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A agência europeia de polícia, Europol, anunciou nesta quarta-feira (5) que desmontou uma das maiores plataformas de "hackers" do mundo, que vendeu milhões de nomes de usuários de contas roubadas.

A operação teve como alvo a plataforma Genesis Market e resultou em 119 prisões, em uma ação coordenada com mais de 17 países, disse a Europol em um comunicado.

Ao todo, 208 propriedades foram invadidas durante esta operação realizada pelo FBI e pela polícia holandesa desde 2019.

Foram registradas 24 prisões no Reino Unido, informou a agência britânica de combate ao crime, e na Holanda, 17, segundo as autoridades policiais holandesas.

A "Genesis Market colocou à venda a identidade de mais de dois milhões de pessoas até o momento de seu fechamento", disse o escritório da agência europeia de polícia.

A plataforma também propunha a venda de "bots" que infectavam os dispositivos das vítimas por meio de softwares maliciosos ou outros métodos.

Também foram realizadas operações na Austrália, Canadá, Estados Unidos e mais 10 países europeus.

"Perturbamos seriamente o ecossistema do cibercrime, removendo um de seus principais catalisadores", disse Edvardas Sileris, que dirige o Centro Europeu de Luta contra o Cibercrime, citado no comunicado.

Uma importante operação da Europol, da qual agentes de mais de vinte países participaram, tornou possível identificar mais de 240 crianças vítimas de abuso sexual desde 2014 em todo o mundo, informou a agência de polícia criminal europeia nesta sexta-feira (26).

É a primeira vez que a Europol publica os números obtidos pelo grupo de investigação anual sobre a identidade das vítimas de abuso sexual. Nesta sexta-feira foi concluída a quinta operação deste grupo, que durou duas semanas.

Depois dessas investigações, a agência europeia "conseguiu identificar e salvar 241 vítimas no mundo" durante os últimos quatro anos, disse Fernando Ruiz, diretor do centro de cibercrime da Europol. "Noventa e quatro suspeitos foram perseguidos judicialmente em 28 países", afirmou Ruiz à AFP.

Este ano, 27 agentes de 21 nacionalidades diferentes participaram das investigações, incluindo agentes dos Estados Unidos e da Austrália. A AFP teve acesso ao coração do Centro Europeu de Luta contra o Cibercrime (EC3), no qual agentes analisam milhões de imagens de vídeo para encontrar evidências de abuso sexual.

Em seguida, eles alertam os países em que as vítimas e os agressores foram identificados. A Europol igualmente elogiou os esforços do público no sentido de fornecer informações sobre suspeitos e vítimas de abuso sexual através do website "Stop Child Abuse", promovido no ano passado pelo organismo europeu de polícia criminal.

A Europol anunciou que o cibercriminoso acusado de se infiltrar em mais de 100 instituições financeiras de 40 países e roubar US$ 1,2 bilhão de caixas eletrônicos foi preso em Alicante, na Espanha. O suspeito foi capturado pela polícia federal espanhola em uma cooperação internacional que uniu as autoridades da Romênia, Taiwan e Rússia, além do FBI, dos EUA.

Segundo a Europol, a gangue liderada pelo suspeito tem tentado atacar bancos, sistemas de pagamento eletrônico e instituições financeiras desde 2013. Para isso, o grupo criou dois malwares, conhecidos como Carbanak e Cobalt. A cada investida, os criminosos conseguiam roubar até 10 milhões de euros.

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Em todos esses ataques, um modus operandi similar foi usado. Os criminosos enviavam e-mails com vírus para os funcionários dos bancos fingindo ser de empresas legítimas. Uma vez baixado, o software malicioso permitia que os hackers controlassem remotamente as máquinas das vítimas, infectando os servidores que gerenciavam os caixas eletrônicos.

Os caixas eletrônicos eram então instruídos a sacar dinheiro em um tempo pré-determinado pelos cibercriminosos. Em um horário marcado, as quantias eram arrecadadas pelos grupos da quadrilha. Em seguida, eles usavam criptomoedas para lavar os valores roubados. O nome do líder do bando, porém, não foi divulgado pela polícia.

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A belga Catherine De Bolle se tornará em 1º de maio a primeira mulher a dirigir a agência europeia de luta contra o crime - a Europol - depois de sua nomeação, nesta quinta-feira (8), pelo Conselho da União Europeia (UE).

Sua nomeação formal durante uma reunião dos ministros do Interior em Bruxelas, que coincide com o Dia Internacional da Mulher, foi celebrada por vários responsáveis, como o comissário europeu de Assuntos do Interior, Dimitris Avramopoulos, que destacou sua "experiência".

De Bolle, atualmente à frente da Polícia Federal belga, substituirá na Direção Executiva da Europol o britânico Rob Wainwright por um período de quatro anos, após ser selecionada em dezembro entre uma lista de candidatos e contar, inclusive, com o aval do Parlamento Europeu.

Em um vídeo publicado pelo Conselho da União Europeia no Twitter, a comissária belga reconhece que, ao chegar ao comando da Polícia deste reino europeu, pensou ter quebrado "o teto de vidro". "Mas não era verdade", acrescentou.

"Muitas vezes acontece de vermos mulheres jovens tomando decisões por suas famílias e não por suas carreiras. Devem encontrar o equilíbrio, e temos que ajudá-las a encontrar o equilíbrio", apontou De Bolle, que destacou o papel das mulheres à frente das organizações.

Militantes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) estão desenvolvendo sua própria plataforma de mídia social para evitar repressões à segurança em suas comunicações e propaganda. A iniciativa online foi descoberta durante uma operação contra o extremismo na internet, realizada na semana passada, segundo o serviço europeu de polícia Europol.

Como o EI continua a usar a mídias sociais para recrutar membros e inspirar ataques, empresas de internet, como o Facebook e Google, estão sob pressão constante na Europa e nos EUA para combater o material extremista e dificultar que grupos terroristas se comuniquem através de serviços criptografados.

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No entanto, a Europol disse que o EI está criando seu próprio serviço, respondendo à pressão das agências de inteligência, das forças policiais e do setor de tecnologia. Esta seria uma maneira de despistar órgãos do governo que procuram por terroristas, e ainda garantir que seus integrantes possam se comunicar, distribuir propagandas e recrutar novos membros.

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Organizações criminosas obtiveram cerca de 6 bilhões de euros (US$ 7 bilhões) traficando imigrantes para a Europa no ano passado, afirmou Rob Wainwright, chefe da agência de polícia da Europa, a Europol. Segundo Wainwright, 90% dos imigrantes que chegaram ao continente usaram serviços de traficantes.

O aumento no número de imigrantes para a Europa no ano passado gerou um maior envolvimento de redes criminosas em imigração ilegal, o que fez desse o setor criminoso com o crescimento mais rápido. "Estamos muito preocupados com as possíveis conexões entre organizações terroristas e redes de traficantes", disse Wainwright em uma audiência no Parlamento da Itália.

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No ano passado, mais de um milhão de pessoas chegaram à Europa, a maioria saída da Síria e da Líbia. Mais de 184 mil imigrantes alcançaram o continente neste ano, principalmente por meio da Grécia e da Itália, de acordo com a agência de refugiados das Nações Unidas, embora um acordo da União Europeia com a Turquia tenha limitado o número de chegadas pela rota Turquia-Grécia.

Como resultado do acordo, as chegadas à Grécia diminuíram, mas muitos imigrantes e refugiados ainda estão fazendo a rota mais perigosa da Líbia para a Itália.

Em fevereiro, a Europol lançou o centro europeu contra o tráfico de imigrantes, "para reforçar nossa capacidade de agir nesse setor", afirmou Wainwright.

Ele acrescentou que a Europol tem desenvolvido uma base de dados com informações relacionadas a cerca de 40 mil pessoas que estão envolvidas em tráfico de imigrantes e que oficiais da agência foram enviados para centros de imigração na Itália e na Grécia para "cooperar com as autoridades nacionais". Fonte: Dow Jones Newswires.

Mais de dez mil crianças migrantes não acompanhadas desapareceram na Europa nos últimos 18 e 24 meses, informa a agência policial Europol, acrescentando que muitas delas devem estar sendo exploradas, principalmente de forma sexual, pelo crime organizado. Esses números, revelados pelo jornal britânico The Observer, foram confirmados neste domingo (31) pela AFP com a assessoria de imprensa da Europol.

Segundo Brian Donald, da Europol, citado pelo The Observer, esse número diz respeito a crianças cujos rastros foram perdidos depois de serem registradas junto às autoridades europeias. Cerca de metade entre elas desapareceu na Itália.

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"Não é fora de razão estimar que estamos falando de um total de mais de 10.000 crianças", explica Donald. "Mas nem todas estariam sendo exploradas para fins criminosos, há algumas que se juntaram a seus familiares. É só que não sabemos onde estão, o que fazem e com quem".

Um porta-voz da Europol informou à AFP que o número foi obtido nomeadamente com base nas informações fornecidas pelos países europeus ou disponíveis publicamente como, por exemplo, na internet. Cerca de um milhão de migrantes chegaram à Europa em 2015 como parte da pior crise migratória que atinge a Europa desde a Segunda Guerra Mundial, estima Europol, citada pelo Observer.

Cerca de 27% deles são crianças. "Nem todos os menores de idade estão desacompanhadas, mas temos provas de que uma grande parte deles poderia estar sozinhos", afirma Donald. Ele garante que uma "infra-estrutura criminosa" pan-europeia visa os migrantes para diversos fins. Na Alemanha e na Hungria, em particular, um grande número de criminosos foram detidos por explorarem os migrantes.

"Um infraestrutura inteira tem se desenvolvido ao longo dos últimos 18 meses, a fim de explorar o fluxo de migrantes", afirma este agente da Europol. "Há na Alemanha e na Hungria prisões nas quais a grande maioria dos residentes foram colocados em razão de atividades criminosas relacionadas com a crise migratória".

Grupos criminosos que se dedicam ao tráfico de seres Humanos são agora ativos também nas redes de imigração ilegal para explorar os migrantes, ressalta Donald, que lembra a escravidão ou as atividades ligadas ao comércio do sexo. Organizações que trabalham na "Rota dos Balcãs" indicaram à Europol que veem a exploração de crianças migrantes como um "grande problema", segundo a mesma fonte. O governo britânico havia anunciado na quinta-feira que iria acolher as crianças refugiadas que foram separadas de suas famílias pelo conflito na Síria e em outros países.

Uma ampla investigação sobre manipulação de resultados identificou mais de 380 partidas suspeitas, incluindo jogos válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo e da Eurocopa, além de dois duelos da Liga dos Campeões da Europa. As evidências encontradas apontam que um grupo criminoso de Cingapura está intimamente envolvido com a manipulação.

"Este é um dia triste para o futebol europeu", disse, nesta segunda-feira, Rob Wainwright, diretor da organização policial da União Europeia, a Europol. Ele afirmou que a investigação descobriu "atividades de manipulação de resultados em uma escala que não vimos antes"

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A investigação apontou lucros de 8 milhões de euros nas apostas e pagamentos de 2 milhões de euros em subornos a jogadores e árbitros, o que já levou a vários processos. Wainwright disse que o envolvimento do crime organizado "destaca um grande problema para a integridade do futebol na Europa".

Ele afirmou que uma rede criminosa baseada em Cingapura estava envolvida na manipulação de resultados e gastou até 100 mil euros por partida para subornar jogadores e árbitros.

Ainda não está claro quantos dos jogos mencionados nesta segunda foram revelados em escândalos anteriores de manipulação de resultados em países como Alemanha e Itália.

Wainwright e outros envolvidos nas investigações se recusaram a identificar qualquer um dos suspeitos, jogadores ou partidas envolvidos, citando que as investigações ainda estão em curso.

Ele disse que enquanto muitas partidas manipuladas já eram conhecidas, a investigação da Europol comprovou o envolvimento generalizado do crime organizado no esquema fraudulento. "Esta é a primeira vez que estabelecemos provas substanciais de que crime organizado já está operando no mundo do futebol", afirmou.

Wainwright ressaltou que agora há um "esforço concentrado" em todo o mundo do futebol para combater a corrupção.

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