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O atacante Gabigol, do Flamengo, foi denunciado, nesta quinta-feira, pela Procuradoria da Justiça Desportiva Antidopagem por tentativa de fraudar um exame de controle de doping, no Centro de Treinamento do Flamengo, no Ninho do Urubu, no Rio, em 8 de abril. A informação é do GE.

Gabigol teria dificultado a realização do exame, ao prejudicar o trabalho dos oficiais responsáveis pela coleta, os desrespeitando e não seguindo os procedimentos adequados desde o início às 8h40. Os demais jogadores do elenco do Flamengo, segundo relatos adicionados à denúncia, se submeteram ao exame antes do treino das dez horas.

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O que diz o atleta?

Em nota oficial, a assesoria de Gabriel Barbosa confirmou que o exame foi realizado. "O resultado apurado já deu negativo. Diante de tal informação, não há nada que possa ferir ou infringir as normas protocolares", alega o documento assinado por "Staff Gabigol e Família".

O que pode acontecer?

Gabigol, de 27 anos, poderá ser punido com suspensão de até quatro anos. O jogador vai a julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) por infração ao artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que se refere a "fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle". A data ainda não está definida.

Exame

A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) realiza o 'doping surpresa' sem aviso prévio nos centros de treinamentos dos clubes. Gabigol recebeu a primeira notificação sobre a tentativa de fraude em 30 de maio. A defesa do jogador está sendo feita por Rodrigo Dunshee, vice geral e jurídico do Flamengo.

Da Redação, com Agência Estado

O ciclista britânico Chris Froome testou positivo em um controle antidoping realizado durante a Volta da Espanha, em exame realizado no dia 7 de setembro, informou a União Ciclística Internacional (UCI) nesta quarta-feira (13).

Segundo a nota, também a contraprova deu positivo. A equipe do multicampeão britânico, Sky, informou que a substância salbutamol (ou albuterol), muito usada em remédios contra problemas no pulmão e asma, foi encontrada.

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A substância é permitida pela Agência Mundial Antidoping (Wada) se usada em baixas dosagens. Até por conta disso, a Sky está baseando sua defesa no fato de Froom sofrer com asma - e isso ser notoriamente público. Segundo a equipe, "no passar da última semana da Volta, ele sofreu ataques de asma e, de acordo com os médicos da equipe, a dosagem foi aumentada".

"Todos sabem que sofro de asma e sei exatamente as regras. Uso um inalador para controlar os sintomas, sempre nos limites permitidos. E sabia que passaria pelo teste todos os dias porque usava a camisa do líder da prova", disse Froome em nota divulgada à imprensa. O ciclista ainda destacou que "fornecerá todas as informações que forem solicitadas".

Por conta da natureza da substância, a UCI pediu mais esclarecimentos ao atleta e à equipe, mas não apresentou nenhuma punição a Froome. Em termos técnicos, segundo a Sky, o uso do salbutamol "é permitido se inalado até um máximo de 1.600 microgramas por um período de 24 horas e não mais de 800mcg por 12 horas.

"Froome foi avisado pela UCI que havia uma concentração de salbutamol, no dia 7 de setembro, em um nível que impõe o fornecimento de informações adicionais para confirmar sobre a inalação não mais do que a dose permitida. A análise indicava a concentração de 2 mil nanogramas por mililitro, em relação ao limite da Wada de 1 mil ng/ml. Nenhum dos outros 20 testes de urina feitos por Chris pediram informações adicionais", explicou a Sky.

A detecção do salbutamol ocorreu na 18ª etapa da Volta da Espanha, que foi vencida por Froome neste ano. Pouco antes, ele tinha conquistado seu quarto título do Tour de France, consagrando uma carreira repleta de vitórias.

As duas vitórias quebraram um recorde que não acontecia desde 1978, quando um mesmo atleta venceu duas das mais importantes provas do ciclismo mundial no mesmo ano.

Da Ansa

A dois dias do segundo jogo da final da Copa Sul-Americana, o treino do Flamengo precisou começar atrasado no Ninho do Urubu. Os jogadores do elenco comandado por Reinaldo Rueda passaram por exames antidoping surpresa, que foram realizados por membros da Conmebol, na manhã desta segunda-feira.

O procedimento de coleta das amostras pelos funcionários da Conmebol envolveu apenas jogadores que terão condições de atuar na próxima quarta-feira. Assim, atletas que estão lesionados, como o atacante Berrío e o goleiro Diego Alves, não precisaram fazer os testes.

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A realização dos exames antidoping surpresa não é uma surpresa, tanto que a Conmebol já havia adotado esse procedimento na decisão da Copa Libertadores, testando os jogadores de Grêmio e Lanús.

Curiosamente, porém, a avaliação se dá menos de uma semana após a Fifa suspender o atacante Paolo Guerrero, do Flamengo, por um ano em função de um resultado positivo para a substância benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em um teste realizado após partida entre Argentina e Peru pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018.

Derrotado pelo Independiente por 2 a 1 no jogo de ida da decisão da Sul-Americana, o Flamengo precisa de um triunfo por dois gols de diferença na próxima quarta, no Maracanã, para conquistar o título do torneio continental.

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O espanhol Gervasio Deferr, o canadense Ross Rebagliati e o estadunidense Gary Hall Jr e o brasileiro Giba. O que eles têm em comum? São desportistas consagrados, medalhistas olímpicos e já foram pegos no exame antidoping com maconha. O nadador norte-americano Michael Phelps - maior nome da história das Olimpíadas por ter conquistado 22 medalhas (18 de ouro) - foi suspenso por três meses por ter sido flagrado em uma foto fumando a droga. Sequer foi pego em um exame antidoping.

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A proibição da substância, adotada pela Agência Mundial Antidoping (Wada), divide o posicionamento dos esportistas. O Sindicato Internacional dos Jogadores (Fifpro), por exemplo, luta desde 2009 pela exclusão da maconha da lista de substâncias consideradas doping. Muitos atletas de várias modalidades esportivas, no entanto, já se posicionaram publicamente a favor do teste para canabinóides, alegando que esportistas servem também de exemplo para a sociedade, e não devem consumir substâncias ilegais.

O Portal LeiaJá conversou com o fisiologista do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Manoel Costa, o jurista e ex-presidente do STJD do Atletismo brasileiro, Alberto Puga, a diretora executiva da Aborda (Associação Brasileira de Redução de Danos) e a representante do Coletivo Antiproibicionista de Pernambuco, Ingrid Farias. Tudo para entender o posicionamento e responder às questões: maconha deve ser considerada doping? A droga realmente beneficia - ou atrapalha - o desenvolvimento dos desportistas nas atividades físicas?

Proibição tolerante

O uso de maconha para competidores tem um padrão definido pela Wada. Em 2013, a agência aumentou a tolerância em relação à substância: saiu de 12 para 150 nanogramas por mililitro de urina. O uso recreativo da droga - em períodos de treinamento ou fora de competição -, por exemplo, não é tido como doping. O ex-presidente do STJD, Alberto Puga, explica que a medida segue a convenção internacional que envolve quase todos os países da ONU/Unesco, da qual o Brasil é signatário. “O atleta não pode consumir canabinóides, quebrando a isonomia, pois todos os competidores têm que estar ‘limpos’, ou seja, em condição de igualdade”, afirma o jurista.

Desde 2009, o sindicato mundial dos jogadores (Fifpro), que tem sede na Holanda (país em que a droga é legalizada), luta para tirar a substância da lista de dopantes. Ex-atleta do Náutico, o meia-atacante Rhayner afirmou em entrevista ao jornal Correio que usava maconha (e também cocaína) apenas no período de treinamento ou em recuperação de lesão. Os testes são feitos somente entre os relacionados para partidas oficiais. O jogador ainda afirmou ter usado a droga de uma a duas vezes por semana quando jogou pelo Bahia, em 2014.

No surf, a regra é ainda mais tolerante. O surfista só é punido na terceira vez em que é flagrado com maconha na urina. Nas duas primeiras, o atleta é advertido e passa por um programa de reabilitação. No esporte associado a um estilo de vida mais relaxado, investe-se em campanha social para drogas recreativas: maconha e cocaína.

Uso comum entre atletas diverge opiniões

Alguns dos atletas se mostram a favor da substância no antidoping para profissionalizar o esporte, como o brasileiro Gabriel Medina, campeão mundial de surfe. Já o estadunidense Kelly Slater, que venceu 11 vezes o WCT, não vê motivo para punição, já que não enxerga benefício na performance dos usuários. Quem compartilha da mesma postura do norte-americano é a lutadora Ronda Rousey, única campeão do Peso Galo do UFC. Não são poucos os casos de esportistas flagrados no antidoping com canabinóides na urina. Atletas de diferentes esportes continuam sendo pegos no exame, apesar da tolerância. 

Dentre os vários objetivos, a Associação Brasileira de Redução de Danos (Aborda) é formado por um conjunto de políticas públicas que busca enfrentar problemas relacionados às drogas. Diretora-executiva da Aborda, Ingrid Farias comentou: "O esporte também tem uma função social, porque é uma saída para quem é viciado nas drogas. Sabemos que o uso de maconha entre atletas é até recorrente. Nós conhecemos vários casos, não só de maconha, mas de cocaína, por exemplo, no meio do futebol".

Efeitos: tárgica, analgésica e ansiolítica

O fisiologista Manoel Costa comenta que o uso da droga é prejudicial à atividade física, principalmente se for utilizada em fumo. “Dependendo da modalidade, a maconha pode sim influenciar. Mas na maioria das vezes só atrapalha. A maconha é tárgica, ou seja, deixa a pessoa mais lenta. Além de que muitos a fumam e qualquer fumaça é prejudicial porque atrapalha a troca dos gases, acelera o batimento cardíaco e dificulta a respiração”, explica. O especialista, entretanto, conta que alguns usam para diminuir as dores – em processos medicinais - ou para diminuir a ansiedade.

>> Wanderlei Silva reprova avaliação de doping pelo UFC

>> Nick Diaz pega suspensão de 5 anos por uso de maconha

Manoel Costa faz parte da delegação do CPB em Paralimpíadas e relembrou o caso de um paratleta cortado dos Jogos de Sidney e Atlanta no antidoping por uso de maconha. A medicação era feita para suprimir dores regulares, mas ainda assim o suspensão permaneceu e o paratleta não entrou na disputa. Ainda que medicinal, a utilização é ilegal até para competições em países que descriminalizaram a substância, como Holanda, Uruguai, Canadá e quatro Estados norte-americanos (Washington, Alasca, Colorado e Oregon).

Reflexo social

A proibição da droga em competições é por questão social, de acordo com o fisiologista Manoel Costa. “A Wada não quer liberar a maconha competitivamente para não ter atletas que usem drogas e se tornem ícones ou referência de uma forma negativa. Existe uma droga que é proibida na Austrália e liberada pela Wada. Atletas australianos estavam usando e foi um exemplo ruim para a sociedade. Então, por exemplo, em vários países como Uruguai e Holanda, a maconha é permitida, mas não no uso esportivo, porque a agência mundial proíbe e os atletas que usam, até como produtos medicinais, precisam se ausentar de competições”, analisa.

Ou seja, a proibição da Wada em relação à maconha faz com que a droga se mantenha ilícita entre desportistas por uma questão de representação social. Entretanto, a grande tolerância serve como uma maquiagem sobre o uso da droga por ícones, campeões olímpicos e mundiais, atletas vistos como referência principalmente por crianças e jovens. O que, por outro lado, assegura a postura proibicionista em relação à droga e mantém o que Ingrid Farias denomina como 'estereótipos de violência e vulnerabilidade pela ausência de conscientização sobre a droga'.

O LeiaJá foi às ruas perguntar às pessoas se elas acham que a maconha deve ser considerada doping. Confira as respostas:

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O halterofilista Bruno Carra é suspenso após o exame antidoping dar positivo para a substância hidroclorotiazida. Medalhista de prata no Parapan de Guadalajara, o paratleta aguardará julgamento do caso pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC).

O exame foi realizado na Vila Olímpica no dia 24 de agosto. O resultado apontou a presença da substância proibida hidroclorotiazida no corpo do paratleta. Bruno, que sofre de nanismo, competiria nesta sexta-feira (31). Ele está suspenso e aguardará o posicionamento do IPC sobre o caso.

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A hidroclorotiazida

Hidroclorotiazida é um diurético presente em alguns medicamentos para controle de pressão alta. A substância faz parte da lista de restrições da Agência Mundial Antidoping, pois pode mascarar outras substâncias proibidas.

Os atletas Flávia Delaroli, Glauber Silva e Pamela Souza foram pegos nesta sexta-feira (22) no exame antidoping realizado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) durante o Troféu Maria Lenk, disputado no Rio de Janeiro, em abril deste ano.

“A gente vai fazer um painel na terça-feira, na sede da CBDA. Vamos receber os atletas e só depois disso é que vamos poder divulgar o resultado e a substância encontrada”, declarou a diretora-adjunta de doping da CBDA, Sandra Soldan.

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Os três atletas terão que se apresentar na terça-feira (26) na Confederação para se explicarem. Depois das explicações, as substâncias detectadas no exame serão divulgadas. Apenas Glauber Silva conquistou o índice, para disputar as Olimpíadas. O brasiliense conseguiu vaga nos 100m borboleta e fará companhia a Kaio Marcio em Londres na modalidade. Com o tempo de 52s24 (o índice é 52s33), ele garantiu o lugar de número 200 do Brasil na Olimpíada. Pamela Souza ganhou a medalha de ouro nos 200m peito nesta última edição do Troféu Maria Lenk. 

A veterana Flávia Delaroli, de 28 anos, tentou bater o índice olímpico nos 50m livre, mas não conseguiu. Ela, que já competiu em duas Olimpíadas (Atenas-2004 e Pequim-2008), tentou se classificar para Londres no Troféu Maria Lenk, em abril, mas completou a prova em 25s69 e ficou acima do tempo ideal (25s20).

A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) anunciou nesta quinta-feira (22) que haverá controle de dopagem em dois jogos deste fim de semana. Após as partidas Náutico x Sport e Santa Cruz x Araripina os jogadores das quatro equipes serão submetidos a exames para a comprovação do uso de medicamentos. Caso um jogador seja pego, o seu time perde os pontos conquistados na rodada.

A entidade do Estadual divulgou a informação através da sua conta no microblog twitter. Segundo a publicação, a solicitação dos exames partiu das equipes do Náutico e Santa Cruz. “A Comissão de Controle de Dopagem da FPF/CBF, a pedido dos clubes tricolor e alvirrubro, realizará exames antidoping nos quatro times”, escreveu.

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O duelo entre Santa e Araripina acontece no sábado (24), às 19h, no Arruda. O Clássico dos Clássicos será realizado no domingo (25), às 16h, nos Aflitos. Os confrontos serão válidos pela 18ª rodada do Campeonato Pernambucano 2012.

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