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Na manhã desta segunda-feira (5), familiares e amigos de Tássia Mirella Araújo compareceram ao Fórum Thomaz de Aquino, na área Central do Recife, para acompanhar o júri popular que sentenciará Edvan Luiz da Silva. O estupro e assassinato da fisioterapeuta, ocorrido em 2017, ganhou repercussão nacional e a data foi transformada no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, marcado no dia 5 de abril.

Consolados com o amor pela filha e unidos por Justiça, os pais de Mirella presenciaram a chegada de Edvan, em lágrimas. O professor Wilson Araújo, pai da vítima, revelou que a fisioterapeuta ainda está presente em sua rotina. “Tudo que a gente vê, uma foto, alguma comida que ela gostava, umas brincadeiras que ela sempre fazia [...] Tudo isso faz a gente lembrar. A saudade é muito grande, é de doer o coração. Uma ferida que não sei quando vai cicatrizar ou se vai cicatrizar”, pontuou.   

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Mirella trabalhava em uma multinacional e planejava morar fora do país quando foi violentada. “A pessoa que vinha crescendo cada dia profissionalmente, infelizmente não teve a oportunidade de viver a vida que ela realmente sonhou”, enfatizou o pai.

Wilson revela que soube do assassinato através de amigos e "em quase dois anos e meio, se disser que todos os dias a gente [ele e a esposa Suely] não lembra e que todos os dias a gente não chora, estaria mentindo”.

Na tentativa de superar a perda, o casal milita contra a violência de gênero. Além de passeatas e ações públicas, eles criaram uma página no Facebook para incentivar o combate ao feminicídio. "Somos Todas Mirella" conta com 884 seguidores em prol do fortalecimento da causa e do respeito, e hoje, a data do homicídio é lembrada como um dia de luta.

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O promotor responsável pela acusação contra o comerciante Edvan Luiz da Silva afirmou que é praticamente impossível que o suspeito não seja o autor da morte da fisioterapeuta Tássia Mirella, em 2017. O julgamento iniciou por volta das 9h15 dessa segunda-feira (5), na 3º Vara do Júri da Capital, no Fórum Thomaz de Aquino, bairro de Santo Antônio, área Central do Recife.

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"Com as provas é praticamente impossível negar a autoria", destacou o promotor Antônio Arroxelas. A acusação conta com provas e laudos periciais colhidos na cena do crime - um flat em Boa Viagem, Zona Sul do Recife - e no apartamento de Edvan, vizinho da vítima.

De acordo com o promotor, as provas técnicas que confirmam os crimes de estupro e homicídio são: material orgânico do acusado nas unhas de Mirella; impressões "semelhantes" à impressão digital do pé de Edvan no apartamento da vítima; sangue dela em alguns lugares - porta e banheiro - do apartamento dele; camisas ensanguentadas, que o acusado provavelmente usou para se limpar; além de uma mordida no corpo do comerciante, possivelmente causada enquanto a fisioterapeuta tentava se desvencilhar do abuso.

Perguntado sobre a motivação de Edvan, Antônio Arroxelas pontuou que "tudo isso aconteceu em razão de Mirella ser uma moça emancipada e independente". Quatro testemunhas de acusação farão parte do julgamento, dentre elas o gerente do condomínio e uma vizinha da vítima.

O que diz a defesa 

A defesa do comerciante reiterou que o cliente afirma não ser o culpado pelo assassinato. O advogado Rawlinson Ferraz declarou que Edvan dormia em seu imóvel no momento do crime.

Mesmo sem testemunhas de defesa, o advogado garante esforços para inocentar, ou ao menos, atenuar a sentença do cliente. "É um processo emblemático, mas vamos fazer uma defesa à altura do caso", finalizou.

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Na manhã desta terça-feira (20) foi realizada, na 3ª Vara de Audiência do Júri da Capital, no Fórum Tomás Aquino, a última audiência de instrução do processo contra Edvan Luiz da Silva, acusado de matar a fisioterapeuta Tássia Mirella, de 28 anos. Conforme o Ministério Público de Pernambuco, o réu deve ser levado a Júri Popular.  

Edvan é acusado de cometer o crime de estupro e homicídio quadruplamente qualificado no dia 5 de abril deste ano. De acordo com as informações, ao fim do interrogatório do acusado, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apresentou as alegações finais, assim como a Defesa Técnica. “O MPPE reitera a denúncia contra o acusado requerendo que o processo seja levado a Júri”, segundo nota. Com isso o órgão explica que o Juízo tem o prazo de dez dias para análise das alegações finais e decidir pela pronúncia ou impronúncia do acusado determinando se o processo segue para julgamento pelo júri popular.

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Além disso, após as alegações finais, o MPPE requisitou em Juízo que a esposa do acusado Myrza Lustosa Castro Neta fosse interrogada pela autoridade policial para apuração de possíveis crimes de desobediência e/ou fraude processual. Conforme nota, essa requisição ocorre em separado do processo penal do acusado Edvan.

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O comerciante Edvan Luiz da Silva, de 32 anos, acusado de estuprar e assassinar a fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, 28, negou o crime em entrevista exclusiva ao Jornal do Commercio. Ele está encarcerado no Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e nesta quarta-feira (21) passa pela audiência de instrução e julgamento.

Edvan conta sobre os meses de reclusão e que considera a situação como impossível de se adaptar. Antes do crime, considerava sua vida perfeita. Ele diz que foi criado no evangelho, terminava o curso de teologia e estudava para se tornar pastor. 

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Sobre Mirella, ele conta que não a conhecia. Relata ter ficado surpreso quando a polícia entrou no seu apartamento e disse que ele era o suspeito. "Eu não sabia quem era ela, não sabia nem o nome dela", conta sobre o momento da abordagem da polícia. Diz que nada o atribui a esse crime. "Eu era casado, muito bem casado. Não tenho esse perfil". 

No dia do crime, a polícia bateu na porta repetidas vezes para interrogar o suspeito. Foi encontrada uma mancha de sangue na perna de Edvan, que estava deitado na cama, só de cueca. Foi encontrado um rastro de sangue que seguia do apartamento de Mirella até o dele. Além disso, na pia da cozinha, no chão e no banheiro do apartamento de Edvan, foram encontradas marcas do sangue da fisioterapeuta.

Foram, ainda, constatados ferimentos de unha na pele de Edvan; sob as unhas de Mirella, o material genético do acusado. Sobre isso, ele fala da perícia. "Perícias são falhas, perícias erram. (...) Eu não estou aqui para culpar ou direcionar culpa para ninguém sobre isso. Eu só vou dizer uma coisa: eu não fiz isso". 

O assassinato aconteceu no dia 5 de abril de 2017, em um flat localizado no prédio onde os dois moravam, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Edvan, que afirma ter cruzado com ela no corredor apenas uma vez, era o vizinho da frente de Mirella. O corpo da fisioterapeuta foi encontrado dentro do seu apartamento após os funcionários do prédio ouvirem gritos de socorro naquela trágica manhã de quarta-feira.

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