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Nesta sexta-feira (9), o governo de São Paulo anunciou que o estado vai retornar à fase vermelha do plano de contingência contra o coronavírus. Desde 15 de março, todo o estado paulista estava na fase emergencial e mais restritiva. A princípio, a medida seria válida até o final de março, mas os novos casos e mortes por Covid-19 obrigaram a administração pública a estender a restrição até o próximo domingo (11).

Tanto a rede pública, quanto a rede privada de ensino estão permitidas a terem aulas presenciais nas escolas, mediante a decisão da Prefeitura de cada cidade. Os locais poderão funcionar desde que não seja ultrapassado os 35% da capacidade do ambiente. O Campeonato Paulista também está autorizado a retornar às atividades, desde que jogadores, comissão técnica e equipe de arbitragem sejam submetidos aos testes de RT-PCR.

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Outras determinações ainda permanecem em vigor nesta fase vermelha, como a proibição de reuniões religiosas presenciais nas igrejas e templos. Ainda é recomendado pelo governo estadual o sistema de trabalho home office e o toque de recolher, feito por uma integração entre vigilâncias sanitárias, Polícia Militar e Procon, das 20h até às 5h.

Apesar da mudança no plano de contingência, a taxa de ocupação dos leitos de UTI continua em alta, mais de 88%. Ao todo, desde o início da pandemia, cerca de 2,6 milhões de pessoas foram infectadas com a Covid-19; 2,2 milhões já estão recuperados. Na última terça-feira (6), o estado paulista bateu recorde de mortes diárias: quase 1,4 mil óbitos. O total de mortes já ultrapassa os 80 mil.

A proibição a celebrações religiosas em São Paulo durante a fase mais restritiva do plano de combate ao coronavírus foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). O Partido Social Democrático (PSD) entrou com uma ação contra o decreto do governador João Doria (PSDB) que, no pacote de medidas para enfrentamento da pandemia, proibiu os templos de abrirem as portas para atividades coletivas. O processo foi distribuído ao ministro Gilmar Mendes.

Na ação, a legenda argumenta que, ao estabelecer restrições totais às celebrações, a gestão Doria atribuiu valores distintos a direitos equivalentes: o direito coletivo à saúde e o direito à liberdade religiosa e de culto. Para o PSD, além de inconstitucional, a medida é 'desproporcional' e 'desnecessária'.

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"Ainda que se considere uma mera restrição à liberdade religiosa em face do direito coletivo à saúde, proibir totalmente as atividades religiosas coletivas é medida manifestamente desproporcional, pois, à toda evidência, embora pareça ser uma medida adequada, é flagrantemente desnecessária e desproporcional, em sentido estrito", argumenta o partido.

O pedido levado ao Supremo é para a derrubada do trecho do decreto que dispõe sobre as atividades religiosas ou, em um 'plano B', que o governo estabeleça limitações alternativas e menos restritivas às celebrações em ambientes fechados. Por enquanto, os templos só podem receber fieis individualmente.

Além do PSD, o Conselho Nacional de Pastores do Brasil também entrou com uma ação semelhante. O decreto em questão foi anunciado no último dia 11, quando Doria determinou a 'fase emergencial' no Estado até o final do mês. A nova classificação prevê restrições a 14 atividades, incluindo o funcionamento presencial de lojas de construção e de eletrônicos, atividades esportivas e o oferecimento de serviços de retirada de compras (os chamados 'take away').

A medida obedeceu orientação do Centro de Contingência e foi tomada depois que o Ministério Público de São Paulo emitiu recomendação para excluir as igrejas do rol de atividades essenciais.

Começaram a valer a partir desta sexta-feira (19) as novas medidas restritivas adotadas pelo governo de Alagoas para conter o ritmo de contaminação do novo coronavírus (Covid-19) no estado. O novo decreto traz todo o estado de volta à Fase Vermelha do Plano de Distanciamento Social Controlado. Com as novas regras, bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres só poderão funcionar na modalidade delivery e “pegue & leve”. Também há a determinação da restrição de circulação de pessoas no período de 21h as 5h. As medidas serão adotadas até o dia 30 de março e valem para todo o estado.

Pelo decreto, publicado na terça-feira (16) pelo governador Renan Filho, lojas comerciais localizadas no bairro do Centro funcionarão das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira, “vedado o funcionamento no sábado, domingo e segunda-feira”. Lojas de rua e galerias funcionarão das 10h às 18h, de segunda a sexta-feira, vedado o funcionamento no sábado, domingo e segunda-feira. Shopping Centers funcionarão das 11h às 20h, proibido aos sábados, domingos e terças-feiras.

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Os estabelecimentos como bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres que funcionem no interior de hotéis, pousadas e similares poderão abrir, desde que o atendimento seja feito exclusivamente aos hóspedes.

Já as academias, clubes e centros de ginásticas poderão funcionar com 30% de sua capacidade, somente de segunda a sexta-feira, e sob agendamento de horário, sendo vedada a entrada de pessoas acima de 60 anos e que possuam comorbidades.

Barbearias e salões de beleza ficam autorizadas a funcionar com 50% de sua capacidade e agendamento de horário, vedado o atendimento aos sábados e domingos. Não poderá haver filas no local.

O governo também adotou medidas restritivas relacionadas a espaços como praias, rios e orlas. Pelo decreto, fica proibido o acesso a esses locais, inclusive os calçadões para qualquer tipo de atividade, aos sábados e domingos.

O transporte turístico fica suspenso e transporte intermunicipal de passageiros deverá circular com 30% da sua capacidade.

As Centrais Já, do governo do estado seguirão o horário de funcionamento previsto no decreto. As unidades localizadas dentro de shoppings terão o funcionamento suspenso nos dias de terça-feira. Outras centrais seguirão o expediente estabelecido para o comércio e não irão ter atendimento ao público nas segundas-feiras.

O atendimento ao público será realizado mediante agendamento prévio, que deve ser efetuado pelo site. É obrigatório seguir os protocolos estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde,  como uso obrigatório de máscara, higienização das mãos e manutenção do distanciamento social.

A prefeitura de São José dos Campos, no interior paulista, recorreu à Justiça e conseguiu se manter na fase laranja do Plano São Paulo, no lugar de ir para a fase vermelha, conforme determinação do governo do estado.

O desembargador Jeferson Moreira de Carvalho atendeu a argumentação da prefeitura de que a ocupação de leitos para Covid-19 no município ainda não supera 75%, o que permite que a cidade se mantenha na fase 2 ou fase laranja.

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Nas redes sociais, o prefeito Felício Ramuth disse que um novo decreto, agora com as regras para a fase laranja, será publicado. “A decisão do Tribunal de Justiça poderia até nos levar à fase amarela, mas, por cuidado, vamos permanecer na fase laranja”, falou ele.

O governo de São Paulo determinou que todas as 645 cidades do estado devem ir, a partir de hoje (6), para a fase 1 ou fase vermelha do Plano São Paulo, onde somente serviços considerados essenciais podem funcionar. A medida vale até o dia 19 de março e foi tomada por causa do aumento do número de pacientes internados.

Procurado pela Agência Brasil, o governo de São Paulo ainda não informou se vai recorrer da decisão.

Outros prefeitos

A decisão favorável a São José dos Campos abre caminho para que outros prefeitos entrem na Justiça. Por meio das redes sociais, o prefeito de Taubaté, José Saud, disse que também vai tentar colocar a cidade na fase laranja.

“São José dos Campos conseguiu um mandado de segurança e volta para a fase laranja. Iremos atrás deles, não tenha dúvida. Só temos que acertar agora o número de leitos porque lá está com menos que aqui. Amanhã e depois, nós acertamos esses leitos, criamos mais e, na segunda-feira, entramos com esse mandado de segurança o mais rápido possível, para voltarmos para a fase laranja", disse.

Em Franca, o prefeito Alexandre Ferreira declarou, por meio das redes sociais, que também vai buscar na Justiça o direito de manter atividades abertas. “Nós reconhecemos a gravidade da covid-19. Tanto que as medidas mais firmes no enfrentamento da pandemia foram tomadas nesses dois meses de início de governo. E não vamos afrouxar nisso. No entanto, não posso concordar com o rebaixamento de Franca para a fase vermelha. Até porque nós temos índices suficientes para permanecer na fase laranja”, disse ele.

Outro que também acionou a justiça é o prefeito de Cruzeiro, Thales Gabriel. Segundo ele, a decisão foi indeferida na primeira instância, mas a prefeitura já está recorrendo da decisão para tentar manter a cidade na fase laranja.

Entenda

O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

O plano divide o estado em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase, dependendo de fatores como capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.

Na etapa laranja, o funcionamento dos serviços não essenciais é limitado a até oito horas diárias, com atendimento presencial máximo de 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido nessa fase.

A determinação do fechamento do comércio com a migração do Estado de São Paulo para a fase vermelha de restrições para conter o contágio pela Covid-19 preocupa associações de lojistas, que temem uma nova onda de demissões daqui para frente.

A perda de faturamento também deve reabrir discussões com os donos dos pontos comerciais para flexibilizar as cobranças de aluguéis enquanto as portas dos estabelecimentos estiverem fechadas - assim como ocorreu no ano passado, com a chegada da pandemia.

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A fase vermelha em São Paulo afeta em cheio o setor de shoppings centers, já que o Estado concentra 182 unidades, o equivalente a um terço do mercado nacional. "É muito dolorido para as empresas. Não sei como vamos superar. Agora vão vir mais demissões", comenta o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos) e dono da rede de moda TNG, Tito Bessa Júnior.

Ele afirma que a nova quarentena deixou o setor perplexo, pois os lojistas não esperavam que o governo adotasse novamente medidas tão duras. "Ninguém esperava mais um lockdown nessa proporção. Não acredito que seja a medida mais efetiva."

Em vez disso, a expectativa era de que fossem adotadas outras iniciativas discutidas desde o começo da pandemia, como a criação de novos leitos em hospitais de campanha, o avanço na testagem em massa para a doença e a aceleração da vacinação, relata.

Bessa Júnior acrescenta que as empresas tendem a ficar inadimplentes, especialmente aquelas cujas vendas ainda não haviam se recuperado plenamente, casos dos setores de roupas, acessórios, cosméticos, entre outros.

Frente a isso, ele argumenta que não restam opções a não ser deixar de pagar certas despesas, como aluguéis. "Se mal dava para pagar o aluguel antes, agora que não dá mesmo. Isso vai ter que ser isentado. É mais um sacrifício que todos teremos que fazer."

Cobrança

A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) publicou um comunicado à imprensa afirmando que vê com "grande pesar" a migração do Estado de São Paulo para a fase vermelha. Além disso, cobrou o governo de João Doria (PSDB) para que adote outras medidas para combater a disseminação do coronavírus.

"O poder público deveria, desde o começo, voltar sua atenção em manter hospitais de campanha, aumentar a testagem, reforçar a oferta de transporte público, entre outras medidas, e o que estamos vendo é justamente o contrário", afirma o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.

Ele ainda classifica as próximas duas semanas de comércio fechado como "um desespero a mais para os lojistas, que estão vivendo dia após dia nesta incerteza". O temor, segundo ele, é de aceleração do desemprego, principalmente por parte de pequenos lojistas, que representam 70% do total dentro de um shopping.

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) informou, por meio de nota, que está discutindo os impactos que os fechamentos trarão aos donos dos centros de compras e também aos lojistas para, juntos, os dois lados pensarem nos próximos passos e medidas que podem ser adotadas. A entidade reforçou ainda que o setor irá cumprir todas as determinações do governo.

O Governo de São Paulo determinou, na última quarta-feira, 3, a volta de todo o Estado para a fase vermelha a partir do sábado, 6. Serão 14 dias de restrição, e somente os serviços essenciais como saúde, alimentação e segurança poderão funcionar.

As lojas de shoppings poderão funcionar somente de forma "drive thru", para compras feitas em apps e lojas online, mediante horários agendados e a organização de cada empreendimento. Supermercados dentro dos centros de compras também poderão funcionar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o agravamento da pandemia da covid-19, todas as regiões do Estado entrarão na fase vermelha do Plano São Paulo da zero hora deste sábado, 6, até 19 de março. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, 3, pelo governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. A classificação é a mais restritiva do plano de flexibilização da quarentena, pois veta a abertura de restaurantes, academias e outros estabelecimentos considerados não essenciais. As escolas seguirão abertas.

Em seu discurso, o governador paulista ressaltou ainda que, caso medidas não sejam tomadas, a tragédia pode ser "muito pior". "Isso é uma tragédia, é uma tragédia que pode ser ainda pior se não tomarmos medidas", destacou.

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Segundo ele, o Estado recebe um pedido de internação a cada dois minutos em hospitais públicos ou privados por causa da doença. "Esse é o termômetro da linha de frente, dessa tragédia que estamos vivendo", disse.

"Temos a tristeza de reconhecer a situação dificílima que estamos vivendo em São Paulo, e não é diferente do (restante do) País", acrescentou Doria ao destacar o aumento de óbitos, internações e casos do novo coronavírus. Na terça-feira, 2, o Brasil bateu o recorde de registros de mortes pela doença em um único dia. "As próximas duas semanas serão as duas piores da pandemia no Brasil", declarou.

Segundo Patricia Ellen, secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, a mudança de todo Estado para a fase vermelha passará a valer em 48 horas para que os estabelecimentos possam se planejar. "Para que todos consigam se organizar", justificou.

Até sábado, seguirá valendo a reclassificação anterior do Plano São Paulo, em que exclusivamente as regiões de Barretos, Araraquara/São Carlos, Bauru, Ribeirão Preto, Marília e Presidente Prudente estão na fase vermelha. As demais regiões têm classificações amarela ou laranja (na qual está a Grande São Paulo).

Além disso, o horário do "toque de restrição" teve o início adiantado das 23 horas para as 20 horas, estendendo-se até as 5 horas diariamente. A medida consiste especialmente em uma força-tarefa para evitar e autuar aglomerações, lançada na semana passada.

As escolas públicas e particulares seguirão abertas, com foco nos alunos mais vulneráveis, com deficiências, dificuldades de aprendizagem e crianças menores, cujo ensino remoto não tem efetividade. Todas podem continuar abertas com 35% de presença e a recomendação é a de que as famílias decidam se querem ou não enviar seus filhos. No entanto, as escolas particulares que não quiserem oferecer o presencial nessas duas semanas podem fechar.

Segundo o secretário de educação, Rossieli Soares, deve haver prioridade para crianças da educação infantil, de 4 e 5 anos, e dos primeiros anos do fundamental, que passam pela alfabetização. Mas alunos de qualquer idade podem frequentar as escolas, se tiverem necessidade, nesse período. "Quem tiver condições de fazer o ensino a distância, permaneça a distância nessas duas semanas", disse.

Segundo dados do governo estadual, São Paulo tem 2.068.616 casos e 60.381 óbitos por covid-19. Na terça-feira, 2, foram confirmadas 468 mortes causadas pela doença, o maior registro feito no Estado desde o início da pandemia.

A ocupação de UTI é de 75,3%, média que é 76,7% na Grande São Paulo. Em leitos de enfermaria, a taxa é de 56,8% em todo o Estado, enquanto é de 63,5% na região metropolitana da capital.

Ao todo, 7.415 pacientes estão hospitalizados com suspeita ou confirmação da doença em terapia intensiva, o que é 18,6% maior do que o pico do ano passado, que era de 6.250 internados. Além disso, 8.968 pessoas estão em leitos de enfermaria.

"Com essa velocidade, não existe outra alternativa que não seja o isolamento, a restrição do contato", destacou o coordenador executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo. Segundo ele, um dos possíveis motivos para o maior número de internados é que a média de idade reduziu, com pacientes mais jovens permanecendo por mais tempo nos hospitais. Outro fator que preocupa é a disseminação da variante da covid-19 identificada pela primeira vez no Amazonas.

"Essa segunda onda é diferente da primeira. Na primeira, nós tivemos as regiões aparecendo com surtos, fases mais intensas, mas eram transitórias. Passamos (por maiores crises) por todo o País, mas em momentos diferentes", comparou Gabbardo. "Mesmo aqui em São Paulo, começamos na região metropolitana. Depois, na metropolitana, reduziu, e tivemos um aumento no interior. Hoje, o que percebemos é que o País inteiro está entrando em uma situação de colapso (simultaneamente)."

Em parte do interior de São Paulo, a ocupação de UTI é ainda maior, chegando a até 100%. Como noticiou o Estadão, além da tentativa de abrir novas vagas, secretarias de saúde de municípios como Araraquara e Bauru transferem pacientes para evitar colapso de seus centros médicos. Na capital paulista, parte dos hospitais privados, como o Albert Einstein e o São Camilo, também estão com os leitos de terapia intensiva totalmente ocupados.

Além disso, o governador também anunciou a abertura de 500 novos leitos, dos quais 339 serão de UTI e 161 de enfermaria, em hospitais públicos, municipais, filantrópicos e Santas Casas. Segundo o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, o Estado tinha 3,5 mil leitos de UTI públicos antes da pandemia, número ampliado ao longo do último ano e que chegará a 7.839 vagas até 31 de março.

Escolas permanecerão abertas durante toda fase vermelha

Esta é a primeira vez, durante a pandemia, que São Paulo manterá as escolas abertas na fase vermelha, algo que teve como exemplo países europeus, como França, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca e Suécia, além de Cingapura. A visão de que a escola - desde que cumpra protocolos sanitários e de distanciamento social - não é um local de grande transmissão para a covid-19 foi se fortalecendo ao longo dos últimos meses, com estudos científicos que analisaram casos na educação presencial em vários países. Além disso, outras pesquisas também indicaram que as crianças se infectam menos e transmitem menos o vírus.

Mesmo assim, o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, teve de insistir internamente no governo para que seu entendimento de deixar escolas abertas prevalecesse. Em dezembro, ele conseguiu publicar um decreto garantindo que a educação permanecesse funcionando em todas as fases do Plano São Paulo.

Nesta semana, com a piora da pandemia e a possibilidade de novas restrições, novamente o assunto se mostrou polêmico dentro da gestão Doria. O secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, deu declarações em que defendeu o fechamento das escolas e não de outros serviços. A entrevista causou mal estar no governo e a secretaria da Saúde teve, a pedido do Palácio dos Bandeirantes, de publicar uma nota dizendo que se tratava de uma opinião pessoal do secretário.

A interlocutores, Doria tem dito que quem decide sobre o fechamento de escolas é o secretário de educação, o que deu força a Rossieli. Ele tem ao seu lado alguns integrantes do centro de contingência contra a covid-19, como pediatras, que têm defendido também a manutenção da escola pelo prejuízo mental e de desenvolvimento das crianças.

O Brasil é um dos países do mundo que mais ficou com escolas fechadas, passando de 260 dias. Outros, considerados exemplos da educação mundial, como Reino Unido e Alemanha, pararam escolas por menos de 90 dias.

Saiba quais estabelecimentos e serviços são considerados essenciais em São Paulo

São considerados essenciais: supermercados, mercados, padarias (sem consumo no local), postos de gasolina, clínicas, hospitais e consultórios médicos, escolas, templos religiosos, açougues, clínicas odontológicas, estabelecimentos de saúde animal, farmácias, lojas de suplementação, feiras livres, serviços de segurança pública e privada, meios de comunicação, construção civil, indústria, hotéis, lavanderias, serviços de limpeza, manutenção e zeladoria, bancos, lotéricas, call center, assistência técnica de eletrônicos, bancas de jornal, serviços de delivery e drive-thru de alimentos, empresas de logística e locação de veículos, oficinas de veículos automotores, transporte coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega, estacionamento, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns de abastecimento e lojas de materiais de construção.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) criticou a decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em colocar todos os municípios do Estado na fase vermelha de restrições. Mais do que isso, a entidade critica o ambiente de incertezas que se criou.

"A cada dois dias, enfrenta-se uma mudança de posicionamento. É impossível que negócios se mantenham de pé em um cenário desses, no qual falta planejamento e transparência", diz a associação, em nota.

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"É cruel deixar que bares e restaurantes amarguem sozinhos os prejuízos de mais um fechamento. O que temos pedido incansavelmente ao governador Doria é respeito e justiça", afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

Ele comenta que o aumento no ICMS do setor e dos impostos sobre insumos essenciais vão contra medidas que estão sendo feitas ao redor do mundo. "Precisamos de ajuda, real e rápida, em São Paulo. Há condições plenas para que isso aconteça. O que parece faltar é vontade."

A determinação do governo de São Paulo de colocar todo o Estado na fase vermelha de combate à covid-19 não vai interferir no calendário dos jogos de futebol. Segundo o membro do Centro Contingência do Coronavírus em São Paulo, José Medina, partidas do Campeonato Paulista e a final da Copa do Brasil, marcada para este domingo, poderão ser realizadas sem contratempos, seguindo os protocolos de saúde e com portões fechados e ambiente monitorado.

"Até o momento, vai seguir o mesmo modelo que tem sido seguido na Europa, onde vários países fizeram 'lockdown' e mantiveram as atividades esportivas. Até o momento, a decisão é manter as atividades da mesma forma, como vem sendo seguido em Portugal, Inglaterra e outros países, por exemplo", disse Medina. Um dos argumentos usados por ele é que nos jogos de futebol há um cuidado especial com o contágio, com a aplicação de testes e cartilhas rigorosas de controle de pessoas e dos próprios jogadores.

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Medina afirmou que, neste momento de aumento de casos e de mais rigor no combate à pandemia, a manutenção do calendário do futebol é um alento para o brasileiro. "A população precisa de algum tipo de diversão e entretenimento em um período tão duro", afirmou. Pela decisão do governo, todo o Estado entra a partir de sábado na fase mais restritiva de combate ao contágio. Esse período será mantido até 19 de março.

Apesar disso, a final da Copa do Brasil neste domingo entre Palmeiras e Grêmio, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, não sofrerá alteração. A partida está marcada para as 18 horas. No confronto de ida, as duas equipes se enfrentaram em Porto Alegre enquanto a capital gaúcha também estava em fase bastante restritiva no combate à pandemia, a chamada bandeira preta. O jogo foi alterado das 16 horas para as 21 horas para evitar possíveis aglomerações de torcedores em bares.

A extensão da fase mais restritiva até 19 de março no Estado de São Paulo vai contemplar também a participação do Santos na fase preliminar da Copa Libertadores diante do Deportivo Lara, da Venezuela, na próxima semana, em jogo na Vila Belmiro, em Santos. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) também tem adotado um protocolo rígido de segurança nos testes PCR dias antes das partidas e ao estabelecer um limite de pessoas que podem trabalhar no estádio durante a partida.

Nesta quarta-feira (3), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, que todo o estado paulista vai regredir à fase vermelha do plano de controle da pandemia a partir do próximo sábado (6). A medida mais restritiva permite que funcionem apenas os serviços essenciais, como farmácias, mercados e padarias. Escolas e igrejas foram incluídas na lista de serviços essenciais recentemente por conta de um decreto estadual.

A decisão foi tomada após o novo recorde de mortes diárias no estado de São Paulo. Foram 468, maior número desde o início da pandemia, segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde. O registro feito nos hospitais, quanto à ocupação dos leitos de UTI, também foi um fator decisivo para a regressão à fase vermelha. Um último balanço mostra que a ocupação média na Grande São Paulo é de 76,7%.

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Na coletiva de imprensa, o governador de São Paulo afirmou que o novo plano de contenção do vírus pretende evitar que ocorra um colapso nos hospitais que abrigam os infectados pela Covid-19. Assim como já vem ocorrendo em cidades do interior do estado, como Araraquara e Bauru, que já registraram 100% da ocupação dos leitos de UTI e passaram a transferir pacientes para outros centros médicos.

Até o último levantamento de dados, todo o estado de São Paulo já registrou mais de 2 milhões de casos de Covid-19, e cerca de 60 mil óbitos. No Brasil, na última terça-feira (2) foi registrado o maior número de mortes diárias, pouco mais de 1.700 óbitos. Já o número total de infectados passa de 10 milhões, e se aproxima de 258 mil mortes desde o início da pandemia.

Projeto aprovado pela Câmara de Vereadores de Bauru, no interior paulista, transformou em serviços essenciais os bares, salões de beleza, barbearias e clubes desportivos. As novas normas, aprovadas em sessão extraordinária na noite de quarta-feira (3), liberaram também o horário de funcionamento dos serviços. Logo após a aprovação, a prefeita Suéllen Rosim (Patriota) foi até a Câmara e sancionou o projeto, que contraria o Plano São Paulo de enfrentamento da pandemia.

A cidade está na fase vermelha (a mais restritiva do programa estadual) e a região tem hospitais lotados de pacientes com Covid-19, alguns em situação de colapso.

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A proposta, aprovada por 14 dos 15 vereadores que votaram, permite ainda a livre abertura do comércio varejista, shoppings, praças de alimentação, restaurantes, bufês adulto e infantil, trailers e food trucks, e escritórios de vários segmentos, além de esportes de alto rendimento que disputam campeonatos nacionais, estaduais e internacionais. A região de Bauru foi rebaixada para a fase vermelha do plano estadual no último dia 22. Pelo plano, apenas farmácias, mercados, padarias, açougues, postos de combustível, lavanderias e outros serviços essenciais poderiam abrir.

Na manhã desta quinta-feira (4), o comércio já estava aberto e algumas lojas se encheram de consumidores. A abertura aconteceu no mesmo dia em que a cidade registrava mais três mortes pela Covid-19, totalizando 364 óbitos, e os casos positivos subiram para 25.624 - o número de janeiro foi recorde, segundo dados do próprio município. Na região, dos 150 leitos de UTI Covid, 143 estavam ocupados, taxa de 95%. Na cidade, dos 50 leitos, 48 tinham doentes com Covid, ocupação de 96%. Em Jaú, cidade vizinha, a Santa Casa, referência para a pandemia, entrou na semana com 130 pacientes para 108 leitos, com doentes atendidos em corredores.

Em entrevista, após sancionar a lei, a prefeita disse que a iniciativa de definir novas regras locais para o que funciona na pandemia foi da Câmara. "Mesmo sendo serviço essencial, os protocolos de segurança são obrigatórios e a fiscalização será intensa. Importante ressaltar que apenas não impedi um ato dos vereadores. É a mobilização de todo mundo para conseguir encontrar a saúde e a economia como dois pontos principais."

Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi disse que, embora respeite a Câmara de Bauru, o projeto contraria entendimento do Supremo Tribunal Federal. "A regra estabelecida pelo STF coloca a competência municipal como suplementar em medidas sanitárias." Segundo ele, o Estado notificou novamente a prefeitura e encaminhou para o Ministério Público Estadual (MPE). "Já existe liminar em vigência pelo cumprimento das medidas (do Plano São Paulo) em Bauru."

Vinholi lembrou que a região tem ocupação de leitos superior a 90% e recorde de casos em janeiro. O MPE informou que a Procuradoria Geral de Justiça, a quem compete fazer o controle de constitucionalidade da legislação municipal, analisará a lei de Bauru e só após a análise definirá sobre eventual ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade contra a prefeitura.

Nesta quarta-feira, o governo de São Paulo anunciou mais 247 novos leitos para tratamento de pacientes de Covid-19 na região de Bauru. O investimento, de R$ 21,3 milhões, será em 148 leitos de UTI e 99 de enfermaria para atendimento a 68 municípios, incluindo Bauru e Jaú.

Oposição a medidas de restrição

Alinhada ao presidente Jair Bolsonaro, que em várias oportunidades defendeu a retomada das atividades econômicas na pandemia, a prefeita vem se opondo ao Plano São Paulo, da gestão João Doria (PSDB) desde o início de seu governo. Em 16 de janeiro, quando a cidade foi rebaixada da fase amarela para a laranja, a prefeita publicou decreto amenizando as regras, com a permissão para o funcionamento de lojas, bares, academias e salões de beleza.

Quatro dias depois, com a cidade já na fase vermelha, um novo decreto permitiu a abertura de atividades não essenciais, como salões de beleza e comércio de rua, limitado a dez horas diárias. A medida foi apoiada pelo Ministério Público local, o que levou a Procuradoria-Geral de Justiça a entrar com ação direta de inconstitucionalidade contra o decreto municipal.

O procurador-geral de Justiça Mário Sarrubbo alegou que "abrandar as medidas de isolamento coloca em risco os direitos fundamentais de proteção à vida e à saúde, além de não atender aos princípios constitucionais da prevenção, da precaução e da motivação".

No dia 29, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu liminar obrigando o município a seguir o Plano São Paulo durante a pandemia. Em rede social, a prefeita disse ter ficado "de mãos atadas". "Como prefeita, defendi a minha cidade criando um decreto junto ao nosso comitê de enfrentamento da Covid que equilibrasse saúde e economia. Mas o governo do Estado pensa diferente. Quase um ano de pandemia e nossa cidade continua sofrendo com falta de leitos de internação e UTI."

Dias antes, a prefeita tinha viajado a Brasília para se reunir com ministros e com o presidente Bolsonaro. "Na conversa com o presidente Jair Bolsonaro, falamos sobre a necessidade de investimentos na saúde de Bauru, pois o nosso município é polo regional", disse, ao retornar. Após a visita, circularam em redes sociais informações falsas de que o governador Doria teria negado o envio de vacinas Coronavac a Bauru, o que teria levado a prefeita a recorrer diretamente ao presidente, que a atendeu com a liberação do imunizante da Oxford/AstraZeneca.

A fake news foi analisada e desmentida pelo Estadão Verifica, serviço de checagem de notícias falsas mantido pelo jornal. "Bauru já tinha recebido ambos os imunizantes antes da viagem de Suéllen a Brasília", informou o Estadão Verifica. A cidade recebeu 8.680 doses da vacina Coronavac em 20 de janeiro, segundo notícia publicada no site da prefeitura. Seis dias depois, o município informou ter recebido 6.660 doses da vacina Oxford/AstraZeneca.

São Paulo deverá ter regras mais duras de isolamento social nos finais de semana. A ideia é que a partir da noite desta sexta-feira (22) todo o Estado entre na fase vermelha, da qual só sairá na segunda-feira (25), quando cada região retornará para a fase em que se encontrava, conforme apurou o blog da Coluna do Estadão com autoridades do Estado.

O anúncio da mudança está programado para acontecer nesta sexta-feira, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. A medida também deverá se repetir em outros finais de semana.

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A medida tem por objetivo primordial evitar o estrangulamento da rede pública de saúde diante do aumento de casos de Covid-19. A fase vermelha é a mais restritiva do Plano São Paulo de combate à pandemia: bares, restaurantes, comércio, parques e shoppings vão ser fechados nos finais de semana. Continuarão abertos os serviços essenciais, como supermercados e farmácias.

O Centro de Contingência do Coronavírus do Estado avalia, conforme o Estadão apurou, que a situação de transmissão é extremamente grave, com uma alta transmissão do vírus em todas as regiões do Estado. Assim, está recomendando ao governo que tome as medidas mais restritivas possíveis para tentar reduzir o avanço da doença.

No início desta semana, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, já havia ressaltado que a propagação da Covid-19 segue em ritmo acelerado no Estado. "Tivemos a pior semana epidemiológica desde o início da pandemia", afirmou Gorinchteyn na segunda-feira passada, citando um aumento de 77% no número de novos casos ante a semana anterior e de mais de 50% no total de mortes. As internações tiveram um aumento na casa dos 30% até então.

O secretário afirmou ainda na oportunidade que, dado o aumento dos casos, o Estado mantém "no radar" a reativação de hospitais de campanha para atendimento da população. "Já estamos ampliando leitos dentro de hospitais e também a contratando hospitais privados. E nós não tiramos do radar os hospitais de campanha."

Progressivamente o governo do Estado vem restringindo as medidas que afetam a circulação de pessoas e o funcionamento do comércio não essencial. Isso acontece desde o fim do mês de novembro. No dia 30 de novembro, todo o Estado regrediu para a fase amarela do Plano São Paulo. Na oportunidade, 11 regiões já haviam avançado até a fase verde.

Diante do contínuo avanço da doença ao longo de dezembro e no começo de janeiro, o governo havia endurecido as restrições para oito regiões na semana passada. Sete passaram para a fase laranja e a região de Marília passou para a vermelha, a mais crítica. A medida já representou uma antecipação da reclassificação, já que uma nova avaliação estava prevista para ocorrer somente no próximo dia 5 de fevereiro. "A situação vem se agravando a cada semana", disse o governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa na sexta-feira passada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nova reclassificação do Rio Grande do Sul (RS) desta semana colocou 19 das 21 regiões do Estado na fase vermelha, a segunda mais alta, de risco para contaminação pela Covid-19. Após o indeferimento de cinco pedidos de reclassificação, apenas Ijuí e Santa Rosa estão na fase laranja, de risco médio, para contaminação. Nenhuma região está na fase preta, a mais restritiva. A classificação tem início nesta terça-feira (12) e é válida até o próximo dia 18.

Desde o pico de casos e óbitos em dezembro, o Estado tem apresentado uma queda dos indicadores epidemiológicos da doença. Neste domingo (10), o Rio Grande do Sul registrou média móvel quinzenal de 1.020 novos casos e 50 novos óbitos. Os dados estão sendo atualizados - uma vez que o Estado registra de acordo com a data de ocorrência e não de inserção no sistema - e, por isso, devem sofrer aumento.

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Entretanto, as medidas parciais demonstram queda em relação ao último mês, quando em 3 de dezembro foi registrado recorde da média móvel de 4.451 novos casos e em 23 de dezembro foi registrado recorde da média móvel de 68 novos óbitos.

Após três dias na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo, onde somente podiam ser abertos os serviços considerados essenciais, a maior parte do estado de São Paulo volta, a partir de hoje (4), para a Fase 3-Amarela. A exceção é para a região de Presidente Prudente, que vai permanecer na Fase 1-Vermelha.

A medida vale, pelo menos, até o dia 7 de janeiro, quando o governo estadual deve anunciar uma nova classificação do Plano São Paulo. O governo já anunciou que nenhuma região do estado vai evoluir para a Fase 4-Verde em janeiro.

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Restrições

Por causa do grande aumento no número de casos, internações e mortes provocadas pelo novo coronavírus no mês de dezembro, o governo de São Paulo determinou que todos os 645 municípios do estado voltassem para a Fase Vermelha, a mais restritiva, entre os dias 25 e 27 de dezembro e entre os dias 1º e 3 de janeiro. Mas nem todos os municípios do estado respeitaram a determinação, permitindo a abertura do comércio e de serviços considerados não essenciais. Além disso, parte da população do estado também não respeitou a regra e promoveu ou participou de aglomerações em praias e até festas clandestinas no período. 

Na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo só podem funcionar os serviços considerados essenciais nas áreas de abastecimento, segurança, transporte e saúde, como mercados, farmácias, postos de combustível, padarias e lavanderias. Já a Fase Amarela permite a reabertura de shoppings, bares, comércio de rua, academias, restaurantes, concessionárias, escritórios, eventos culturais e salões de beleza, mas com limite de 40% de sua capacidade e com horário de funcionamento restrito.

O Plano São Paulo é dividido em cinco fases, que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O plano divide o estado em regiões e cada uma delas é classificada em uma fase, dependendo de fatores como a capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.

O Estado de São Paulo volta para a fase vermelha da quarentena a partir desta sexta-feira (1º). A medida também vale para os dias 2 e 3 de janeiro - e tem como objetivo frear o avanço da Covid-19. Apenas os serviços essenciais estão autorizados a abrir as portas no período.

Nesta quinta, dia 31, o governo de São Paulo publicou no Diário Oficial a prorrogação da quarentena no estado até o próximo dia 7 de fevereiro. Trata-se apenas da renovação daquilo que já havia sido determinado pelo governo no início da pandemia - e que vem sendo prorrogado pelo governador João Doria (PSDB) mesmo com todas as flexibilizações do Plano São Paulo.

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Entre hoje e domingo podem funcionar hospitais, farmácias, mercados, postos de combustível, açougues, transportes coletivos, pet shops e outros serviços considerados essenciais.

Agora, não podem funcionar bares, shoppings, lojas, parques, academias, equipamentos culturais (cinemas, teatros e outros) e todos os serviços considerados não essenciais. O estado de São Paulo registrou 57% a mais de mortes por covid-19 no mês de dezembro em comparação ao mês anterior. Além disso, o número de casos também aumentou. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, o aumento foi de 67% em dezembro em relação ao mês de novembro.

Litoral

As prefeituras do litoral norte de São Paulo decidiram permanecer na fase amarela do Plano São Paulo, liberando o comércio e as praias na virada do Ano-Novo. O plano estadual prevê a volta de todo o Estado de São Paulo para a fase vermelha, a mais restritiva, a partir da zero hora do dia 1º até 3 de janeiro de 2021. Conforme o governo paulista, a medida é necessária para conter a propagação do vírus, que voltou a lotar hospitais na maioria das regiões do estado.

As decisões de não seguir a regra estadual foram anunciadas na última segunda-feira, 28, pelas prefeituras de Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba. No litoral sul, as prefeituras de Praia Grande e Peruíbe também liberaram as praias durante o Réveillon.

As prefeituras do litoral norte paulista decidiram nesta segunda-feira (28) permanecer na fase amarela do Plano São Paulo, liberando o comércio e as praias na virada do ano. O plano estadual de reabertura econômica prevê a volta de todo o Estado para a fase vermelha, a mais restritiva, a partir de 0h do dia 1.º, até 3 de janeiro. Conforme o governo paulista, a medida é necessária para conter a transmissão do vírus. A gestão João Doria (PSDB) notificou ontem 19 cidades que descumpriram a determinação de fechar lojas e restaurantes no feriado de Natal.

As decisões de não seguir a regra estadual foram anunciadas ontem pelas prefeituras de Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba. "Cada município decidiu de forma individual levando em conta a sua realidade. Nós temos números baixos de covid-19 e apenas 12% de ocupação de leitos de UTI", disse o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), correligionário do governador.

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A cidade já havia rejeitado as recomendações do governo estadual, permanecendo na fase amarela entre 25 e 27 de dezembro. Por causa do descumprimento, São Sebastião foi uma das 19 cidades paulistas notificadas pela Secretaria de Desenvolvimento Regional, com pedido de providências ao Ministério Público Estadual (MPE).

"Estamos aguardando a notificação e vamos responder. Neste momento não temos números (de casos) para fechar tudo, mas, se o quadro mudar, fechamos", afirmou Augusto. O Estadão não conseguiu contato com o MPE ontem à tarde.

Além de São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba, foram notificadas Mogi das Cruzes e Cotia (Grande São Paulo), Bauru e Olímpia, Socorro e França (interior) e Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente (Baixada Santista).

O prefeito de Ubatuba, Délcio Sato (PSD), anunciou a permanência na fase amarela depois de se reunir com a prefeita eleita, Flávia Pascoal (PL). O comércio vai funcionar até as 23 horas. "Não há previsão de fechamento das praias, mas voltamos a lembrar que, como se trata de uma doença contagiosa, depende do bom senso das pessoas em colaborar para evitar sua disseminação, evitando aglomerações", disse o prefeito. A cidade tem 40% dos leitos de UTI ocupados. No sábado foi registrada a 47ª morte.

A prefeitura de Caraguatatuba informou que a comissão de retomada econômica entendeu ser ideal limitar o funcionamento do comércio apenas entre as 20 horas do dia 31 de dezembro às 12 horas do dia 1º. Nos demais dias, os estabelecimentos vão funcionar durante 12 horas diárias, até as 23 horas. Pelo plano estadual, só funcionariam serviços essenciais, como supermercados e farmácias.

As praias ficarão liberadas, mas os shows e a tradicional queima de fogos da virada continuam cancelados. "Nossas decisões, desde o início da pandemia, têm sido de cunho técnico e vamos manter dessa forma. Devemos tranquilizar a população de que não mediremos esforços para continuar mantendo o equilíbrio entre salvar vidas e fortalecer o comércio da cidade", informou a prefeitura.

Ação policial

No litoral sul, as prefeituras de Praia Grande e de Peruíbe também anunciaram a liberação das praias no réveillon, apesar de recomendação contrária do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) e do governo estadual. Os municípios alegam não ter recursos para barrar a entrada dos turistas sem apoio da Polícia Militar. A partir da meia-noite do dia 31, a região deveria retornar para a fase vermelha.

A prefeitura de Peruíbe informou que suas praias são extensas e a formação de barreiras para impedir o acesso só seria possível com apoio da Polícia Militar, o que não teria sido garantido pelo governo estadual. O mesmo argumento foi usado pela prefeitura de Praia Grande. Conforme o município, novas medidas devem ser anunciadas nos próximos dias. A queima de fogos continua suspensa.

Em Santos, São Vicente e Guarujá, os acessos às praias serão bloqueados nos dias 31 e 1º. Conforme o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), a medida visa a evitar o turista do Réveillon que vai à praia na virada do ano. Em São Vicente, o estacionamento na orla também será proibido. As cidades também terão barreiras sanitárias nos principais acessos para evitar a entrada de vans e ônibus com turistas de um dia.

Governo estadual

O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que a prerrogativa de abrir ou fechar a orla é municipal, mas as regras em relação ao comércio devem ser cumpridas. "Estamos com 2,3 mil homens da segurança pública no litoral com contingente para apoiar as ações das prefeituras", disse, sobre as queixas de falta de apoio policial para as barreiras em Praia Grande e Peruíbe. A secretaria ainda informou que medidas de contenção foram baseadas "em critérios técnicos e de saúde", com aval do Centro de Contingência, comitê de especialistas do governo estadual.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O feriado de Natal foi de movimento nas cidades da Baixada Santista. Mesmo com as medidas de contenção adotadas pelas prefeituras, como barreiras sanitárias para orientação e aferição de temperatura em pessoas que chegavam ao litoral, muitos turistas e moradores ocuparam calçadões e restaurantes. Na Praia de Pitangueiras, em Guarujá, a faixa de areia foi tomada por guarda-sóis.

Segundo a prefeitura da cidade, houve orientação para que fossem evitadas aglomerações, com pelo menos 400 abordagens de fiscais na manhã desta sexta-feira, 25. "A equipe tem atuado principalmente junto a condomínios e ambulantes, que estão com limitações para a disponibilização de guarda-sóis e cadeiras", afirmou o diretor municipal de Operações Especiais e Fiscalização de Taxas, Ricardo Tobar.

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"O clima é pacífico e a previsão é de que se mantenha assim até o domingo, em razão do trabalho de conscientização feito pela prefeitura, com a divulgação de campanhas educativas e barreiras sanitárias nas principais entradas da cidade, além da intensificação das barreiras destinadas a coibir a entrada de ônibus e vans turísticos, que está vedada desde o início de dezembro. Isso tem ajudado a controlar a vinda do turista de um dia, por exemplo", explicou Tobar.

Em Santos, a circulação era maior nos calçadões, principalmente de esportistas praticando atividade física ou familiares caminhando pela orla da praia. O pouco movimento na praia atingiu diretamente os comerciantes, que lamentaram a situação.

"Fomos muito prejudicados devido ao governador ter colocado a região na fase vermelha. O movimento está muito baixo para todos os comerciantes devido a esta situação que estamos enfrentando", disse Roberto Dias, 47 anos, que trabalha com um carrinho de bebidas. O vendedor de milho, Essivaldo Silva, 55 anos, disse que mesmo com o mau tempo, a situação poderia ser outra. "Era para a praia estar lotada, como todo ano. Mesmo chovendo, costuma ter gente na praia, então é difícil".

Prefeitos contrariam governo estadual

Na terça-feira, 23, a gestão João Doria (PSDB) determinou que todo o Estado de São Paulo fique na fase vermelha, a mais restritiva, nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro. O anúncio ocorreu após uma alta no número de casos e mortes por coronavírus em cidades paulistas. Nesse estágio, podem funcionar apenas serviços essenciais.

Contrariando o governo do Estado, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) decidiu em reunião manter a região na fase amarela, sob justificativa da falta de tempo para as prefeituras adequarem equipes e estruturas ao cumprimento de regras mais rígidas. Com a resolução, lojas, bares e restaurantes foram liberados a abrir. Em contrapartida, as prefeituras se comprometeram a fechar o acesso às praias na virada do ano-novo.

"Essas medidas foram comunicadas sem que houvesse possibilidade de planejamento para a administração pública preparar a fiscalização. Precisamos de organização, o que seria impossível nesse tempo tão curto. Assim, a capacidade de fiscalização dos municípios fica comprometida", disse o prefeito de Santos e presidente do Condesb, Paulo Alexandre Barbosa, PSDB.

Em nota, o governo do Estado informou que os decretos e ações municipais precisam observar a classificação dada pelo Plano São Paulo, que se baseia no panorama da evolução da doença e capacidade hospitalar dos Departamentos Regionais de Saúde (DRS). O Plano SP estabelece regra comum para os 645 municípios paulistas, com base em critérios científicos e de saúde.

No texto, a gestão estadual reforçou que a fiscalização de estabelecimentos comerciais, assim como de praias e demais espaços turísticos municipais, é de responsabilidade das prefeituras. O governo também confirmou o apoio aos municípios da Baixada Santista para ações conjuntas sobre a importância do distanciamento social, uso obrigatório de máscaras e evitar aglomerações para conter o contágio do coronavírus.

A Baixada Santista fechará o acesso a praias nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, virada do ano-novo, como forma de evitar aumento de turistas e aglomerações durante a pandemia. A decisão foi tomada em reunião nesta quarta-feira, 23, entre os prefeitos de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

A ação ocorre um dia depois de o governo João Doria (PSDB) determinar que todo o Estado de SP fique na fase vermelha no Natal (dias 25, 26 e 27 de dezembro) e ano-novo (1º, 2 e 3 de janeiro). A área de Presidente Prudente, no interior, entrou nesse estágio de controle do novo coronavírus ontem e deve permanecer até 7 de janeiro.

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"A fase do réveillon é a mais crítica com a maior número de turistas. Vamos ter as barreiras sanitárias e os bloqueios sob a responsabilidade do Estado. A população precisa estar consciente. Nós tivemos um ano diferente e portanto temos que ter um fim de ano diferente, principalmente em respeito às vidas que foram perdidas", explicou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

Para conter o aumento de número de turistas na Baixada Santista neste período, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) irá solicitar à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para se posicionar e solicitar à Ecovias a suspensão da inversão de pistas, Operação Descida, nas rodovias Anchieta/Imigrantes neste período.

A prefeitura de Santos vai realizar barreira sanitária nos pontos de acesso à cidade para impedir a entrada de vans, ônibus e micro-ônibus de turismo que não tenham autorização prévia da Secretaria de Turismo, nos dias 24 e 31, das 10h às 18h. O acesso dos demais veículos é liberado normalmente.

Nas praias, está sendo verificado o cumprimento das regras de distanciamento social e de uso de máscaras. Em estabelecimentos comercias, além do distanciamento e do uso de máscaras, é exigido o controle de temperatura na entrada do local.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nas suas redes sociais que a partir desta quarta-feira (23) entrará em recesso de 10 dias para aproveitar mais a sua família. A licença será utilizada em Miami, nos Estados Unidos. Em sua mensagem, disse que trabalhou “ininterruptamente ao longo de 2020, sacrificando o convívio familiar”, especialmente com sua esposa, Bia. O breve afastamento do governador causou revolta nas redes.

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Em seu lugar, assumirá o cargo o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), que também nesta quarta-feira testou como positivo para a Covid-19. Segundo Doria, o Governo de São Paulo e o Centro de Contingência do coronavírus continuarão com suas ações para conter a disseminação da Covid-19, porém, o protocolo sugerido pelo Ministério da Saúde fala em afastamento no caso de integrantes do Poder Público diagnosticados com a doença.

A recomendação é que Garcia siga com a sua agenda habitual, de maneira remota. O retorno de João Doria está previsto para o dia 3 de janeiro.

O anúncio foi feito logo após a confirmação do retorno da Fase Vermelha, que traz de volta  também o lockdown, ao estado de São Paulo. Entre os dias 25 a 27 de dezembro e 1º a 3º de janeiro, na prática, a medida restritiva permitirá o funcionamento apenas de comércios essenciais, como farmácias, padarias e supermercados. Bares e restaurantes não estão inclusos no grupo.

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Novas restrições à atividade econômica não essencial foram anunciadas nesta terça-feira (22), pelo governo paulista, para frear o avanço da pandemia de covid-19 nas próximas semanas. Todas as regiões do estado estão em alerta devido à evolução de casos, internações e mortes em decorrência do novo coronavírus.

Com caráter imediato e temporário, haverá retorno à Fase Vermelha do Plano São Paulo entre os dias 25 e 27 de dezembro e 1º e 3 de janeiro em todo o estado. Nesses dias, somente atividades essenciais poderão funcionar. Já o atendimento presencial fica proibido em shoppings, lojas, concessionárias, escritórios, bares, restaurantes, academias, salões de beleza e estabelecimentos de eventos culturais. Farmácias, mercados, padarias, postos de combustíveis, lavanderias e serviços de hotelaria estão liberados.

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Além do regresso momentâneo à etapa mais restritiva de controle da pandemia, nenhuma região deverá retornar à Fase Verde – a penúltima na escala de abrandamento – durante o mês de janeiro.

Nos demais dias, todo o estado continua na Fase Amarela, a terceira das cinco estipuladas pelo Plano SP. A exceção é a região de Presidente Prudente, com 45 municípios que retornam de forma extraordinária para a Fase Vermelha a partir do dia 25 e permanecem até a próxima reclassificação em janeiro. A taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) para covid-19 na região de Prudente está em 83,1%.

Já a reclassificação do faseamento foi remarcada do dia 4 para 7 de janeiro. Como novos prefeitos assumem os cargos no primeiro dia de 2021, o governo do estado fará reuniões a partir do dia 4 para apresentação do Plano SP. A iniciativa visa garantir que as medidas restritivas sejam cumpridas em parceria com os municípios, que têm autonomia para ampliar o rol de restrições previstas no plano.

Casos

De acordo com dados da Secretaria da Saúde, a taxa estadual de ocupação de UTIs atualmente é de 61,9%, com aumento para 67% na Grande São Paulo. São 4.775 internados na rede estadual em leitos de UTI e 6.215 em enfermarias – os dados se referem tanto a casos suspeitos como pacientes confirmados com coronavírus.

São Paulo registrou 1,39 milhão de contaminados desde o início da pandemia, com 45.395 mortes. No Brasil, os casos confirmados ultrapassam 7,26 milhões, com pouco mais de 187 mil mortes em decorrência da covid-19.

O governo estuda colocar todo o Estado na fase vermelha do Plano São Paulo nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e nos dias 1, 2 e 3 de janeiro para tentar conter o avanço de casos de covid-19, destaca o Estadão. A decisão final será tomada em uma reunião do Centro de Contingência com o secretários, na manhã desta terça-feira (22), no Palácio dos Bandeirantes. Com a medida, somente comércios essenciais (como padarias, mercados e farmácias) poderão funcionar nesses dias entre o Natal e o réveillon. Bares e restaurantes, por exemplo, não poderão abrir as portas.

Já está definido, e será anunciado hoje, que a região de Presidente Prudente retornará amanhã para a fase vermelha, a mais restritiva, por causa do avanço nos casos e da falta de leitos de UTI. Só ontem houve a confirmação de mais nove casos na cidade de Presidente Prudente - há ainda 73 pessoas hospitalizadas e um total de 182 mortes. Também será anunciado que durante o mês de janeiro haverá uma "trava" que impedirá que as regiões passem para a fase verde, que é mais branda nas medidas de isolamento. Além disso, o governo estadual destaca que os prefeitos poderão ser mais restritivos, com base na situação local e seguindo decisões do Supremo Tribunal Federal.

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A decisão demonstra a preocupação da área da Saúde com o avanço de registros. Entre março e junho, as restrições estaduais só aumentaram, até que houve o início de uma flexibilização. Em 21 de agosto, o Estado comemorou o fato de não ter nenhuma área no vermelho nos 645 municípios paulistas. Mas a partir de setembro houve nova mudança no quadro. Nos bastidores, a ala mais política se mostra, desde o mês passado, receosa quanto a ampliar restrições. Já a área da Saúde e o Centro de Contingência defendem retomar vetos, para tentar mudar a curva de óbitos e registros, que é ascendente.

O Estado de São Paulo registrou até ontem 45.136 óbitos e 1.388.043 casos do novo coronavírus - com 1.222.776 pessoas recuperadas. Oficialmente, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 66,9% na Grande São Paulo e de 61,8% no Estado. O número de pacientes internados é de 10.856, sendo 6.146 em enfermaria e 4.710 em unidades de terapia intensiva. Já no País, foram relatadas mais 549 mortes, chegando ao total de 187.322 óbitos na pandemia, conforme dados do consórcio da imprensa. A média móvel de mortes é de 769, igualando 18 de setembro.

Litoral

Também devem ser anunciadas hoje medidas de apoio a prefeitura litorâneas. Como o Estadão mostrou no sábado, os municípios solicitaram ao governo estadual ajuda logística para impedir aglomerações e desencorajar turistas a fazer o "bate e volta" na virada. "A proposta das prefeituras é criar barreiras sanitárias nos acessos às cidades e o fechamento da orla dia 31", afirmou Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do governo paulista. É prevista a medição de temperatura dos visitantes na entrada da cidade, mas não a exigência de comprovante de imóvel na região ou teste de covid com resultado negativo.

Cidades como Guarujá e Santos costumam receber centenas de milhares de turistas nesta época. Segundo Vinholi, a prerrogativa de organizar as barreiras será das prefeituras, com apoio do Estado. Elas é quem devem medir eventuais reflexos no trânsito, que costuma ficar congestionado na região durante feriados. Os prefeitos do litoral norte, por sua vez, pediram ajuda ao governador para reforçar o atendimento no Hospital Geral de Caraguatatuba, que é referência na região. Em Ilhabela, foi montado hospital de campanha para receber pacientes sem covid e liberar leitos hospitalares.

Nesta segunda-feira, a Secretaria da Segurança Pública lançou a Operação Verão + Seguro 2020/2021, que contará com o reforço de 2.938 policiais militares em 16 municípios do litoral sul e norte. "Além de proteger as pessoas pelo aumento da ação de presença policial e das ações de resgate e salvamento, típicas de bombeiros, como faz todos os anos, a Polícia Militar continuará sua ação eminentemente humanitária, orientando as pessoas em relação às medidas de prevenção ao coronavírus", afirmou oficialmente o coronel Fernando Alencar Medeiros, comandante-geral da Polícia Militar.

Coronavac

O governador João Doria confirmou ontem que o Estado de São Paulo vai receber 5,5 milhões de doses da vacina Coronavac nesta quinta-feira, véspera de Natal. De acordo com o governo, será o maior carregamento de vacinas já recebido pela América Latina.

Novos lotes já estão agendados, informou o governador. Serão 400 mil doses no dia 28 e mais 1,6 milhão no dia 30. Considerando os 3,1 milhões já armazenados no Instituto Butantan, Doria esperar somar 10,8 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus até o dia 30 de dezembro.

O governador não participa hoje do anúncio das novas restrições, no Instituto Butantan, que ficará a cargo dos responsáveis pela Saúde, mas deverá anunciar amanhã, em coletiva, os dados sobre a eficácia da Coronavac, vacina chinesa feita em parceria com o Instituto Butantan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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