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O cheiro de vela derretida se mistura com o aroma das flores cempasuchil deixadas sobre os túmulos dos cemitérios mexicanos, visitados por milhares de pessoas para lembrar e homenagear os familiares perdidos no tradicional Dia dos Mortos.

Nas sepulturas, os visitantes montam coloridos altares e dedicam cantos e rezas a seus entes queridos na madrugada o dia 2 de novembro, como determina essa tradição de origem indígena.

"Acredita-se que os espíritos andem por aqui. Nos sentimos muitos felizes de nos reencontrarmos com nossos mortinhos", disse à AFP Francisco Rubio, de 68 anos, que visitava o Panteão Dolores, no oeste da Cidade do México.

Nesta data, que mistura a cultura indígena com tradições cristãs da época colonial espanhola, na madrugada de 1º de novembro, as almas das crianças chegam do "Mictlán" - o submundo, ou região dos mortos. Já o 2 de novembro é dedicado aos espíritos adultos, que são recebidos com alimentos e bebidas preparados na noite anterior.

O governo da Cidade do México organizou atividades para a data, que este ano tiveram início da semana passada, com um desfile de "catrinas", o famoso personagem criado pelo cartunista José Guadalupe Posada, em 1910.

Neste sábado, um megadesfile dedicado ao Dia dos Mortos com ênfase nas raízes indígenas da tradição passou pela turística avenida de Paseo de la Reforma.

Caveiras gigantes feitas de papel machê e cartão, bonecos com enfeites de diferentes etnias indígenas e mariachis com trajes com esqueletos bordados desfilaram ao ritmo das lendárias canções mexicanas "La Llorona" e "México lindo y querido".

Altares típicos foram montados em vários pontos do país em protesto pelos mais de 40 mil desaparecidos e 37 mil corpos sem identificação que existem no país, de acordo com números oficiais.

Nas cidades fronteiriças com os Estados Unidos, Tijuana (noroeste) e Ciudad Juárez, o Dia dos Mortos também serviu para recordar os migrantes falecidos. Em Tijuana, um grupo de artistas e ativistas homenageou, em um mural, os mexicanos e os estrangeiros mortos ao cruzarem a fronteira com os EUA.

Considerado o feriado mais importante e amado pelos mexicanos, dizem os especialistas, o Dia dos Mortos se tornou uma festa tão original quanto representativa do México.

Classificada como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2003, a celebração do Dia dos Mortos se tornou um símbolo.

No México, a morte - tema tabu para muitas culturas - é motivo de celebração e tradição uma vez por ano, quando as casas e as ruas do país se enchem de flores, velas, caveiras coloridas e muitos doces para homenagear os entes queridos que já faleceram.

É uma celebração popular que acontece nos dias 1º e 2 de novembro e que mistura raízes indígenas com tradições cristãs da era colonial espanhola, quando, acredita-se, vivos e mortos se encontram.

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Considerado o feriado mais importante e amado pelos mexicanos, dizem os especialistas, o Dia dos Mortos se tornou uma festa tão original quanto representativa do México.

"Os povos indígenas têm um calendário ritual profundamente enraizado na agricultura tradicional, mas este é o feriado coletivo mais importante para a retribuição à Terra e o culto de seus antepassados", explica o diretor de coleções do Instituto Nacional de Povos indígenas, Octavio Murillo.

A base dessa celebração moderna surgiu com a lenda de que os Mexica, o povo indígena dominante da era pré-hispânica mexicana, viajavam depois de morrer pelas nove regiões do submundo, conhecidas como Mictlan.

Segundo Murillo, "o destino final das pessoas foi determinado pelo comportamento desenvolvido na vida".

Origina-se nessa época a relação do mexicano com a morte.

"É uma celebração com muitos anos de história e à qual os povos indígenas vêm incorporando novos elementos religiosos da tradição cristã, como as ofertas", explica ainda.

As ofertas são altares, que milhões de famílias mexicanas fazem todos os anos em suas casas para celebrar o Dia dos Mortos, como uma homenagem aos entes queridos falecidos.

Neles, são colocados objetos pessoais dos mortos ou suas comidas favoritas, acompanhados de ornamentos como flores tradicionais de cempasuchil, de cor laranja intensa, ou "confetes", que consistem em folhas de papel de seda expostas a céu aberto com figuras de caveira enfeitadas.

- Tradição moderna -

Classificada como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2003, a celebração do Dia dos Mortos se tornou um símbolo.

O governo da capital organiza atividades alusivas à celebração, que este ano começou com um desfile de "catrinas", o famoso personagem criado pelo cartunista José Guadalupe Posada em 1910.

"O México vê a morte como algo normal e gosta disso. Faz parte da nossa identidade", diz Yamilé Niño, uma estudante de 15 anos de idade com um rosto pintado como uma catrina.

Essa tradição não fascina apenas os mexicanos, mas também alguns estrangeiros, que adotaram o feriado por seu significado e cores.

"Todos temos medo da morte, mas o fato de que no México isso faz parte de uma celebração, de um rito de cor, é uma coisa maravilhosa", comenta Alejandra Díaz, colombiana de 30 anos que viajou à Cidade do México esta semana para a celebração anual.

Para o sociólogo Jonathan Juárez, a razão de uma tradição de origem pré-hispânica ser tão atraente em outros países é porque outros povos compartilham a visão de mundo mexicana em relação à morte.

"Por um lado, toda cultura tem um caráter modificável. Por outro, a vida e a morte são fenômenos altamente marcantes para os seres humanos e produzem um grande fervor", afirmou este acadêmico da Universidade Nacional Autônoma Nacional do México.

- Celebração mortuária -

Em seu livro "O Labirinto da Solidão", o Prêmio Nobel de Literatura de 1990, o mexicano Octavio Paz, escreveu que "o mexicano está familiarizado com a morte, brinca com ela, a acaricia, dorme com ela, a celebra".

"A festa é altamente marcante, não apenas por causa de sua coloração, mas porque é, em si, uma expressão do multiculturalismo mexicano", diz Juarez.

Susana Rodríguez, uma dona de casa de 44 anos, lembra com nostalgia como conviveu com a tradição do Dia dos Mortos desde que era criança, algo que agora tenta estimular em seus filhos.

"Os mortos acordam do sonho eterno para compartilhar a vida conosco", conclui.

Nesta quinta-feira (31), data marcada pelo Halloween, considerado o principal feriado não cristão dos Estados Unidos, o projeto multimídia Vai Cair No Enem promove uma aula “sinistra”. Inspirados em elementos do terror, o professor de inglês Fred Fonseca e a professora de espanhol Janaína Oliveira reúnem dicas de assuntos cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio.

Direto do Mirabilandia, parque de diversão localizado em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, os professores selecionam termos que são cobrados no Enem. Confira no vídeo a seguir a aula completa:

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As provas do Enem começam no próximo domingo (3). O Exame inicia às 13h30, horário de Brasília, com questões de Linguagens, Ciências Humanas e redação.

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Nos dias 2 e 3 de novembro, o Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo, celebra a tradicional festa mexicana do Dia dos Mortos. O evento terá uma exposição de altares, festival gastronômico regado de comidas típicas, dança, apresentações de mariachs. Além disso, a festa fará uma homenagem a Francisco Toledo, artista contemporâneo do México, falecido em setembro.

O Dia dos Mortes é uma das celebrações mais representativas da cultura mexicana e que acontece entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro. A comemoração reúne famílias e comunidades para honrar seus antepassados. Acredita-se que nesse dia, os vivos se encontram com os mortos para celebrar a vida e a morte por meio de um banquete de sabores, cores e música.

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A principal atração da festa são os altares expostos no Espaço Gabo, decorados com oferendas que reverenciam a memória dos mortos. Outros destaques da exposição são as pipas brancas que representam personalidades falecidas.

O evento também promove um festival gastronômico com comidas típicas mexicanas, como tacos, guacamoles e tortilhas. Haverá também espaço de quick massage e diversos brinquedos e jogos para as crianças. Animais de estimação também são bem-vindos na comemoração.

Serviço

Festival Gastronômico

Quando: 2 de novembro, das 11h às 21h; 3 de novembro, das 11h às 20h

 

Exposição dos Altares

Quando: 2 e 10 de novembro, das 9h às 18h

Entrada Gratuita

 

Onde: Memorial da América Latina - Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, São Paulo - SP

A música costuma ser boa companhia nos momentos mais especiais e, também, delicados da vida. Ou da morte. Ouvir uma canção pode ajudar a repensar fatos, relembrar momentos e pessoas e até passar por um luto com acolhimento e conforto.  No dia em que se presta homenagem ao mortos, o Dia de Finados, preparamos uma lista de músicas que tratam a morte de maneira poética e são capazes de transformar esse momento e ressignificá-lo.

Eric Clapton - Tears in heaven

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Uma das canções mais bonitas e famosas do guitarrista eric Clapton foi inspirada numa tragédia familiar. Eric perdeu o seu filho, Conor,  de apenas quatro anos em um acidente, em 1991. Ele escreveu a canção em homenagem ao pequeno e imortalizou sua memória além de comover o seu público até hoje.

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Raul Seixas - O trem das sete

Morte e eternidade foram mote para Raul Seixas escrever essa canção. Usando a simbologia de uma viagem de trem, o músico fala sobre partir com alegorias como as trombetas do fim dos dias, sendo este o último trem.

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Frank Sinatra - My Way

Analisando a letra de My Way, pode-se notar alguém que rememora as passagens de uma última vida. A música diz que, apesar de alguns poucos arrependimentos, ter levado uma vida de acordo com sua verdade e vontade valeu muito a pena.

Titãs - Epitáfio

Epitáfios são aquelas frases que se escrevem nas lápides dos túmulos nos cemitérios. A música dos Titãs traz várias sentenças que tranquilamente caberiam ali. Aliás, tais sentenças podem levar a uma reflexão: aproveitar mais da vida enquanto ela está em curso.

Numismata - Anhanguera

A banda paulista Numismata traz mensagem semelhante neste 'sambinha'. A canção diz que nada que se ganha da vida é por "caridade", por isso, só cabe a nós, na hora de partir, deixar saudade.

Nelson Gonçalves - Naquela Mesa

Perder um pai não é fácil e sempre deixa marcas profundas. Ás vezes, elas viram música, como no caso de Naquela Mesa, composta pelo jornalista Sérgio Bittencourt em homenagem ao patriarca de sua família. A canção virou sucesso na célebre voz do cantor brasileiro Nelson Gonçalves.

Roupa Nova - A viagem

A Viagem ficou muito famosa após virar tema de abertura de uma novela homônima. A novela falava sobre vida após a morte e a música  encaixou perfeitamente com o seu enredo.

Maria Rita - Encontros e Despedidas

Milton Nascimento fez um delicado e belo retrato da saudade de quem parte e de quem fica. A voz doce de Maria Rita tornou a música ainda mais marcante.

Ramones - Pet Sematary

Pet Semetary foi a trilha de um filme de terror, de mesmo nome, em que animais enterrados viravam zumbis, além de outros eventos insólitos. A música da banda punk Ramones conta um pouco dessa trama macabra.

George Harrison - Art of Dying

O ex-Beatle George Harrison foi um homem muito espiritualizado e imprimiu esse traço em seu trabalho, sobretudo na sua carreira solo. Art of Dying fala da única certeza que temos na vida, a de que vamos morrer e da importância de lidar de forma saudável com isso.

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Em homenagem ao modo com que os mexicanos lidam com a morte, o Memorial da América Latina (SP) irá promover uma festa gratuita em comemoração ao Dia dos Mortos nos dias 28 e 29 de outubro. O evento, organizado pelo Consulado do México em parceria com o Memorial, contará com apresentações musicais, barracas de artesanato, maquiagens e concurso de fantasias.

O destaque da programação é o espaço interativo inspirado na nova animação da Disney – Pixar “Viva – A vida é uma festa”, que conta a história de um garoto mexicano que sonha em se tornar um grande músico. O público também terá acesso à uma exposição de caveiras customizadas por artistas nacionais. 

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Confira a programação:

Sábado – 28 de outubro

15h – Apresentação do Mariachi “Sol de América”;

17h – Apresentação do Mariachi “Sol de América”;

19h – Show da Escola de Samba Unidos de Vila Maria;

Domingo – 29 de outubro

13h – Apresentação do Mariachi “Sol de América”;

14h – Concurso de fantasias: infantil;

15h – Apresentação do Mariachi “Sol de América”;

16h – Concurso de fantasias: juvenil;

17h – Show da Escola de Samba Unidos de Vila Maria;

18h – Concurso de fantasias: adultos ;

Serviço:

Festa do Dia dos Mortos.

Data: 28 e 29 de outubro.

Horário: Sábado – 12h às 22h | Domingo – 12h às 20h.

Local: Praça da Sombra – Memorial da América Latina (ao lado do Metrô Barra Funda).

Estacionamento: Portões 4, 8 e 15 (pago).

Bicicletário: ao lado do portão 9.

Entrada gratuita (Portões 8, 9 e 12).

Classificação livre.

O diretor americano George A. Romero, que dirigiu o clássico “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968), morreu nesse domingo (16) aos 77 anos de idade vítima de um câncer do pulmão.

Segundo o jornal "Los Angeles Time", a morte foi confirmada pela família de Romero, que afirmou que ele morreu dormindo "após uma breve, mas agressiva batalha com o câncer de pulmão". Peter Grunwald, produtor parceiro de longa data do cineasta, disse ao jornal que Romero morreu enquanto escutava a trilha sonora de um de seus filmes favoritos, "Depois do Vendaval" (1952), cercado por sua mulher, Suzanne Desrocher Romero, e por sua a filha, Tina Romero.

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George Andrew Romero nasceu em Nova York e estreou como diretor em 1968 com “A Noite dos Mortos-Vivos”. Considerado um clássico revolucionário do cinema de terror, o filme consagrou o cineasta e definiu os zumbis como ícones da cultura pop. Com um orçamento de US$ 114 mil, mas com uma arrecadação de US$ 30 milhões, o longa “A Noite dos Mortos-Vivos” foi um dos primeiros filmes de terror a ter um protagonista negro, o ator Duane Jones.  

Romero continuou explorando a mitologia dos zumbis no filme “O Despertar dos Mortos” (1985), no qual o diretor usou os mortos-vivos como metáforas para o consumismo, já que a trama do longa se passa em um shopping center.

O terror sempre foi a especialidade do diretor, que realizou longas como “Martin” (1977), “Instinto Fatal” (1988), “A Metade Negra” (1993); mas nunca abandonou o subgênero do zumbi e continuou com o universo dos mortos-vivos em “O Exército do Extermínio” (1973), “Dia dos Mortos” (1985) e “Ilha dos Mortos” (2009) que foi o seu último trabalho como diretor.

Fora do gênero de terror, Romero dirigiu o drama “There's Always Vanilla” (1971), considerado pelo próprio cineasta como pior filme de sua carreira e o documentário de média metragem sobre o jogador de futebol americano O.J. Simpson, intitulado “O.J. Simpson: Juice on the Loose” (1974).

O trabalho de Romero foi responsável pelo fenômeno cultural dos zumbis no século 21. A sua carreira já foi referenciada e usada como principal inspiração para diversas obras da atualidade, como os quadrinhos/série “The Walking Dead” (2010-) e a franquia de games “Resident Evil” (1996-). A sua carreira já foi referenciada e usada como principal inspiração em filmes, livros, quadrinhos e games.

George A. Romero deixa a mulher, Suzanne Desrocher Romero, e três filhos — entre eles, o também cineasta George Cameron Romero.

O dia dos mortos para os mexicanos é sinônimo de festa, alegria e descontração. As ruas da cidade são efeitadas com adereços temáticos e as fantasias de caveiras vestem desde as crianças até os mais velhos. Para os mexicanos, os que já se foram não podem ser esquecidos ou lembrados com tristeza e o dia 2 de novembro é reconhecido como Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade desde 2003 pela Unesco.

O Escalante’s Tex Mex oferece uma programação especial no sábado (2) para comemorar a data: decoração temática, funcionários caracterizados, música mexicana e um festival de tacos. O trailer, localizado no bairro de Boa Viagem desde julho deste ano, dispõe do cardápio tex mex, fusão da comida mexicana com a praticidade da culinária fast food do Texas, nos Estados Unidos. O festival de tacos começa neste sábado (2) e se estende até o próximo (9).

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Serviço

Festival de Tacos do Dia dos mortos

Escalante´s Tex Mex (Rua Tenente João Cícero, 205 - Boa Viagem) 

Sábado (2) a sábado (9)

Terça a quinta das 18h à 1h | Sexta e sábado das 18h às 2h

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