Tópicos | linguagens

Os estudantes pré-vestibulandos do Rio de Janeiro (RJ) puderam assistir, na manhã deste sábado (21), ao aulão especial do Vai Cair No Enem, preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023.

Na UNINASSAU Rio de Janeiro, os alunos tiveram um reforço nos conteúdos de linguagens, com o professor Felipe Rodrigues; matemática, com Ricardinho e redação, com Eduardo Pereira. 

##RECOMENDA##

Aqueles que não puderam comparecer ou que foram e querem rever as aulas, podem acessar o canal oficial do Vai Cair no Enem no YouTube e estudar de casa. Para ver o aulão completo, clique aqui.

Vai Cair no Enem Pelo Brasil

O Vai Cair no Enem pelo Brasil viaja por diferentes estados promovendo aulas gratuitas de revisão para ajudar os vestibulandos a revisar os conteúdos mais importantes do Enem. Iniciativa já passou pelo Pará, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.

O professor de redação Eduardo Pereira participou, neste sábado (21), do aulão no Rio de Janeiro para o projeto Vai Cair no Enem Pelo Brasil. Com dicas de como organizar o texto, Pereira trouxe uma aula recheada de cartas curingas para os estudantes dominarem a redação do Enem.

Um dos primeiros medos dos estudantes é sobre qual será o tema da redação. Logo no início da aula, o docente defendeu o pensamento que “o meu sucesso na redação do Enem não depende que eu saiba antecipadamente do tema, porque eu não preciso disso.”

##RECOMENDA##

Nesse contexto, Pereira apresentou uma aula recheada de dicas e estratégias de o que fazer e como fazer para ter um bom texto dissertativo-argumentativo. Algumas dicas envolvem o uso de conectivos, apresentar a tese na introdução, prática de escrita e desenvolvimento da sua própria estratégia na hora de escrever.

Para melhorar o repertório de conclusão do estudante, o profissional destacou o artigo 6 da constituição federal, que defende “a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados”.

Ao fim do aulão, o docente trouxe uma redação nota mil para destrinchar cada detalhe junto com os alunos presentes na transmissão, dividida pela introdução, desenvolvimento e conclusão.

Vai Cair no Enem Pelo Brasil

O Vai Cair no Enem pelo Brasil viaja por diferentes estados promovendo aulas gratuitas de revisão para ajudar os vestibulandos a revisar os conteúdos mais importantes do Enem. Iniciativa já passou pelo Pará, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.

 

O professor de linguagens Felipe Rodrigues participou do aulão do Vai Cair no Enem deste sábado (21), no Rio de Janeiro. O docente optou por trazer explicações sobre os termos básicos de linguagens.

A aula procurou fazer com que os alunos entendessem “o intuito de se produzir um texto e, consecutivamente, observar essas funções predominantes”, nas palavras de Rodrigues, que reforçou o conteúdo de figuras e funções de linguagens, com emissor, receptor, contexto, código, mensagem e canal.

##RECOMENDA##

“Vocês dominando essa técnica gramatical… Presta atenção, tem uns assuntos que são muitos recorrentes em técnica: funções, figuras, tipologia textuais, crase, sinais de pontuação e uso de pronomes. O resto é ler e interpretar. Fazer análises de infográfico…”, defende o professor.

O docente também trouxe uma revisão de estrutura de redação, com introdução, desenvolvimento e conclusão, e as cinco competências que garantem a nota do estudante no texto dissertativo-argumentativo. 

Felipe também apresentou alguns pensadores diferentes para melhorar o repertório do texto. Ao fim da aula no Rio de Janeiro, o professor tirou dúvidas dos discentes presentes na transmissão.

Vai Cair no Enem Pelo Brasil

O Vai Cair no Enem pelo Brasil viaja por diferentes estados promovendo aulas gratuitas de revisão para ajudar os vestibulandos. Iniciativa já passou pelo Pará, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.

 

Parte dos estudantes que se prepara para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem em como seguir a estrutura da redação. Quais termos podem ser utilizados e o que deve ser abordado na introdução são questionamentos pertinentes.

Para ajudar esses alunos na reta final para o Enem 2023, o LeiaJá conversou com os professores de redação Felipe Rodrigues e Beth Andrade, que trouxeram o passo a passo de como começar o texto. Confira:

##RECOMENDA##

Passo 1: Entenda o tema 

Circule as principais palavras da frase temática, escrevendo sinônimos ao lado.

Passo 2: Planejamento textual

É importante que o aluno imagine como texto, repertórios e argumentos venham organizados dentro de uma estrutura textual. Então, antes até de um planejamento da produção, o aluno também tem que ter noção de tipologia textual e a organização do texto dissertativo que ele vai produzir.

Passo 3: Estrutura

O estudantes têm que conhecer as três microestruturas, que são introdução, desenvolvimentos e conclusão, sendo dois desenvolvimentos a serem colocados em seguida. Entre esses desenvolvimentos, ele vai ter duas teses a serem presentadas. Elas são, basicamente, dois problemas a serem esmiuçados dentro da temática da proposta redacional.

Passo 4: Plano

O que virá como problema? Quais são os repertórios a serem utilizados? O que colocar no D1 e no D2? Qual é a proposta de intervenção criada para os dois problemas? Como é que a conclusão será organizada? O estudante precisa iniciar a redação já ciente que terá uma estrutura bem desenhada em sua cabeça.

Passo 5: Diversidade de repertórios

Usar as coisas que vê no dia a dia, como, por exemplo, um filme, uma série, um livro, uma música, pode ajudar a ter criatividade para iniciar a introdução. Repertórios ímpares, para além daqueles sociólogos e filósofos que fazem toda a diferença.

Passo 6: Elabore o rascunho

O rascunho é muito importante para analisar quantidades de linhas, se o texto tem coerência e coesão e se o estudante conseguiu bem expressar todas as ideias.

O Enem 2023 será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. Na redação, aplicada no primeiro dia de provas, é necessário seguir todas as competências avaliativas, que são: variedade linguística, compreensão do tema e tipo textual, uso de repertório e conectivos e proposta de intervenção O texto deve conter no mínimo de 7 linhas e máximo de 30.

O período da ditadura militar marcou o Brasil dos anos de 1964 a 1985, com uma centralização do poder, violência, autoritarismo, anulação de direitos políticos e censura. A última se colocou em posição de comandar o que podia ou não ser veiculado em qualquer meio de comunicação. Durante 21 anos, diversos músicos, atores, cantores e artistas foram perseguidos, torturados e exilados do país.

Este triste momento é parte da história brasileira e está presente no conteúdo cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em especial nas questões das ciências humanas e suas tecnologias. Contudo, além de perguntas objetivas, o período da censura ainda pode servir como repertório sociocultural na redação. Para entender melhor como utilizar esta tática, o professor de história Hilton Rosas explica melhor:

##RECOMENDA##

“A ditadura militar durou 21 anos, de 1964-1985, período que é marcado pelo retrocesso e centralismo político por parte dos altos escalões das forças armadas. Neste período vingou também a censura, com perseguições aos artistas de diversas áreas”, detalha o docente.

Ao pensar na censura, entendemos que a música, assim como todos os tipos de arte, procurava uma forma de expor a situação que vivia no país. Alguns tinham suas músicas proibidas de circularem e outros apelavam por sinônimos ou mensagens subliminares para passar despercebidos. Estas músicas muito ensinam sobre o período da ditadura, como afirma Hilton.

“No que se trata aos cantores e intérpretes [da época da ditadura], destacamos de Geraldo Vandré à Adoniran Barbosa que tiveram músicas censuradas. Das músicas censuradas podemos citar ‘Cálice’ e ‘Apesar de Você’ do cantor e compositor Chico Buarque, perseguido pelos militares em que na linguagem denuncia o silêncio imposto pelos militares e a censura”, menciona o professor.

Além das músicas citadas, ‘Bêbado e o Equilibrista’, interpretado por Elis Regina, também cita situações da ditadura, como o exílio de alguns artistas e das perseguições política. Hilton Rosas explica que estas canções podem ajudar o aluno na hora da prova, não só de história, ao conhecer mais como foram os 21 anos de censura através da análise musical.

A professora de linguagens e redação Pamella Soares também defende a análise musical para entender a época da ditadura. São diversas músicas e trechos que podem ser utilizadas na redação para dar contexto histórico e repertório sociocultural para seu texto. A docente destaca algumas músicas chaves para os estudantes:

“A de Caetano ‘Alegria, Alegria’ é uma das mais importantes inclusive para quem estuda literatura porque ela dá início ao movimento da Tropicália e tem não só a questão da contextualização do momento histórico da ditadura militar, mas ressalta como era a condição naquele momento das pessoas. Principalmente para lidar com a informação e a ideia de você ter que sair e não pode sair sem documento que você pode ser abordado a qualquer momento”, desenvolve Pamella.

A docente explica que a canção pode dialogar com temáticas voltadas para ideia de regimes totalitários, a imposição de um determinado pensamento, a questão de como a mídia contribui um pouco para criar esse ambiente de totalitarismo. São muitas oportunidades de aproveitamento no texto.

“A música “Roda Viva” de Chico Buarque também é muito legal. Ela é uma música que fala um pouco sobre essa questão de sistema político. A ideia da roda viva, do mundo sempre estar numa coisa meio que aspiral, sabe? A gente sempre acaba voltando para o ponto que a gente iniciou. Então os problemas que a gente enfrenta, problemas políticos e econômicos, sempre é uma coisa cíclica, sempre tá voltando, essa roda viva que representa esse sistema, que tá nessa constante de roda, a roda também de cercar as pessoas que tentam lutar contra esse sistema. É uma música que trabalha com várias perspectivas”, detalha.

Pamella também menciona 'Cálice’, já destacada pelo professor Hilton Rosas, mas o que ela evidencia é o trocadilho de “cale-se” com a palavra cálice, que é o objeto. Inclusive, segundo a professora de linguagens, foi por isso que a música passou pela censura. É uma canção que fala muito da repressão da liberdade de expressão.

“Eu acho interessante essa música porque ela dialoga muito com questões que a gente tá enfrentando hoje. Apesar da canção ‘Cálice’ de Chico [Buarque] ter sido feita lá para o passado, para aquele momento de tensão política e tudo mais, ela ainda conversa bastante com coisas que a gente vivencia agora”, afirma a profissional.

Em uma menção extra, Pamella Soares também relembra Rita Lee, que esteve presente na época da Tropicália com a banda Mutantes, que teve grande contribuição nas questões de liberdade de expressão. É um período de grande importância também para a literatura, com o experimentalismo dialoga muito com o movimento da Tropicália.

Entre os maiores medos dos estudantes que irão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, está a redação. Isso porque a maior parte da prova é composta de questões assertivas, são 180 perguntas fechadas, facilitando um limite de respostas, enquanto a redação trabalha o lado discursivo dos alunos, exigindo maior desenvolvimento e ampliando as possibilidades de conclusões.

Contudo, a prova escrita do Enem não é um monstro de sete cabeças. Basta saber estudar e praticar seu texto de diversas formas e com diversos temas ao longo do ano. Essa e outras dicas foram passadas pela professora de redação e linguagens Beth Andrade, que conversou com o LeiaJá sobre algumas sugestões de temas que podem cair no Exame deste ano.

##RECOMENDA##

“Um dos temas de redação que eu acho muito a cara do Enem e uma das minhas apostas é 'A Democratização do Acesso aos Serviços Odontológicos'. É um dos temas que eu tenho trabalhado ultimamente com os meus alunos. Eu acho ele muito a cara do Enem por ser um tema muito específico”.

Beth lembra que, nas últimas edições, a prova trouxe temas que tratam dessa ideia de direitos e de cidadania, abordando a ideia de minorias, como os temas dos anos 2022 e 2021 trouxeram de forma bastante direta.

Além do citado posteriormente, a professora de linguagens também sugere outro assunto para a redação deste ano, que é 'Desafios para Garantir a Merenda Escolar nas Escolas Brasileiras'. Também trazendo um conteúdo mais social e de direitos, é algo pertinente na realidade atual, especialmente no estado que Beth reside, Pernambuco.

“Estamos vivendo, atualmente, pelo menos em Pernambuco, um problema com crise na gestão de distribuição de alimentos por parte das empresas terceirizadas. Por causa desse problema, acaba não chegando comida ao final para aquelas crianças e adolescentes que precisam tanto de uma nutrição escolar e que, muitas vezes, vão à escola só para ter aquela refeição garantida”, explica a entrevistada.

Compreender os temas é uma competência importante na questão discursiva do Enem, porém não é fácil adivinhar em cheio. Como todas as outras matérias, a solução é sempre estudar e praticar, não importa o conteúdo. Com a redação, a escrita, o desenvolvimento, a coesão, variedade e repertório fazem a diferença na nota do aluno. E para não ser pego de surpresa, a docente explica a melhor forma de estudar para os temas de redação:

“Além dos temas específicos, é bom que o aluno estude por eixos temáticos. Entender um pouco sobre a questão educacional, saúde, cidadania, as minorias sociais, economia… Isso tudo vai agregar porque, independente do tema que aparecer no dia, fica mais fácil do aluno conseguir identificar o que abordar, pois ele já vai ter estudado dentro daquele eixo específico e vai conseguir desenvolver bons argumentos quando aparecer o tema da redação”, indica a profissional.

Ao finalizar sua fala, Beth relembra: “Vale a pena o aluno procurar também redigir e pesquisar sobre o tema sempre que for praticar para poder se manter constantemente atualizado e trazer bons argumentos para a sua redação. Estudar, procurar saber atualidades, causas e consequências acerca desse tema."

O professor Felipe Rodrigues também reforça a importância de praticar suas habilidades discursiva-argumentativas neste início de ano. O docente sugere o focar em estrutura, pesquisar repertório, conteúdos, problemas e realizar planejamentos textuais nesse começo de 2023. Sobre temas, Felipe explica que esta edição será uma caixinha de surpresas:

“Esse ano nós temos o novo governo que traz consigo diversas pautas sociais que, até então, eram excluídas das políticas de Estado da última gestão. Então, a partir desse cenário, nós temos muitos problemas sociais que podem ser abordados, que envolvem desde questões de gênero a questões de violência em suas diversas formas, como também educação. Esse debate perpassa diversos assuntos, como saúde, meio ambiente, estabilidade e daí por diante. Todos podem vir na prova deste ano, agora é aguardar ver como é que serão os posicionamentos do governo para entender como será o trabalho de desenvolvimento da prova”, detalha.

Apesar das diversas opções, Rodrigues separou três principais indicações de temas que costuma trabalhar com seus alunos e aposta para ser tema da redação neste ano de 2023. Confira quais são elas:

1. O aumento exponencial de Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em diagnóstico aos jovens no Brasil;

2. A problemática da violência de gênero e transfobia no Brasil;

3. A problemática da destinação incorreta de lixo no Brasil;

Nesta terça-feira (14), é celebrado o Dia Nacional da Poesia, data escolhida por ser o mesmo dia do aniversário de Castro Alves, renomado poeta brasileiro que utilizava de seu ofício para defender a abolição da escravidão no Brasil. Parte da cultura e história do País, a poesia brasileira costuma aparecer nas questões de literatura do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e é preciso estar atento a elas.

Algo muito comum para confundir os alunos é a definição de poesia e poema. Poema é a estrutura de texto que se organiza em versos e estrofes. Já a poesia, ao contrário do que se entende, não se prende a esta organização padrão, poesia é o conteúdo e a mensagem que traz para quem a observa. A poesia pode estar presente em um poema, em um quadro e até em uma prosa, ela está em obras de arte no geral.

##RECOMENDA##

Entendendo essa diferença, o aluno já conhece um pouco mais dos gêneros textuais existentes nas linguagens. Contudo, popularmente, os poetas são comumente lembrados como artistas do ramo do poema. Em conversa com o LeiaJá, o professor Pedro Santos destaca essa diferença.

“Falar de poesia, primeiro, é lembrar que poesia e poemas não são as mesmas coisas. No Enem, é preciso lembrar de dois momentos literários que sempre caem quando envolve poemas: o parnasianismo e a modernidade”, diz.

O docente explica mais sobre esses momentos na arte: “Os principais poetas no primeiro [momento], seria a tríade parnasiana, que consiste em Alberto Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac. Todos defensores de uma poesia pura, sem influências dos problemas sociais, que prezasse a arte pela arte. Os poemas parnasianos possuem formato e métricas muito cuidadosas, eles amavam o soneto.”

“Quanto à modernidade, temos que lembrar de Manuel Bandeira, pernambucano, sempre cobrado na prova. Ele possui uma lírica única na nossa literatura, participa da construção ideológica da Semana de Arte Moderna, além de ser crítico literário. Bandeira nos deu de presente um universo poético único: Pasárgada. Lá, ele podia ser o que ele quisesse, como uma forma de escapar das pressões sociais e pessoais, pois sofria de tuberculose”, continua Pedro.

Veja, abaixo, o famoso poema:

"Vou-me embora pra Pasárgada", por Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconsequente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d’água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.

Como poemas e poesia podem cair no Enem?

Quando falamos de linguagens e literatura, saber o contexto histórico e as definições dos gêneros textuais não basta. O professor Pedro Santos explica que há outra competência muito importante para se sair bem nas questões do Enem: a interpretação da linguagem poética do poema.

“Compreender a linguagem poética (poesia) é fundamental. E, para isso, é importante lembrar que a literatura não se expressa utilitariamente, como esta notícia que você está lendo, ela usa da palavra como instrumento artístico. O Enem vai cobrar do aluno justamente essa sensibilidade artística a de compreender a poesia do poema”, finaliza Pedro.

Números, fórmulas e cálculos são pertinentes na prova de matemática, presente no segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que, em 2022, será realizado nos dias 13 e 20 de novembro. No entanto, poucos candidatos sabem que a interpretação de texto pode auxiliar e fazer a diferença na resolução dos quesitos da disciplina a partir do entendimento dos enunciados, que, geralmente, são longos, e com elementos gráficos.  

Para quem não consegue ver a relação entre interpretação de texto e exatas, o professor de Linguagens e redação, Felipe Rodrigues, explica, ao LeiaJá, que português e matemática são disciplinas complementares e que o estudante pode identificar essa relação no exame por meio de "representações gráficas, numéricas, linguísticas, gramaticais, por extenso e afins."

##RECOMENDA##

Característica no Enem, a interdisciplinaridade, que é a relação entre duas ou mais disciplinas, não é exclusiva das áreas de Linguagens e Ciências Humanas. Sobre isso, o docente chama atenção que a interpretação de texto pode ser usada a partir do princípio de inferência, ou seja, o candidato "trazer consigo uma dedução para a resolução de determinadas questões', explica.

Além disso, Felipe Rodrigues ressalta que o participante pode fazer uso da interpretação textual para "parafrasear elementos, realizar relações intertextuais". E complementa: "a prova exigi isso, que é o que a gente chama de interdisciplinaridade".

[@#galeria#@]

Fazer terapia contribui para a saúde humana, para o autoconhecimento, e auxilia na busca de caminhos e maneiras de lidar com os problemas que surgem no dia a dia. Até mesmo quem não passa por dificuldades pode usufruir dos recursos terapêuticos  associados a expressões artísticas.

##RECOMENDA##

De acordo com a psicóloga e arteterapeuta Tássila Albuquerque Alves, a arteterapia é uma prática integrativa e complementar do Sistema Único de Saúde (SUS) que utiliza a arte como uma das formas de expressão humana, através de linguagens artísticas, como a dança, pintura, colagem, teatro, escrita criativa, entre outros. 

Segundo a arteterapeuta, cada linguagem tem uma função terapêutica e a escolha de uma delas depende do cliente, da demanda e da proposta do atendimento. “Tradicionalmente, as linguagens ligadas às artes plásticas são as mais utilizadas”, diz.

A Casa Azul Ateliê, inaugurada em fevereiro de 2017, é um espaço terapêutico fundado por Tássila e que surgiu a partir de um processo pessoal de ressignificação vivenciado pela arteterapeuta após duas perdas gestacionais. “Como o sonho de ser mãe não pôde ser realizado naquele momento e precisou ser interrompido, eu resolvi investir essa energia e esse amor no espaço terapêutico, que é a Casa Azul”, relembra. 

Tássila esclarece que, para ser arteterapia, é necessário o acompanhamento de um profissional habilitado e que tenha uma formação seguindo os parâmetros da União Brasileira de Associações de Arteterapia (Ubaat). Ela acrescenta que a diferença entre esse estilo e outros modelos terapêuticos está no olhar do profissional, pois ele conhece tanto a arte e suas linguagens quanto a função terapêutica delas e como utilizá-las. 

[@#video#@]

A arteterapeuta relata que observa a interação do cliente com o papel, as falas que surgem quando ele termina de fazer um desenho, e os símbolos emergentes do processo arteterapêutico, que não tem como objetivo a estética e o resultado final. “O mais importante é que a pessoa se sinta à vontade e livre para criar, para se expressar”, afirma. 

Os benefícios de realizar arteterapia são vários e Tássila destaca o desenvolvimento do potencial criativo como um deles. Pessoas criativas e que conseguem se expressar melhor também desenvolvem uma postura mais flexível diante da vida. Outras vantagens observadas estão relacionadas à autoestima e isso se explica porque algumas pessoas que passam pelo processo arteterapêutico se surpreendem com o resultado. 

A arteterapia também funciona como um canal de expressão para pessoas que são mais introvertidas, tímidas, e que têm dificuldade de se comunicar. Tássila diz que às vezes, para o cliente falar de um ponto de dor na psicoterapia, demora mais tempo. “Na arteterapia, eu peço para ele fazer um desenho. Aparentemente é só um desenho, mas quando ele começa a falar daquilo, ele naturalmente toca naquele pontinho”, diz.

Tássila conta que, atualmente, tem crescido a procura de adolescentes pelo processo arteterapêutico e que são feitas sessões iniciais para compreender os motivos da busca, em que momento da vida eles estão, conhecer a história deles. “A partir dessas sessões iniciais, a gente inicia o processo de fato. Então, a gente vem para o espaço, falar do ateliê, e vivencia a prática da arteterapia”, explica.

A psicóloga clínica Larissa Soares conheceu a arteterapia a partir de Tássila Alves, em grupos e palestras, e foi estagiária do ateliê por um tempo. Para ela, a partir dessa abordagem, a pessoa cria algo que nem imaginava que poderia criar. “Foi esse movimento que eu fiz e me encantei pela arteterapia”, relata.

Desde que Larissa passou a acompanhar o processo de outras pessoas como estagiária e a vivenciar suas próprias experiências, percebeu que a arteterapia não tem ligação com o não saber desenhar ou não saber pintar, indo além disso. “Pensava que eu ia só fazer alguns rabiscos, mas eu consegui me expressar muito além do que só a fala”, diz. 

A psicóloga se envolveu com a escrita e desenhos, mas afirma que também gosta e tem relação com a música e dança. Para ela, a arte está em tudo. “Quando eu estou triste, eu escuto uma música que me remete àquilo; quando eu estou alegre, eu vou e escuto uma música, eu danço, escrevo alguma coisa. A arte está em tudo na minha vida”, complementa. 

Larissa Soares diz que, como estagiária, aprendeu muitas coisas e que a experiência foi incrível. A psicóloga finaliza recomendando a arteterapia para as pessoas. “Muitas coisas a gente demora muito para falar, tocar naquele assunto e através da arte vem, de uma forma tanto consciente quanto inconsciente”, conclui.

Serviço 

Casa Azul Ateliê – casaazulatelier@gmail.com

Endereço: Alameda Anésia Meira – Avenida Magalhães Barata, 1150, São Brás.

Telefone: (91) 99205-6107 / Instagram: @casaazulatelier

Por Isabella Cordeiro, com apoio de Juliana Maia (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

[@#galeria#@]

Nos dias 26, 27 e 28 de outubro, o Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC), da UNAMA - Universidade da Amazônia, realiza o VIII Confluências, de forma on-line. A programação terá debates sobre o tema “Cultura e resistência em tempo de necropolítica”, com a presença de vários professores e pesquisadores do Brasil. As inscrições para ouvintes são gratuitas e podem ser feitas até a próxima sexta-feira (22/10) no link https://bit.ly/InscricaoVIIIConfluencias2021⠀

##RECOMENDA##

O conceito de necropolítica faz referência à capacidade de determinar quem merece ou não viver, e também tem relação com a inferioridade da vida diante o poder da morte. Essa discussão pode ser estabelecida com base em diversos momentos da história do Brasil e do mundo, marcados por inúmeros casos de morte e violência, e caracterizados por aspectos que não estão ligados à democracia.

Na terça-feira (26), a Cerimônia de Abertura do Congresso terá início às 18 horas. Às 19 horas será realizada a Conferência de Abertura: “A comunicação pública entre vidas e mortes da democracia brasileira”, com a Profa. Dra. Maria Helena Weber, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mediada pelo Prof. Dr. Edgar Chagas Júnior, da UNAMA.

Na quarta-feira (27), a partir das 14 horas, também serão realizados os Simpósios de Trabalho, com os temas "Literatura, semiótica e psicologia: olhares sobre cultura e resistência"; "Saberes e fazeres intelectuais em espaços escolares e não escolares: resistência e necropolítica em foco"; e "Capital social e infodemia: as redes de ódio e desinformação na pandemia".

No mesmo dia, às 19 horas, será realizada a mesa-redonda PROCAD-Amazônia: “Necropolítica e colonialidades: reverberações no Jornalismo”, com o Prof. Dr. Carlos Alberto de Carvalho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mediada pela Profa. Dra. Maíra Evangelista de Sousa, da UNAMA.

Na quinta-feira (28), último dia do Congresso, às 14 horas, haverá simpósios com os temas "Mídia e pandemia: desafios em tempo de Covid-19"; "Culturas populares e etnotextualidades em movimento: lúdica, ético-estética e resistência"; e "Um pouco de ar, senão sufoco: estratégias da arte contra a asfixia da necropolítica cotidiana".

Ainda último dia da programação, ocorrerá a Conferência de Encerramento: “Qual Brasil? 'Capitalista' e 'Cristão'?”, às 19 horas, com a presença do Prof. Dr. Romero Ximenes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e mediação do Prof. Dr. Andrey Lima, da UNAMA.

Por Isabella Cordeiro.

 

A professora de Linguagens e redação Fernanda Pessoa promove, entre os dias 2 e 4 de agosto, a segunda edição do workshop 'Enem sem Mistério'. A formação é gratuita e os interessados devem realizar inscrições através do site

Todas as aulas são on-line e transmitidas pelo canal do YouTube. Nelas, os estudantes verão assuntos como planejamento de texto e estratégias para a avaliação de Linguagens, dicas para construir um boa redação e História do Brasil e música do século 20 na redação. Além disso, os participantes do workshop receberão cronograma de estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), elaborado pela docente. 

##RECOMENDA##

 

O preparatório 'Os Caras de Pau do Vestibular', situado no Recife, ofertará, no dia 26 de março, a partir das 20h, um aulão gratuito sobre “Pós-verdade: a era da manipulação, através das linguagens”. O evento será transmitido no canal do YouTube da empresa e ministrado pelos professores de Linguagens e redação Felipe Rodrigues e Pedro Santos, como também pelo docente de atualidades Benedito Serafim.

O aulão pretende fazer uma abordagem literária, geopolítica, sociológica e filosófica, com viés redacional, sobre o tema. O evento será a abertura para os debates que ocorrerão no “Linguagens Rolando”, isolada de Linguagens dos Caras de Pau, que estão previstos para começar no dia 5 de abril, tanto presencial, quanto virtual.

##RECOMENDA##

Na isolada, os vestibulandos irão aprender de forma interdisciplinar os conteúdos de Linguagens, literatura, redação e atualidades. Os valores, segundo o preparatório, estão abaixo do mercado. Veja mais detalhes no Instagram do grupo.

A prova de Linguagens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital estava mais fácil do que na versão impressa, segundo a professora Lourdes Ribeiro. Aplicada neste domingo (31), a avaliação contou com 90 questões, de Ciências Humanas, Linguagens, além de uma redação.

De acordo com Lourdes, as questões foram menores, mais fáceis de interpretar e com assuntos de cunho social. "Caiu questão de corrupção, escravidão. Novamente o enem fazendo sue papel de alfinetar, digamos assim, as mazelas sociais", disse a docente.

##RECOMENDA##

Já o professor Eduardo Pereira identificou que a prova do Enem Digital foi bem elaborada e com questões bem distribuídas. "Os textos foram muito próximos do cotidiano do aluno e para ter uma resposta os candidatos precisam ter conhecimento de mundo. A prova é um convite ao aluno que é um bom leitor", explicou.

Neste domingo (31), são aplicadas as provas do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital. Diferentemente da prova tradicional, marcada por intensa circulação de candidatos, um dos pontos de aplicação no Recife é caracterizadi por muita tranquilidade. Em alguns momentos, nem parece que se trata de um processo seletivo, pelas ruas vazias.

Na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no bairro da Boa Vista, localizada na área central da capital pernambucana, até as 11h45, apenas três estudantes tinham entrado no local de prova para fazer o Exame. O cenário é muito diferente da aglomeração costumeira característica deste processo seletivo. 

##RECOMENDA##

Segundo a estudante Ana Silva, que chegou ao local de aplicação por volta das 11h15, a antecipação foi por conta do medo do atraso. "Eu moro em Dois Irmãos e fiquei com medo de chegar tarde e perder a prova", explicou. A jovem de 34 anos pretende cursar economia.

Também antes do início da aplicação, o estudante Felipe Lexmark chegou à Unicap. "Eu vim cedo porque tive medo de me atrasar. Eu poderia me perder em qualquer lugar e preferi não arriscar", disse o jovem, que mora na Macaxeira, Zona Norte do Recife, em entrevista ao LeiaJá.

Projeto piloto desenvolvido pelo Inep, o Enem Digital registrou mais de 96 mil inscritos. Segundo a organização da prova, 93.217 inscritos deverão participar do Exame em 104 cidades, uma vez que 2.896 candidatos do Amazonas não farão o modelo digital, em virtude dos aumentos nos casos do novo coronavírus no Estado. Os amazonenses serão direcionados à reaplicação do Enem impresso, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

No primeiro dia do Enem Digital, os candidatos respondem 90 questões - em computadores - distribuídas nas áreas de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação, que será feita à mão, no formato tradicional. Já no dia 7 de fevereiro, segunda etapa da aplicação, os estudantes terão 90 quesitos de Ciências da Natureza e Matemática. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), até 2026 o Enem passará a ser complementarmente digital.

No domingo (31), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) iniciará a aplicação piloto da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cem mil vagas foram ofertadas e 96.086 inscrições confirmadas.

As questões serão aplicadas em locais de provas designados pelo Inep, informados por meio cartão de confirmação de inscrição, disponível na Página do Participante. A diferença é que, em vez do papel (que permanecerá apenas para a redação), a prova será respondida através do computador. 

##RECOMENDA##

Devido às inscrições serem limitadas e opcionais, não foi permitida a participação de treineiros. Também não haverá estrutura de atendimento especial no primeiro Enem Digital. 

O objetivo da digitalização da prova é melhorar processos logísticos, permitindo a realização de vários exames por ano, mediante agendamento. “O modelo de aplicação também é uma forma de incentivar as escolas a implementarem plataformas digitais para os alunos, além de estimular iniciativas de introdução dos estudantes à cultura digital, por parte das redes de ensino”, afirmou o Inep. 

De acordo com o presidente do Instituto, Alexandre Lopes, “não é meramente sobre fazer uma prova digital, o que é bom para haver questões melhores, mas para proporcionar flexibilização logística". "É a forma de conseguir uma economia maior, agilidade e questões melhores. As provas digitais representam o futuro da avaliação e a gente está trazendo isso para o Brasil, em termos de exames em larga escala, por meio do Enem”, acrescentou.

Estrutura das provas

No primeiro dia de aplicação, os participantes responderão a 90 questões de Linguagens, Ciências Humanas, além da redação. A prova de língua estrangeira será de espanhol ou inglês, a critério do aluno no ato de inscrição. 

Já no dia 7 de fevereiro, os candidatos responderão ao mesmo número de questões das áreas de Ciências da Natureza e matemática. A duração da aplicação é de cinco horas e meia no primeiro dia e de cinco horas no segundo.

Redação

No primeiro Enem Digital, a redação ainda será feita em formato impresso e deve ser escrita na folha de rascunho e posteriormente transcrita para a folha de redação definitiva que será entregue ao fiscal de sala. Os candidatos terão que utilizar caneta esferográfica confeccionada em material transparente e com tinta preta. Nenhum outro tipo será aceito, sob hipótese de eliminação.

Muitos estudantes temem a prova de redação devido ao peso atribuído a ela nos processos seletivos que garantem vagas em instituições de ensino superior públicas e privadas, refletindo fortemente na nota final do aluno. O texto deve ser escrito em prosa, no gênero dissertativo-argumentativo. 

Os estudantes que vão fazer o Enem 2020 irão se deparar com uma frase-tema e um texto de apoio que ajuda o estudante a se nortear quanto à escrita. Segundo o Manual de Redação do Enem 2020 divulgado pelo Inep, “você deverá defender uma tese – uma opinião a respeito do tema proposto –, apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando uma unidade textual". "Seu texto deverá ser redigido de acordo com a modalidade escrita formal da língua portuguesa. Você também deverá elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto. Essa proposta deve respeitar os direitos humanos”, complementou o documento.

O participante pode zerar a produção textual caso descumpra alguns requisitos, como fuga ao tema, caso o texto completo somente tenha até sete linhas, se houver algum trecho deliberadamente desconectado do tema proposto ou não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame.

Cartão de confirmação

Os cartões de confirmação de inscrição do Enem Digital já estão disponíveis desde o dia 15 de janeiro na Página do Participante. Esse documento é importante pois contém informações como datas e os horários das provas, número de inscrição, opção de língua estrangeira e indicação de tratamento pelo nome social, caso essa solicitação tenha sido feita e aprovada. Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda que o inscrito leve o cartão nos dias de aplicação.

Declaração de comparecimento

Outro documento emitido pelo Inep que causa dúvida é a Declaração de Comparecimento. Ela serve para comprovar presença na prova e deve ser apresentada ao aplicador antes de entrar na sala em cada dia de provas. Normalmente, os participantes utilizam o documento para justificar ausências no trabalho, comprovando que foram fazer o Enem. 

“É importante lembrar que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não disponibilizará a Declaração de Comparecimento após a aplicação de cada dia de provas”, alertou o Inep.

Horários, prova e gabaritos

O Enem Digital 2020 seguirá o horário de Brasília. A abertura dos portões será realizada às 11h30. O horário consta no edital como 12h, mas o Inep decidiu abrir meia hora mais cedo para evitar aglomerações. 

O fechamento segue inalterado e será, impreterivelmente, às 13h e alunos atrasados não poderão entrar nos prédios para fazer o Exame. Entretanto, caso um estudante se atrase para o primeiro dia, é possível ir normalmente para fazer a prova no segundo.

Os participantes só podem sair dos locais de aplicação a partir das 15h30, sob pena de eliminação. O caderno de questões será divulgado pelo Inep às 19h no dia de cada prova digital, enquanto as respostas (gabaritos) só ficarão disponíveis até três dias úteis após a última prova.

Documentos

Os participantes que vão fazer o Enem 2020 precisam ficar atentos aos documentos que podem ser levados para identificação e acesso aos locais de provas. Segundo o Inep, é obrigatório apresentar via original de documento oficial de identificação com foto. 

São válidos a cédula de identidade expedida por instituições, como secretarias de Segurança Pública, polícias Militar e Federal ou pelas Forças Armadas ou pelo Ministério da Justiça para estrangeiros. Também será aceita identificação fornecida por ordens ou conselhos de classes e que, por lei, tenha validade como documento de identidade, além do passaporte, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e Carteira de Trabalho e Previdência Social (impressa e expedida após 27 de janeiro de 1997).

Covid-19 no Enem

A primeira prova digital do Enem será realizada em meio à pandemia de Covid-19 e, devido a esta realidade, uma série de adequações se fez necessária no conjunto de regras do Exame em busca da segurança de participantes e profissionais que trabalharão em sua aplicação. Todos os participantes devem utilizar máscara de proteção durante todo o período de permanência nos locais de prova, cobrindo sempre do nariz até o queixo. 

As exceções à regra são os momentos de realizar os procedimentos de identificação, quando o estudante deve retirar o equipamento de proteção pelas tiras para permitir que o fiscal possa ver seu rosto, e ao alimentar-se. Segundo o Inep, é permitido levar água dentro de garrafas dos próprios participantes confeccionadas em material transparente e sem rótulo e os alimentos devem estar dentro de sacos transparentes ou em sua embalagem original. 

No dia 29 de março, serão liberados os resultados individuais dos estudantes que fizeram o Enem Digital e também a edição impressa. O Instituto também dá algumas orientações aos participantes. Confira abaixo algumas delas:

- Guardar, antes de entrar na sala de provas, em envelope porta-objetos, a Declaração de Comparecimento impressa, o telefone celular e quaisquer outros equipamentos eletrônicos desligados, além de outros pertences não permitidos.

- Manter os aparelhos eletrônicos como celular, tablet, pulseiras e relógios inteligentes com todos os aplicativos, funções e sistemas desativados e desligados, incluindo alarmes, no envelope porta-objetos lacrado e identificado, desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva do local de provas.

- Manter, debaixo da carteira, o envelope porta-objetos, lacrado e identificado, desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva do local de provas.

LeiaJá também

--> As atenções se voltam para o Enem Digital

--> Doenças: Enem tem mais de 18 mil pedidos de reaplicação

--> Alexandre Lopes: 'A sociedade precisa que o Inep não pare'

No último domingo (17), foi realizada a aplicação do primeiro dia de provas impressas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, com provas de Ciências Humanas (história, geografia, sociologia e filosofia) e de Linguagens (português e língua estrangeira), além da redação. As questões de espanhol, uma das línguas que os estudantes podem escolher para a prova, estava bastante “densa” na análise da professora Janaina Oliveira. 

“Particularmente este ano e para o momento que vivemos, achei a prova um pouco densa. Poderiam ter explorado outros suportes textuais, tais como cartazes publicitários ou quadrinhos, além do formato mais tradicional, que a meu ver traria leveza”, disse ela. 

##RECOMENDA##

Apesar dessa característica, para a professora, não foi uma prova difícil. “O estudante acostumado a contextualizar argumentos e ideias presentes em variados gêneros textuais conseguiu alcançar o objetivo de uma resolução eficiente das questões propostas”, afirmou Janaina. Na análise da professora, o texto literário foi bastante explorado nas questões de espanhol. 

“Observando os textos, percebemos alguns tópicos que o estudante seguramente percebeu. O texto literário do célebre Mario Benedetti trouxe uma analogia reflexiva sobre a coesão e coerência entre o discurso e as ações dos indivíduos. A segunda questão (caderno amarelo) a partir de um poema-música de Rubén Blades, traz 'Pablo pueblo', que destaca as vicissitudes e desilusões humanas. A questão três, com mais um texto literário que versava sobre costumes de uma família, pôs em evidência uma expressão idiomática "con pies de plomo", cujo contexto não poderia aludir a nada diferente do ‘ter cuidado’ com o objetivo de preservar a privacidade familiar”, disse a professora. 

Na quarta questão da prova amarela há um poema onde, segundo Janaina, “claramente se percebe o conflito de identidade de um latino em terras da América do Norte”. A quinta e última questão, segundo a professora, abordou o filme “Relatos Selvagens”, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2015, “com uma temática atualíssima de banalização da violência, e de como nos acostumamos e vemos sem nos chocar com a rotineira mas não natural violência urbana”. 

LeiaJá também

--> Após Enem, ponto de prova registra aglomeração

--> Enem: Professores explicam prova de filosofia e sociologia

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando