitavas de final, e França x Uruguai, nas quartas. Eles também apitaram Rússia x Arábia Saudita, o primeiro jogo da Copa, e México x Suécia, pela terceira rodada da primeira fase.

O quarto árbitro da final será o holandês Bjorn Kuipers e o seu assistente será o compatriota Erwin Zeinstra. A Fifa deve anunciar nesta sexta-feira quem será o árbitro de vídeo. Existe a possibilidade de o brasileiro Wilton Pereira Sampaio ser colocado na função.

A Fifa também informou que a disputa do terceiro lugar entre Bélgica e Inglaterra terá o trio de arbitragem iraniano. Alireza Faghani será o árbitro com os auxiliares Reza Sokhandan e Moha Mansouri. O quatro árbitro será o senegalês Malang Diedhiou e seu assistente será o compatriota Djibril Camara. O duelo acontecerá no sábado, às 11h (de Brasília), em São Petersburgo.

As definições acabaram com a expectativa de o brasileiro Sandro Meira Ricci apitar um dos jogos decisivos. Ricci apitou três partidas no Mundial e estava na lista dos 12 árbitros selecionados para a reta final.

O último jogo que ele fez foi pelas quartas de final, na vitória nos pênaltis da Croácia sobre a Rússia, no último sábado, em Sochi. Antes, esteve à frente de Croácia x Nigéria, pela primeira rodada do Grupo D e Dinamarca x França, pela terceira rodada do Grupo C.

Davor Suker, até então o maior astro do futebol croata e hoje presidente da federação de futebol do país, alerta: sua seleção não está satisfeita apenas pela classificação para a final. "Vamos entrar para vencer", disse o croata em entrevista exclusiva ao Estado. Segundo ele, disputar sua primeira decisão terá um impacto importante para a identidade nacional croata.

"Estamos mostrando ao mundo que temos muita qualidade", afirmou. Suker aposta em um amplo apoio internacional ao seu time. "Jogamos um futebol muito bom e vamos ir ainda mais longe", insistiu.

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Para ele, a classificação para a final não foi um acidente. "Chegamos de forma merecida", disse. "Temos um time muito bom e Modric como o máximo dirigente", afirmou.

"Essa geração já superou a nossa de 1998", constatou, fazendo uma referência ao terceiro lugar na Copa da França, quando era o atacante da seleção e terminou como artilheiro do Mundial. "Fomos bronze e eles vão ser pelo menos prata. Mas queremos mais", declarou. "Quando se chega uma final, é um sinal de que algo muito bom foi feito", disse.

Ele admitiu que a vitória da Croácia contra a Inglaterra não apenas marca um novo capítulo para o futebol, mas para a identidade nacional. Em Zagreb e no estádio em Moscou, a classificação para a final, diante da França, no domingo, rapidamente se transformou em uma conquista nacional, com clara dimensão política na região conturbada dos Bálcãs.

"Chegar à final é importante para todo o país", disse, ao ser questionado sobre a repercussão social. "O mais importante nesse momento é que o país está orgulhoso", apontou. Na Croácia, o futebol e a política sempre andaram de mãos dadas e os times em campo chegaram a fazer parte dos esforços independentistas. Herdeiros da escola iugoslava, os croatas passaram a assumir o papel de embaixadores de um novo país que ganhava forma, inclusive com conotações violentas.

Esse papel já era uma realidade antes mesmo da declaração de independência. Em maio de 1990, um jogo entre o Dínamo Zagreb e o Estrela Vermelha de Belgrado resumiu a tensão política e passou a ser considerada por muitos como a primeira batalha da guerra dos Bálcãs, disfarçada de confronto entre torcedores violentos.

Hoje diretor da Fifa, o então capitão do Dínamo, Zvonimir Boban, atacou um policial que estava espancando um torcedor croata. Boban ganharia status de herói nacional, já que seu golpe foi interpretado como símbolo da coragem do povo croata contra as autoridades iugoslavas. Duas semanas depois, o nacionalista Franjo Tudman seria eleito presidente da Croácia, que, um ano depois, declararia sua independência.

O próprio Tudman, ex-presidente clube Partizan, sabia do poder do futebol. Seu partido fez uma aliança com os torcedores de linha dura do Dínamo, e a ideologia nacionalista e o futebol passaram a fazer parte de uma mesma história. Até hoje, são repetidamente punidos pela Uefa e pela Fifa por atitudes fascistas nos estádios.

Mas a explosão do time croata não ocorreu por acaso. Por décadas, os iugoslavos eram conhecidos como "os brasileiros da Europa", por conta de sua habilidade. Em duas Copas do Mundo, terminaram em quarto lugar - 1930 e 1962. Foram ainda vice-campeões europeus em 1960 e 1968.

Mas sua melhor geração ainda estava por vir. Em 1987, a Iugoslávia surpreenderia ao vencer a Copa do Mundo juvenil, organizada no Chile. Em campo, Prosinecki, Zvonimir Boban, Davor Suker, Robert Jarni e Predrag Mijatovic.

Na Copa de 1990, chegaram às quartas de final e apenas foram eliminados pela Argentina de Maradona. Tudo estava pronto para um time que, em 1994, poderia encantar o mundo. Mas a guerra destruiu um projeto de seleção. Diante da destruição que consumia a região, nenhuma seleção dos Bálcãs foi para a Copa de 1994. Dois anos depois, na Eurocopa, os croatas já chegaram nas quartas de finais.

Em 1998, o grupo de Prosinecki, Boban, Jarni, Boksic e Suker terminaria como terceiro colocado na Copa do Mundo e apenas ficou de fora da final ao ser eliminado pelo time da casa, a França.

O filósofo croata, Srecko Horvat, lembra como aquelas primeiras conquistas do time rapidamente foram usados pelo governo em Zagreb. Tudman, segundo ele, costumava dizer que "vitórias do futebol ajudam a formar uma identidade nacional tanto quanto as guerras". "O futebol foi usado para gerar um apelo popular à ideia nacional de Tudman e para legitimar seu governo", escreveu o filósofo no jornal The Guardian.

Segundo ele, assim como nos primeiros dias do nascimento de um país independente, o futebol e a conquista croata voltam agora a ser "usados por forças nacionalistas e pela atual presidente, Kolinda Grabar-Kitarovic, que, ao ser vista pulando nos jogos, está em campanha para a eleição presidencial do ano que vem".

Desde 2008, a Croácia é assolada por repetidas crises econômicas, enquanto uma imensa parte de sua juventude tomou o caminho da Europa. A classificação para a final promete suspender a crise por alguns meses, mesmo diante de uma derrota.

Mas jornalistas e observadores de Zagreb não deixam de traçar paralelos entre 1998 e 2018. Há 20 anos, a Copa na França interrompeu um período de dúvidas sobre o país e gerou uma euforia que nunca mais se repetiu. Agora, o futebol volta a ter um papel central na história de poucos anos do país.

Zlatko Dalic chegou para a entrevista coletiva nesta quarta-feira, após a vitória de virada sobre a Inglaterra por 2 a 1 na prorrogação, em Moscou, com a tradicional camisa da seleção da Croácia - a quadriculada em vermelho e branco. Orgulhoso, o treinador respondeu todas as perguntas com o mesmo tom confiante e, de certa forma, desafiador para a final da Copa do Mundo, neste domingo, contra a França. "Nós não tememos ninguém. Estamos na decisão da Copa".

"Ganhamos o jogo porque fomos melhores. Fomos melhores no segundo tempo, anulamos as melhores jogadas da Inglaterra, Modric e Rakitic fizeram um bom jogo. No intervalo eu apenas pedi para terem o controle do jogo, sem abaixar a cabeça, afinal sabia que éramos melhores. Esse foi o nosso melhor jogo junto com o jogo contra a Argentina", afirmou.

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"A Croácia é um país pequeno que está na final da Copa. Temos coração. Queríamos jogar a final e vamos jogar. A França terá um dia a mais de recuperação, mas não vamos usar isso como desculpas, vamos para a final", ressaltou Zlatko Dalic.

O técnico também tentou explicar como seus jogadores aguentaram a terceira prorrogação seguida e como será a preparação para o jogo deste domingo. "Nossos jogadores estavam com energia. Conseguimos. Temos fisiologistas, médicos, todos ajudando. Hoje (quarta-feira) alguns jogadores estavam machucados, mas todos foram fantásticos. Tivemos dois jogadores com 'meia perna', mas eles fizeram isso. Ninguém pediu para sair, todo mundo quis jogo. Estou orgulhoso", afirmou.

"Estamos fortalecidos mentalmente. Começamos seis semanas atrás e conforme o torneio foi andando, melhoramos. Somos uma nação sem medo, estamos na final, conhecemos a França, eles têm jogadores fantásticos, mas a vamos falar disso amanhã (quinta-feira). Não vou colocar o carro na frente dos bois", comentou o treinador croata.

Assim como Ivan Perisic, Zlatko Dalic lembrou do confronto entre Croácia e França pela semifinal da Copa do Mundo de 1998. Na época, ele era volante do Hadjuk Split, um dos maiores times de seu país. "Eu fui até a França em 1998 e vi os três primeiros jogos do Mundial como torcedor", disse. "Depois, tive que voltar para me preparar para a temporada, mas esse é um jogo que todo mundo lembra na Croácia. Lembro de celebrarmos o gol de Sucker, mas depois eles deixaram tudo igual e viraram".

"Aquele jogo tem significado histórico, eram dois times que desejavam ir para a final. Agora não tem essa de revanche, apenas vamos preparar nossos jogadores para eles fazerem o melhor jogo possível", afirmou o treinador, que ainda agradeceu o apoio dos torcedores. "O que fizeram aqui foi incrível. Nem sei quantos tinham no estádio, mas contamos com esse apoio até o final".

O gol de Mario Mandzukic, no segundo tempo da prorrogação, levou a seleção da Croácia a uma inédita final de Copa do Mundo. Mas um fato curioso chamou a atenção de quem assistia à partida, em Moscou.

Na comemoração do gol, o heroi croata acabou derrubando o fotógrafo Yuri Cortez, da agência AFP. O jogador se deculpou pelo acidente, mas antes de se levantar o profisisonal registrou a festa de um ângulo inusitado. Confira o clique:

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Foto: Yuri CORTEZ / AFP

Em jogo equilibrado, a Croácia venceu a Inglaterra na prorrogação por 2 a 1 e está na final da Copa do Mundo pela primeira vez em sua história.

    No tempo regulamentar, a Inglaterra abriu o placar com um belo gol de falta de Kieran Trippier. No entanto, na etapa final, a seleção croata empatou o jogo, com Ivan Perisic.

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    O gol da classificação histórica da Croácia saiu dos pés de Mario Mandzukic, no começo do segundo tempo da prorrogação. Com a vitória, a seleção balcânica chega na final e supera a campanha da Copa do Mundo de 1998, na França, quando o país ficou em terceiro.

    Na final, a Croácia pegará a França, em Moscou, no próximo domingo (15). Um dia antes, Bélgica e Inglaterra se enfrentam na disputa pelo terceiro lugar.

Da Ansa

A Copa do Mundo chega em sua reta final e o mundo conhecerá nesta quarta-feira (11) o adversário da França na final do mundial de futebol. Inglaterra e Croácia se enfrentam em Moscou, no Estádio Luzhniki, às 15h. Será uma semifinal entre dois países que há muito não chegam a esta fase: a Croácia em 1998 e a Inglaterra duas copas antes, em 1990.

A Inglaterra, campeã mundial em 1966, chega à semifinal após vencer a Colômbia nos pênaltis nas oitavas de final e derrotar a Suécia, sem sustos, nas quartas de final. O time inglês vem mostrando consistência e equilíbrio entre defesa, meio de campo e ataque. Além disso, tem o artilheiro da Copa até agora, Harry Kane, com seis gols.

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"É a melhor oportunidade que a Inglaterra já teve e provavelmente poderia ter. Nós mostramos caráter, mostramos crença e acho que é isso que vai nos levar além do limite neste jogo. Eu tenho que sonhar. Eu tenho que sonhar grande”, disse o zagueiro Walker.

A torcida inglesa, empolgada, já canta Football is coming home (O futebol está voltando para casa, em tradução livre), canção criada em alusão ao título mundial de futebol voltar para o país que inventou o esporte. A última vez que o país chegou a uma semifinal foi em 1990, na Copa da Itália. Na ocasião, perdeu a vaga na final para a Alemanha.

A Inglaterra enfrentará um time croata cansado após disputar duas prorrogações. Só definiu sua classificação às quartas, contra a Dinamarca, e às semifinais, contra a Rússia, nas penalidades. O esforço físico dos croatas nos dois jogos pode aparecer na partida de hoje. O lateral Vrsaljko, por exemplo, foi substituído com dores no joelho durante a prorrogação contra a Rússia e sua presença contra a Inglaterra ainda não é garantida.

Contra dinamarqueses e russos, os croatas eram favoritos, pelo qualidade do time, sobretudo no meio campo. Desta vez, a história será diferente e a pressão passará para o outro lado. O técnico croata Zlatko Dalic afirmou que seu time entrará sem pressão.

“Sabemos que estamos jogando contra um time muito bom. Esperamos um outro estilo de futebol amanhã, talvez mais apropriado para nós. Mas não há pressão. Jogaremos relaxados, viemos para desfrutar do futebol”, disse, na coletiva de imprensa.

E se Walker fala em sonhar grande, Dalic também sonha. O treinador já projetou um cenário com a Croácia campeã mundial. “Não posso imaginar o que poderia acontecer se a Croácia fosse campeã mundial. Provavelmente ninguém trabalharia por dias”, disse.

Para ele, a Croácia é merecedora de voltar a uma semifinal de Copa do Mundo. A primeira – e última – vez que chegou a essa fase foi em 1998, na Copa da França. “Depois de 20 anos, estamos de volta ao nosso lugar. Estou certo de que merecemos”.

Começa nesta terça-feira (10) a disputa por uma vaga na final da Copa do Mundo da Rússia 2018. O primeiro confronto é entre França e Bélgica, às 15h (horário de Brasília), em São Petesburgo. Nesta quarta-feira (11), será a vez de Croácia e Inglaterra, também no mesmo horário, no Estádio de Luhzniki. 

Além dos times serem europeus, todos os quatro venceram equipes sul-americanas. A Croácia passou pela Argentina; a Inglaterra venceu a Colômbia; a Bélgica derrotou o Brasil, e a França conseguiu superar o Peru, a Argentina e o Uruguai. Esta será a quinta vez em que a Copa do Mundo será composta por apenas semifinalistas europeus.

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Copa do Mundo de 1934:

Itália x Áustria e Tchecoslováquia x Alemanha disputaram uma vaga na final. A Itália e a Tchecoslováquia foram as finalistas e a Seleção Italiana garantiu a taça.

Copa do Mundo de 1966:

Foi a vez de Inglaterra x Portugal e Alemanha x União Soviética brigarem por uma vaga na final do Mundial. No último jogo, a Seleção Inglesa derrotou a Alemanha e garantiu o título de campeã daquele ano.

Copa do Mundo de 1982: 

Itália x Polônia e França x Alemanha se enfrentaram nas semifinais do Mundial. Na final, a Seleção Italiana derrotou a Alemanha e garantiu a taça da Copa do Mundo.

Copa do Mundo de 2006:

Foi a última vez em que apenas times europeus foram às semis. França x Portugal e Alemanha x Itália foram os confrontos daquele ano. Na final, a partida entre Itália e França foi para os pênaltis, e a Seleção Italiana garantiu mais uma vez a taça do Mundial.

A Copa do Mundo reúne atualmente 32 seleções. Entre 1982 e 1994 foram 24 seleções e, antes disso, um número ainda menor de países disputava o mundial de futebol. As chamadas “zebras” – seleções menos tradicionais ou teoricamente mais fracas vencendo seleções favoritas – acontecem em todas as copas. As finais de mundiais, no entanto, não costumam abrir espaço para zebras e recebem seleções tradicionais, acostumadas às fases mais agudas da competição. A Copa de 2018 pode entrar para a história como a que levou duas zebras à final.

Bélgica e Croácia são dois bons times e chegaram às semifinais com méritos, mas não têm tradição de participar de finais de copas. Ambas igualam o maior feito já conquistado em sua história e chegam apenas pela segunda vez a esta fase da competição. Em 1986, a Bélgica chegou a uma semifinal e a Croácia atingiu o mesmo estágio em 1998.

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Mesmo sendo esperado que os dois times chegassem este ano à fase eliminatória, eram poucos, antes de a competição começar, que imaginavam essas seleções na final, o que nunca ocorreu. A possibilidade não está distante.

Pelo time que tem, a Bélgica ter chegado às quartas de final não causa espanto. Mas, ainda que seja um bom time, o favoritismo era do Brasil, que vinha mostrando futebol consistente. Os belgas inverteram a lógica e superaram os pentacampeões com aplicação tática.

A Bélgica utiliza um esquema que se adapta ao adversário. O técnico Roberto Martinez soube adaptar seu time para enfrentar a seleção brasileira. O atacante Lukaku, por exemplo, tem as características de um centroavante que fica perto da área esperando bolas aéreas. Mas Martinez aproveitou o gol feito no início do jogo e o colocou na ponta direita, puxando contra-ataques em velocidade. Enquanto isso, De Bruyne mudou de posição e foi o jogador mais parecido com um centroavante, confundindo a marcação montada por Tite. Assim como se adaptou para enfrentar o Brasil, a Bélgica deverá mudar a forma de jogar na partida desta terça-feira contra a França.

Croácia e Inglaterra

Na outra partida, a Croácia pegou o caminho considerado mais fácil até as semifinais mas, curiosamente, foi a seleção que teve mais dificuldade para se manter na Copa. Apesar de ter se classificado em primeiro lugar em um grupo com a Argentina de Messi e tendo, inclusive, vencido os argentinos sem dificuldade, a Croácia só superou a Dinamarca, nas oitavas, e a Rússia, nas quartas, na disputa de pênaltis. O meio campo talentoso do técnico Zlatko Dalic vem encontrando problemas para vencer os jogos eliminatórios.

Contra uma Inglaterra que vem subindo de produção a cada jogo, uma vitória da Croácia – ainda que nos pênaltis – poderá confirmar uma zebra na final da Copa do Mundo.

O mundo viu, em copas passadas, situação parecida com a atual. Em 1994, a final poderia ter sido entre Bulgária e Suécia, mas essas seleções acabaram derrotadas pela Itália e o Brasil nas semifinais. Em 2002, a Turquia e a Coreia do Sul estiveram perto de disputar uma final, mas tiveram que se contentar em entrar em campo para a disputa do terceiro lugar.

Por outro lado, França e Inglaterra serão responsáveis por manter as tradições do torneio e fazer uma final entre seleções tradicionais no cenário mundial. Esta pode ser a primeira vez que duas seleções, com um título mundial cada, se enfrentem na briga pelo título. Ambas foram campeãs quando sediaram o torneio. A Inglaterra foi campeã em 1966 e a França em 1998.

Após 20 anos, a seleção da Croácia voltará a disputar uma semifinal de Copa do Mundo. O time de Modric e Rakitic voltou a sofrer neste sábado, mas eliminou a anfitriã Rússia nos pênaltis por 4 a 3, após empate por 2 a 2 na prorrogação e 1 a 1 no tempo normal, na despedida da cidade de Sochi do Mundial. O brasileiro Mario Fernandes oscilou de herói a vilão da Rússia, com um gol decisivo no tempo extra, mas uma penalidade perdida no fim.

Em um confronto marcado pelo equilíbrio do início aos pênaltis, Brozovic, Modric, Vida e Rakitic converteram as cobranças - Kovacic foi o único a desperdiçar pelos croatas. Do lado da Rússia, Dzagoev, Ignashevich e Kuzyaev balançaram as redes, enquanto Smolov e Mario Fernandes perderam suas cobranças. O brasileiro mandou para fora.

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A seleção croata não chegava tão longe em uma Copa desde 1998, quando foi a terceira colocada, com direito a ter o artilheiro daquela competição, o atacante Davor Suker - ele é o atual presidente da Federação Croata de Futebol.

Os gols deste sábado, em tempo normal, saíram somente no primeiro tempo. Cheryshev chegou ao seu quarto gol na Copa ao colocar os anfitriões em vantagem, aos 30. Mas, oito minutos depois, Kramaric empatou. Depois disso, o jogo se arrastou entre muita cautela e investidas pontuais em ambos os ataques, tanto no segundo tempo quanto no início da prorrogação.

Até que, antes do intervalo, um lance de bola fez a Croácia virar o placar. Vida escorou de cabeça, após cobrança de escanteio na área, e quase se tornou o herói da Croácia na partida. Só não o foi porque a Rússia empatou no segundo tempo da prorrogação, com gol de cabeça de Mario Fernandes. Na quarta prorrogação desta Copa, foi a primeira vez que houve gol no tempo extra.

O novo empate forçou a disputas de pênaltis, como acontecera com as duas seleções nas oitavas de final. E a Croácia venceu esta disputa pela segunda vez consecutiva nesta Copa.

Assim, na semifinal, eles terão como dificuldade extra o desgaste físico. Afinal, a equipe virá de duas prorrogações seguidas, somando 240 minutos em campo, fora as duas penalidades, contra a Dinamarca e contra a Rússia.

A boa notícia para a Croácia é que não terá nenhum jogador suspenso. Apesar de entrar em campo neste sábado com oito pendurados, nenhum deles levou o segundo cartão amarelo na competição.

A seleção croata vai enfrentar a Inglaterra na semifinal, marcada para o dia 11, próxima quarta-feira, às 15 horas (horário de Brasília), no Luzhniki Stadium, em Moscou. A outra semifinal terá França e Bélgica no dia 10, em São Petersburgo.

O JOGO - No embalo do triunfo sobre a Espanha, a seleção russa apostou neste sábado na mesma disciplina tática do jogo passado. A diferença foi na posição mais avançada da marcação, à espera do contra-ataque. Do outro lado, a Croácia pouco mudou em relação ao último jogo. E sofria com a postura tática dos anfitriões.

Tanto que Modric e Rakitic, dois dos melhores meio-campistas do mundo, não conseguiam armar o setor. Como consequência, a equipe croata tinha dificuldade na saída de bola. Com frequência, recorria ao chutão para frente, direto da zaga.

Os primeiros 15 minutos de jogo foram intensos. A Rússia tenta impor pressão a todo custo, enquanto a Croácia se segurava na defesa, intimidada. Cheryshev, um dos artilheiros desta Copa, começou entre os titulares, mostrando a disposição do técnico Stanislav Cherchesov em fazer a diferença logo no início.

Em meio à pressão um tanto inócua da Rússia, a Croácia chegou com perigo por duas vezes, com Rakitic, aos 16, em cobrança de falta, e com Perisic, aos 28, de cabeça. Os croatas tentavam se encontrar em campo quando a Rússia abriu o placar, aos 30. Cheryshev fez bela tabela na intermediária e, de canhota, acertou lindo chute de fora da área. Subasic só viu a bola entrar no ângulo, sem reação. Foi o quarto gol do atacante na competição.

A festa nas arquibancadas durou apenas oito minutos. Foi o tempo que a Croácia precisou para encontrar uma brecha na fechada defesa russa pela esquerda. Perisic acionou, pela direita, Mandzukic, que cruzou na cabeça de Kramaric, para as redes.

O primeiro tempo acabou com ritmo morno e muita cautela dos dois lados, o que não mudou no começo da etapa final. A Croácia passou a tomar maior iniciativa ao 10. E, quatro minutos depois, Perisic desperdiçou chance incrível. Ele acertou o pé da trave e viu a bola passar quase sobre a linha antes de se afastar do gol.

A Rússia respondeu aos 26 com um cruzamento preciso de Mário Fernandes e cabeçada de Erokhin, sem qualquer marcação, na área. A bola passou rente ao travessão.

A partir dos 30 minutos, o jogo ganhou em movimento, com investidas ofensivas para os dois lados. Mas faltava qualidade aos dois ataques. E a prorrogação se tornou inevitável.

Quando a bola voltou a rolar, parecia mais um tempo extra de poucas chances e excesso de cuidado, como vem acontecendo nesta Copa. Mas, desta vez, a bola balançou na prorrogação. A Croácia anotou o gol da virada aos 10 minutos do primeiro tempo. Após cobrança de escanteio, Vida escorou de cabeça e mandou para as redes.

Mas a Rússia não se abateu com o gol e partiu para o ataque. A pressão aumentou na etapa final do tempo extra. E, também de bola parada, os anfitriões empataram novamente o placar. Foi aos 9, quando Dzagoev cobrou falta na área e Mario Fernandes cabeceou para as redes, decretando a disputa dos pênaltis.

O lateral brasileiro, contudo, teve também seu momento de vilão logo em seguida. Nas cobranças, ele desperdiçou a terceira penalidade da Rússia, o que foi decisivo para o triunfo da Croácia.

Apesar da queda, foi a melhor campanha da Rússia desde o fim da União Soviética. A seleção russa, desde a Copa de 1994, não passava da fase de grupos.

 

FICHA TÉCNICA:

RÚSSIA 2 (3) x (4) 2 CROÁCIA

RÚSSIA - Igor Akinfeev; Mario Fernandes, Ilya Kutepov, Sergey Ignashevich e Fedor Kudryashov; Roman Zobnin e Daler Kuzyaev; Aleksandr Samedov (Erokhin), Aleksandr Golovin (Dzagoev) e Denis Cheryshev (Smolov); Artem Dzyuba (Gazinskiy). Técnico: Stanislav Cherchesov.

CROÁCIA - Danijel Subasic; Sime Vrsaljko (Corluka), Dejan Lovren, Domagoj Vida e Ivan Strinic (Pivaric); Ivan Rakitic, Andrej Kramaric (Kovacic), Ante Rebic, Luka Modric e Ivan Perisic (Brozovic); Mario Mandzukic. Técnico: Zlatko Dalic.

GOLS - Cheryshev, aos 30, e Kramaric, aos 38 minutos do primeiro tempo. Vida, aos 10 minutos do primeiro tempo da prorrogação. Mario Fernandes, aos 9 minutos do segundo tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Lovren, Strinic, Vida, Pivaric, Gazinskiy.

ÁRBITRO - Sandro Meira Ricci (Fifa/Brasil).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 44.287 pagantes.

LOCAL - Fisht Stadium, em Sochi (Rússia).

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