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Brasília - A presidenta Dilma Rousseff participa hoje (9) da cerimônia de entrega do Prêmio Direitos Humanos, no Palácio do Planalto. É a 17ª edição do prêmio que busca homenagear pessoas que se destacaram, de alguma forma, no combate às violações dos direitos humanos. Nesta edição, a juíza Patrícia Acioli, do Rio de Janeiro, recebe homenagem póstuma na categoria enfrentamento à violência. A filha e a irmã da juíza receberam o prêmio.

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Ela foi assassinada em agosto deste ano pelo crime organizado no Rio. A juíza era titular da comarca de São Gonçalo, região metropolitana da capital, e combatia milícias que atuam na região.  

A cerimônia antecede o Dia Internacional dos Direitos Humanos, que será comemorado amanhã (10), aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948.

Além de Patrícia Acioli, também serão premiados Geralda Magela da Fonseca, conhecida como Irmã Geraldinha, freira da Congregação Romana de São Domingos, uma das fundadoras da Pastoral da Criança.
Na categoria Educação em Direitos Humanos, a premiada é Rita Gomes do Nascimento, indígena do grupo Potyguara de Crateús, no Ceará. Na década de 80, ela iniciou a militância nas pastorais da Criança, da Juventude, da Saúde, Indígena e dos movimentos de organização de bairros. Atualmente, é conselheira da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Sua atuação se concentra na educação indígena quilombola.

O prêmio também destaca a questãoo da mídia e homenageia a Agência da Boa Notícia Guajuviras, de Canoas, no Rio Grande do Sul. Essa agência foi criada por meio de um convênio com o Ministério da Justiça,  executado pela prefeitura de Canoas.

Na categoria Centros de Referência em Direitos Humanos, o premiado é o Centro de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã-i, situado em Campo Grande (MS).

Na categoria Enfrentamento à Pobreza,o agraciado é João Batista Frota, conhecido como Padre João. Ele é criador do Centro de Profissionalização Padre Ibiapina (Ceprohpi), trabalha na preparação da população mais carente para o mercado de trabalho.

O agraciado na categoria Garantia dos Direitos da População em Situação de Rua é Anderson Lopes Miranda, líder do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR). Ele morou na rua até os 41 anos. Atualmente, percorre o país organizando as bases do movimento, na luta pelo fim do assistencialismo e pela reivindicação por políticas públicas efetivas de moradia e dignidade às pessoas que vivem nas ruas.

Na categoria Segurança Pública, o premiado é o ex-secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Brisolla Balestreri. Ele trabalhou no Ministério da Justiça durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, era titular da pasta.

Na categoria Enfrentamento à Tortura, o prêmio este ano é do Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba (Flamas), maior polo manicomial do país, com aproximadamente 2.800 leitos psiquiátricos. O fórum promove atividades que envolvem a discussão e a proposta de mudança no modelo de atenção à saúde mental na região.

O Instituto Vladimir Herzog é o premiado na categoria Direito à Memória e à Verdade. Já a premiada na categoria Diversidade Religiosa é a ativista Flávia da Silva Pinto, que se dedica a mutirões de orientação para a legalização jurídica dos terreiros. Na categoria Igualdade Racial, a premiada é Creuza Maria Oliveira, presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas.

A professora Berenice Bento é a contemplada na categoria Igualdade de Gênero. Ela é professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e coordenadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Diversidade Sexual, Gêneros e Direitos Humanos (Tirésias/UFRN).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, é o homenageado na categoria Garantia dos Direitos da População LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e transexuais), pelo seu relatório aprovado  neste ano reconhecendo a união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. O prêmio também homenageia a Defensoria Pública do Estado do Pará pelo programa Balcão de Direitos, que percorre o estado levando atendimento jurídico à população mais carente.

Na categoria Erradicação do Trabalho Escravo, o premiado é Antonio José Ferreira Lima Filho, que atua no Maranhão no atendimento às vítimas de trabalho escravo, acompanhando ações judiciais contra os escravistas contemporâneos, na busca pela reparação do dano moral individual.

O prêmio na categoria Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente é para Wanderlino Nogueira Neto, procurador de Justiça aposentado do Ministério Público da Bahia e ativista pelos direitos humanos de crianças e adolescentes.

A assistente Social Maria Luíza Teixeira é a homenageada na categoria Garantia dos Direitos da Pessoa Idosa. Ela planejou, entre 2008 e 2010, o projeto Transporte Urbano e População Idosa: Construindo Nova Relação, que contribui para a sensibilização de motoristas e cobradores com relação à violência cometida contra o idoso usuário do transporte coletivo urbano, explicando, informando e debatendo o Estatuto do Idoso. Atualmente, desenvolve o projeto em todas as empresas de ônibus de Natal (RN).

Na categoria Garantia dos Direitos das Pessoas com Deficiência, o prêmio foi para a organização não governamental (ONG) Escola de Gente, que desenvolve ações para colocar a comunicação a serviço da inclusão de grupos em situação vulnerável, especialmente pessoas com deficiência e vivendo em situação de pobreza.

A comunidade indígena Kaingang Fán Nhĩn, do Rio Grande do Sul, foi a homenageada na categoria Garantia dos Direitos dos Povos Indígenas. Situada no Bairro Lomba do Pinheiro, espaço urbano de Porto Alegre, a comunidade é constituída por 25 famílias, totalizando cerca de 150 pessoas.

Outro homenageado é o professor Antonio Augusto Cançado Trindade, que contribuiu para a formulação da política de direitos humanos no Brasil, ainda no período da redemocratização do país.

Feira de prestação de serviços de cidadania e caminhada integram programação da I Jornada Estadual dos Direitos Humanos. As ações acontecerão nesta sexta-feira (9), no Pátio do Carmo, no Recife e no sábado a caminhada sairá da Câmara dos Vereadores da cidade. O enceramento das comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos, contará com apresentações culturais.

Nesta sexta-feira, a partir das 8h serão prestados serviços de pré-cadastro para o Bolsa Família e a retirada de documentação básica pelo Balcão de Direitos (2ª via de registro de nascimento; carteira de trabalho, entre outros). Também haverá atendimento do Procon para esclarecimentos sobre os direitos do consumidor, defensoria pública e testes na área de saúde. Tudo oferecido gratuitamente à população.

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No sábado (10), data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, uma caminhada sairá às 16h da Câmara dos Vereadores e seguirá até a Praça da Independência. Em seguida, a Jornada terá encerramento com show de Edilza, Ed Carlos, além da banda formada por deficientes visuais Segnos e o Maracatu Várzea de Capibaribe. A festa começa a partir das 18h.

A I Jornada Estadual de Direitos Humanos é promovida pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH) em parceria com a Prefeitura do Recife.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou na semana passada o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 507, de minha autoria. A proposta determina que o julgamento de crimes envolvendo violência sexual contra crianças e adolescentes  terá prioridade na tramitação de ações penais e inquéritos policiais.

Esse projeto é importante porque hoje a longa tramitação dos processos cria muita aflição para crianças e familiares, sobretudo porque se trata de uma questão delicada. A pronta resolução desses casos reduzirá os efeitos danosos à formação do caráter e da personalidade dos jovens.

O projeto também se estende a prestação de serviços de assistência judiciária na Defensoria Pública da União, dos Estados e do Distrito Federal. A idéia é aperfeiçoar a Lei nº 8.069/1990, que criou o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O projeto seguirá agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde será votado em caráter terminativo. Se aprovado, será enviado à Câmara dos Deputados.

Brasília – Vice-ministros das Relações Exteriores dos países que constituem o grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgaram hoje (24) um comunicado sobre a sequência de levantes no Oriente Médio e no Norte da África conhecida como Primavera Árabe, no qual reconhecem a legitimidade das aspirações dos povos que vivem na região por direitos políticos e sociais melhores.

“Os vice-ministros de Relações Exteriores chegaram a um consenso de que os processos de transformação na região criaram a necessidade de buscar formas de lidar com as crises no Oriente Médio e no Norte da África no âmbito do direito internacional apenas por meio de meios pacíficos, sem recorrer ao uso da força, por meio do estabelecimento de um amplo diálogo e com o devido respeito pela independência, integridade e soberania dos países”, ressaltou o comunicado.

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Os Brics enfatizaram ainda a necessidade de “pleno respeito” aos direitos humanos por todas as partes envolvidas – sobretudo por autoridades na proteção de civis desarmados.

 

Para evitar novas condenações internacionais ao Brasil por violações aos direitos humanos, o governo quer, em três anos, criar 42,5 mil vagas no sistema penitenciário com a liberação de R$ 1,1 bilhão para os governos estaduais construírem e ampliarem os presídios já existentes.

Pelos planos do Ministério da Justiça no Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, anunciado hoje, seriam criadas 15 mil vagas para mulheres, o que praticamente acabaria com a superlotação em presídios femininos, e 27,5 mil vagas em cadeias masculinas destinadas a presos que ainda aguardam julgamento final de seus processos. Hoje, há 52 mil homens confinados em delegacias de polícia, que não têm estrutura para isso.

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Dados oficiais mostram hoje haver déficit de 17 mil vagas em presídios femininos e de 138 mil nas cadeias masculinas destinadas a presos provisórios. Hoje, há 35 mil mulheres presas, sendo 15 mil por envolvimento com o tráfico de drogas, e 224 mil presos provisórios.

As vagas a serem criadas no programa e as 20 mil que já estão sendo abertos são, portanto, insuficientes para resolver o problema. No entanto, conforme o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, as obras darão condições "minimamente aceitáveis" para o sistema carcerário.

Nos últimos 15 anos, os recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), alvo frequente de contingenciamentos, foram suficientes para a criação de apenas 85.444 vagas no sistema penitenciário. Portanto, em três anos o governo que fazer a metade do que o País fez desde 1995 até 2010. E o valor de R$ 1,1 bilhão representa praticamente todo o orçamento utilizado do Funpen nos oito anos de mandato do governo Lula.

"Esse é um programa ousado, porque esta se alocando quantidade gigantesca de recursos para uma tarefa que não é simples", admitiu Cardozo. "Não é fácil construir unidades prisionais, mas vamos organizar e cumprir esse programa e seremos muito rigorosos. Esse projeto vai sair, sim, do papel para que possamos, ao terminar nosso governo, entregar ao País um sistema prisional minimamente aceitável", acrescentou. "Não se dará tratamento humano a quem está preso se não ampliarmos o nosso sistema prisional", concluiu.

Cardozo informou que, além das 42,5 mil vagas que esperam criar pelo programa, o governo concluirá obras contratadas no governo Lula e que criarão outras 20.842 vagas. No total, o governo Dilma Rousseff chegaria em 2014 com mais de 63 mil novas vagas em presídios.

Além das obras nos presídios, o governo encaminhou três projetos de lei ao Congresso. O primeiro deles reduz a burocracia para que um preso provisório tenha abatido do tempo de sua pena o prazo que passou encarcerado a espera de julgamento. O segundo deles cria um sistema informatizado e nacional de acompanhamento da execução da pena. Para evitar prisões além do tempo necessário, o sistema avisaria o juiz responsável pela execução da pena quanto o preso poderia ser solto. O terceiro projeto garante que os filhos possam visitar os pais que estejam presos, mesmo que seja um adolescente em conflito com a lei que esteja cumprindo medida socioeducativa.

O Brasil ainda está atrasado em relação aos outros países da América Latina na investigação de seu passado, na avaliação de algumas das principais entidades defensoras de direitos humanos do mundo. Segundo elas, a Comissão da Verdade aprovada pelo Senado nesta semana deve ser encarada apenas como um primeiro passo e não a conclusão do processo de investigação dos crimes cometidos durante o regime militar.

Eduardo Gonzalez, diretor do International Center for Transitional Justice, em Nova York, disse haver "uma desconexão entre a situação no Brasil em relação ao restante da região", no que se refere à investigação e punição dos crimes cometidos durante o regime militar. "E essa desconexão é totalmente desnecessária", acrescentou.

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"O Brasil deveria ser o líder em toda a América Latina, e não estar atrás. Não dá para comparar o capital humano e jurídico do País a outras nações. Não há sentido estar tão atrasado. Isso é muito estranho", afirmou. "Nos outros países do continente, as anistias foram revogadas ou não são aplicadas."

José Miguel Vivanco, diretor da divisão de Américas do Human Rights Watch, elogiou a Comissão da Verdade. "Esse pode ser um primeiro passo para o esclarecimento de sérias violações aos direitos humanos ocorridas no período de exceção brasileiro", ressaltou. Em sua avaliação, a iniciativa pode "criar na população um clamor por justiça", indicando que deve haver punição dos crimes no futuro.

Nada secreto

Gonzalez adverte, levando em conta as experiências em outros países, que são necessárias três condições para o êxito da comissão. "Primeiro, é preciso haver acesso irrestrito aos arquivos. Não podem argumentar que algo seja secreto. Em segundo lugar, o Estado precisa conceder todo o apoio ao processo, mas sem afetar a independência. Por último, deve existir total transparência, com todas as declarações sendo públicas", afirmou.

Para ele, razões históricas levaram o Brasil a ficar para trás na investigação de seu passado. "Foi uma abertura gradual, controlada e bem cuidadosa. Nessa transição lenta, as forças do regime anterior mantiveram algum poder. Mas hoje a democracia evoluiu e não é preciso haver receio", disse.

Experiências como as da Guatemala e do Peru, com suas audiências públicas, devem servir de exemplo para os brasileiros, defende Gonzales. "Mas o Brasil deve criar seu próprio processo. Existem vantagens no caso brasileiro, onde há um Estado consolidado e um número maior de recursos. Além disso, a quantidade de vítimas é bem menor do que em lugares como a Guatemala, onde ocorreu uma guerra civil", finalizou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para um público cada vez mais interessado em opções cinematográficas fora do circuito comercial, começa nesta segunda-feira (10), e vai até o próximo dia 1º de dezembro, a 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. Serão exibidas, gratuitamente, 47 produções em 26 capitais, além do Distrito Federal. Em São Paulo, a sessão de abertura será no CineSesc e deverá ter a presença da ministra Maria do Rosário, chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
 
Nas salas de apresentações, haverá acessibilidade para portadores de deficiência. Para garantir o acesso de deficientes visuais e auditivos, as sessões serão transmitidas com recursos técnicos como audiodescrição e closed caption (legenda oculta, sistema de transmissão por sinal de TV).
 
Quem pensa tratar-se de uma programação recheada de reportagens e denúncias de violação dos direitos humanos “poderá se surpreender”, alerta o cineasta e curador da mostra, Francisco Cesar Filho. “A gente percebe, claramente, uma grande evolução nesses seis anos de evento e uma das características é a valorização da estética e da dramaturgia”, disse.
 
O cineasta destacou que foram selecionados filmes novos de diretores conhecidos e autores consagrados do Brasil, Equador, da Bolívia, Venezuela, do Paraguai, Peru, da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Uruguai e da Venezuela. Além disso, o festival permitirá reviver alguns clássicos como Central do Brasil (1998), de Walter Salles, protagonizado pela atriz Fernanda Montenegro, premiado no Festival de Berlim.
 
Entre as obras clássicas estão ainda Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bodanzky, estrelado pelo ator Rodrigo Santoro, que aborda os maus tratos a pacientes de hospitais psiquiátricos, e a primeira produção cubana indicada ao Oscar como melhor filme estrangeiro, Morango e Chocolate (1994).
 
Cesar filho informou que o prestígio da mostra tem crescido tanto que muitos diretores deixam para lançar seus novos trabalhos durante o festival. Quando teve início, há seis anos, para marcar o aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, o evento ocorria em quatro cidades, hoje inclui mais 23 localidades. Para o cineasta, isso é explicado pela ascensão socioeconômica do país.
 
“Há grande interesse do público em conhecer o trabalho audiovisual, filmes das mais diversas cinematografias e até a cultura e a sociedade latino-americanas, o que a gente não percebia há 30 anos”. Para se ter uma ideia do avanço no setor, informou o curador, há 20 anos o Brasil tinha 22 festivais nessa área, número que hoje chega a 240.
 
Entre os filmes das pré-estreias está Quem se Importa, de Mara Mourão (autora de Doutores da Alegria, de 2005). Nessa obra, são apresentadas entrevistas, gravadas em diversos países, com 19 grandes nomes do empreendedorismo social, como o Prêmio Nobel da Paz, o bengali Muhammad Yunus, e o infectologista brasileiro Eugênio Scannavino Netto, eleito pela mídia internacional como um dos 21 pioneiros do século 21 por ter reduzido a mortalidade infantil em Santarém, no Norte do país.
 
Outro longa-metragem brasileiro é Céu sem Eternidade, da premiada Eliane Caffé (de Kenoma-1998, Narradores de Javé – 2003 e Sol do Meio-Dia – 2009). O filme aborda as lutas e as expectativas das comunidades quilombolas de Alcântara, no Maranhão.
 
O evento inclui E a Terra Se Fez Verbo, de Érika Bauer (de Dom Helder - O Santo Rebelde-2006), no qual são apresentadas situações envolvendo os conflitos fundiários de São Felix do Araguaia, em Mato Grosso.
 
Toda a programação está no endereço eletrônico: www.cinedireitoshumanos.org.br . O evento, realizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, foi produzido pela Cinemateca Brasileira, vinculada ao Ministério da Cultura, com o apoio da Petrobras.
 

O governo vai reforçar nesta semana o trabalho para garantir o mais rapidamente possível a aprovação do projeto de lei que cria a Comissão Nacional da Verdade. Amanhã, o ex-deputado José Genoino, assessor do ministro Celso Amorim (Defesa), vai se reunir em Brasília com a cúpula do DEM, último foco de resistência à proposta no Congresso.

No mesmo dia, desembarcam na capital federal todos os ex-titulares da pasta de Direitos Humanos. A convite do governo, eles devem encontrar o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e outros líderes parlamentares para manifestar apoio ao projeto. Entre os convidados que vão participar do esforço estão José Gregori e Paulo Sérgio Pinheiro, ex-integrantes do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. Nilmário Miranda e Paulo Vannuchi, que atuaram na gestão petista de Luiz Inácio Lula da Silva, também estarão presentes à reunião.

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O governo ainda não desistiu da ideia de aprovar o projeto de lei neste mês, por meio de um acordo de lideranças e em regime de urgência urgentíssima. Na sexta-feira pela manhã, a presidente Dilma Rousseff chegou a se reunir com os ministros Amorim, José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos), para discutir estratégias com esse objetivo. Segundo Genoino, as lideranças dos 16 partidos da base governista estão de acordo. O PSDB, o PPS e o PV também manifestaram apoio. Faltaria apenas convencer o DEM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Há 17 anos o movimento “Grito dos Excluidos” mobiliza as principais capitais brasileiras com reivindicações por justiça social e pela garantia dos direitos humanos. O tema deste ano foi “Pela vida grita a Terra. Por direito, todos nós”. No Recife, por volta das 8h dessa quarta-feira (7), o movimento se concentrou na praça Oswaldo Cruz, bairro da Soledade. Em seguida percorreu a avenida Conde da Boa Vista (Centro), concluindo o percurso no final da manhã, na praça do Carmo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 2 mil pessoas participaram da passeata, que teve a presença de dois trios.

O protesto levantou várias bandeiras: a defesa da Amazônia, os direitos LGBT e o fim da homofobia, o combate à poluição, o direito à Alimentação, à Saúde Pública e à Educação. À frente da manifestação, sindicatos, organizações não governamentais e movimentos comunitários.

O Movimento Gay Leões do Norte estava representado, defendendo a aprovação do projeto de Lei 122, contra a homofobia. De acordo, o coordenador do movimento Victor Gomes, essa lei permitirá que o cidadão brasileiro seja punido em caso de discriminação contra gays, lésbicas, transexuais e transgêneros.

Na luta pela redução da poluição e de ampliação da mobilidade no Recife, o grupo Bicicletada Recife participou com várias bicicletas. “Nossa luta é por uma cidade livre, com infra-estrutura e menos carros e mais bicicletas”, afirmou a representante do grupo, Raissa Feitosa.

Entre várias ongs que trabalham pelo direito à Educação, estava a organização não-governamental Casa Herbert de Souza, que trabalha com crianças e adolescentes da comunidade do Tururu, no bairro do Janga, em Paulista.

A novidade deste ano foi a presença do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social de Pernambuco (SINDSAÚDE-PE). “Somos contra a privatização da saúde, e a roubalheira na construção de hospitais, que são uma verdadeira máquina de fazer dinheiro”, declarou o presidente do sindicato, Thiago Oliveira.

Há 3 anos, a União dos Estudantes Secundaristas de Caruaru (UESC), participa do Grito. Segundo o presidente Davi Lira, a principal demanda é pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na Educação. A mesma bandeira é levantada pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). “Para se ter uma ideia, no ano passado o governo gastou 4% do orçamento total com a educação esse ano pedimos mais”, ressaltou Jair Pedro, representante da legenda.

A presidente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Pernambuco, Luiza Batista, levou à rua a reivindicação da classe, para atingir a igualdade com no regimento de FGTS, seguro-desemprego e abono-família de outras categorias.

Megafone DH é uma experiência educomunicativa, com base nos modelos de mídias radicais, voltado à Educação para os Direitos Humanos, com entrevistas, reportagens e quadros fixos. Sua realização é coletiva e colaborativa, havendo alternância de funções de modo a pluralizar a representação social com voz na programação.

Confira, neste podcast, a quarta edição do programa, que tem como destaque um debate sobre democratização da comunicação e rádios comunitárias. 

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Confira, neste podcast, a terceira edição do programa, uma conversa sobre saúde pública e seus direitos, um debate sobre a liberdade de expressão e o papel da mulher na mídia e vai ficar por dentro dos eventos que envolvem os direitos humanos no estado.

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Confira, neste podcast, a segunda edição do programa, uma conversa sobre direito e democratização da comunicação com Ivan Moraes Filho, do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH), Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom), Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF) e do programa “Pé na Rua”, da TV PE.

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O programa Megafone DH é realizado pelos alunos de comunicação da Faculdade Maurício de Nassau com a orientação e coordeanação da profa. Andrea Trigueiro.

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