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A Amazon e o Google podem estar se preparando para iniciar a venda de livros digitais no Brasil nas próximas semanas. Segundo a Folha de São Paulo, as duas empresas estão em fase de finalização de contratos com editoras brasileiras.

Conforme publicação do jornal, a intenção da Amazon e também do Google (com a loja virtual Google Play que, por enquanto, vende apenas aplicativos e jogos no Brasil) é iniciar as vendas antes do Natal e, se possível, antes do fim do mês de novembro. 

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A Distribuidora de Livros Digitais que reúne as editoras Sextante, Rocco, Objetiva, Record, Novo Conceito, LP&M e Planeta firmou recentemente contratos com Apple, Google e Livraria Cultura e após um ano e meio de negociações, deve assinar um contrato com a Amazon nos próximos dias. 

A chegada do Natal desse ano parece ser o período mais propício para a entrada desse tipo de serviço no Brasil. Além da possibilidade do início das vendas desse tipo de produto pelas duas companhias, a vinda do Kobo, leitor de e-books digitais canadenses em parceria com a Livraria Cultura, já está confirmado, com atrasos, para o próximo mês.

Segundo a reportagem, num único mês os brasileiros terão à disposição para compra, além do Kobo, o Kindle Fire da Amazon e o Nexus 7. Já em relação ao esperado serviço de comércio eletrônico da Amazon, com vendas de livros físicos e outros itens, essa operação só deve acontecer no primeiro trimestre de 2013.

A ocasional "pressa" da Amazon e do Google em se lançar no mercado de livros digitais do Brasil está diretamente relacionada a chegada da iBookStore com títulos em português.  

Valores 

Em relação aos preços, os títulos digitais são 30% mais baratos que a versão física. De início, a iBookStore vende a partir de sua operação americana, em dólar, o que implica a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e acarreta num preço elevado para os títulos.

Mesmo com um preço acima da média, segundo a Folha, a loja de livros da Apple já vende mais livros digitais que os sites de Saraiva e Livraria Cultura somados.

A Livraria Cultura acaba de assinar um acordo com a empresa canadense de leitores de e-books (e-readers) Kobo para comercializar a partir do fim de outubro, aparelhos da marca e um acervo de três milhões de livros digitais. Para a livraria brasileira, a estratégia é a antecipação à chegada da Amazon no Brasil, implantação que provavelmente acontecerá até a metade de 2013.

Os preços e os modelos dos aparelhos Kobo/Cultura ainda não foram divulgados. Há especulações de que os executivos planejam trazer de uma a quatro versões dos leitores, custando até R$ 500. Para o lançamento no último trimestre do ano, a certeza é o início das vendas do modelo Kobo Touch. O e-reader tem entre os recursos conectividade Wi-Fi e teclado sensível ao toque.  Nos EUA, o preço de venda é US$ 129. 

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A Kobo escolheu da Livraria Cultura - segundo informações dessa última - devido a possibilidade de transferir conteúdos de um aparelho para outro sem dificuldade. Essa postura mais aberta faz com que livros não fiquem atrelados a dispositivos ou aplicativos, como ocorre no Kindle, da Amazon. Portanto, o usuário que comprar um e-book pela parceria Kobo/Cultura irá poder transferi-lo para qualquer local que quiser. 

Segundo a Livraria Cultura, toda a operação será feita através da união das duas marcas (prática denominada pelo mercado de co-branding). Isso significa que os aparelhos terão as marcas das duas empresas, e receberá um conteúdo selecionado em conjunto. 

Num primeiro momento, a maior parte dos títulos que serão disponibilizados virá de línguas e editores estrangeiras. De conteúdo brasileiro ou em português serão disponibilizado para comprar 15 mil títulos. A expectativa é que com o aumento do mercado de livros digitais brasileiros, a proporção se inverte num futuro próximo. 

Mesmo não havendo confirmação sobre preço dos ebooks, o plano do grupo é seguir valores de títulos nacionais que já são comercializados no país, que varia entre R$ 15 a 30 . Para garantir o valor, as negociações da co-branding Kobo/Cultura estão sendo feitas diretamente com as editoras. 

Amazon 

O presidente do Conselho da Livraria Cultura, Pedro Herz, afirma que ninguém faz dinheiro vendendo  apenas o aparelho. A estratégia da empresa já é utilizada pela Amazon, que utiliza o Kindle para alavancar a venda de livros, músicas e filmes digitais. 

"Espero que nosso lançamento venha a incentivar as editoras brasileiras" afirma Herz. O empresário afirma que as mesmas estão se preocupando em lançar uma versão digital para livros novos, e acredita que há uma oportunidade muito grande de trabalhar com esse catálogo. 

Pedro e Sergio Herz, esse último presidente executivo da empresa, afirmaram que teriam conversado com representantes da Amazon que queriam convencê-los a vender o Kindle em suas lojas. Porém para a empresa a parceria com a companhia americana não faria sentido. Já que o equipamento é atrelado à loja virtual da Amazon.

O Projeto de Lei Senado (PLS) 114/2010 que prevê que livros eletrônicos sejam equiparados ao tradicional formato impresso foi aprovado por unanimidade na última terça-feira (11), na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).  Caso o projeto de lei seja aprovado, o formato digital de livros terá isenção de impostos, algo já garantido aos livros tradicionais. 

A Política Nacional do Livro (Lei 10753/2003) não contempla livros eletrônicos. Tendo em vista essa diferenciação, o autor do PL Acir Gurgacz (PDT-RO), viu a necessidade de modificação no texto da legislação anterior. 

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Alguns setores do governo são contrários ao projeto. O próprio Poder Executivo já estaria preparando um decreto pare regular o assunto, segundo afirmação da senadora Lídice da Mata (PSB-BA).

 

Em 2011, os livros eletrônicos cresceram muito em popularidade nos Estados Unidos. Segundo pesquisa divulgada na quarta, ebooks chegam a superar as vendas dos livros físicos na categoria ficção para adultos pela primeira vez.

Segundo relatório da Association of American Publishers e Book Industry Study Group, as vendas de livros eletrônicos agora passaram a responder por 15% do mercado em 2011, em 2010 esse número era de 6%. Os dados utilizados na pesquisa fora fornecidos por quase 2.00 editoras.

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De acordo com o relatório, As vendas gerais de livros caíram 2,5% nos Estados Unidos, para US$ 27,2 bilhões em 2011 ante US$ 27,9 bilhões em 2010.

Mesmo com o livro eletrônico crescendo cada vez mais, com faturamento que supera U$$ 2 bilhões em 2011, a maior parte da receita das editoras continuam a vir dos livros de papel, com a receita de US$ 11,1 bilhões em 2011.

O setor editorial americano anda otimista em relação ao crescimento dos livros eletrônicos. Ainda segundo relatório, na categoria ficção para adultos, os livros eletrônicos representam 30% das vendas das editoras, em 2010 esse número era de 13%. Nesse categoria, venderam mais que os livros físicos pela primeira vez. Porém formatos combinados de livros em papel ainda representam faturamento superior ao dos livros.

Um grupo de escritores chineses entrou com um processo contra a Apple alegando que a loja online da companhia vende versões pirateadas das suas obras.

A ação judicial exige que a Apple compense os autores em 1,88 milhão de dólares (11,9 de iuans) e pare de vender os produtos. A segunda corte de Pequim aceitou o caso, de acordo com o executivo do grupo, Bei Zhicheng.

O processo, feito em nome de nove escritores, envolve 37 trabalhos literários diferentes que teriam sido vendidos como cópias pirateadas na App Store da Apple, que fica com 30% das vendas realizadas na plataforma.

O grupo fez o primeiro contato com a Apple no último mês de julho, pedindo para a empresa remover os produtos pirateados de sua loja online. Mas, de acordo com Bei, a Apple se recusou a removê-los, alegando que o grupo não forneceu evidências suficientes para confirmar que as obras não haviam sido licenciadas. Procurada pela reportagem, a Apple não quis comentar o caso.

Outros escritores chineses também entraram em contato com a Apple para remover e-books pirateados da App Store. Mas o processo pode durar meses nos tribunais, afirmou Bei. “Vai demorar dois ou três meses antes que o produto pirateado seja cancelado. Mas uma nova versão pirateada pode aparecer na App Store”, afirmou.

O grupo estima que algumas das supostas obras pirateadas hospedadas na App Store atingiram mais de um milhão de downloads, com os autores verdadeiros não recebendo nada dos rendimentos. A Apple disse que o grupo deveria entrar em contato com os desenvolvedores responsáveis pela oferta do produtoa. Mas as informações de contato dos desenvolvedores geralmente estão em branco, ou levam a um site que não tem nada a ver com o desenvolvedor, afirmou Bei.

“Todo mês, encontramos novos conteúdos pirateados na App Store”, explica o executivo. O grupo planeja entrar com outro processo contra a Apple em janeiro em nome de dez outros autores.

Apesar de contarem com um mercado ainda restrito na Europa, os e-books, representando o futuro do livro digital, não ficaram de fora das mesas de debate da Feira do Livro de Frankfurt, a maior do mundo, realizada na última semana.

Dentro dessa temática, palestrantes falaram sobre “gameficação”, utilizado para atrair um público fiel para os sites tradicionais, além de “hybrid books” e os livros em nuvens. Assuntos esses que, cedo ou tarde, irão fazer parte, com mais frequência, do nosso cotidiano real e virtual.

Cerca de 80% dos compradores de e-books nos EUA consideram irrelevante saber qual a editora publicou o livro antes de comprá-lo, dado revelado em pesquisa recente realizada pela Bowker PubTrack. A análise foi feita com o objetivo de estudar o atual cenário editorial americano, pois, com o crescimento dos livros eletrônicos, surge a onda de autopublicações, que preocupa as grandes editoras em todo o mundo.

O estudo mostrou, ainda, que, mesmo sem saber qual a editora responsável pela publicação do e-book, 21% compram, ou já compraram, livros autoeditados. Tornou-se, portanto, uma tendência no ramo, mas que não deve diminuir a credibilidade dada aos livros, utilizados como essenciais fontes de informação, conhecimento e cultura.

Mais de 11 mil bibliotecas públicas dos Estados Unidos vão começar a oferecer esta semana o empréstimo de livros no formato Kindle, informou a Amazon.com nesta quarta-feira (21/9).

O empréstimo de e-books será feito pelas próprias bibliotecas, por meio de seus sites web, explicou a empresa. Uma vez que escolham seus livros, os leitores serão redirecionados ao site da Amazon para o download.

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Os e-books poderão ser lidos nos leitores de e-book Kindle, em PCs e smartphones que tenham o aplicativo Kindle instalado e em qualquer computador com navegador web, por meio do Kindle Cloud Reader, que permite a leitura de livros na nuvem.

Segundo a Amazon, uma vantagem do empréstimo de e-books Kindle está na possibilidade de o leitor escrever anotações nas páginas eletrônicas - as notas serão mantidas na nuvem da Amazon e serão lidas sempre que o leitor baixar o mesmo título, ou mesmo se decidir comprá-lo depois.

Nos EUA, a oferta de e-books por bibliotecas públicas não é nova. Já em 2009 o jornal The New York Times estimava em 5.400 o número de bibliotecas que ofereciam tanto e-books como audio books. À época, a Biblioteca Pública de Nova York, por exemplo, tinha 18.300 títulos em e-book.

Atualmente a New York Public Library mantém um site específico para empréstimos eletrônicos, o eNYPL, com títulos nos formatos Epub, PDF e Kindle, além de audio books WMA e MP3 e também música e vídeo. Segundo a biblioteca, o tempo de empréstimo varia de acordo com o título.

A Amazon.com tem negociado com editoras o lançamento de um serviço de aluguel de livros na nuvem, informou nesta segunda-feira (12/9) o Wall Street Journal.

Segundo fontes consultadas pelo jornal, o serviço seria semelhante ao da Netflix, que permite o acesso a um acervo mediante o pagamento de taxa mensal. No caso da biblioteca na nuvem da Amazon, essa taxa seria anual.

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Vários executivos dessas editoras declararam ao jornal que a ideia não tem sido muito bem recebida porque poderia reduzir os preços dos livros e causar estresse entre as editoras e outros canais de venda.

A estratégia inicial da Amazon, contudo, seria a de oferecer títulos mais antigos. O serviço seria integrado ao plano Amazon Prime, que já permite acesso a uma biblioteca digital de filmes e programas de TV.

No Brasil, uma iniciativa parecida foi lançada pela Gol Editora no primeiro dia da XV Bienal do Livro Rio. Chamado Nuvem de Livros, o serviço deverá ser aberto ao público ainda em setembro e vai oferecer acesso a um acervo de 3 mil títulos.

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