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Embora tenha conquistado a condição de finalista ao prêmio de melhor jogador do mundo de 2016, o francês Antonie Griezmann acabou ficando fora da seleção ideal da Fifa, eleita nesta segunda-feira (9) na cerimônia de gala da entidade, em Zurique. A formação teve os laterais Daniel Alves, hoje na Juventus e ex-Barcelona até o final da última temporada europeia, e Marcelo, do Real Madrid.

Destaque do Atlético de Madrid no ano passado, o atacante Griezmann viu a equipe eleita pela entidade contar com cinco jogadores do arquirrival Real Madrid, sendo um deles Cristiano Ronaldo, que não poderia ficar fora desta seleção, cuja formação ofensiva também teve o argentino Lionel Messi e o uruguaio Luis Suárez, ambos do Barcelona. Os outros jogadores do Real eleitos para a seleção ideal, além de Marcelo e do astro português, foram o zagueiro espanhol Sergio Ramos e os meio-campistas Luka Modric, da Croácia, e Toni Kroos, da Alemanha.

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O Barça ainda teve na seleção ideal o zagueiro Gerard Piqué e o meia Iniesta, deixando a formação da Fifa com quatro jogadores do clube. Os únicos "intrusos" em meio ao domínio imposto pelas duas grandes potências do futebol espanhol e mundial foram o goleiro Manuel Neuer, do Bayern de Munique, e justamente Daniel Alves. O brasileiro, entretanto, foi eleito também pelo futebol que exibiu com a camisa da equipe espanhola até o fim da temporada passada na Europa.

Desta forma, a seleção ideal, escalada no esquema 4-3-3, teve a seguinte formação eleita: Neuer; Daniel Alves, Piqué, Sergio Ramos e Marcelo; Modric, Kroos e Iniesta; Messi, Suárez e Cristiano Ronaldo. Vale ressaltar que Neymar, assim como Griezmann, acabou ficando fora do onze ideal da Fifa em 2016.

Essa seleção foi formada com votos de jogadores em uma eleição ocorrida em conjunto com o Sindicato dos Jogadores Profissionais (FIFPro), sendo que os atletas do Barcelona não foram até a Suíça para esta premiação da Fifa. Assim, a seleção posou para a foto com apenas sete atletas.

Por meio de comunicado divulgado horas mais cedo nesta segunda-feira, o clube espanhol informou que apenas dirigentes do time marcariam presença na cerimônia por causa da preparação da equipe para o jogo de quarta-feira, contra o Athletic Bilbao, pela Copa do Rei.

A Fifa e a FIFPro, sindicato mundial dos jogadores de futebol, anunciou nesta quinta-feira a lista dos finalistas para formar o time ideal do ano. Na relação de 55 atletas, há cinco brasileiros: o atacante Neymar, os laterais Marcelo e Daniel Alves e os zagueiros David Luiz e Thiago Silva.

A lista do time ideal é definida por votos dos próprios jogadores. Ao todo, cerca de 25 mil atletas de 75 países participam da eleição. Cada votante escolhe um goleiro, quatro defensores (zagueiros e laterais), três meio-campistas e três atacantes para compor um time de 11 jogadores.

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A equipe ideal do ano de 2016 será anunciada em cerimônia da Fifa no dia 9 de janeiro do próximo ano, em Zurique. No mesmo evento, serão conhecidos também os melhores do ano, em premiações individuais - os finalistas destes prêmios, inclusive, serão anunciados nesta sexta-feira pela Fifa.

Confira a lista dos 55 finalistas para compor o time ideal do ano:

Goleiros: Claudio Bravo (Manchester City), Gianluigi Buffon (Juventus), David de Gea (Manchester United), Keylor Navas (Real Madrid) e Manuel Neuer (Bayern de Munique);

Defensores: David Alaba (Bayern de Munique), Jordi Alba (Barcelona), Serge Aurier (Paris Saint-Germain), Héctor Bellerìn (Arsenal), Jérôme Boateng (Bayern de Munique), Leonardo Bonucci (Juventus), Daniel Carvajal (Real Madrid), Giorgio Chiellini (Juventus), Dani Alves (Juventus), David Luiz (Chelsea), Diego Godín (Atlético de Madrid), Mats Hummels (Bayern de Munique), Philipp Lahm (Bayern de Munique), Marcelo (Real Madrid), Javier Mascherano (Barcelona), Pepe (Real Madrid), Gerard Piqué (Barcelona), Sérgio Ramos (Real Madrid), Thiago Silva (Paris Saint-Germain) e Raphael Varane (Real Madrid);

Meio-campistas: Xabi Alonso (Bayern de Munique), Sérgio Busquets (Barcelona), Kevin De Bruyne (Manchester City), Eden Hazard (Chelsea), Andrés Iniesta (Barcelona), N'Golo Kanté (Chelsea), Toni Kroos (Real Madrid), Luka Modric (Real Madrid), Mesut Özil (Arsenal), Dimitri Payet (West Ham), Paul Pogba (Manchester United), Ivan Rakitic (Barcelona), David Silva (Manchester City), Marco Verratti (Paris Saint-Germain) e Arturo Vidal (Bayern de Munique);

Atacantes: Sérgio Agüero (Manchester City), Gareth Bale (Real Madrid), Karim Benzema (Real Madrid), Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Paulo Dybala (Juventus), Antoine Griezmann (Atlético de Madrid), Gonzalo Higuaín (Juventus), Zlatan Ibrahimovic (Manchester United), Robert Lewandowski (Bayern de Munique), Lionel Messi (Barcelona), Thomas Müller (Bayern de Munique), Neymar (Barcelona), Alexis Sánchez (Arsenal), Luis Suárez (Barcelona) e Jamie Vardy (Leicester City).

O prejuízo foi grande para a Juventus neste domingo em Gênova. Além de ter sido derrotado por 3 a 1 pelo Genoa e estacionado nos 33 pontos na liderança do Campeonato Italiano, o time perdeu o lateral Daniel Alves e o zagueiro Bonucci, que se machucaram no confronto. O clube confirmou que o brasileiro sofreu uma fratura na fíbula da perna esquerda, enquanto o defensor italiano teve uma lesão muscular na coxa esquerda.

Daniel Alves deixou o campo aos 35 minutos do segundo tempo e, após o confronto, exames realizados em uma clínica de Gênova detectaram que o lateral da seleção brasileira teve uma fratura composta na fíbula. O comunicado oficial da Juventus, porém, não determinou um tempo previsto de afastamento do jogador.

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Nesta segunda-feira, após novos exames dos médicos do clube de Turim, o time poderá estimar um período de recuperação e deverá informar quando o lateral será operado. O certo é que neste ano ele não jogará mais, assim como já se tornou preocupação para a própria seleção brasileira, que voltará a atuar pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2018 nos dias 23 e 28 de março, respectivamente contra Uruguai (fora de casa) e Paraguai (em casa).

Já Bonucci, que havia ficado várias semanas afastado se recuperando de uma lesão muscular, deixou o jogo deste domingo já aos 33 minutos do primeiro tempo. Assim como Daniel Alves, ele será reavaliado nesta segunda-feira, quando o clube também deverá traçar a linha de tratamento e estabelecer o tempo estimado de afastamento dos gramados.

A semana da seleção está sendo especial para o lateral-direito Daniel Alves. Depois de ter sido escolhido para ser o capitão na partida diante da Argentina e vestir a camisa 4 em homenagem ao capitão do tricampeonato mundial, Carlos Alberto Torres, o jogador completará diante do Peru, à 0h15 minutos de terça para quarta-feira, 100 jogos com a camisa da seleção brasileira.

A marca será atingida pouco mais de dez anos após Daniel Alves vestir a camisa da seleção pela primeira vez, quando ficou em campo por pouco mais de 30 minutos na vitória por 4 a 0 do Brasil sobre o Kuwait. À época, a seleção era comandada por Dunga, que assumira a equipe pela primeira vez após o fracasso da campanha brasileira na Copa do Mundo da Alemanha.

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Contra o Peru, Daniel Alves se tornará o 12º atleta brasileiro a chegar a 100 partidas pela seleção. Atualmente, a lista de jogadores com mais de uma centena de partidas conta com outros dois laterais-direitos: Djalma Santos, que fez 113 jogos pelo Brasil e foi bicampeão mundial, em 1958 e 1962; e Cafu, capitão do penta e recordista de jogos pela seleção, com 149 partidas.

Neste sábado, o lateral participou do penúltimo treino antes da viagem a Lima. A seleção teve uma atividade pela manhã na Cidade do Galo, CT do Atlético-MG. Antes do treinamento, Tite reuniu todo o grupo para uma rápida conversa à beira do campo e depois os titulares foram para a academia. Na metade final do treino, os jogadores que enfrentaram a Argentina voltaram ao gramado. Miranda e Renato Augusto foram poupados do treino com bola e permaneceram na sala de musculação. Na parte final da atividade, titulares e reservas fizeram um coletivo em gramado reduzido.

Na seleção brasileira comandada pelo técnico Tite, novatos e atletas mais experientes estão vivendo a filosofia implantada pelo treinador. Até agora, foram três jogos com vitórias. Ao que parece, o Brasil vem recuperando o bom futebol e, paulatinamente, está reavivando o apoio da torcida. Daniel Alves já viveu os momentos complicados da seleção, mas atualmente enxerga melhoras que apontam para um futuro esperançoso.

Após a vitória por 5 a 0 contra a Bolívia, o lateral direito conversou com a imprensa e falou do novo momento vivido pela seleção. Ele deu destaque para o apoio que a torcida brasileira passou a dar ao elenco de Tite, mas também ressaltou que é preciso manter os bons desempenhos. Confira no vídeo a seguir a entrevista completa:

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O lateral-direito Daniel Alves está prestes a completar dez anos de seleção brasileira. Estreou em 7 de outubro de 2006, num amistoso contra o Kuwait FC, convocado pelo técnico Dunga. Desde então, disputou 96 partidas pela equipe, pode chegar ao centésimo ainda este ano e se diz bastante orgulhoso.

"Para mim, é sempre muito especial estar na seleção brasileira. Já é bastante tempo, são muitas vivências aqui, umas melhores do que outras. As que não foram tão boas serviram de aprendizado", disse o jogador em Manaus. "Espero que não pare por aqui, nessa marca de cem jogos, que grandes jogadores conseguiram."

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Dani Alves, que recentemente trocou o Barcelona pela Juventus italiana, vai ser o capitão da seleção brasileira na partida desta terça-feira contra a Colômbia. Para ele, isso não representa um aumento da responsabilidade. "É uma honra muito grande representar os jogadores com a braçadeira de capitão, mas há várias lideranças no grupo, que precisa de um pouco de liderança de todos eles e aqui temos bastante disso."

Nesses dez anos, Dani Alves trabalhou com Dunga (duas vezes), Mano Menezes e Felipão. Agora, sob o comando de Tite, evita fazer comparações, mas admite que há algum tempo o ambiente na seleção não era tão leve, e que a confiança não era tão grande. "Fazia muito tempo que eu não sentia essa sensação. Todos aqui estão muito felizes, e ao mesmo tempo."

O lateral-direito, que será capitão da equipe na partida desta terça-feira contra a Colômbia, na Arena da Amazônia, admitiu que todos estão muito otimistas com o trabalho de Tite. "Estamos começando a viver momento pelo quais tanto lutamos, conseguir resultados, vitórias, passar boa imagem. Acredito que a parcela do Tite é o espírito bastante renovado, a experiência de carreira, de se reinventar a cada ano que passa."

Daniel Alves considera que não há segredo no trabalho de Tite. "A energia que ele tem contagia muito. Estamos felizes de tê-los conosco", concluiu o lateral-direito.

Um dia depois de ter a sua contratação oficializada pela Juventus, o lateral-direito Daniel Alves foi apresentado nesta terça-feira como reforço do clube. O jogador brasileiro escolheu utilizar o número 23 em sua camisa e explicou que a inspiração foi o astro LeBron James, recentemente campeão da NBA pelo Cleveland Cavaliers.

"Escolhi o 23, o número de LeBron James. É um jogador que não se conforma nunca, que sempre se impõe novos desafios, como voltar a Cleveland depois de Miami, e triunfou nesta última temporada. É um número que me inspira muito para essa nova aventura", disse.

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Dominando o futebol italiano nos últimos anos - é a atual pentacampeã nacional -, a Juventus mira voos mais altos, a conquista do título da Liga dos Campeões da Europa, competição que Daniel Alves venceu três vezes pelo Barcelona, a última delas, na temporada 2014/2015, exatamente diante do time de Turim na decisão. E o lateral-direito espera ajudar a equipe a realizar esse sonho de vencer o torneio pela terceira vez - foi campeã nas temporadas 1984/1985 e 1995/1996.

"Para mim, é uma grande honra chegar à Juventus. Chego para fazer parte desta equipe porque sei que a Juventus tem um sonho e quero se parte: este sonho é ganhar a Liga dos Campeões. A Juve domina há anos na Itália, mas quer voltar a ganhar na Europa", afirmou.

Hoje com 33 anos, Daniel Alves deixou o Bahia em 2002, tendo atuado apenas no futebol espanhol desde então, por Sevilla e Barcelona. Multicampeão pelo time catalão, o lateral-direito explicou que decidiu deixar o clube e se transferir para a Juventus com a intenção de buscar novos objetivos e desafios.

"Estou convencido de que para mim será uma experiência interessante jogar no futebol italiano. A Juve é uma equipe com o objetivo de se reinventar continuamente para alcançar novas metas, como eu. Eu cheguei a um ponto em que preciso de novas metas, novos desafios. Estou feliz que um clube como a Juventus me deu a oportunidade de compartilhar esta experiência", disse.

Daniel Alves revelou também que teve uma conversa inicial com o seu novo treinador, Massimiliano Allegri. "Não nos aprofundamos sobre o que quer de mim. Mas sei que o clube me estudou em profundidade e me escolheu porque acredita que estou à altura da equipe", comentou.

Depois de ser aprovado em exames médicos realizados pela manhã, Daniel Alves foi oficializado nesta segunda-feira como novo reforço da Juventus. Após fazer história como muitos títulos com a camisa do Barcelona, o lateral-direito brasileiro deixou o clube espanhol e agora assinou acordo para defender a equipe italiana até 30 de junho de 2018, em um contrato que tem a opção de renovação por mais uma temporada.

Antes de assinar contrato nesta segunda-feira, Daniel Alves foi recebido com festa por torcedores do clube de Turim e posou para algumas fotos (selfies) ao lado de alguns deles. Ao oficializar a contratação, por sua vez, o site da Juventus postou uma imagem do brasileiro abaixo da hashtag #bemvindodani, escrita em português.

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A Juve também exaltou as qualidades técnicas e a trajetória vitoriosa de Daniel Alves no Barcelona, pelo qual atuou por oito anos e era um ídolo da torcida. Porém, ele reconheceu recentemente que estava em "uma zona de conforto" e precisava de novos desafios para a continuidade da sua carreira.

"Classe, habilidades atléticas e experiência internacional são apenas algumas das qualidades que fazem Daniel Alves da Silva, nascido em Juazeiro em 6 de maio de 1983, um dos mais apreciados jogadores no cenário do futebol mundial", escreveu a Juventus ao anunciar a contratação.

O time italiano será apenas o quarto clube de Daniel Alves, que foi revelado pelo Bahia em 2001 e no ano seguinte já foi contratado pelo Sevilla, no qual ficou até 2008, quando acabou se transferindo para o Barcelona.

Altamente vencedor pelo Barça, ele conquistou 23 títulos com a camisa do time catalão, entre eles três da Liga dos Campeões e três do Mundial de Clubes da Fifa. O atleta chega à Juventus, porém, depois de amargar junto com a seleção brasileira uma vexatória eliminação na primeira fase da Copa América Centenário, nos Estados Unidos, onde o time comandado por Dunga caiu já na primeira fase, fato que provocou a demissão do técnico e a consequente contratação de Tite como substituto.

Um dos jogadores mais experientes da seleção brasileira, o lateral-direito Daniel Alves não procurou subterfúgios para minimizar a fracassada campanha na Copa América Centenário. Ele não usou nem o gol irregular do Peru, marcado com a mão por Ruidiaz, como justificativa para a derrota por 1 a 0, na noite de domingo, e a eliminação. "Acredito que não serve de desculpa", disse.

Ele considera que o Brasil estava fazendo "um jogo bastante correto" até o momento do gol peruano. Mesmo assim, foi direto na análise do rendimento da equipe não só no jogo de domingo como na Copa América em geral. "Infelizmente não está sendo suficiente o nosso 100%. Temos de rever o que devemos melhorar no contexto geral. Temos de entender que o momento da seleção brasileira é bastante delicado, entender onde estamos e onde queremos chegar. Para isso temos que pensar que o que estamos fazendo não é suficiente."

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Daniel Alves admite que a eliminação precoce vai fazer aumentar a pressão sobre a comissão técnica comandada por Dunga. "A pressão na seleção é sempre muito grande", disse. "Mas acredito que todos que estamos na seleção brasileira são um pouco responsáveis pelas coisas boas e as nem tão boas que se sucedem aqui dentro."

O jogador que está trocando o Barcelona pela Juventus, da Itália, entre outros motivos para "sair da zona de conforto" em que estava no time catalão, está inconformado também com a situação que vive na seleção brasileira - que desde a Copa das Confederações de 2013 não conseguiu ganhar mais nenhum título e tem sofrido eliminações traumáticas.

"O que eu estou vivendo aqui é inaceitável para mim por competidor. Não gosto dessa situação", afirmou Daniel Alves. "Temos de ter calma, não muita calma, porque não vai ser suficiente para reverter essa situação".

Frustrado por constatar que a dedicação dos jogadores não tem sido suficiente para obter bons resultados, Daniel Alves fala em mudanças, embora não indique quais. "É um fato que não estamos atravessamos o nosso melhor momento no futebol, nem como seleção brasileira. Então temos de rever conceitos, ver o que podemos fazer diferente para que os resultados sejam diferentes."

Daniel Alves jogou normalmente o amistoso em que a seleção brasileira venceu o Panamá em Denver, por 2 a 0, nesse domingo (29). Ele garantiu que a dor que sente em consequência de uma fascite plantar não o incomodou e disse que houve exagero em relação à gravidade do problema - revelado por ele na semana passada. Para o jogador do Barcelona, que tem evitado falar sobre possível ida para a Juventus, esse é um tema superado.

"Exageram na dose. Realmente eu comuniquei uma pequena dor desde a Copa América passada e eles aumentaram, ou multiplicaram, o grau de importância do assunto", disse o lateral ao Estadão.com depois do amistoso com os panamenhos. "Mas não tem problema nenhum, eu sabia que para ir aqui (para a seleção) tem de estar 100%, senão é melhor deixar a vaga para um companheiro."

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A Copa América do Chile, em 2015, foi realizada portanto há um ano. Portanto, esse é o período que Daniel Alves convive com a fascite plantar e não seis meses como o jornal espanhol AS divulgou na semana passada.

Ao analisar o amistoso da seleção com os panamenhos, Daniel Alves defendeu a maneira como o Brasil jogou, com paciência para tocar a bola em busca de espaços e procurando se movimentar. Ele entende que o caminho para fazer boa campanha na Copa América é esse. "Sem dúvida, é importante você ter a confiança de poder ganhar, de fazer coisa que foram treinadas, pensando no mais importante, que é a competição. É para isso que servem os amistosos. Para errar, acertar e trabalhar em função disso."

O fato de os jogadores estarem em fim de temporada, e portanto desgastados fisicamente, tem de ser deixado de lado, na opinião de Daniel Alves. "Aqui não tem isso (de se poupar). A responsabilidade com a seleção brasileira é grande, tem de vir preparado para fazer o melhor. A gente sabe que o esforço vai ser importante. É certo que a gente vem de uma temporada muito dura, mas na seleção tem de estar preparado para fazer o melhor."

Daniel Alves garante que está em perfeitas condições para defender a seleção brasileira na Copa América Centenário. O lateral-direito que revelou na terça-feira (24) estar jogando com dores no pé há seis meses, em consequência de uma fascite plantar, afirmou ao chegar a Los Angeles e se apresentar a Dunga que, se depender dele, vai participar normalmente da competição.

A garantia de Daniel Alves foi dada em entrevista ao site da CBF, uma vez que ao chegar ao hotel em que a seleção está concentrada ele não deu nenhuma declaração à imprensa. "Eu me apresento em condições perfeitas para servir à seleção brasileira e dar um grande nível. Acredito que aqui a gente precisa do melhor de cada um. Eu estou disposto a fazer o meu melhor e ajudar o necessário para que a equipe siga crescendo e siga com confiança adequada para competir", disse o jogador.

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O lateral afirmou que é sempre um prazer servir à seleção é que espera que a Copa América Centenário seja uma "competição exitosa" para o time de Dunga.

Apesar do otimismo de Daniel Alves, que espera inclusive treinar normalmente na tarde desta quinta-feira, ele será avaliado pelos médicos da seleção. Não está descartada a possibilidade de ele ser cortado. Nesse caso, Fagner seria chamado em seu lugar.

A possibilidade de perder Daniel Alves deixou Dunga bastante preocupado. Afinal, o jogador do Barcelona é um dos líderes do grupo que montou para a Copa América Centenário, encarregado entre outras coisas de passar aos outros atletas as instruções durante a partida e de relembrá-los daquilo que é feito nos treinamentos. Se o lateral-direito for mesmo cortado por causa das dores que sente no calcanhar, Fagner, do Corinthians, será chamado.

Daniel Alves irá se apresentar nesta quarta-feira (25), como estava programado. Entregará aos médicos da seleção relatório feito pelos médicos do Barcelona e passará por avaliação que decidirá se permanece ou não no grupo.

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Dunga já sabia que o lateral sofre com as constantes dores, decorrência de uma fascite plantar. Mas, nos últimos contatos feitos com o jogador, a comissão técnica recebeu sinais positivos. Daniel Alves disse o mesmo que afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira: que as dores incomodam, mas não o impedem de jogar.

"Estou há seis meses com dores. Elas incomodam, mas não me impedem de jogar. Temos feito tratamento para jogar. É uma honra servir à seleção e, por isso, quando te chamam não há cansaço (que atrapalhe)", declarou o jogador.

O problema que aflige Dunga e os integrantes da comissão técnica e que Daniel Alves também afirmou que se não estiver 100% fisicamente não jogará a Copa América. Como ele não se apresentará em perfeitas condições, a expectativa aumentou.

Ironicamente, no ano passado Daniel Alves não fazia parte do grupo inicial que disputou a Copa América no Chile. Já estava de férias e só foi chamado porque o lateral-direito Danilo se machucou em um amistoso preparatório contra o México, disputado em São Paulo. Acabaria virando titular. Fagner vai ser o substituto de Daniel Alves, se for o caso, porque está entre os 40 pré-inscritos pela CBF para disputar a competição.

Dunga não terá mais qualquer teste antes de convocar a seleção brasileira para a Copa America Centenário. Por isso, os jogos contra Uruguai e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 serviram como a última oportunidade para o treinador estar junto com seus jogadores. Essas duas partidas e o período de treinamento em Teresópolis (RJ) e Viamão (RS) fizeram com que ele firmasse convicções. Alguns jogadores ganharam pontos, outros perderam.

O goleiro Alisson saiu dos dois confrontos com crédito ainda maior com Dunga. O técnico valoriza não só o que o jogador faz dentro do campo, mas também como se comporta fora dele. Embora tenha levado um gol considerado defensável diante do Uruguai, o jogador do Internacional fez defesas importantes e mostrou personalidade.

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Se o jovem Alisson foi bem, a grande estrela da seleção esteve no extremo oposto. Neymar teve atuação apagada no empate com o Uruguai, no Recife, foi suspenso por cartão amarelo e, mais uma vez, desfalcou a seleção em momento decisivo. Claro que Dunga nem pensa em abrir mão dele. Mas Neymar ficou com a imagem arranhada.

Enquanto isso, Daniel Alves ganhou ainda mais espaço, graças ao seu comportamento. Experiente, é respeitado no grupo e figura certa na Copa América Centenário. O gol marcado contra o Paraguai, no último minuto, só reforçou a ideia de Dunga de contar com atletas mais preparados para momentos de adversidades.

Willian e Douglas Costa dificilmente chamam a atenção individualmente, mas são fundamentais para o esquema do treinador e também estão em alta. São, inclusive, nomes especulados na lista de possíveis convocados acima de 23 anos para a disputa da Olimpíada do Rio, em agosto, principalmente o jogador do Chelsea.

Ricardo Oliveira, apesar dos 35 anos, ainda é um dos melhores centroavantes do País. Dificilmente irá à Copa do Mundo de 2018, mas, para um momento em que o mais importante para o time brasileiro é vencer, sua presença também é fundamental.

O caso mais curioso é o de Renato Augusto. O meia chegou sob muita desconfiança por ter ido para o futebol chinês, mas surpreendeu positivamente. Além de ter marcado um bonito gol contra o Uruguai, apareceu bem e mostrou frieza mesmo nos momentos de maiores dificuldades nos dois jogos. No seu caso, a dúvida está se ele vai conseguir manter o padrão elevado atuando no outro lado do mundo.

QUEDA - Alguns jogadores não conseguiram render o esperado e vão merecer atenção maior de Dunga. Na lateral esquerda, Filipe Luís fez com que Marcelo volte a ter boas chances de ser lembrado novamente.

Volantes e zagueiros parecem ser a pedra no sapato de Dunga. Luiz Gustavo e, principalmente, Fernandinho estiveram muito abaixo do esperado. O jogador do Manchester City teve dificuldades para atuar como segundo homem no meio de campo. Contra o Paraguai, cometeu tantos erros que foi sacado já no intervalo. Luiz Gustavo parecia disperso em determinados momentos e a falta de qualidade técnica para sair jogando atrapalhou.

Na zaga, David Luiz teve uma atuação desastrosa contra o Uruguai e ainda foi suspenso para o confronto contra os paraguaios. Miranda e Gil, bons tecnicamente, tiveram graves problemas de posicionamento e, embora o zagueiro da Inter de Milão tenha dito que não teria problema em jogar no lado esquerdo, claramente sentiu dificuldades diante do Paraguai.

Lucas Lima, Hulk, Phillipe Coutinho e Jonas tiveram pouco tempo para mostrar serviço e por isso mantiveram a média. Assim como Diego Alves, Marcelo Grohe, Marquinhos, Danilo, Alex Sandro e Oscar, que não jogaram.

Autor do gol que evitou a derrota da seleção brasileira contra o Paraguai, nesta terça-feira, em Assunção, o lateral-direito Daniel Alves disse que a equipe acabou se superando. "Quando não dá na qualidade, tem de ir na personalidade, no espírito, na garra".

O jogador do Barcelona, que nesta terça-feira completou 90 partidas pela seleção, reconheceu que a equipe não jogou bem em Assunção, mas afirmou que as dificuldades já eram esperadas. "O adversário nos eliminou na Copa América (no Chile, no ano passado). Acredito que temos que melhorar. Deixamos muito espaço. Vamos melhorar conversando. Os adversários vão nos respeitar com trabalho e não com as estrelas que temos no peito".

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Para Daniel Alves, a reação do time após estar perdendo por 2 a 0 mostrou o espírito da equipe. "O jogo se tornou difícil. Graças a Deus não saímos machucados, o campo é um desastre. Mas que nada sirva de desculpas. Esse é o grau de dificuldade das eliminatórias. Para gente conseguir objetivo, não serve só a qualidade".

O zagueiro Gil destacou o fato de o time ter lutado bastante. "A gente sabe que Eliminatórias são sempre difíceis. Mostramos no segundo tempo que a gente tem totais condições de conseguir a classificação", garantiu.

No fim do confronto que terminou empatado em 2x2 entre Brasil e Uruguai, nesta sexta-feira (25), na Arena Pernambuco, a torcida que lotava as arquibancadas mudou de postura. Durante a maior parte do confronto, a festa tomou conta dos acentos. Mas, na reta final, as vaias vieram à tona, e o lateral-direito Daniel Alves entendeu a atitude dos torcedores com naturalidade. Inclusive, deu razão a eles, interpretando o fato da seguinte maneira: “A galera cansou de apoiar”.

Segundo Daniel, a torcida teve motivos para intensificar a pressão com as vaias, devido à queda apresentada pela seleção brasileira, que abriu 2x0 no placar e deixou os uruguaios tirarem desvantagem. “Estão no direito deles. Tentaram animar durante quase todo o jogo, mas, no final, com razão, houve essa cobrança natural de quem paga para vir ao estádio. Temos de respeitar, pois, quando estávamos bem, a arquibancada teve participação direta nisso, jogando junto com a gente”, declarou o lateral-direito.

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Daniel Alves observou, ainda, que o Brasil falhou ao deixar de aproveitar o embalo dos gols de Douglas Costa e Renato Augusto para ‘matar o jogo’. “No primeiro tempo, poderíamos ter aumentado a vantagem, mas eles encontraram um gol, com Cavani, e, depois, voltaram a mostrar eficiência com Suárez. Na etapa complementar, nosso time piorou e eles assumiram o controle, mantendo a equipe fechada e subindo com perigo sempre que possível”, analisou.

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Nessa segunda-feira (22) a Polícia Civil do Estado divulgou o retrato falado do suspeito de assassinar em um colégio da cidade de Petrolina a estudante Beatriz Angélica Mota, de apenas 7 anos. Com a divulgação da imagem do homem, principalmente nas redes sociais, muita especulação sobre a verdadeira identidade do suspeito foi gerada. O retrato chegou a ser associado ao cantor Ney Alves, irmão do jogador do Barcelona e da seleção brasileira Daniel Alves. Algumas imagens comparando os dois foram compartilhadas principalmente no WhatsApp e o cantor fez um desabafo em uma de suas redes sociais.

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Irritado e se sentindo humilhado com a associação de sua imagem com a de um assassino, o cantor Ney Alves procurou a delegacia da cidade onde mora, Juazeiro-BA, vizinha a Petrolina, e postou um texto com uma imagem em seu Instagram:

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No futebol europeu desde 2002 e com contrato com o Barcelona até 2017, Daniel Alves ainda voltará a atuar no futebol brasileiro. Foi o que assegurou o lateral-direito, de 32 anos, em entrevista ao site oficial da Fifa, garantindo o desejo de encerrar a sua carreira no Bahia, onde começou a jogar profissionalmente. E ele prometeu que fará isso em alto nível.

"Já prometi que iria acabar a minha carreira onde comecei, como uma forma de agradecer aos que me deram a chance de marcar o meu nome no futebol. Eu quero ter uma passagem lá antes de me aposentar, mas aproveitando e os fazendo aproveitar também. Eu quero ter a certeza de que estarei em forma para não causar nenhuma decepção", disse.

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Conhecido pelo estilo extravagante de se vestir fora de campo e também por ser amante de música, especialmente do pagode, Daniel Alves revelou o desejo de investir em algumas duas suas paixões quando deixar o futebol. "Eu gosto da comida, música e moda. Eu vou acabar em envolvendo em qualquer um desses três mundos, ou em todos os três. Eles são coisas que amo e só faço o que amo. Futebol também, mas eu não tenho gostado de estar envolvido com isso", afirmou.

Essa insatisfação de Daniel Alves com o futebol possui relação com as várias polêmicas recentes do jogador, boa parte dela envolvendo a imprensa. O lateral avisou, porém, que não vai deixar de lado o seu estilo autêntico, de falar o que pensa. "Quando alguém expressa sua opinião é malvisto, porque as pessoas só estão preparadas para serem elogiadas. Nunca para serem criticadas", disse, "Se penso uma coisa, seja melhor ou pior, eu sempre digo. Eu sou livre, e minha opinião também", comentou.

Para Daniel Alves, o que o Barcelona tem realizado em campo nos últimos anos é inacreditável e algo que deve ser admirado por qualquer torcedor. Na temporada passada, o time foi campeão europeu, do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei. Agora, na atual, segue no rumo para repetir essas conquistas.

"Nos últimos cinco ou seis anos se viu uma versão incrível da equipe. E quando se pensava que não podíamos mais, voltamos a conseguir. Essa é a estabilidade futebolística que se sonha na sua carreira. Mantemos a vontade de seguir competindo e isso nos leva onde estamos", avaliou Daniel Alves.

Um dia após derrotar o Guangzhou Evergande por 3 a 0, o Barcelona voltou a treinar nesta sexta-feira (18), em Yokohama, no Mitsuzawa Stadium, iniciando a preparação para a decisão do Mundial de Clubes, no próximo domingo. Ainda está indefinido se Neymar e Lionel Messi vão entrar em campo, mas nesta sexta apenas o brasileiro treinou.

Ausente do duelo com o clube chinês por causa de uma cólica renal, Messi também não participou da atividade desta sexta. Apesar disso, o Barcelona evitou descartar a presença do craque argentino na final diante do River Plate.

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Já as perspectivas para Neymar entrar em campo parecem ter melhorado. Afastado desde a véspera do jogo contra o Bayer Leverkusen, na semana passada, quando sofreu uma pequena lesão fibrilar na coxa esquerda, o brasileiro viajou ao Japão, mas ficou fora dos treinamentos de segunda e terça-feira.

Na última quarta-feira, Neymar fez leves trabalhos físicos. Depois, na quinta, ficou no banco de reservas no duelo com o Guangzhou. Nesta sexta-feira, o brasileiro intensificou sua rotina de treinamentos ao realizar trabalhos físicos e depois com bola, incluindo alguns dribles. Todos esses trabalhos, porém, foram em separado.

Já o lateral-direito Daniel Alves ficou fora do treinamento por causa de uma pancada no pé. Mas o brasileiro não preocupa o Barcelona para a decisão de domingo contra o River Plate.

Daniel Alves não precisa da braçadeira de capitão para se comportar como líder da seleção brasileira. Os números o credenciam como uma das principais referências do grupo. Entre os 23 atletas chamados por Dunga para os jogos contra Argentina e Peru, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, somente Kaká foi mais vezes convocado do que o lateral-direito do Barcelona.

Com 86 jogos pela seleção, Daniel Alves assume o papel de porta-voz daqueles que, por exemplo, não têm coragem de criticar o comando da CBF. "Alguns jogadores têm medo de falar e não voltar à seleção", disse o lateral nesta entrevista exclusiva. Quando o assunto é Neymar, o jogador se posiciona como uma espécie de escudo para proteger o craque. "Ele é meu companheiro e sempre vai ser defendido por mim. Basta a imprensa para bater nele".

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Agência Estado - Depois da Copa América, você criticou a CBF e disse que o futebol brasileiro parou no tempo. Teve medo de sofrer algum tipo de retaliação e não voltar mais à seleção?

Daniel Alves - As pessoas precisam ter confiança no seu trabalho e na sua verdade, independentemente da repercussão que isso possa ter. Tenho de suportar as consequências das minhas atitudes e não dos meus medos. Falei o que pensei com o único objetivo de ajudar o futebol brasileiro a melhorar. Não tenho nenhum interesse particular. Sei que falei com a boca de alguns jogadores que têm medo de falar e não voltar à seleção. Mas, o meu trabalho é muito mais forte do que uma opinião que eu possa ter sobre um determinado tema. Eu estava entalado, engasgado, e preparado para a qualquer repercussão.

AE - Você chegou a dizer que não era possível que o presidente da CBF não viajasse com a seleção. Ainda mantém essa posição?

Daniel Alves - Falei naquele momento o que eu pensava. Não preciso ficar batendo na mesma tecla. Agora é pensar no futuro e continuar lutando para a melhoria da seleção e da organização do futebol. A junção de tudo isso vai ter reflexos dentro de campo.

AE - Você é um jogador que sempre sai em defesa dos outros atletas. Não poderia, por exemplo, ser capitão da seleção?

Daniel Alves - Eu me predisponho a ajudar sempre que necessário. A minha posição independente da tarja de capitão. Vou continuar defendendo meus companheiros. Cada um age da forma que achar melhor. Continuarei tendo o mesmo comportamento para não deixar que coisas de fora afetem o grupo.

AE - As críticas incomodam?

Daniel Alves - É complicado ver gente que já foi jogador, e sabe das dificuldades que passamos, ter uma visão do futebol como se fosse o melhor do mundo ou nunca tivesse cometido algum erro. Sempre assisto aos jogos com uma visão bastante crítica e procuro compreender os erros ou tomadas de decisões equivocadas porque entendo como é complicado fazer escolhas acertadas em fração de segundos.

AE - Tem jogador que rende menos na seleção do que no clube porque tem medo de errar e não voltar a ser convocado?

Daniel Alves - A seleção tem de ser a mescla de jogadores jovens e mais experientes. Quando eu era mais novo, passei por diversas situações de não tomar a decisão na hora certa por falta de confiança. Quando você começa a ter controle desse tipo de situação o seu trabalho rende mais. A partir da confiança é que surgem os resultados. Isso só vem com o passar do tempo, mas se pudermos encurtar esse prazo será melhor para a seleção.

AE - O 7 a 1 ainda está engasgado ou faz parte do passado?

Daniel Alves - O passado só tem de ser observado se for para melhorar o presente e, consequentemente, o futuro. Se não for assim, não vejo motivos para você ficar voltando toda hora ao passado, até porque não dá para mudar o que já está feito. Sem dúvida nenhuma aquela derrota foi dolorosa, mas ficou para trás. Temos de olhar para frente e fazer com que aquilo não volte nunca mais a acontecer.

AE - Você conhece muito bem o Messi no Barcelona. Qual é o tamanho da vantagem do Brasil em jogar contra a Argentina sem ele?

Daniel Alves - Estamos falando do melhor jogador do mundo. Não enfrentá-lo é um ponto a nosso favor, mas não temos que nos apegar a isso. A Argentina não se resume exclusivamente ao Messi e tem outros jogadores de qualidade que tentarão superar a ausência dele. Por isso, temos de estar muito bem preparados para conseguir um resultado positivo fora de casa. Se a gente se apegar muito à ausência do Messi, teremos dificuldades.

AE - Depois da expulsão do Neymar na Copa América, você deu uma entrevista dizendo que saiu em defesa dele na imprensa, mas que, quando estavam só vocês dois, o tom da conversa foi outro. Você pode revelar o que disse para ele?

Daniel Alves - Isso fica nos bastidores, não se comenta. Sou um cara que sempre se preocupa com as pessoas que eu gosto. Tenho alguns anos a mais de experiência no futebol do que ele, e isso acaba ajudando em momentos como aquele. A expulsão ficou de aprendizado para o resto da vida dele. Ele é meu companheiro e sempre vai ser defendido por mim. Se eu tiver que criticá-lo vai ser numa conversa particular, e nunca em público. Basta a imprensa para bater nele.

AE - Como a seleção pode resolver a dependência que tem do Neymar?

Daniel Alves - Não acredito que o Brasil tem uma Neymardependência, assim como costumam falar que o Barcelona tem a Messidependência. É claro que, quando esses jogadores estão em campo, a equipe circula em função deles. É evidente que você tem de procurar explorar o máximo possível um jogador dessa qualidade porque ele pode resolver jogos complicados. Mas uma equipe vai muito além de um único jogador. O futebol é um esporte coletivo. O Ney é o nosso diferencial e não o nosso tudo. Nesse ponto, acho o futebol injusto. Sempre falam em dependência de um jogador quando é para o lado positivo. Quando é algo negativo, o foco se volta para os outros. Cada jogador tem a sua importância dentro da seleção e todo mundo tem de procurar fazer o melhor para a gente formar uma grande equipe.

AE - Você foi convocado duas vezes por causa da saída de outros jogadores. A primeira foi na Copa América, quando o Danilo saiu por lesão, e depois nas Eliminatórias com o corte do Rafinha, que pediu para não jogar. Agora você foi chamado na primeira lista. Acha que conquistou de vez o seu lugar na seleção?

Daniel Alves - A minha história na seleção vem há muito tempo. Sempre tentei fazer o meu melhor. Algumas vezes consegui, em outras não. Gosto de dizer que sempre consegui as coisas pelos meus méritos e não por demérito dos outros. O mais importante é estar preparado para quando a oportunidade aparecer você corresponder às expectativas. Respeito as decisões dos treinadores. A única coisa que procuro fazer é o meu trabalho, tanto no clube como na seleção.

AE - Como vê a briga pela vaga na lateral direita com o Danilo?

Daniel Alves - A seleção só tem a ganhar quando jogadores de qualidade disputam posição. Para mim, é um privilégio ter um companheiro como o Danilo, que é um grande jogador. O objetivo não é competir entre nós mesmos, mas sim contra os adversários. Ninguém vai para a seleção achando que é titular absoluto. Todo mundo vai para ajudar o grupo.

AE - O Brasil corre risco de ficar fora da Copa do Mundo de 2018?

Daniel Alves - Pela qualidade dos nossos jogadores e a força do nosso grupo não acredito que o ficaremos fora dessa Copa do Mundo nem das próximas. É com essa confiança e mentalidade que fazemos o nosso trabalho na seleção. Sabemos que vai ser difícil se classificar, mas costumo dizer que se a vida fosse fácil a gente não nascia chorando.

O lateral-direito Daniel Alves não quer que a seleção brasileira "pague o pato" pelo que está acontecendo no País de uma maneira geral, e no mundo do futebol. Ele admite que a equipe está devendo um bom futebol e resultados convincentes e que há um distanciamento por parte do torcedor. Mas pede à torcida para separar a crise política e econômica da queda de rendimento da seleção.

"Se eu puder pedir alguma coisa ao torcedor é para a seleção não pagar o pato do Brasil", disse o jogador do Barcelona na tarde desta segunda-feira, em Fortaleza. "A seleção está pagando pela revolta do brasileiro com outras coisas."

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Daniel Alves reconhece que o fato de vários jogadores da seleção atuarem há tempos na Europa também contribui para que haja um distanciamento por parte do torcedor, que desconfiava da vontade dos jogadores de servir à equipe. Mas ele garante que empenho não falta.

"Dada à circunstância do futebol brasileiro, impede que você consiga fazer uma grande carreira no Brasil. Eu quero deixar claro que, apesar de jogar fora, eu sou tão brasileiro como os outros. Esse orgulho de vestir essa camisa, de estar na seleção é superior. Pode ser que exista um distanciamento, mas somos empurrados a isso", afirmou.

Ele criticou os clubes ao afirmar que não preparam os jogadores na base para que possam subir e se consolidar como profissionais. Para o lateral, os clubes têm interesse apenas em vender os atletas. "É moeda de troca. Se tivesse mais certeza e segurança na organização, seria diferente."

Daniel Alves garantiu que os jogadores estão disposto a lutar para resgatar a credibilidade perante o torcedor. "A gente está insistindo para ter essa estabilidade, retomar a confiança", declarou o lateral. Ele espera que esse resgate comece nesta terça-feira, com bom futebol e uma vitória convincente sobre a Venezuela, em Fortaleza.

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