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O governo federal deu um passo importante para fortalecer o Brasil diante da crise financeira internacional, numa política calcada não somente na austeridade fiscal, mas também no desenvolvimento produtivo. Agora em novembro, a presidenta Dilma Rousseff sancionou lei que amplia os limites do Simples Nacional. Medida que termina por reduzir a carga tributária para as micro e pequenas empresas deste país, dando um maior fôlego para o crescimento dessas empresas, para a geração de mais empregos e estimulando a formalização desses estabelecimentos.

Os micro e pequenos empresários são a base da nossa economia. São 5,6 milhões de empresas, que respondem por 77% do total no Brasil. Em Pernambuco, elas são 95% das empresas e contribuem com 48% da mão-de-obra empregada no Estado.

Com essa representatividade e com o dinamismo desse setor, a lei do Supersimples terá um papel fundamental para o fortalecimento do Brasil diante da crise internacional, diante ainda da concorrência com os produtos internacionais que penetram no país, e para manter aquecido o mercado consumidor interno.

A lei sancionada em novembro reajusta em 50% todas as faixas de tributação do Simples Nacional. A partir de janeiro de 2012, o novo teto de enquadramento para a pequena empresa sobe de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões; o da microempresa aumenta de R$ 240 mil para R$ 360 mil; e o faturamento do empreendedor individual passará de R$ 36 mil para R$ 60 mil ao ano. É criado também o limite adicional de até R$ 3,6 milhões para as exportações.

Sendo assim, as empresas que estavam enquadradas na faixa de maior contribuição passarão para uma faixa com carga tributária menor, em que pagarão menos tributos.

Todo ano, 130 mil empresas são abertas no Brasil. Mas quase 30% fecham antes de completar um ano de vida. Apenas 44% das empresas sobrevivem após cinco anos. Pagando uma carga tributária menor, mais condizente com os seus custos operacionais, as micro e pequenas empresas terão agora mais chances de se manterem abertas e de crescerem junto com o Brasil.

Mais de 34 milhões de eleitores da Espanha votam amanhã (20) nas eleições gerais, provavelmente tirando do poder os Socialistas e elegendo o Partido Popular. Hoje (19), um número pequeno de manifestantes se reuniu na praça Puerta del Sol, em Madri, para protestar contra as medidas de austeridade adotadas pelo governo, o alto nível de desemprego e os políticos que eles consideram incapazes.

A votação amanhã para eleger os 350 membros do Parlamento e os 208 senadores começa às 9 horas do horário local (6 horas de Brasília). Após quase dois anos de recessão, a economia da Espanha está fortemente debilitada e a taxa de desemprego é a maior entre os 17 membros da zona do euro, de 21,5%. Esta semana, o juro da dívida soberana do país se aproximou da marca de 7%, um nível considerado insustentável pelos analistas. Grécia, Portugal e Irlanda se viram obrigados a solicitar socorro internacional após os juros das suas dívidas chegarem a esse nível. As informações são da Associated Press.

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Existe na atualidade o consenso em torno dos seguintes adágios populares: crises econômicas possibilitam a insatisfação dos eleitores e  geram crises políticas. A situação econômica de um município, estado ou país norteia a opinião pública a escolher determinados candidatos. No jogo eleitoral, os temas econômicos  predominam  em todas as discussões, independentemente das classes sociais. Os fatos recentes mostram que estes adágios são extremamente verdadeiros.

A atual crise econômica que assola a Europa possibilitou mudanças de governos  em países como a  Grécia,  Itália e  Portugal.  Neste último país, uma mudança radical ocorreu: após longos anos de governo socialista, um liberal assumiu o poder.  Na Itália, esta semana,  um liberal assumiu o lugar de outro liberal. Na Espanha, em breve  ocorrerão eleições. O partido Popular, reconhecido como de direita, deverá sair  vencedor.  Ademais, do outro lado do velho continente, nos Estados Unidos da América,  a reeleição de Obama está fortemente ameaçada, tudo em virtude de crise econômica.

As crises econômicas aceleram os ciclos políticos e decretam o fim das ideologias dominantes. Foi assim no Egito, na Líbia e será assim na Síria. No mundo contemporâneo,   as mudanças dos atores políticos não ocorrem mais em função de debates ideológicos ou ideologias dominantes, mas, em função de crises econômicas. Lembrava-nos  Isaiah Berlin, em suas aulas,  em Oxford, que a maneira de governar era uma ciência como a engenharia ou a agricultura, com métodos próprios alicerçados em estudo racional da natureza humana, advindo da observação, da lógica e da cultura de seu povo.

Com as fronteiras ao chão, o desenvolvimento de uma ciência natural do comportamento humano de um povo não mais atende aos estadistas.  À instabilidade econômica criada com a crise das hipotecas nos Estados Unidos somam-se  instabilidades políticas em boa parte do planeta. A quebra do banco americano Lehman Brothers foi apenas a ponta do iceberg.  Lucas Papademos, primeiro-ministro da Grécia,  por exemplo, assume, hoje,  com uma administração contando moedas, ou seja, com dinheiro em caixa para menos de um mês de gestão. Sua esperança é a liberação da sexta parcela do primeiro pacote internacional.  A esperança de seu povo, por outro lado,  corre das medidas de austeridade de seus credores. Eis o cenário comum, sem falar na xenofobia.

Talvez não tenhamos ainda aprendido a viver politicamente em mercado financeiro mais aberto. Programas, métodos, critérios, tratados, teses precisam surgir. Ainda não há método de aplicação conclusivo. Tudo ainda está na lembrança de escambos – obedecendo às proporcionalidades dos novos tempos, claro.  Há assimetrias expressivas entre os que governam e os que elegem. Sabemos que o poder evidencia também a necessidade de unidade de comando, pois sem ela a desordem é inevitável. Portanto, a existência de bens que pertençam a todos e de lugares públicos, sem que caiam em formas extremas de coletivismo, de fato, devem ser defendidos, apesar de imposições de credores. Qualquer intervenção por parte de credores internacionais na propriedade cultural de um povo, seja na forma de confisco, seja com o aumento de impostos, é urna aberta, pois ultrapassa os limites do bom senso político. 

Brasília – Impulsionada pelo desempenho da economia e pelo parcelamento especial de dívidas com a União (no programa de recuperação fiscal chamado Refis da Crise), a arrecadação federal bateu recorde em outubro. De acordo com a Receita Federal, a União arrecadou R$ 88,741 bilhões em outubro, o melhor resultado registrado para o mês. Em relação a outubro do ano passado, o crescimento foi 9,05%, descontada a inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No acumulado de 2011, a arrecadação somou R$ 809,395 bilhões, com alta de 12,23%, também considerando a evolução do IPCA na comparação com os dez primeiros meses do ano passado. Apesar do crescimento, a taxa de expansão da arrecadação caiu pelo terceiro mês consecutivo. Até julho, o crescimento real acumulado era 13,98%.

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De acordo com a Receita Federal, os principais fatores que contribuíram para o aumento na arrecadação em outubro foram o crescimento das vendas de bens e serviços, da massa salarial e do valor em dólar das importações (que são tributadas). Dos indicadores econômicos que servem de base para a arrecadação, apenas a produção industrial registrou queda na comparação com o ano passado.

Outros fatores reforçaram a arrecadação em outubro. No mês passado, o pagamento das parcelas do Refis da Crise somou R$ 1,574 bilhão. De janeiro a outubro, o parcelamento especial rendeu R$ 17,761 bilhões aos cofres da União. A receita é menor que a de tributos como a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), que incide sobre os combustíveis, cuja arrecadação somou R$ 7,861 bilhões no acumulado do ano em valores nominais.

A arrecadação em outubro foi impulsionada ainda por fatores como os ganhos de capital na alienação de bens, com crescimento nominal de 144,36%. Esse é o imposto que as pessoas pagam quando vendem um bem que se valorizou. Os juros da remuneração sobre o capital próprio, sobre os quais incidem Imposto de Renda, aumentaram 122,27% no mês passado em relação a outubro de 2010.

O governo revisou para baixo a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2011. Segundo o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º bimestre de 2011, divulgado hoje pelo Ministério do Planejamento, a previsão do crescimento em 2011 cai de 4,5% para 3,8%.

O documento também mostra uma nova projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, que sobe de 5,8% para 6,4%. A previsão para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi revisada para baixo, de 6,14% para 5,87%.

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A taxa over Selic média cai de 11,79% para 11,69% e a taxa de câmbio média foi revista de R$ 1,61 por dólar para R$ 1,67 por dólar.

"A alteração dos parâmetros reflete a atualização das projeções dos índices de preço, com a ampliação da projeção do IPCA para 6,4%, e a deterioração do cenário externo, que tem repercussões tanto sobre a taxa de crescimento real do PIB, reduzida para 3,8%, como sobre a cotação do câmbio médio, que sofreu leve depreciação", cita o relatório encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional.

O Banco do Japão (BOJ, banco central do país) informou hoje que as exportações e a produção devem se manter estáveis por enquanto, devido à lentidão das economias no exterior, à alta do iene e à inundação na Tailândia. Em seu relatório mensal de novembro, a instituição informou que "exportações e produção devem ficar mais ou menos estáveis por enquanto e depois crescer moderadamente."

No relatório mensal anterior, em outubro, o BOJ havia dito que exportações e produção deveriam crescer. O banco central reiterou que o ritmo de crescimento da economia do país tem sido modesto devido aos efeitos da desaceleração das economias do exterior.

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Ainda assim, o BOJ manteve sua opinião de que a economia do país deverá voltar ao "caminho de uma recuperação moderada". Declarou ainda que a demanda de financiamento das empresas - principalmente para capital de giro, fusões e aquisições - tem mostrado sinais de aumento.

Após dois dias de reunião, encerrados ontem, o conselho de política monetária do Banco do Japão decidiu manter a taxa de juros entre 0% e 0,1% e o montante do seu programa de compra de ativos em 55 trilhões de ienes (US$ 714 bilhões), principal ferramenta para facilitar o crédito em meio a taxas de juros próximas de zero. As informações são da Dow Jones.

O Brasil caiu da sétima para a oitava posição no ranking de clima econômico dos países da América Latina, divulgado hoje pelo Institute for Economic Research at the University of Munich, ou Instituto alemão IFO, e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O ranking usa dados apurados para a Sondagem Econômica da América Latina, utilizados no cálculo do Índice de Clima Econômico (ICE) da região.

No ranking, que compara o desempenho médio do ICE dos últimos quatro trimestres, o ICE do Brasil caiu de 5,8 pontos para 4,8 pontos de julho para outubro. Neste período, a principal mudança no ranking foi a ascensão do Peru de quinto para primeiro lugar. Segundo as instituições, projeções recentes do governo e de especialistas apontam que a economia peruana poderá crescer até 6,5% este ano.

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Ao comparar os desempenhos de clima econômico trimestral na margem, de julho para outubro, as instituições observam que nenhum dos 11 países pesquisados apresentou em outubro expectativas favoráveis para os próximos meses. Na avaliação das instituições, é possível perceber piora nas condições econômicas em todos os países analisados, de julho para outubro.

A piora no clima econômico mundial levou a região latino-americana a uma fase de declínio do ciclo econômico entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano. É o que mostrou hoje o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina, que recuou de 5,6 pontos da pesquisa anterior, de julho, para 4,4 pontos em outubro. Devido às incertezas do cenário econômico mundial, o índice ficou abaixo de sua média histórica, sinalizando a entrada da região em fase de declínio, após permanecer em boom econômico entre julho de 2010 e julho de 2011.

A conclusão consta da Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich, ou Instituto alemão IFO, e Fundação Getúlio Vargas (FGV). A sondagem é trimestral e suas respostas são usadas para o cálculo do ICE, que vai até nove pontos.

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Entre julho e outubro, houve piora moderada das avaliações a respeito da situação atual. Mas as expectativas tornaram-se muito mais pessimistas. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou de 5,9 para 5,2 pontos no período. Apesar da queda, o nível superior a 5 pontos indica avaliação ainda favorável a respeito do momento presente. Porém, o Índice de Expectativas (IE) sinalizou pessimismo em relação aos próximos meses, ao recuar de 5,3 para 3,5 pontos, o menor nível desde janeiro de 2009 (2,3 pontos).

Nos 11 países pesquisados para o cálculo do indicador, dez registraram recuo no índice de clima econômico, de julho para outubro. É o caso de Bolívia; Colômbia; Equador; Uruguai; Venezuela; Argentina, Brasil, México; Chile e Paraguai. O único a apresentar melhora no clima econômico no período foi o Peru. Para a pesquisa, as instituições consultaram 143 especialistas de 18 países.

 

Economistas preveem que as economias da Europa terão um forte declínio do PIB no quarto trimestre.

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De acordo com a Eurostat, a maior contribuição para o crescimento na zona do euro foi dada pelas duas maiores economias do bloco, a Alemanha - alta de 0,5% no PIB - e a França - alta de 0,4% -, impulsionadas pela demanda interna.

Na Grécia, país que recebeu um pacote de ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) devido à sua enorme dívida pública, o PIB encolheu 5,2% entre julho e setembro, contra uma queda de 7,4% registrada no trimestre imediatamente anterior.

 

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mervyn King, disse, nesta terça-feira, que a desaceleração da economia global e a crise da zona do euro provavelmente enfraqueceram a perspectiva para a economia do Reino Unido e conduziu a uma margem de capacidade ociosa maior e mais persistente do que imaginado anteriormente.

Em carta aberta ao ministro das Finanças, George Osborne, após a notícia de que a taxa de inflação no Reino Unido ficou em 5% em outubro, King disse que o BC está pronto para ajustar a política monetária para garantir o alcance a meta de inflação no médio prazo.

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"Desde minha carta anterior, o crescimento mundial teve desaceleração e a incerteza sobre os prospectos para a economia global, em particular para a zona do euro, aumentou", escreveu King. "Estas ocorrências, e a queda na confiança das empresas e das famílias no Reino Unido, provavelmente enfraqueceram a perspectiva para a atividade na economia britânica e, então, provavelmente vão conduzir a uma maior e mais persistente margem de capacidade ociosa do que pensado anteriormente".

O presidente do BoE é obrigado a escrever ao ministro das Finanças a cada três meses em que a inflação está mais de um ponto porcentual acima ou abaixo da meta de 2,0% do banco central.

King disse que a avaliação do BoE é de que a inflação vai cair acentuadamente nos próximos seis meses e vai ficar na meta de inflação ao final de 2012. King disse que, enquanto o BoE está confiante sobre a direção da inflação nos próximos meses, permanece incerto qual será o ritmo do processo.

Uma margem de capacidade ociosa maior do que era esperado poderia fazer com que a inflação caísse de forma mais acentuada do que o esperado, enquanto as empresas, ao elevar preços na tentativa de restaurar as margens de lucros, poderiam fazer com que a inflação permanecesse elevada.

Em resposta, Osborne disse que a ameaça à economia do Reino Unido derivada da crise da zona do euro era "muito séria". "A zona do euro tem a capacidade financeira para restaurar a estabilidade", escreveu. "Então, as instituições e os líderes da zona do euro precisam atuar sem demora".

A inflação medida pelos preços ao consumidor no Reino Unido subiu 5,0% nos 12 meses até outubro, comparada com uma alta de 5,2% em setembro. As informações são da Dow Jones.

O potencial novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, alertou que "sacrifícios" podem estar à frente dos italianos e pediu paciência aos investidores hoje. "Sem sangue e sem lágrimas, mas talvez sacrifícios", disse Monti, de 68 anos, quando jornalistas perguntaram o que devem esperar os italianos, após um dia de forte pressão dos mercados, seguido da saída de Silvio Berlusconi no sábado.

"Eu não estou ignorando a importância dos mercados, mas nós estamos em uma democracia e certo tempo é preciso", afirmou o indicado ao cargo de primeiro-ministro. Ex-Comissário Europeu que ganhou boa reputação em Bruxelas, o economista afirmou querer que seu potencial gabinete fique no poder até 2013 - a data agendada para as próximas eleições.

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"Eu não aceitaria um limite de tempo", disse Monti. Ele também clamou por uma "verdadeira sociedade civil" e disse que se encontraria com representantes de sindicatos, organizações de mulheres e grupos de jovens amanhã, antes de decidir qual será seu novo gabinete. As informações são da Dow Jones.

Líderes da União Europeia (UE) viram com bons olhos a decisão tomada neste domingo pela Itália, de convidar o ex-comissário europeu e economista Mario Monti para formar o próximo governo, num movimento que visa a combater a crise da dívida. Entretanto, Bruxelas afirmou que vai continuar monitorando o desempenho de Roma.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, disseram que a decisão do presidente italiano, Giorgio Napolitano, de convidar Monti para formar o governo "envia mais um sinal encorajador sobre a determinação das autoridades italianas para superar a crise atual". As informações são da Dow Jones.

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O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou neste domingo que o primeiro-ministro nomeado Mario Monti enfrenta desafios extraordinários em meio à crise da dívida da Europa e precisa de amplo apoio de todas as forças políticas para ajudar o país a retomar a confiança dos investidores nos mercados internacionais.

Pronunciando-se após solicitar oficialmente a Monti que forme um governo de emergência e tire a Itália da crise, Napolitano pediu unidade política e disse que a Itália não poderia ter um "vácuo no poder" que uma eleição antecipada criaria. "Precisamos adotar medidas urgentes, começando com aquelas já acordadas com a União Europeia", afirmou o presidente. "Precisamos restaurar a confiança dos investidores e das instituições europeias."

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Antes de começar a governar, Monti precisa nomear um gabinete e sua nova administração tem de ser aceita por maioria no parlamento. As informações são da Dow Jones.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a economia brasileira voltará a se acelerar neste final de ano. Segundo ele, a economia estará em fase de recuperação, em novembro e dezembro. Ele destacou pesquisa divulgada hoje, sobre varejo do IBGE, mostrando que o comércio teve um desempenho, em setembro, melhor do que em agosto. "Estamos indo bem no Brasil", afirmou o ministro depois da solenidade de sanção da lei do Supersimples.

Segundo Mantega, a taxa de crescimento econômico brasileira, em 2012, será maior que este ano. O ministro disse que o governo está trabalhando para isso, mantendo a solidez fiscal e lançando programas como o de hoje, e o Brasil Maior. "Temos feito programas para estimular a economia", afirmou Mantega.

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Ao ser questionado se o governo poderia tirar as medidas macroprudenciais, adotadas durante a crise, Mantega não respondeu diretamente. Ele repetiu o discurso da necessidade de manter a solidez fiscal, evitando gastos adicionais. "É nisso que ganhamos respeito e consistência", afirmou.

O ministro disse também que neste momento não é possível conceder reajustes salariais para nenhum segmento, nem mesmo para os aposentados e pensionistas do INSS, que ganham acima do salário mínimo, em claro recado para o relator do orçamento da União, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que defende um aumento real para esses segurados.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o agravamento da crise internacional exige o fortalecimento da economia brasileira. Segundo ele, a crise que já afeta os países avançados é de difícil solução. Mantega destacou a dificuldade dos europeus em conseguirem encontrar uma solução para o problema de dívida soberana dos países e do sistema bancário. O ministro destacou que novos países, como a Itália, estão entrando na crise, o que a torna mais grave.

"Os problemas estão se agravando. Quando falávamos de Grécia, falávamos de periferia. A Itália é um país grande", destacou. "Acho que vão resolver, mas temos que estar preparados para o baixo crescimento econômico no mundo nos próximos anos", completou o ministro.

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Mantega disse que embora a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, tenha afirmado que o mundo terá uma década perdida, o Brasil não terá. "Temos condições de neutralizar os resultados dessa crise sobre Brasil. Isso exige trabalho incessante do governo, do Congresso, aprovando leis de interesse do País, e da sociedade como um todo", afirmou Mantega.

Ele destacou que é preciso manter a situação fiscal sólida porque os países europeus "à beira do precipício têm situação fiscal fraca". "Isso requer trabalho incessante. Não podemos deixar que novos gastos possam nos ameaçar", afirmou. Mantega disse que é preciso manter o dinamismo do mercado brasileiro e medidas que impliquem no fortalecimento das empresas brasileiras, para que possam aumentar a sua competitividade e colocar o Brasil numa rota de crescimento econômico sem interrupções.

 

Estudo revela que 78% dos empresários brasileiros apostam no crescimento mais forte da economia por conta da Copa do Mundo. O setor da construção civil sairá na frente (40%), seguido de turismo (30%) e infra-estrutura (18%). Os dados divulgados são da International Business Report 2011 (IBR).  Mas apenas 6% acreditam que a Copa elevará o nível de emprego e os investimentos estrangeiros no País.

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Já pesquisa da Grant Thornton África do Sul revela o impacto da Copa de 2010 na economia sul-africana. De acordo com os dados, a média de ocupação dos hotéis aumentou 61%, enquanto a ocupação cresceu 18%. Os gastos com cartões apresentaram elevação de 55% e as vendas no varejo registraram expansão de 7,4%.

 

 

As expectativas de crescimento da economia brasileira em 2011 e 2012 vêm despencando ao longo dos últimos meses. Já há instituições que preveem que o PIB fique praticamente parado neste segundo semestre e cresça apenas 3%, ou até menos, em 2012. As causas da desaceleração brusca são as medidas de contenção monetárias, creditícias e fiscais tomadas pelo governo e a forte piora da economia internacional, especialmente dos países ricos, com o agravamento da crise europeia. "O componente extra que surpreendeu foi o cenário externo", diz Flávio Samara, economista da consultoria LCA, que prevê crescimento de 3% em 2011 e de 3,3% em 2012.

No início de 2011, a mediana (o número mais frequente) das projeções do mercado para o PIB de 2011 e 2012 era de 4,5%, para ambos os anos. Na última rodada de coleta de expectativas pelo Banco Central (BC), de 21 de outubro, as previsões já tinham caído para 3,3% e 3,51%.

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Esses últimos números possivelmente ainda não refletem o fundo do poço das projeções, cuja tendência inequívoca tem sido de queda, tanto para este ano quanto para o próximo, ao longo de todo o segundo semestre.

A gestora JGP, por exemplo, prevê crescimento de 3,1% em 2011, e de apenas 2,5% em 2012. "Para o ano que vem, pesa muito na nossa projeção o cenário lá fora, com crescimento muito baixo na Europa e nos Estados Unidos", diz o economista Fernando Rocha, sócio da JGP.

A gestora prevê crescimento zero no terceiro trimestre de 2011, e de apenas 0,5% no último trimestre - o que resulta numa economia quase parada no segundo semestre. Coincidentemente, é a mesma projeção para o terceiro e quarto trimestres do banco de investimentos J. Safra, que projeta 3% de crescimento em 2011, e 3,3% em 2012.

O HSBC Brasil vai calibrar para baixo, mais uma vez, a previsão para 2011, que iniciou o ano em 5,1% e já caiu para 3,5%. Mas o economista Constatin Jancso ainda considera a decisão de corte de juros adotada a partir de agosto pelo BC como uma aposta arriscada, mesmo que se revele acertada a posteriori. "Por enquanto, representa uma aposta num cenário que no fundo ainda não se materializou", comenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um Brasil inteiro já desapareceu da economia da Europa. O continente revê pela metade seu crescimento em 2011 e admite que poderá levar uma década para compensar os prejuízos de apenas três anos. Segundo dados do gabinete da presidência da Comissão Europeia, o bloco acumula perdas de 2 trilhões desde 2008, enquanto o governo francês já admite: a Europa parou.

Nesta semana, a União Europeia fechou um pacote para blindar o continente. Mas políticos, sindicatos e economistas já alertam que, em troca de resgatar governos e bancos, o plano prevê medidas de cortes de gastos que impedirão o crescimento da economia e a geração de empregos. Para analistas e governos, a Europa se prepara para uma década perdida.

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O desemprego somente voltará às taxas de 2007 no fim da década. Economias como a da Grécia apenas serão solventes em 2020, mesmo prazo dado para que o continente recupere os prejuízos da recessão e estagnação. "A Europa está entrando em uma nova fase de incertezas que pode durar uma década", alertou Jean Pierre Roth, ex-presidente do Banco Central suíço.

O próprio Fundo Monetário Internacional já alertou os governos europeus de que não poderiam manter sua estratégia sem a adoção clara de políticas para promover o crescimento.

Mas o que mais preocupa por enquanto é que a recuperação acabou. A previsão de crescimento feita em julho pela UE para este ano era de 1,9%. Mas, segundo a Autoridade Francesa dos Mercados Financeiros, as medidas de austeridade cobram seu preço. "Existe agora uma perspectiva clara de que o crescimento europeu ficará abaixo de 1%", disse o presidente da entidade, Jean-Pierre Jouyet. "Tudo indica que o quarto trimestre será o pior na Europa", admitiu há poucos dias o ministro do Trabalho da Espanha, Valeriano Gómez.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi o primeiro a admitir a revisão da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país de 1,75% para 1%. Na sexta-feira, o governo belga anunciou a estagnação da economia local. Na Alemanha, o governo já admitiu rever para baixo sua expansão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Buenos Aires – A estabilidade política e econômica, diante de uma crise internacional que afeta a Europa e os Estados Unidos, é o que está determinando o voto da maioria dos 29 milhões de eleitores argentinos, que hoje (23) escolhem presidente e vice-presidente da república, metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado.

Na opinião do analista político Jorge Castro, do Instituto de Planejamento Estratégico, é essa estabilidade que  explica a popularidade da presidenta Cristina Kirchner, que deve ser reeleita no primeiro turno. “A Argentina sai dessas eleições muito fortalecida. Nos últimos dez anos, tem tido superávits comerciais que chegaram a US$ 20 bilhões em 2008 e, este ano, está em torno de US$ 9 bilhões”, explicou. “Essa quantidade de dólares que entra no pais, dois terços provenientes da exportação de produtos agrícolas e alimentos cotados internacionalmente (commodities), permite ao pais financiar as importações, que aumentaram mais de 40% no ano passado, e pagar a totalidade dos juros da divida”, acrescentou.

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Desde 2003, quando a Argentina saiu da pior crise de sua recente história, o país tem sido governado pelos Kirchner. Néstor Kirchner foi presidente de 2003 a 2007, quando elegeu a mulher, Cristina, que manteve a mesma política do marido. Ele teria sido o candidato a presidência, nesta eleição, se não tivesse morrido há um ano. Se Cristina for reeleita, como apontam todas as pesquisas de opinião, será o terceiro mandato seguido dos Kirchner.

O que preocupa vários analistas e economistas é a fuga de capitais do país. Desde julho de 2007 até junho passado, US$ 67 bilhões saíram do sistema financeiro argentino, segundo dados do Banco Central local. “A fuga de capitais aumentou nos últimos meses, mesmo depois da vitória contundente de Cristina Kirchner nas eleições prévias de 14 de agosto”, disse Jorge Castro. “é um sinal de que muitos argentinos votaram em Cristina num dia e no dia seguinte foram às casas de câmbio comprar dólares”.

Outra preocupação é a inflação. Em 2007, o governo modificou a forma de calcular a inflação do Indec (o órgão estatal responsável pelas estatísticas oficiais). Com a alteração, a inflação anual oficial gira em torno de 9% ao ano, muito abaixo dos índices registrados pelas consultorias privadas, que calculam um aumento de preços ao consumidor de mais de 20% nos últimos doze meses.

Ao controlar a inflação no papel, o governo argentino conseguiu economizar dinheiro na hora de pagar os juros dos títulos da dívida, indexados à variação de preços. A população, até agora, não sentiu tanto a queda do poder aquisitivo porque os aumentos salariais – negociados por sindicatos, aliados do governo, e empresários – são discutidos com base na inflação real.

Além disso, a economia continua crescendo; o desemprego está caindo e os programas sociais tiraram da pobreza 14 milhões de argentinos. Apesar de todas as pesquisas de opinião e todos os analistas do governo e da oposição darem como certa a reeleição de Cristina Kirchner, ninguém sabe qual será o plano de governo dela. A presidenta prometeu “aprofundar o modelo” que vem sendo adotado desde 2003, quando Néstor Kirchner foi eleito presidente com 22% dos votos e que ela manteve ao sucedê-lo, em 2007.

“Cristina Kirchner tem sido muito coerente, no seu governo, com as ideias que defendeu ao longo de sua trajetória política como deputada, senadora e presidenta”, disse à Agência Brasil a jornalista e autora da biografia autorizada de Cristina Kirchner, A Presidenta.

Cristina, que raramente dá entrevistas, concedeu quatro a Sandra Russo, falando de vida política e também de experiências pessoais, como o parto do filho Maximo, em 1977, em plena ditadura militar. “Na época, ela e Néstor Kirchner militavam politicamente e suas vidas corriam perigo”, conta Sandra Russo. No livro, a presidenta também fala do marido. Na próxima quinta (27), completará um ano da morte dele.

“Como parlamentar, Cristina votou contra as leis de anistia e, quando Néstor Kirchner foi eleito presidente, foram reabertos os processos contra os militares que cometeram crimes durante a ditadura”, lembra Russo. Outro projeto que a presidenta defendeu quando estava no Congresso e que prometeu aprovar, no seu segundo mandato, é a limitação legal da venda de terras a estrangeiros. Na década de 1990, grandes áreas na Patagônia foram vendidas a estrangeiros.

Uma semana antes das eleições, Cristina Kirchner também reuniu-se com o setor rural, com quem teve sérias divergências durante o primeiro mandato. Uma das fontes de renda do governo é o imposto sobre exportações agrícolas, que têm crescido muito com o aumento dos preços internacionais das commodities. Ela deixou claro que não pretende mudar a política, mas abriu uma porta ao dialogo.

O primeiro mandato de Cristina, que termina em dezembro, também foi marcado pelo confronto com os grandes grupos de comunicação, especialmente o Grupo Clarin, dono do jornal mais vendido no país, de canais de televisão, emissoras de rádio e empresas fornecedoras de serviço de internet. O Congresso aprovou um projeto de lei do governo limitando a concentração da mídia. Mas falta implementá-lo na sua totalidade.

 

Várias centenas de manifestantes passaram a noite do lado de fora da catedral Saint Paul, no distrito financeiro de Londres, o chamado "City of London" para o segundo dia de protestos anticapitalismo. Cerca de 500 pessoas ficaram acampadas na frente do famoso marco da capital, que fica poucos metros distante da Bolsa de Valores de Londres, de acordo com a BBC.

Na manhã deste domingo, havia aproximadamente 70 barracas perto da catedral. No entanto, os protestos diminuíram bastante em relação a ontem, quando entre 2 mil e 3 mil pessoas participaram das manifestações contra a ganância corporativa e os cortes do governo.

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"Ainda há uma presença lá de ambos os lados", disse o porta-voz da Scotland Yard à France Press, ao ser perguntado sobre o número de manifestantes e de policiais que atualmente estão na área. Ele, no entanto, se recusou a comentar se as demonstrações seriam dispersadas a tempo para a hora do rush da manhã segunda-feira.

Sete prisões foram efetuadas ontem por uma série de violações - quatro por agressões contra a polícia, duas por distúrbio da ordem pública e uma por tumulto violento. Os organizadores em um grupo que se autodenomina "Ocupe London Stock Exchange", ganharam forte suporte por meio das redes sociais Facebook e Twitter.

As manifestações no centro financeiro de Londres fazem parte de uma onda global de protestos que tomou 951 cidades em 80 países e resultou em violentos confrontos em Nova York e Roma. As informações são da Dow Jones.

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