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A pressão sobre os mercados financeiros chegou a um ponto que requer uma ação "coletiva, decisiva", dos países europeus, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, nesta sexta-feira. O crescente custo pago por vários países para realizarem empréstimos na zona do euro é uma mostra de como a crise está se disseminando, notou ela, em entrevista à Globonews. "Os riscos de contágio na Europa se materializaram."

É improvável que uma saída para a crise europeia seja imediata, já que o processo de consultas democráticas leva tempo, apontou Lagarde. Segundo ela, o Banco Central Europeu (BCE) pode ter de assumir um papel maior na resposta à crise da zona do euro.

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Lagarde disse que teve "algum conforto" diante do fato de que os líderes de França e Alemanha reconheceram nos últimos dias a necessidade de ações dos bancos centrais, e também com a tomada há dois dias de uma ação coordenada de bancos centrais para ajudar no combate à crise.

A diretora-gerente afirmou que serão necessárias soluções diferentes para aqueles países como a Grécia, que enfrentam problemas de solvência, e outros na zona do euro, que enfrentam problemas de liquidez. "O cronograma em relação aos dois assuntos é importante, mas as soluções são diferentes", disse Lagarde. O problema de liquidez, com o aumento dos custos para empréstimo, precisa ser enfrentado antes de se tornar um problema de solvência, destacou ela. As informações são da Dow Jones.

O Brasil vai fazer um novo aporte de recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para minimizar os efeitos da crise econômica mundial, principalmente na Europa. O anúncio foi feito após reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em Brasília.

“O Brasil está disposto a colaborar com aporte. Desta vez o FMI não veio trazer dinheiro como no passado, mas veio pedir dinheiro para o Brasil emprestar. Prefiro ser credor do que devedor. Temos larga cooperação que vamos reforçar”, disse Mantega.

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Segundo o ministro, os recursos serão oferecidos para minimizar os efeitos da crise europeia. “Acredito que a zona do euro possui instrumentos para superar a crise, mas enquanto isso não ocorre a situação se deteriora. Nossa preocupação não é só com os países europeus, mas principalmente com os países emergentes”.

Apesar da garantia do reforço financeiro, os valores não foram definidos. Segundo Mantega, o montante deve ser decido entre os integrantes do Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) antes da reunião do G20, prevista para fevereiro. Além disso, os valores “estão condicionados a continuação de reforma de cotas [poder de voto no FMI] que já foram acertadas” nos dois últimos anos.

Mesmo tendo assegurado que o Brasil vai aportar recursos, Mantega cobrou que os países desenvolvidos façam o mesmo e reforcem o FMI. “Esperamos que todos os países compareçam. Vamos colocar nossos recursos, mas esperamos que eles também entrem com a parte deles, até porque se trata de países muito mais ricos e fortes do que nós”.

 

A seleção brasileira masculina de vôlei ainda tem chances de se classificar para as Olimpíadas de 2012 através da Copa do Mundo, que está sendo realizada no Japão. Depois das derrotas para Itália, Sérvia e Cuba, o Brasil jogará a fase final da competição de olho nos confrontos entre as seleções européias, que podem adiar as intenções brasileiras de ir a Londres no próximo ano.

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Na quarta colocação do campeonato, o time do técnico Bernardinho enfrentará nessa fase Japão, Irã e Polônia, líder da Copa do Mundo. Itália e Rússia também estão na frente do Brasil na tabela e se enfrentarão nesta última fase da competição.

A chance de haver um “acordo” entre as equipes da Europa vem preocupando os brasileiros desde a derrota para a Sérvia. A Polônia, por exemplo, pode chegar a ultima rodada já classificada e “facilitar” o jogo para tirar um forte adversário, como o Brasil, das Olimpíadas, e favorecer uma seleção do mesmo continente.

“A Copa do Mundo a partir de agora virou um torneio intercontinental, eles vão tentar se ajudar. A Federação fez a cagada dela, então agora nós temos que fazer a nossa parte e correr atrás, já que não dependemos só dos nossos resultados", reclamou o ponteiro Murilo, em relação a tabela da Copa do Mundo organizada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB). A reclamação do jogador foi motivada devido a Sérvia ter atuado com os titulares contra a seleção brasileira e com o time reserva contra os adversários europeus.

O Brasil entrará em quadra na madrugada desta sexta-feira, a partir das 3h (horário do Recife) para enfrentar a seleção do Irã. A Copa do Mundo de vôlei vai até o próximo domingo.

Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em alta, refletindo a satisfação dos investidores com a notícia de que os principais bancos centrais do mundo vão agir em conjunto e cobrar menos das instituições financeiras que precisarem tomar empréstimos em dólar. O anúncio diminuiu bastante os receios com a possibilidade de um aperto no crédito piorar a crise das dívidas europeias.

"A obtenção de financiamento em dólar é um grande problema e esse movimento reconhece isso. Também é bom que os bancos centrais do mundo estejam agindo juntos", disse Louise Cooper, estrategista do BGC Partners.

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Apesar disso, segundo Koen De Leus, estrategista da KBC Securities, os bancos centrais já agiram de forma coordenada antes e o histórico mostra que os efeitos positivos tendem a ser breves. "Não é suficiente. É uma iniciativa temporária de liquidez, algo bom, mas que não vai resolver o problema", acrescentou.

Outro fator que deu suporte às bolsas foi a decisão do Banco do Povo da China (PBOC) de cortar a taxa de compulsório em 0,5 ponto porcentual a partir de 5 de dezembro. A medida aumenta a quantidade de dinheiro que os bancos podem emprestar para as empresas e consumidores e em tese pode incentivar o crescimento da economia do país.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 8,40 pontos, ou 3,63%, para 240,08 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 avançou 168,42 pontos, ou 3,16%, para 5.505,42 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 127,86 pontos, ou 4,22%, para 3.154,62 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em alta de 288,93 pontos, ou 4,98%, a 6.088,84 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB subiu 641,29 pontos, ou 4,38%, para 15.268,66 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, avançou 321,50 pontos, ou 3,96%, para 8.449,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 172,79 pontos, ou 3,22%, para 5.536,32 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, avançou 20,69 pontos, ou 3,13%, para 682,21 pontos.

Em novembro, no entanto, os índices europeus acumularam queda, sendo a mais acentuada a do ASE, de 15,63%. O IBEX e o PSI 20 recuaram 5,6% cada, enquanto o FTSE MIB teve baixa de 4,67%. O CAC 40 perdeu 2,72%, seguido por Stoxx 600 (-1,39%), Xetra DAX (-0,85%) e FTSE 100 (-0,70%).

As ações de empresas ligadas ao segmento de matérias-primas estavam entre os destaques da sessão desta quarta-feira. BP e Royal Dutch Shell subiram 5% e 3,9%, respectivamente, enquanto a mineradora BHP Billiton fechou em alta superior a 6%. A siderúrgica ArcelorMittal teve ganho de mais de 11%.

Entre as montadoras, a Volkswagen subiu 6,5% enquanto a Daimler e a BMW avançaram mais de 5% cada. Mais cedo, o JP Morgan Cazenove aumentou a recomendação das ações da BMW para "acima da média", de "neutra", e cortou a dos papéis da Daimler para "neutra", de "acima da média".

As ações do grupo de investimento francês Wendel subiram mais de 16% depois de a TE Connectivity anunciar que concordou em comprar o Deutsch Group SAS, pertencente ao Wendel por cerca de US$ 2,1 bilhões. As informações são da Dow Jones.

Depois de perder para o Getafe no fim de semana e conhecer sua primeira derrota na temporada, o Barcelona se reabilitou. Os catalães golearam o Ray Vallecano por 4x0, pelo Campeonato Espanhol. Alexis Sanchez (duas vezes), Messi e Davd Villa anotaram os gols do Barça, que chegou aos 31 pontos, diminuindo a desvantagem para o Real Madrid, que lidera o certame com 34 pontos e um jogo a menos.

Na Itália, em um jogão, Napoli e Juventus empataram por 3x3. Hamsik e Pandev fizeram 2x0 para os napolitanos. Matri diminuiu, mas Pandev pôs os anfitriões novamente com dois tentos de vantagem. Porém, Estigarribia e Pepe igualaram o placar. A Juve lidera o Campeonato Italiano com 26 pontos, dois a mais do que o Milan. O Napoli é o sétimo, com 17 pontos.

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Na Inglaterra, o Liverpool venceu o Chelsea por 2x0 no Stamford Bridge, gols de Maxi Rodriguez e Kelly, e avançou para a semifinal da Copa da Liga Inglesa. O Manchester City, também fora de casa, despachou o Arsenal, 1x0, gol de Aguero.  

As bolsas europeias acentuaram os ganhos, ajudados por um leilão em que a Itália vendeu um total de quase 8 bilhões de euros em bônus. Embora os yields (retorno ao investidor) tenham sido altos, o governo italiano conseguiu vender praticamente todo o volume pretendido.

Entre os indicadores divulgados nesta manhã, a confiança do consumidor da zona do euro caiu em novembro, mas ficou em linha com o previsto pelos economistas. Às 8h50 (de Brasília), Londres subia 0,28%; Paris avançava 0,76% e Milão ganhava 0,60%. As informações são da Dow Jones.

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As bolsas europeias operam com ganhos modestos enquanto os investidores fazem uma pausa depois dos fortes ganhos registrados ontem. Às 08h45, Londres caía 0,41%, Paris avançava 1,07% e Frankfurt tinha alta de 1,10%. Os movimentos também são contidos pela cautela antes da reunião dos ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) e por notícias negativas de agências de classificação de risco sobre os bancos europeus e a França.

Ontem a Moody's informou que está revisando as dívidas subordinada e júnior de 87 bancos de 15 países da Europa para possível rebaixamento e disse que os crescentes desafios relacionados à dívida soberana da região têm reduzido a capacidade dos governos de apoiá-los.

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Uma reportagem do jornal francês La Tribune colabora para a pressão sobre os mercados. Segundo o diário, o rating AAA da França pode ser colocado em revisão para potencial rebaixamento pela Standard & Poor's em breve. A agência não comentou o assunto. A reportagem foi publicada dias depois de a S&P divulgar equivocadamente um comunicado sobre o rating soberano francês.

Mais um fator negativo para os mercados hoje é a revisão feita pelo banco de investimento suíço UBS na sua previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2012, de crescimento de 0,2% para contração de 0,7%. Segundo o UBS, a recessão na região vai começar no quarto trimestre deste ano, e não no primeiro trimestre do ano que vem.

No entanto, os líderes europeus têm mais uma chance de demonstrar disposição para conter a crise de dívida na reunião do Eurogrupo hoje, em Bruxelas, Bélgica, prevista para as 14h (de Brasília). Os investidores também estão esperançosos de que no encontro será tomada uma decisão sobre a próxima parcela da ajuda oferecida para a Grécia. As informações são da Dow Jones.

O custo do seguro da dívida soberana europeia contra default aumentou nesta manhã, à medida que cresceu a cautela entre os investidores antes da reunião dos ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) que pretende finalizar os planos para ampliar o fundo de resgate da região.

Por volta das 6h30 (de Brasília), o spread (prêmio) dos swaps de default de crédito (CDS) de cinco anos da Alemanha subia 2 pontos-base, para 113 pontos-base, a 3 pontos-base do recorde de 116 pontos-base atingido no dia 25, segundo dados da Markit. O spread dos CDS de cinco anos da França aumentava 5 pontos-base, para 240 pontos-base.

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Os spreads dos CDS da Espanha e da Itália também subiam. O espanhol tinha alta de 7 pontos-base, para 473 pontos-base, e o italiano avançava 8 pontos-base, para 540 pontos-base. O spread do CDS da Bélgica, por sua vez, aumentava 4 pontos-base, para 381 pontos-base, enquanto o da Irlanda subia 6 pontos-base, para 754 pontos-base, e o de Portugal operava estável a 1.094 pontos-base. As informações são da Dow Jones.

A crise da zona do euro deverá se agravar no primeiro semestre de 2012, forçando o Banco Central Europeu (BCE) a cortar os juros para 0,5% do nível atual de 1,25%. A economia da zona do euro entrará em recessão, o que tornará difícil o cumprimento de metas fiscais e a implementação de reformas estruturais acordadas. Já os investidores internacionais terão de aceitar um desconto (ou "haircut" no jargão em inglês do mercado) muito mais "severo" da dívida da Grécia do que os 50% já acordados com os líderes europeus no final de outubro. Portugal e Irlanda também deverão reestruturar suas dívidas. E os juros pagos pelos países periféricos deverão subir mais ainda nos próximos meses.

Esse é o cenário base que o banco norte-americano JPMorgan está trabalhando para a zona do euro em 2012. "Se 2010 foi o ano da erupção da crise soberana da União Europeia (UE), 2011 foi o ano em que a crise atingiu uma fase perigosa", disseram os analistas do JPMorgan, liderados por Pavan Wadhwa em Londres, num relatório a clientes. Eles estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) dos países que adotam a moeda comum registrará uma contração média de 0,6% em 2012, sendo que para os países periféricos da região essa contração do PIB será de 1,8%. "Dado o estresse no sistema financeiro, a recessão poderá facilmente ser mais profunda do que a nossa projeção base, especialmente se as autoridades não administrarem a situação bem", comentam no relatório.

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Com base numa deterioração econômica mais profunda e no risco de que Portugal e Irlanda sigam a Grécia e reestruturem também suas dívidas soberanas, os analistas do JPMorgan estimam que os bancos da zona do euro necessitarão de uma injeção de capital da ordem de € 254 bilhões - bem maior do que a estimativa de € 104 bilhões de necessidade de capital feita pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês). Segundo o JPMorgan, a exposição de bancos de países centrais da zona do euro aos ativos de países periféricos já ultrapassa € 1 trilhão, ou 90% do capital e das reservas desses bancos.

Além da magnitude do problema, isto é, uma dívida a vencer no mercado de € 2,5 trilhões de países como Itália, Espanha, Grécia, Portugal e Irlanda, os analistas do JPMorgan acreditam que a saída da crise do euro tem sido muito mais difícil de ser encontrada porque, entre outros motivos, a ação ou a resposta dos líderes da UE em termos de políticas necessárias está "atrás da curva", ou seja, retardada em demasia. "Os países centrais da zona do euro, com as finanças mais saudáveis, e o BCE têm relutado em apoiar os países em risco em toda a extensão necessária desse apoio por temerem uma socialização da dívida ou exacerbarem o 'moral hazard' (ou risco moral)", explicaram os analistas.

Para o JPMorgan, na "ausência de uma catástrofe" ao longo do primeiro semestre de 2011, o BCE deverá se abster de um papel mais relevante na estabilização dos mercados. "Ou o BCE eleva seu programa de compra de títulos da dívida significativamente, ou outro país poderá eventualmente perder seu acesso aos mercados de capitais", alertaram os analistas do banco americano. Contudo, com a escalada da crise, o JPMorgan prevê uma política conjunta do BCE, da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) já no segundo semestre de 2012, a qual poderá estabilizar em última instância as taxas de juros pagas pelos papéis soberanos da zona do euro.

Os analistas do JPMorgan projetam uma necessidade de financiamento de quase € 900 bilhões somente da Itália e da Espanha para os próximos três anos. Por outro lado, eles projetam que o máximo de fundos disponíveis de várias fontes de financiamento poderá chegar a apenas € 725 bilhões para fazer frentes às necessidades de financiamento dos governos italiano e espanhol nos próximos três anos.

Os contratos futuros de ouro recuperaram-se para a máxima em uma semana com a forte pressão de venda da semana passada substituída pela expectativa em relação a novos esforços dos líderes da zona do euro para deter o avanço da crise da dívida soberana na união monetária.

O ouro para entrega em dezembro subiu US$ 25,10 (1,49%) na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York, fechando a US$ 1.710,80 por onça-troy.

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A alta do ouro ocorre depois de uma semana na qual o metal precioso teve dificuldade para encontrar direção, com os preços oscilando em uma faixa entre US$ 1.650,00 e US$ 1.700,00 por onça-troy. "A pressão de venda se exauriu", avaliou Stephen Platt, analista da Archer Financial Services.

Enquanto isso, o cobre para dezembro negociado na Comex fechou em alta de US$ 0,0905 (2,77%), a US$ 3.3605 por libra-peso. O metal básico beneficiou-se tanto da expectativa em relação a uma ação mais decisiva dos líderes da zona do euro quanto das vendas registradas antes do feriado prolongado nos Estados Unidos. As informações são da Dow Jones.

Os principais índices das bolsas europeias fecharam em forte alta nesta segunda-feira, após reportagens de que os líderes da região estavam progredindo nas discussões para lidar com a crise da dívida na zona do euro.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 3,75%, ou 8,30 pontos, para fechar em 229,84 pontos. O Stoxx 600 havia registrado seis quedas seguidas, até subir 0,7% na sexta-feira, mas ficou em -4,6% na semana passada, em seu pior desempenho semanal desde o fim de setembro.

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Os bancos, que estiveram entre os principais perdedores com a crise por causa de sua exposição a nações endividadas, estavam entre as principais altas. ING Groep subiu 11,2%, BNP Paribas disparou 10,3% e Société Générale subiu 9,6%.

O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, disparou 5,46%, para 3.012,93 pontos, com o setor de finanças e de empresas ligadas ao crescimento econômico global contribuindo para os ganhos. As ações da seguradora AXA avançaram 13,1% e as fabricantes de carros Peugeot e Renault subiram 7% cada uma. A fabricante de aço ArcelorMittal ganhou 7,8%.

Na Alemanha, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, teve alta de 4,60%, para 5.745,33 pontos. Deutsche Bank ganhou 7,2% e Daimler subiu quase 8%.

As ações nos EUA também subiam na segunda-feira no fechamento dos mercados europeus, impulsionadas pelo otimismo com a possibilidade resolução da crise na zona do euro e as evidências de fortes vendas no varejo nos EUA durante a temporada de feriados no final de semana.

Os traders digeriram várias reportagens relacionadas à crise na zona do euro. Entre elas, uma matéria do Wall Street Journal afirmando que autoridades de França e Alemanha devem chegar a um acordo sobre um novo pacto de estabilidade para conter a crise. Já a Reuters informou que funcionários concordaram a respeito de um rascunho com regras operacionais para a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), o fundo de ajuda da zona do euro. Ministros das Finanças da zona do euro se reunirão em Bruxelas amanhã.

Justin Urquhart Stewart, cofundador da Seven Investment Management, disse que, após os problemas se aproximarem da Alemanha, com os problemas no leilão de bônus do país na semana passada, isso "começou a forçar a tomada de decisões". "Todos os comentários mostram que pelo menos podemos estar seguindo rumo a um novo estágio", avaliou Stewart.

Um resultado ruim de um leilão de títulos de 10 anos alemães assustou os mercados na semana passada. Os custos de empréstimo para Itália e Bélgica subiram hoje, em leilões separados, no que será uma semana cheia para os governos europeus buscando vender títulos da dívida.

A Moody's disse hoje que a contínua e rápida escalada na crise da dívida soberana da zona do euro e a crise de crédito bancário "está ameaçando o crédito" de todas as dívidas soberanas europeias.

Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou que a crise da dívida soberana na zona do euro era o principal risco para a economia global.

Em Milão, o índice FTSE MIB subiu 4,60%, para 14.578,23 pontos. O grupo bancário UniCredit registrou alta de 8,1%. O jornal italiano "La Stampa" informou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) planejava oferecer até 600 bilhões de euros em ajuda à Itália. Um porta-voz do FMI, porém, negou a informação.

Os bancos belgas também tiveram fortes altas nesta segunda-feira, com as ações do KBC disparando quase 14%, enquanto Dexia subiu ainda mais, 15,1%.

Em Londres, o índice FTSE 100 teve alta de 2,87%, para 5.312,76 pontos. As ações de bancos e mineradoras tiveram ganhos, com Barclays (+7,8%) e Vedanta (+7,2%). Antofagasta ganhou 4,8%, enquanto Rio Tinto subiu 4,4%.

Na contramão da maré positiva, as ações da Randgold Resources perderam 7,9%, após a mineradora de metais preciosos informar que sua produção do quarto trimestre será prejudicada por problemas na mina Tongon, na Costa do Marfim.

O Ibex 35, índice da Bolsa de Madri, registrou alta de 4,59%, para 8.119,90 pontos. Já em Lisboa, o PSI 20 subiu 2,83%, para fechar em 5.353,50 pontos. As informações são da Dow Jones.

A ministra de Orçamento da França, Valerie Pecresse, afirmou hoje que o país está trabalhando para mudar os tratados da União Europeia, em um esforço para consolidar a zona do euro. "A ideia é consolidar a zona do euro", disse ela durante uma entrevista à emissora de TV Canal Plus. "Haverá mais integração."

Os comentários da ministra francesa surgem após notícias de que os países da zona do euro estão avaliando um novo plano para acelerar a integração de suas políticas fiscais, enquanto os líderes europeus tentam convencer os investidores de que podem solucionar a crise de dívida e impedir um colapso da moeda. Ela não forneceu mais detalhes sobre o plano que está sendo desenvolvido, mas disse que atuará como uma "prova de solidariedade". As informações são da Dow Jones.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) pode oferecer à Itália um suporte financeiro de 400 bilhões a 600 bilhões de euros, a fim de dar ao novo governo de Mario Monti entre 12 e 18 meses para aprovar reformas suficientes para restaurar a confiança do mercado na capacidade de o país pagar a sua dívida, informou o jornal La Stampa na edição de hoje, citando fontes do órgão.

O "pacote Itália" do FMI consistiria de empréstimos a uma taxa de juro de 4% a 5%, abaixo dos 7% a 8% que o país pagou na maioria nos recentes leilões de bônus, de acordo com o diário.

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Segundo o La Stampa, o agravamento da crise de dívida da Europa, que elevou a pressão sobre os títulos da França e da Bélgica e levou um leilão de bônus da Alemanha ao fracasso, reforça a convicção do FMI de que a Itália é a nação que precisa urgentemente de suporte para evitar um colapso do euro.

O fundo quer conceder ao novo premiê italiano uma outra alternativa, se as suas reformas forem insuficientes para dissipar a especulação financeira, revelou o diário. Monti deve apresentar as reformas em 5 de dezembro, informaram os jornais italianos hoje.

O tamanho de qualquer resgate do FMI para a Itália seria tão grande que deve ser feito em coordenação com outras instituições, acrescentou o La Stampa. A Alemanha tem se posicionado contra a ampliação das compras pelo Banco Central Europeu (BCE) de títulos espanhóis e italianos no mercado aberto para sustentar os preços. As informações são da Dow Jones.

As bolsas europeias fecharam em queda, na sua maioria, pela sexta sessão consecutiva, após comentários dos líderes da zona do euro desapontarem investidores. Os mercados registraram um baixo volume de negociação em razão do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, que manteve as bolsas do país fechadas. O índice Stoxx Europe 600 caiu 0,33%, para 219,98 pontos, e já acumula queda de 5,3% até agora na semana.

A maior parte das bolsas europeias reverteu seus ganhos iniciais após o presidente da França, Nicolas Sarkozy, dizer a repórteres, depois de se reunir com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, que eles respeitam a independência do Banco Central Europeu (BCE) e de que não fará exigências sobre a instituição enquanto tentam resolver a crise da dívida soberana.

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A Merkel criticou novamente os pedidos para a emissão de eurobônus, afirmando que taxas de juros comuns para todos os tomadores de empréstimos da zona do euro enviariam um "sinal errado".

"O mercado tinha esperanças muito altas sobre a reunião agendada entre Sarkozy, Monti e Merkel", afirmou o economista-chefe do Saxo Bank, Steen Jakobsen. "A França não está em posição de exercer pressão sobre Merkel. A única grande coisa que Sarkozy precisa fazer é a de não colocar pressão sobre o rating AAA (da França) antes da eleição."

No início do dia, os mercados europeus registraram ganhos após a divulgação do índice IFO, que mede a confiança das empresas da Alemanha. O índice subiu para 106,6 em novembro, bem melhor do que a previsão de queda para 105,1. O índice DAX 30, Bolsa de Frankfurt fechou em queda de 0,54%, aos 5.428,11 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI 20 declinou 0,85%, para 5.185,10 pontos, conduzido pelas ações do Banco Comercial Português, que declinaram 9,4%. As perdas ocorreram após a agência de classificação de risco Fitch ter rebaixado o rating do país para o status junk, com perspectiva negativa. Além disso, uma greve nacional atingiu os serviços públicos do país hoje, em meio a um quadro de crescente descontentamento com medidas de austeridade impostas pelo governo, em troca de um pacote de ajuda de 78 bilhões de euros.

O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, encerrou virtualmente inalterado (-0,01%), aos 2.822,25 pontos. Entre os bancos, BNP Paribas (+3,3%) e Société Générale (+3%). As ações da Vallourec subiram 6%, após a recomendação para os papéis da fabricante francesa de tubos de aço ter sido elevada de "equalweight" para "overweight" pelo Morgan Stanley. Os papeis da Air France-KLM ganharam 10% após o Société Générale elevar sua recomendação para os papéis da empresa de "vender" para "manter".

Em Bruxelas, as ações do banco franco-belga Dexia subiram cerca de 28%, embora acumulem queda de 86% até agora no ano. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, cedeu 0,2%, para 5.127,57 pontos, pelo nono dia consecutivo. No setor petroleiro, BP (-1,4%) e Royal Dutch Shell (-1,7%). Entre os bancos, Royal Bank of Scotland Group (+3,6%) e Barclays (+3,1%).

Na Espanha, o índice Ibex 35 fechou em -0,23%, em 7.721,80 pontos. Em Milão, o FTSE MIB registrou alta de 0,03%, para 13.920,58 pontos. As informações são da Dow Jones.

As bolsas europeias operam em alta, recuperando-se das fortes perdas de ontem, ajudadas por um dado melhor do que o esperado na Alemanha. Às 10h15 (de Brasília), Londres subia 0,39%, Paris avançava 1,31% e Frankfurt ganhava 1,28%, enquanto Lisboa tinha alta de 0,54% apesar de o rating de Portugal ter sido rebaixado para nível especulativo pela agência de classificação de risco Fitch. Os mercados dos EUA não abrirão hoje em razão do feriado de Ação de Graças.

Também colaboram para o tom positivo comentários de membros do partido União Democrata Cristã (CDU), da chanceler alemã Angela Merkel, de que as discussões sobre eurobônus podem continuar, embora não sejam apoiadas pelo atual governo.

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O índice IFO de clima para negócios na Alemanha, que mede a confiança das empresas, subiu para 106,6 em novembro, acima da previsão de 105,1. O indicador foi recebido como um alívio depois do leilão de bônus fraco feito pelo governo do país ontem.

No entanto, apesar do avanço das ações, os operadores alertam que as preocupações sobre a crise de dívida europeia ainda são grandes. O assunto estará entre os tópicos da reunião de Merkel com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e com o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, hoje em Estrasburgo, na França. As informações são da Dow Jones.

Em um dos melhores jogos até agora da competição, o Barcelona venceu o Milan por 3x2, nesta quarta (23/11), no estádio San Siro, pela penúltima rodada da Liga dos Campeões. O Barça saiu na frente, graças a um gol contra de Van Bommel. O sueco Ibrahimovic empatou, mas Messi, de pênalti, pôs os catalães na frente de novo. No segundo tempo, Boateng empatou novamente. Mas os espanhóis mostraram sua força e marcaram o terceiro, com Xavi. O Barcelona lidera o Grupo H, com 13 pontos, cinco a mais do que o Milan. Os dois gigantes do futebol Europeu já estão classificados para as oitavas de final.

Outro time espanhol, o Valencia, também se deu bem. Contando com a inspiração do atacante Soldado, autor de três gols, o Valencia aplicou 7x0 no Genk-BEL. O time ocupa a segunda posição do Grupo E, com oito pontos, assim como o Chelsea, que perdeu poe 2x1 para o líder Bayer Leverkusen, que tem nove. No grupo F, o Arsenal fez 2x1 no Borussia Dortmund e chegou aos 11 pontos. A segunda posição é do Olympique de Marselha, que perdeu por 2x1 para o Olympiakos, mas soma sete pontos, um a mais do que os gregos. Pelo Grupo G, o APOEL ficou no 0x0 com o Zenit e o Porto bateu o Shakhtar, 2x0. A liderança é do APOEL (9 pontos), seguido do Zenit (8) e Porto (7).    

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Os principais índices das bolsas europeias fecharam em queda nesta quarta-feira, com investidores afetados por um decepcionante leilão de bônus da Alemanha e um dado fraco sobre a atividade industrial na China. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,33%, ou 2,96 pontos, fechando em 220,31 pontos.

As perdas ocorreram após a demanda fraca em um leilão de bônus de 10 anos realizado pelo governo federal da Alemanha. O yield (retorno ao investidor) dos bônus alemães subiu, enquanto o euro caiu ante o dólar. O leilão de títulos do governo alemão "foi realmente um grande golpe, e mostra que a crise está agora totalmente no centro da Europa", afirmou Steen Jakobsen, economista-chefe do Saxo Bank, em nota a investidores.

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Em Frankfurt, o DAX caiu 1,44%, para 5.457,77 pontos, com HeidelbergCement perdendo 3,7%. As ações do Commerzbank subiram 1,7%, recuperando parte das perdas na sessão anterior após notícias na imprensa afirmarem que a instituição pode precisar de mais capital. O executivo-chefe do banco, Martin Blessing, afirmou que o Commerzbank pode precisar se recapitalizar.

Em Milão, o FTSE MIB registrou queda de 2,59%, para 13.915,78 pontos, pressionado pelas perdas entre os bancos, como Mediobanca (-7,9%) e Intesa Sanpaolo (-3,7%).

Na China, a leitura preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), medido pelo HSBC, caiu drasticamente para 48,0 em novembro em comparação com a leitura final de 51,0 em outubro. O dado afetou bolsas sensíveis às indicações de crescimento global, entre elas a fabricante de automóveis Volkswagen, que perdeu 4,4%. Também prejudicou fabricantes do setor de luxo, como Burberry Group (-4,5%) e LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton (-2%).

Edmund Shing, estrategista de ações do Barclays Capital, afirmou que o dado da China elevou os temores existentes na Europa e nos EUA. "Com todos os yields de bônus de países europeus periféricos que não recuam de níveis altos, não é surpreendente que os mercados de ações europeus estejam flutuando antes do feriado de Ação de Graças nos EUA", afirmou Shing.

No Reino Unido, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, registrou baixa de 1,29%, para 5.139,78 pontos, com as mineradoras pressionadas. Rio Tinto perdeu 2,3%. As ações do grupo do setor de energia BP caíram 2,2%.

Enquanto isso, o Banco da Grécia afirmou que a nação pode ser forçada a deixar o euro, a menos que cumpra todas as metas previstas em um acordo em outubro. O índice grego ASE Composite recuou 1,2%, para 675,93 pontos.

Também nesta quarta-feira, os yields dos bônus de França e Bélgica subiram, após um jornal belga informar que um plano de ajuda para o banco franco-belga Dexia esta à beira de um colapso, pois os belgas terão dificuldade em financiar sua parte do acordo. Uma renegociação pode fazer com que a França assuma uma parcela maior do financiamento, o que segundo observadores poderia ameaçar o rating AAA do país. Um porta-voz do Dexia não foi localizado para comentar o tema. As ações do subiram 12,6%, após registrarem queda na sessão anterior.

O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, teve queda de 1,68%, chegando aos 2.822,43 pontos, com ArcelorMittal perdendo 4,2% e Société Générale cedendo 2,7%.

A agência Fitch afirmou que o rating de crédito AAA da França pode estar em risco, se a crise na zona do euro piorar e afetar o país em demasia. Paris também precisa de medidas adicionais de consolidação para cumprir sua metas de déficit, segundo a Fitch.

Na contramão da tendência negativa na Europa, as ações da Arkema dispararam 14%, após a fabricante de produtos químicos francesa informar que venderá sua unidade de produtos de vinil, que dá prejuízo, e se concentrará em produtos químicos industriais especiais.

Na Espanha, o índice Ibex 35 fechou em -2,09%, em 7.739,30 pontos. Já em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,65%, para 5.229,39 pontos. As informações são da Dow Jones.

As bolsas de Nova York operavam em baixa no começo da tarde de hoje. Os investidores parecem ter pouca disposição de assumir posições e continuam de olho na Europa, onde as incertezas só ganham força a cada dia. Às 12h35 (horário de Brasília), o índice Dow Jones cedia 0,84%, o Nasdaq recuava 0,82%, e o S&P tinha queda de 0,97%.

Na Europa, a situação foi agravada após o banco central da Grécia afirmar que o país enfrenta seu momento mais difícil e que é real o risco de eles terem que sair da zona do euro.

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Nos Estados Unidos, uma bateria de indicadores foi divulgada pela manhã, mas sem força para mexer nos índices. Os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram 2 mil, dentro do esperado, para 393 mil, na semana passada, mas continuam abaixo da linha psicológica e mais negativa de 400 mil.

As encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 0,7% em outubro ante setembro, uma queda menor do que a de 1,5% esperada por economistas. O índice de preços para gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), por sua vez, caiu 0,1% em outubro ante setembro, mas subiu 2,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. O núcleo do PCE subiu 0,1% em base mensal, como o mercado esperava, e cresceu 1,7% em base anual. O núcleo do PCE indica tendências para a inflação nos EUA, cuja meta informal é de pouco menos de 2%.

As bolsas da Europa operavam em queda nesta manhã, à medida que as preocupações sobre as dívidas da Europa e dos Estados Unidos afetam o sentimento dos investidores. Às 9h06 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres recuava 1,84%, Frankfurt caía 2,45%, Paris cedia 2,29% e Madri tinha baixa de 1,98%.

O "supercomitê" do Congresso dos Estados Unidos, preso em um impasse partidário, deve anunciar no final do dia que não conseguiu chegar a um acordo sobre como reduzir os déficits do país nos próximos 10 anos em pelo menos US$ 1,2 trilhão.

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O dólar também ficou sob pressão durante a sessão asiática devido aos temores sobre o impasse nos EUA. Às 8h50 (de Brasília), a moeda era negociada em 76,89 ienes, de 76,95 ienes no fim da tarde de sexta-feira. O euro estava em US$ 1,3449, de US$ 1,3522.

Os participantes do mercado também estão observando de perto os movimentos dos yields (retorno ao investidor) das dívidas soberanas da Europa. Os governos da Holanda e da França têm leilões de bônus previstos mais para frente no dia. As informações são da Dow Jones.

Os principais índices das bolsas europeias fecharam em sua maioria em queda, pressionados pelos temores sobre a capacidade de os líderes da zona do euro controlarem a crise da dívida que representa um risco crescente para o setor bancário da região e da economia mundial.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,60%, para 232,56 pontos. Na semana, teve recuo de 3,5%. O índice chegou a subir rapidamente no meio do dia, com notícias de que uma proposta do Banco Central Europeu (BCE) para emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que poderia ser usado para financiar ajuda estaria ganhando força. Um funcionário da zona do euro disse à agência Dow Jones que a Alemanha e o BCE ainda se opõem a isso, mas as discussões podem ser retomadas em breve, caso não haja outras alternativas.

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O foco dos investidores nos últimos dois dias mudou dos crescentes yields (prêmios ao investidor) de títulos na periferia da zona do euro para os crescentes custos de financiamento em dólar dos países europeus, disse Steen Jakobsen, economista-chefe do Saxo Bank em Copenhagen. "O mercado interbancário continua a mostrar crescentes sinais de estresse, como consequência da crise na zona do euro. Enquanto as linhas normais de financiamento secam, aumentam as conversas de que os bancos centrais possam ser em breve forçados a coordenarem um apoio adicional à liquidez", afirmou Jane Foley, estrategista sênior de câmbio do Rabobank em Londres.

Entre os bancos, Lloyds perdeu 2% e HSBC recuou 0,7% em Londres, enquanto Deutsche Bank caiu 1,2% em Frankfurt.

Entre os principais índices da região, o DAX, da Bolsa de Frankfurt, teve queda de 0,85%, para 5.800,24 pontos, e na semana recuou 4,24%. Volkswagen caiu 1,9%, após a Suzuki informar que deseja encerrar uma parceria com a companhia alemã e comprar de volta a parcela da Volkswagen no negócio. SGL Carbon subiu 1,2%, depois de a BMW comprar uma fatia de 15,2% na companhia. Deutsche Boerse avançou 2,8% após enviar, junto com a Nyse, uma proposta à Comissão Europeia sugerindo a venda de ativos ante as preocupações antitrustes do órgão sobre a planejada fusão das duas companhias.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em queda de 0,44%, em 2.997,01 pontos. Na semana, esse índice ficou em queda de 4,84%. Os bancos estiveram entre os principais perdedores, com Société Générale (-1,7%), BNP Paribas (-1,5%) e Crédit Agricole (-1,2%). Électricité de France (EDF) subiu 0,9%, após o diretor financeiro Thomas Piquemal dizer que a companhia renegociará uma proposta para tomar o controle da italiana Edison, se a reguladora do mercado italiano Consob forçar um preço mais alto. Alstom recuou 1,4%, após a Moody's colocar o rating da empresa em revisão para possível rebaixamento.

Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 1,11%, chegando aos 5.362,94 pontos, e na semana teve recuo de 3,29%.

Na contramão, o FTSE MIB, da Bolsa de Milão, fechou em alta de 0,23%, em 15.232,56 pontos, e na semana teve recuo de 3,46%. Um operador do mercado atribuiu a alta de hoje ao discurso do novo primeiro-ministro, Mario Monti, e à compra de bônus do país pelo Banco Central Europeu (BCE). Banca Popolare di Milano fechou em queda de 7%, enquanto Intesa Sanpaolo subiu 2,4%.

As ações da fabricante de produtos químicos Kemira Oyj recuaram mais de 13% em Helsinque. A companhia reduziu sua previsão para o ano, citando a demanda ruim e os preços mais altos de matérias-primas. As mineradoras também estiveram sob pressão, com as ações da BHP Billiton recuando 1,9% e Rio Tinto perdendo 1,4% em Londres.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex 35 teve alta de 0,48%, para 8.310,10 pontos. Na semana, o índice da bolsa espanhola ficou em -2,88%. O avanço no dia foi impulsionado pela notícia de que o BCE comprou bônus do país. O spread entre os bônus de 10 anos da Espanha e os similares alemães superou 500 pontos-base nesta manhã pela primeira vez desde 1997.

"O foco no fim de semana será no resultado da eleição geral na Espanha no domingo. Mesmo que a centro-direita deve ser vitoriosa, possivelmente com vantagem, temos dúvidas de que isso restaurará a necessária estabilidade dos mercados espanhóis", disse Chris Scicluna, economista da Daiwa Capital Markets.

Em Portugal, o índice PSI 20 ficou praticamente estável, fechando em alta de 0,03%, em 5.442,08 pontos, e na semana teve recuo de 2,52%. As informações são da Dow Jones.

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