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As bolsas europeias operavam em alta na manhã de hoje, enquanto os investidores avaliavam a promessa feita no fim de semana pelos países do G-20 de resolver a crise de dívida da zona do euro. O tom positivo, no entanto, perdeu força após comentários desanimadores de autoridades europeias sobre a situação da região.

Às 9h05 (horário de Brasília), a bolsa de Londres subia 0,45%, Paris avançava 0,01% e Frankfurt tinha queda de 0,31%.

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Os ministros de Finanças do G-20 afirmaram que vão garantir que os bancos estão adequadamente capitalizados e terão acesso suficiente a financiamentos e disseram que um plano abrangente para solucionar a crise da zona do euro será anunciado na cúpula da União Europeia marcada para 23 de outubro. Como resultado, as bolsas da Europa abriram em forte alta.

Porém, os índices de ações recuaram das máximas depois que o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, afirmou que a cúpula da próxima semana não trará um solução final para a crise. Além disso, segundo um porta-voz, a chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que "o sonho de resolver todos os problemas na cúpula da UE" é impossível.

O clima otimista dos mercados também foi prejudicado por alertas de operadores e investidores de que a reunião dos ministros de Finanças do G-20 não produziu resultados concretos ainda. Outro fator negativo foi o comentário do Deutsche Bank de que a nota de risco da dívida da França está sob ameaça. "Nós consideramos que a deterioração nas condições econômicas está criando um risco destacável de que a França seja colocada sob observação negativa pelas agências de rating antes do fim deste ano", disse o banco. As informações são da Dow Jones.

O Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) continuará garantindo que os bancos tenham capital suficiente e a União Europeia vai trabalhar para maximizar o impacto de seu fundo de ajuda, no valor de 440 bilhões de euros, segundo comunicado divulgado neste sábado em Paris.

Ministros das finanças que encerram hoje um encontro de dois dias na capital francesa disseram que seus bancos centrais estão prontos para fornecer liquidez aos bancos quando necessário, informa o documento. Eles afirmaram também ter avançado numa proposta de "plano de ação coordenada" do G-20 para impulsionar o crescimento global e superar a crise internacional.

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O plano que está em discussão se baseia em três pilares: mais ajuda financeira à Grécia, capitalização dos bancos atingidos pela crise grega e mais recursos para o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.

O G-20, no entanto, deixou em aberto o debate sobre o aumento de recursos para o Fundo Monetário Internacional, que seriam direcionados aos países mais afetados pela crise. Algumas das principais economias emergentes defendem que o FMI necessita de mais recursos para conter a crise fiscal europeia, ideia esta rejeitada pelos Estados Unidos, Canadá e outras nações desenvolvidas.

"Recursos adicionais do FMI não podem substituir o compromisso da zona do euro de alocar recursos seus para sustentar sua própria moeda", disse hoje o ministro britânico das Finanças, George Osborne.

A reunião de Paris acontece em meio à crescente ameaça de a crise europeia interromper a já anêmica recuperação econômica global e gerar um novo colapso financeiro mundial. As informações são da Dow Jones.

O dólar comercial abriu em queda de 0,57%, a R$ 1,741, seguindo a trajetória que a moeda norte-americana registra também no exterior, diante das demais moedas emergentes de destaque. Às 10h27, o dólar continuava em desvalorização, negociado em baixa de 1,26%, a R$ 1,729.

Para um operador ouvido pela reportagem, a força do real nesta sexta-feira está atrelada, em boa parte, à recuperação das commodities (matérias-primas). Desde cedo, esses ativos mostravam alta significativa e, às 10h16, o índice CRB, que reúne commodities agrícolas e metálicas subia mais de 1,58%.

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O fôlego dos mercados é reflexo de um noticiário sem grandes novidades, já que as soluções para a Europa continuam sendo só expectativas. As de hoje recaem sobre o resultado do encontro dos ministros de Finanças dos países do G-20, que acontece hoje e amanhã, em Paris. O novo assunto em pauta é o fortalecimento financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI). Embora já tenha líderes avisando que as discussões estão só começando, os mercados usam-se disso para evitar perdas nesta sexta-feira. E esquecem-se do rebaixamento da classificação de risco da Espanha pela S&P, ocorrido ontem.

A isso somam-se os indicadores da economia dos EUA, mais especificamente o dado de vendas ao varejo, que mostrou alta de 1,1%, acima da expansão de 0,8% estimada.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) promete fechar a semana em grande estilo, após ter registrado ganhos em todas as sessões até aqui. Apesar do feriado na quarta-feira, o índice Bovespa (Ibovespa) acumula alta de 6,55% na semana e hoje deve seguir no campo positivo, na esteira dos mercados internacionais. Às 10h05, Ibovespa tinha leve alta de 0,14%, aos 54.678 pontos.

Apesar de a agência de classificação de risco S&P ter rebaixado ontem o rating da Espanha, os mercados na Europa se apegam à esperança de adoção de novas medidas de combate à crise. Uma das possibilidades, ainda em estágio inicial de debate, é a expansão dos recursos de empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a crise da dívida europeia, como parte de um acordo global do G-20 no próximo mês. A questão será discutida hoje e amanhã por representantes do G-20, na França.

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O balanço do Google, divulgado ontem após o fechamento dos mercados americanos, também contribui para o clima positivo no exterior. A companhia anunciou um aumento de 26% no lucro líquido no terceiro trimestre, para US$ 2,73 bilhões (US$ 8,33 por ação). Nesta manhã, as ações do Google avançavam mais de 7% no pré-mercado de Nova York.

"A abertura da Bovespa aparentemente será tranquila, acompanhando os mercados lá fora. As ações de mineradoras estão subindo no exterior, o que serve de indicação para as ações do setor aqui também", citou um operador de renda variável ouvido nesta manhã pela reportagem. Segundo ele, a notícia do rebaixamento da Espanha não trouxe novidades para o cenário. "Todo mundo já sabia. Todo mundo já sabe que a Europa tem problemas", disse. Por isso, o mercado se apega às esperanças de resgate na Europa.

As bolsas europeias operam em alta na manhã de hoje, superando um início de sessão frágil. Às 9h16 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,04%, Frankfurt avançava 0,97% e Paris tinha alta de 1,12%.

Muitos investidores esperam que a reunião do G-20 dos ministros das Finanças, em Paris, dará mais detalhes sobre os planos das autoridades para lidar com a crise da dívida soberana da zona do euro. Os investidores aguardam, principalmente, por detalhes sobre os esforços para recapitalizar os bancos da região e aumentar a capacidade de empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Ao mesmo tempo os investidores parecem ter ignorado o voto de confiança que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, está enfrentando nesta sexta-feira, apesar de ser o oitavo voto desse tipo a ser realizado em 2011, e o nono nos últimos 12 meses para o líder italiano.

No entanto, apesar dos ganhos saudáveis registrados pela maioria dos setores, os bancos continuam a ser pressionados pelos desacordos sobre as propostas para recapitalização dessas instituições. Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating da dívida soberana da Espanha em uma nota, para AA-.

Além disso, a agência Fitch colocou em observação para potencial rebaixamento as notas de uma série de bancos, entre eles dez instituições europeias - a maioria delas da França - e os norte-americanos Morgan Stanley, Goldman Sachs e Bank of America. As informações são da Dow Jones.

As bolsas europeias operam em baixa nesta manhã, diante das incertezas sobre a capacidade política de resolver a crise de dívida da zona do euro. Às 8h26 (horário de Brasília), a bolsa de Londres caía 0,83%, Paris recuava 1,27% e Frankfurt tinha baixa de 1,28%.

A tensão pressiona principalmente as ações do setor bancário. Analistas apresentaram estimativas divergentes sobre quanto os bancos vão precisar em capital novo para resistir aos choques soberanos.

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Ontem, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou ao Parlamento Europeu que os membros dos governos, o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia precisam coordenar esforços para recapitalizar os bancos por meio de injeções de capital privadas e públicas, além de introduzir exigências de capital maiores e temporárias.

No entanto, Barroso não deu detalhes sobre os planos. Sem números sobre quanto em capital os bancos poderão ser obrigados a ter, analistas estudaram vários cenários - com exigências que vão de 10 bilhões de euros a mais de 400 bilhões de euros em novos fundos para todo o setor, o que deixou os investidores sem saber o que esperar.

O Citigroup estima que existe uma deficiência de capital entre 64 bilhões de euros e 216 bilhões de euros para que os bancos tenham uma taxa de capital Tier-1 (de alta qualidade) de 7% a 9%, respectivamente. O Credit Suisse calculou o valor similar de 220 bilhões de euros para um cenário de 9% de capital Tier-1.

Analistas do banco Espírito Santo afirmaram que as baixas contábeis nos atuais preços do mercado sobre bônus de Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha, junto com uma taxa de capital mínima de 9%, pode exigir cerca de 413 bilhões de euros em capital novo no setor bancário. E analistas do Merrill Lynch estimaram entre 7,6 bilhões de euros e 143 bilhões de euros em capital para os maiores bancos europeus, dependendo do cenário.

Os executivos dos bancos continuam rejeitando qualquer recapitalização forçada. O executivo-chefe do alemão Deutsche Bank, Josef Ackermann, afirmou que não está claro se a recapitalização vai ajudar a resolver a crise. Executivos de outros grandes bancos europeus - incluindo os franceses Société Générale e BNP Paribas e o britânico Barclays - argumentam que podem aumentar suas proporções de capital por meio de vendas de ativos, retenção de ganhos e diminuição de ativos e atividades intensivos em capital. As informações são da Dow Jones.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta pela quinta sessão consecutiva em um dia livre da volatilidade que caracterizou esse mercado nos últimos dias. O barril do petróleo abriu em ligeira queda em Nova York, mas se recuperou no meio do dia e reteve os ganhos das sessões anteriores.

O petróleo para entrega em novembro fechou em alta de US$ 0,40 (0,47%) na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), a US$ 85,81 por barril. No mercado eletrônico ICE, o Brent para novembro subiu US$ 1,78 (1,63%), encerrando a sessão em US$ 110,73 o barril. O mercado de petróleo virou para o terreno positivo em linha com o movimento nos mercados norte-americanos de ações. Esses dois mercados têm se movido na mesma direção recentemente.

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A alta pela quinta sessão consecutiva ocorre depois de o petróleo ter caído, na semana passada, a seu nível mais baixo em um ano. Desde então, o petróleo subiu mais de US$ 10, ou 13%, na expectativa de uma solução para a crise da dívida da zona do euro e de dados procedentes dos Estados Unidos não tão ruins quanto o esperado.

"Se há algo importante a dizer (sobre a alta de hoje) é que conseguimos manter os ganhos obtidos nas últimas sessões", disse John Kilduff, sócio fundador do fundo de hedge Again Capital. "Em termos técnicos, é uma excelente confirmação da alta." As informações são da Dow Jones.

O periódico “Correio da Manhã” apresentou nesta terça-feira (11) uma notícia nada agradável para cinco atletas do Porto, de Portugal. De acordo com a publicação, os jogadores brasileiros Hulk e Hélton, além de Sapunaru, Cristian Rodriguez e Fucile, estão sendo acusados pelo Ministério Público de Portugal por crime contra a integridade física de dois seguranças.

O fato ocorreu em dezembro de 2009, depois de um clássico contra o Benfica, já na saída dos vestiários do Estádio da Luz, em Lisboa, capital do país. O jornal ainda trás a informação que os atletas poderão pegar até três anos de prisão, caso sejam condenados. A exceção é para Sapunaru que, já reincidente, pode amargar até cinco anos de detenção.

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O MP lusitano ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente. Mas, periódico conta que a justiça lusitana acusa os jogadores de terem agredidos os seguranças “de forma deliberada, livre e conscientemente, querendo e conseguindo com a sua atuação, molestar fisicamente os ofendidos”.

Nesse período, Hulk e Sapunaru foram suspensos preventivamente Federação Portuguesa de Futebol. O brasileiro pegou quatro meses de gancho, enquanto o romeno foi condenado por seis meses. Porém, em 24 de março de 2010,  o Conselho de Justiça da entidade reduziu as penas para três e quatro meses, respectivamente.

O dólar comercial era negociado em alta de 0,45% por volta das 10h15, a R$ 1,778. Nesta manhã, os mercados continuam o movimento pendular e registram perdas generalizadas. Os investidores mais uma vez se movem tendo como premissa a aversão ao risco, que beneficia o dólar em detrimento das demais moedas.

O centro das tensões continua sendo a Europa, mas alguns olhares, incluindo os brasileiros, começam a dividir-se entre as novidades referentes ao velho continente e o noticiário chinês.

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Na Europa, depois de comemorarem o compromisso assumido pela Alemanha e pela França de que um plano para a recapitalização dos bancos, a solução para a Grécia e a reformulação da zona do euro será apresentado no dia 3 de novembro, os investidores mostram ansiedade com os passos que ainda faltam ser dados para que isso se concretize.

Por volta das 10 horas (horário de Brasília), o Parlamento da Eslováquia ainda estava na sessão para votar a ampliação da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). Este é o último aval necessário para que a medida se torne realidade.

Já no que se refere à China, o alerta acendeu-se com a informação de que o governo resolveu capitalizar quatro bancos estatais. O temor é de que isso tenha por trás problemas maiores no sistema financeiro do país e venha a ter impacto no nível de atividade chinês. Como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem, o maior perigo para o Brasil é a China.

Os excessivos níveis de dívida e de déficit em toda a zona do euro estão sob risco de piorar e exigem medidas de consolidação fiscal de longo prazo durante os próximos 15 anos, afirmou a Comissão Europeia em seu relatório trimestral sobre o estado das economias do bloco. O braço executivo da União Europeia (UE)prevê que a dívida da zona do euro vai superar 100% da produção econômica do bloco durante a próxima década e meia se nenhuma nova medida for implementada.

A comissão destacou que os gastos relacionados ao envelhecimento da população terão papel importante no aumento dos níveis de dívida nos próximos anos por elevar os custos com aposentadorias e cuidados com a saúde. "Com o aumento da dívida, o efeito bola de neve vai se mostrar significativo durante o tempo; os gastos com juros vão subir continuadamente e vão cada vez mais contrabalançar o efeito do crescimento", disse a comissão.

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Tendo em vista essas dinâmicas na zona do euro, a comissão avaliou que muitos países vão precisar adotar "medidas de consolidação permanentes significativas - além e acima das já introduzidas".

A comissão também alertou que existem "perigosas ligações" entre a dívida soberana e o setor bancário. Além disso, a comissão afirmou que medidas para reduzir os custos domésticos - chamadas desvalorizações internas - podem ser tão eficientes quanto uma desvalorização nominal da taxa de câmbio. As informações são da Dow Jones.

A Bovespa finalmente decidiu acompanhar a alta do mercado externo. A expectativa de que a Europa possa anunciar uma capitalização aos bancos deu fôlego aos negócios pelo globo e conduziu a Bolsa doméstica acima dos 3% de ganhos no melhor momento do dia. Fechou abaixo disso, mas retomou os 52 mil pontos.

O Ibovespa terminou o dia com elevação de 2,50%, aos 52.290,37 pontos. Na mínima, registrou 51.016 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 52.729 pontos (+3,36%). Com esse resultado, reduziu as perdas de outubro a 0,06%. No ano até agora, a Bolsa cai 24,55%.

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Os investidores se concentraram na informação de que a Europa pode anunciar ajuda na recapitalização dos bancos da região, o que poderia fazer a crise se dissipar mais rápido. Hoje, um porta-voz de José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia, afirmou que a entidade vai propor uma "ação coordenada" sobre a recapitalização dos bancos na União Europeia.

Antes disso, o próprio Barroso havia repetido seu pedido por uma ação coordenada para recapitalizar os bancos sob ameaça da crise de dívida soberana da zona do euro. E a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reforçou que, se houver necessidade, não se deve hesitar em recapitalizar os bancos.

As bolsas europeias subiram, também estimuladas pela decisão do BCE de retomar as compras de bônus cobertos e de fazer duas operações de refinanciamento de longo prazo neste ano. Os papéis tiveram o contrapeso dos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, que aumentaram apenas 6 mil até 1 de outubro, ante previsão de +19 mil.

Os ganhos na Europa se concentraram, na maioria, entre 2% e 4%. Nos EUA, o Dow Jones subiu 1,68%, aos 11.123,33 pontos, o S&P avançou 1,83%, aos 1.164,97 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,88%, aos 2.506,82 pontos.

No Brasil, Petrobras deu impulso ao Ibovespa, ao registrar ganhos de 3,99% na ON e 3,51% na PN. Também se destacaram BM&F Bovespa e siderúrgicas, embora tenham sobrado compras para todos os lados - 12 ações fecharam em baixa. Na Nymex, o contrato do petróleo para novembro avançou 3,65%, a US$ 82,59 o barril.

BM&FBovespa ON subiu 5,34%, Gerdau PN, +3,22%, Metalúrgica Gerdau PN, +2,78%, Usiminas PNA, +2,03%, CSN ON, +2,20%. Vale ON, +1,43%, Vale PNA, +1,55%.

Veja detalhes do mercado de ações logo mais no Cenário-2. (Claudia Violante)

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em alta, reagindo a sinais de melhora na economia do país e à perspectiva de que os países da Europa estão dispostos a adotar medidas para estabilizar os bancos da região.

O Dow Jones subiu 131,24 pontos, ou 1,21%, para 10.939,95 pontos, beneficiado pelo bom desempenho dos componentes ligados aos setores de matérias-primas - Alcoa (+2,74%), Chevron (+3,48%) e ExxonMobil (+1,54%) - e de tecnologia - Cisco Systems (+3,85%), Microsoft (+2,25%) e Hewlett-Packard (+3,65%). O Nasdaq avançou 55,69 pontos, ou 2,32%, para 2.460,51 pontos. O S&P 500 ganhou 20,09 pontos, ou 1,79%, e fechou a 1.144,04 pontos.

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Entre os destaques da sessão está o Yahoo, que subiu 10,24% depois de a Reuters informar, citando fontes, que a Microsoft estuda fazer uma oferta pela companhia. Uma das fontes, um executivo do alto escalão da Microsoft, teria dito que a proposta pode não se concretizar porque existem divisões internas a respeito do assunto.

O Bank of New York Mellon perdeu 2,87% depois de o Departamento de Justiça dos EUA e o procurador-geral de Nova York abrirem dois processos cíveis distintos acusando o banco de fazer cobranças fraudulentas dos clientes. A Disney fechou em alta de 5,53% após o Citigroup ter elevado a recomendação da companhia para de manter para comprar. A Research in Motion subiu 12,36% em meio a rumores de que a empresa pode ser comprada pela Vodafone.

Pela manhã, dados da ADP/Macroeconomic Advisers mostraram que o setor privado norte-americano criou 91 mil empregos em setembro, superando a expectativa de analistas, que previam a geração de 75 mil vagas. Além disso, o índice do Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços dos EUA recuou para 53,0 em setembro, de 53,3 em agosto, mas o declínio foi menor do que o estimado.

"Num dia como hoje, com boas notícias, as pessoas estão caçando os ganhos, mas o núcleo do mercado não está mostrando um ambiente completamente saudável", disse Cathie Wood, executiva-chefe de investimentos em carteiras temáticas do AllianceBernstein. Ainda assim, ela acredita que o pessimismo das últimas semanas foi exagerado.

"Nós lembramos do que aconteceu em 2008 e em 2009, então todos têm consciência de como as coisas podem ser ruins, mas a analogia de hoje não é com 2008/2009, e sim com 1998. Foi quando tivemos a crise da Rússia, a crise da Ásia e o resgate do Long Term Capital Management", disse Wood. "Os EUA passaram tranquilamente por isso e a Ásia e a Rússia sofreram. Desta vez, a Europa provavelmente entrará em recessão e isso afetará a China, mas se os EUA se recuperarem, não será tão ruim quanto as pessoas estão pensando."

Na Europa, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse hoje que a recapitalização de alguns bancos europeus e a mudança no tratado da União Europeia são tópicos justos para discussão e que o país está preparado para avançar em direção ao fortalecimento das instituições financeiras da região. Ontem, circularam rumores de que os demais países europeus estariam planejando uma recapitalização dos bancos para tentar convencer o mercado sobre a solidez da zona do euro.

A notícia ajudou as ações, mas pesou sobre os preços dos Treasuries, que caíram diante do renovado apetite por risco. Muitos analistas, no entanto, questionaram o otimismo do mercado. "Nosso ceticismo é tão alto quanto o nosso cinismo, porque falar é fácil e já tivemos desapontamentos anteriores", disse David Ader, diretor de estratégia para bônus soberanos do CRT Capital Group.

No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 2,858%, de 2,810% na terça-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 1,891%, de 1,831%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,259%, de 0,267%. As informações são da Dow Jones.

O investidor em juros futuros resolveu contrariar a lógica por mais um dia. Ontem, quando as bolsas e as commodities caíam em todo o mundo, as taxas projetadas pelos DIs subiram embasadas em rumores de que o Banco Central seria conservador no corte de juros. Hoje, com o mercado acionário e as matérias-primas em forte recuperação, devido à expectativa de recapitalização do sistema financeiro europeu, houve devolução de prêmios em toda a curva a termo. Ou seja, parece que o rumor sobre a moderação por parte da autoridade monetária não está sendo levado tão a sério pelo mercado. Além disso, o recuo do dólar ajudou a minimizar o avanço das commodities em reais.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (127.750 contratos) estava em 11,135%, de 11,14% no ajuste. A taxa do contrato para janeiro de 2013 indicava 10,22%, de 10,27% no ajuste, com giro de 243.265 contratos, enquanto o DI janeiro de 2014 (73.630 contratos) cedia para 10,51%, de 10,57% ontem. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (33.300 contratos) recuava para 11,12%, de 11,20% na véspera, enquanto o DI janeiro de 2021 (1.295 contratos) apontava 11,14%, de 11,24% no ajuste.

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Um operador lembra que o mercado está muito volátil e que os fundamentos, invariavelmente, têm sido esquecidos desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), "quando as autoridades também parecem ter deixado de lado os indicadores correntes e as expectativas do mercado".

Nada mais explica o movimento dos juros futuros hoje. O índice de preços de commodities (IC-BR) subiu 7,83%. A alta apaga o efeito benéfico que o índice acumulava até agosto (-2,12%) e gera um resultado positivo acumulado no ano de 5,54%. O IPP, por sua vez, subiu de 0,03% em julho para 0,20% em agosto.

No exterior, o otimismo veio de sinalizações de que as autoridades europeias estão trabalhando em cima de uma recapitalização do sistema financeiro da região. Em Bruxelas, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a recapitalização de alguns bancos europeus e a mudança no tratado da União Europeia são tópicos justos para discussão. Também disse que os países da zona do euro poderão recorrer à Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF) para recapitalizar os bancos caso não tenham capacidade para fazer isso sozinhos.

Em meio a esse quadro, as commodities tiveram ganhos. O petróleo WTI para novembro avançou 5,30%, a US$ 79,68 por barril na Nymex. O contrato de cobre para três meses na London Metal Exchange (LME) teve alta de 0,29%. O índice CRB (Commodity Research Bureau), por sua vez, subiu 1,87%. O dólar no balcão, porém, caiu 2,81%, a R$ 1,8360, minimizando o avanço das matérias-primas em reais.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, com riscos de cair abaixo dos 50 mil pontos hoje e se aproximar do menor nível do ano. O pessimismo com a evolução da economia mundial deve penalizar com mais força a performance das ações brasileiras ligadas às matérias-primas. Como a agenda de divulgadores econômicos do dia está esvaziada, traz poucas chances de inversão de tendência para os negócios. Às 10h07, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,19%, aos 50.184 pontos.

O sinal negativo vindo do exterior intensifica a aposta de queda. A Europa amanheceu amargando perdas acentuadas nas bolsas, após um novo adiamento na liberação da próxima parcela do empréstimo à Grécia, referente ainda ao acordo firmado no ano passado. Nesta manhã, o ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, afirmou que o governo tem dinheiro suficiente para continuar a operar até meados de novembro.

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Hoje também, o banco norte-americano Goldman Sachs rebaixou as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) global, o euro e as commodities. "Os EUA me preocupam, mas a Europa me apavora", comenta, em relatório, o analista da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira.

Os brasileiros voltaram a ser decisivos para seus clubes na rodada do último final de semana no Velho Continente. O pernambucano Hernanes foi um deles. O volante marcou o primeiro gol da Lazio, que venceu a Fiorentina por 2x1, de virada, pelo Campeonato Italiano. Hernanes recebeu na entrada da área, driblou a marcação e bateu de pé esquerdo, cruzado, no canto do arqueiro da Fiorentina. Com a vitória, a Lazio pulou para a sétima posição, com oito pontos. A liderança é da Juventus, que fez 2x0 no Milan e alcançou os 11 pontos.

Na Espanha, Júlio Baptista (ex-São Paulo) foi decisivo na vitória do Málaga por 3x2 sobre o Getafe. O meia-atacante fez o terceiro gol da equipe, aos 45 minutos do segundo tempo. E não foi um gol qualquer, mas sim de bicicleta. Ele já tinha participado do gol de empate, dando assistência para Maresca. Ainda em terras espanholas, o lateral Adriano marcou o tento que deu os três pontos ao Barcelona, que venceu o Sporting Gijón por 1x0. O Barça lidera com 14 pontos, ao lado do Levante. Real Madrid e Málaga têm 13.

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Na Inglaterra, Anderson foi o único brazuca a marcar na rodada. Ele fez o primeiro do Manchester United no triunfo por 2x0 sobre o Norwich. Os Diabos Vermelhos somam 19 pontos, assim como o Manchester City. O Chelsea tem 16.

Em Portugal, o zagueiro da seleção brasileira Luisão fez o terceiro na goleada do Benfica por 4x1 ante o Paços Ferreira. Benfica e Porto lideram com 17 pontos. Na Turquia, Alex fez um dos tentos do Fenerbahce, atual campeão, na vitória por 4x2 sobre o Istanbul.

Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em queda forte hoje. O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 teve uma queda no trimestre de 17,1%, e nesta sexta-feira recuou 1,19%, ou 2,72 pontos, para 226,18 pontos. As bolsas foram puxadas para baixo por temores sobre uma crescente inflação na zona do euro, dados fracos de vendas no varejo na Alemanha e desaceleração na atividade manufatureira na China.

Entre as piores quedas estavam os bancos, com a crise da dívida soberana seguindo à frente entre os temores dos investidores. Société Générale caiu 5,1% em Paris. O UBS rebaixou o banco francês de "comprar" para "neutro", dizendo que a ação entrou em um cenário de "estresse",em sua avaliação. Deutsche Bank fechou em queda de 6,8% na Alemanha.

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Os dois bancos estiveram entre as principais quedas em seus respectivos mercados, com o índice DAX 30, da Bolsa de Frankfurt, caindo 2,44%, para 5.502,02 pontos. Já o CAC 40, na Bolsa de Paris, recuou 1,51%, para 2.981,96 pontos. Os dois índices tiveram perdas de mais de 25% no trimestre.

O estrategista-chefe de mercados da IG Index, David Jones, disse que a resposta demorada dos políticos à crescente crise continua a descontentar os operadores de mercado. "Eu estou surpreso com o mercado ser tão paciente com os políticos. O risco é que nós cairemos mais, já que as coisas parecem tão obscuras", acrescentou.

As perdas para os bancos e no restante do mercado pioraram após um inesperado aumento no índice de inflação de preços ao consumidor na zona do euro, que subiu em setembro para 3%, em número anualizado, de 2,5% em agosto.

As companhias de artigos de luxo também estavam entre as piores performances, por temores sobre a China, um importante mercado em crescimento para o setor. Dados da China mostraram que o setor de manufatura se contraiu pelo terceiro mês seguido em setembro. As ações do Burberry Group caíram 2,2% em Londres, ajudando a empurrar o FTSE 100 para fechar em -1,32% aos 5.128,48 pontos.

Em Paris, a proprietária da Gucci PPR recuou 6,1%, enquanto a fabricante de relógios Swatch recuou 7% no mercado suíço. Os fabricantes de carros alemães, que também dependem da China para crescer, foram bastante afetados. BMW caiu 5,3%, e a Volkswagen, 5,9%. As ações do grupo supermercadista alemão Metro AG caíram 4,3%, após o Escritório de Estatísticas Federal informar que as vendas no varejo sazonalmente ajustadas caíram 2,9% em agosto, em comparação a julho, bem acima da previsão de declínio de 0,1%.

O melhor desempenho entre as ações que integram o Stoxx 600 ficou com a Lundin Petroleum, que disparou mais de 32% após informar sobre reservas de petróleo no Mar do Norte da Noruega, que podem conter entre 800 milhões e 1,8 bilhão de barris, quando as estimativas anteriores eram de entre 100 milhões e 400 milhões de barris. As ações da Statoil, que possui uma parcela dessa descoberta, subiram 3,4%.

Na Espanha, o governo anunciou que completou o plano para a recapitalização dos bancos do país e o governo vai assumir o controle de três problemáticos bancos de poupança. O índice Ibex 35, da Bolsa de Madri, fechou em queda de 0,53%, para 8546,60 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 1,25%, em 5.891,06 pontos. As informações são da Dow Jones.

As bolsas de Nova York abriram em queda, em meio à cautela sobre a construção de uma possível solução para a crise na zona do euro. Os investidores estão receosos de que turbinar a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) pode não bastar para amenizar os problemas no continente. Às 10h32 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 1,02%, o Nasdaq recuava 1,58%, e o S&P 500 tinha queda de 1,23%.

Hoje, indicadores econômicos fracos também contribuíram para desestimular os investidores. A inflação nos 17 países da zona do euro subiu 3% em setembro ante o mesmo mês de 2010, indo ao nível mais alto em quase três anos.

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Nos Estados Unidos, a renda pessoal dos americanos caiu 0,1% em agosto, pela primeira vez desde outubro de 2009, contrariando expectativa de analistas de alta de 0,1%. Já os gastos subiram 0,2%, após aumentarem 0,7% em julho, e vieram em linha com o esperado.

Na China, por sua vez, há sinais de que o país vai bem, mas o céu não é mais de brigadeiro, conforme mostrou o índice HSBC de atividade industrial dos gerentes de compras da China, que ficou estável em 49,9 na leitura final de setembro. Índices abaixo de 50 apontam contração da economia. Segundo o economista-chefe do HSBC para China, Qu Hongbin, não há risco, porém, de uma "desaceleração aguda" da economia.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, acompanhando as perdas acentuadas nos mercados internacionais. Com isso, setembro deve ser o sétimo mês do ano com desempenho negativo dos negócios locais. Às 10h13, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,15%, aos 52.768 pontos.

Depois da vitória referendada ontem pela Alemanha, a Áustria ratificou hoje a proposta de ampliação da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF), matéria que também deve ser seguida pelos parlamentos holandês, eslovaco e maltês nos próximos dias.

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Hoje, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, reúne-se com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em Paris, para discutir a liberação da próxima parcela no âmbito do pacote de socorro financeiro firmado no ano passado e também sobre os moldes de um segundo programa de auxílio.

Mas, analistas começam a duvidar do poder de fogo do fundo europeu de resgate e sua real eficácia; podendo, ainda, penalizar os ratings (notas de classificação de risco) dos países da Europa que aportarem recursos na linha especial. Essas novas incertezas elevam o temor sobre a capacidade europeia de solucionar sua crise das dívidas e mergulham as principais bolsas da região no terreno negativo.

As bolsas de Nova York abriram em alta, em meio ao otimismo dos mercados europeus e a confiança de que um plano de ajuda para a zona do euro está se estruturando. Às 10h37 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,94%, o Nasdaq avançava 1,54%, e o S&P 500 tinha alta de 1,91%.

O foco do dia está na Europa e na reunião da chanceler alemã, Angela Merkel, com o primeiro-ministro grego, George Papandreou, em Berlim. Enquanto o governo grego quer mostrar que está comprometido a fazer o aperto fiscal, ele também quer ter certeza de que receberá mesmo um segundo pacote de socorro financeiro dos países da região e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Mais cedo, Merkel disse ser importante o Parlamento europeu aprovar mudanças no fundo de resgate do bloco, a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). "A aprovação do fundo europeu é de muita, muita significância", afirmou. O Parlamento alemão votará na quinta-feira projeto para aumentar a capacidade da EFSF de 250 bilhões de euros para 440 bilhões de euros.

Um colapso do sistema bancário europeu terá um impacto muito maior para os países emergentes do que os efeitos com a quebra do Lehman Brothers em 2008, segundo análise do RBC Capital Markets. A exposição dos bancos europeus a países emergentes, em termos de empréstimos e outros ativos, equivale a mais de três vezes o valor da exposição combinada dos bancos japoneses e americanos. O contágio da crise da dívida soberana da zona do euro pela via de crédito bancário será sentido com mais força pelo Leste Europeu, seguido pela América Latina.

Com base em dados do último relatório do Bank for International Settlementes (BIS), o banco central dos bancos centrais, o total de crédito e empréstimos de bancos europeus aos países emergentes somou US$ 3,4 trilhões em março de 2011, enquanto que a exposição dos bancos americanos a países emergentes estava em US$ 727 bilhões e a dos bancos japoneses, em US$ 299 bilhões. Na América Latina, a exposição dos bancos europeus é de US$ 792 bilhões, comparada com uma exposição de US$ 250 bilhões de bancos americanos e US$ 62 bilhões de bancos japoneses.

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"Se a crise da dívida soberana da zona do euro deflagrar um estresse do sistema bancário europeu mais profundo, poderá haver um impacto bem mais negativo sobre os mercados emergentes do que o choque do Lehman Brothers teve", afirmou um estudo do RBC Capital Markets assinado pelo chefe de estratégia para mercados emergentes do banco em Toronto (Canadá), Nick Chamie. Se os bancos europeus passarem por um estresse financeiro semelhante ao registrado pelos bancos americanos em 2008 e 2009, "as consequências negativas para os mercados emergentes, particularmente um choque no crescimento econômico, poderão ser muito mais significativas, em especial se houver uma escassez de crédito mais prolongada".

Os países emergentes representam cerca de 18% da carteira de crédito total no exterior dos bancos europeus. A participação dos emergentes na carteira de crédito no exterior dos bancos americanos é de 22% do total. Os emergentes do Leste Europeu são os que representam a maior parcela na carteira total de crédito no exterior dos bancos europeus, com 51%. Os latino-americanos detêm 23% da carteira de crédito total no exterior dos bancos europeus. A parcela dos países asiáticos é de 26%.

Segundo o estudo do RBC Capital Markets, para medir qual região dos mercados emergentes poderá sofrer um maior aperto de crédito se houver uma retração dos bancos europeus na concessão de empréstimos, é preciso levar em conta qual região depende mais dos bancos europeus versus bancos de outros países e em qual região o peso do crédito de bancos estrangeiros é maior em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Conforme o estudo, os países do Leste Europeu dependem em 93% dos bancos europeus para atender suas demandas por crédito, comparado com 2% do Japão e 6% dos Estados Unidos. Já os países da América Latina têm 68% do crédito estrangeiro provenientes de bancos europeus, enquanto que os bancos americanos são responsáveis por 21% por esse crédito e apenas 5% vêm dos bancos japoneses.

O valor dos empréstimos de bancos europeus corresponde a 25% do PIB dos países emergentes do Leste Europeu e a 16% do PIB dos emergentes na América Latina, enquanto que o valor dos empréstimos dos bancos americanos equivale a 2% do PIB no Leste Europeu e a 5% do PIB de países latino-americanos.

"Do ponto de vista de contágio pelo canal de crédito, a região dos emergentes do Leste Europeu parece naturalmente mais vulnerável, embora a América Latina e a Ásia emergente também tenham uma elevada exposição à qualquer retração dos empréstimos bancários europeus", afirma o estudo do RBC Capital Markets.

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