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Os contratos futuros de ouro fecharam na quarta-feira em queda pela terceira sessão consecutiva em Nova York, acompanhando o pessimismo observado na maior parte dos demais mercados quanto a uma possível saída da Grécia da zona do euro.

O mau humor generalizado e a aversão ao risco apreciaram o dólar, tornando o metal precioso mais caro para detentores de outras moedas. Com isso, o ouro chegou a atingir a mínima intraday de US$ 1.536,60 por onça-troy e a se aproximar do menor nível em dez meses antes de se recuperar um pouco no final do pregão.

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O ouro para junho encerrou em baixa de US$ 28,20 (-1,79%) na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), a US$ 1.548,40 por onça-troy. As informações são da Dow Jones.

Se na semana passada o Ibovespa zerou os ganhos do ano e acumulou declínio de 8,30% - a maior queda semanal desde agosto de 2011 -, esta semana começou diferente, com a Bolsa renovando máximas, sobretudo nas últimas horas da sessão.

O pregão desta segunda-feira foi influenciado positivamente pelo vencimento de opões sobre ações, que já havia ajudado a Bovespa a encerrar no azul na última sexta-feira. Notícias vindas da Grécia, durante o fim da semana, também deram fôlego para o principal índice da Bolsa recuperar o patamar dos 56 mil pontos, perdidos na última terça-feira.

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Nesta segunda, o Ibovespa terminou o dia com valorização de 3,81%, aos 56.590,24 pontos. No mês, a Bolsa acumula queda de 8,46% e, no ano, declínio de apenas 0,29%. Na mínima, o índice ficou estável, aos 54.516 pontos e, na máxima atingiu 56.678 pontos (+3,97%). O giro financeiro alcançou R$ 10,541 bilhões, sendo R$ 2,995 bilhões referentes ao vencimento. Os dados são preliminares.

Mas a expressiva valorização vista neste pregão está longe de ser uma reversão da tendência de baixa, que fez recentemente o Ibovespa operar no vermelho por oito sessões consecutivas (antes da alta de sexta) e zerar os ganhos de 2012. "Não parece que este comportamento seja permanente. É uma correção, não chega nem perto de reverter uma tendência", avalia o operador de renda variável da Icap Brasil, Rodrigo Falcão.

Entre os principais destaques de alta do Ibovespa, as ações ON da Petrobras acabaram com ganho de 7,28%, e as PN com avanço de 6,97%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em junho encerrou com valorização de 1,19%, a US$ 92,57 o barril, finalizando uma sequência de seis sessões consecutivas de queda.

Já as ações ON da Vale subiram 3,19% e as PNA, 3,22%.

Também entre as altas mais acentuadas estavam empresas castigadas nas últimas semanas e com preço considerado "descontado", como Gerdau (+7,90%), Metalúrgica Gerdau (+7,09%) e Bradesco (+7,06%).

As principais quedas, por sua vez, foram dos papéis considerados defensivos, o que mostra a migração dos investidores para os papéis de maior risco. O setor elétrico puxou as quedas, com Eletrobrás PNB recuando 3,40%, CPFL ON caindo 3,39% e Eletrobrás ON perdendo 3,00%.

Lá fora, os mercados reagiram bem às pesquisas publicadas no final de semana, que mostraram que a maioria dos eleitores da Grécia quer que o país permaneça na zona do euro, o que alimenta as esperanças de um resultado positivo nas eleições marcadas para 17 de junho.

Em uma sessão de agenda fraca, as boas notícias do fim de semana prevaleceram e, em Nova York, o índice Dow Jones avançou 1,09% no dia, o S&P 500 ganhou 1,60% e o Nasdaq apresentou valorização de 2,46%.

O comportamento do mercado doméstico de câmbio descolou-se do exterior nesta segunda-feira. Enquanto lá fora os investidores experimentaram um momento de alívio na aversão ao risco, que beneficiou a maioria das moedas em detrimento do dólar, o real seguiu em queda. A pressão partiu do mercado de derivativos, e a percepção dos operadores é de que continua o movimento de zeragem detonado depois que o dólar atingiu a marca de R$ 2,00.

No mercado à vista de balcão, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,042, com alta de 1,09%. Esse é o maior valor desde 18 de maio de 2009, quando a moeda ficou em R$ 2,0760. Na BM&F, o dólar à vista fechou em R$ 2,449 (+1,23%) e o dólar junho valia R$ 2,054 (+1,33%) no final da tarde. Quanto ao volume de negócios, a percepção dos operadores é de que não houve destaques.

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Durante todo o pregão, a sustentação da trajetória de alta do dólar ante o real, na contramão do exterior, alimentou expectativas de que o Banco Central voltasse a intervir nos negócios. Na sexta-feira, o BC ofertou 13 mil contratos de swap cambial - que representa venda futura de dólares - num montante equivalente a US$ 654,3 milhões. Com isso, o BC anulou o vencimento de swaps cambiais reversos - compra - do próximo dia 1º de junho. Vale lembrar que, em 1º de julho, há um novo vencimento de swaps cambiais reversos - que equivalem a compra de dólares. São 49.400 contratos, num total de cerca de US$ 2,4 bilhões.

Além de comentários sobre a possibilidade de um novo leilão de swap tradicional, o mercado discutiu uma eventual retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas posições vendidas em derivativos superiores a US$ 10 milhões. Nesta segunda-feira o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou a ideia de que as atuações do BC se darão para manter o mercado dentro da normalidade. Durante uma palestra, em São Paulo, Tombini avaliou que a valorização recente do dólar é generalizada e que o real tem uma desvalorização em linha com as demais moedas.

Lá fora, as moedas de maior risco beneficiaram-se do noticiário do final de semana, principalmente da preocupação que o G-8 demonstrou em buscar a retomada do crescimento. A China também foi motivo de alívio. O primeiro-ministro do país, Wen Jiabao, disse que existe a necessidade de se evitar que a economia chinesa se desacelere rapidamente, aliviando os temores de pouso brusco na segunda maior economia do planeta. Além disso, houve melhora no cenário político grego.

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em alta nesta segunda-feira, encerrando uma sequência de seis sessões consecutivas de queda. O petróleo acompanhou os ganhos dos mercados de ações nos EUA e também foi beneficiado por comentários do primeiro-ministro da China, que sugerem que o país deverá adotar mais medidas de estímulo em breve.

O contrato do petróleo WTI mais negociado, com vencimento para junho, ganhou US$ 1,09 (1,19%), fechando a US$ 92,57 o barril. Na plataforma ICE, o Brent para julho teve alta de US$ 1,67 (1,56%), fechando a US$ 108,81 o barril.

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O sentimento nos mercados esteve relativamente firme hoje, após os líderes do G-8 afirmarem no fim de semana que defendem a permanência da Grécia na zona do euro e que vão estudar maneiras de incentivar o crescimento econômico do bloco. Além disso, os partidos gregos que são favoráveis à permanência do país na zona do euro estão ganhando força entre os eleitores, segundo as mais recentes pesquisas de opinião.

Outro incentivo para o petróleo veio de comentários feitos pelo premiê chinês, Wen Jiabao, que afirmou ser de essencial importância evitar uma desaceleração abrupta da economia do país. O comentário sugere fortemente que novas medidas de estímulo devem ser adotadas no futuro breve. A China é a segunda maior consumidora de petróleo do mundo, atrás apenas dos EUA.

"Com os temores com a Europa e a possível saída da Grécia da zona do euro, os comentários (de Wen) foram vistos pelo mercado como uma proteção confortável", comenta Matt Smith, analista da Summit Energy.

Os investidores também devem ficar de olho em uma reunião que será realizada na quarta-feira entre o governo do Irã e representantes dos cinco países que têm assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), além da Alemanha. O grupo deve continuar as discussões sobre o polêmico programa nuclear iraniano, após um encontro no mês passado.

Nesta segunda-feira o ministro de Finanças do Irã, Shamseddin Hosseini, reconheceu que ao país está enfrentando "dificuldades" em função do embargo internacional ao seu petróleo e de sanções financeiras. Mas ele alertou que o Irã pode provocar um "retrocesso econômico" àqueles que estão impondo essas punições. Segundo o ministro, se o embargo da União Europeia realmente entrar em vigor em 1º de julho, o preço do petróleo pode chegar a US$ 160,00 nos mercados internacionais. As informações são da Dow Jones.

Depois de oito quedas seguidas, a Bovespa, finalmente, conseguiu encerrar o pregão em alta nesta sexta-feira se descolando dos mercados acionários internacionais. O movimento é atribuído muito mais a um ajuste técnico do que a um distanciamento dos problemas no exterior. O avanço dos papéis da Petrobras e da Vale e ações do setor de bancos e da OGX, também contribuíram para a boa performance da Bolsa nesta sexta-feira.

O índice encerrou com valorização de 0,88%, aos 54.513,16 pontos. O ganho, no entanto, não foi suficiente para anular as perdas acumuladas. Na semana, a Bolsa tem declínio de 8,30% - a maior queda semanal desde a primeira semana de agosto (1 a 5) de 2011, quando caiu 9,99%. No mês, o recuou passou para 11,82% e, ano é de 3,95%. Na mínima, o índice atingiu 53.856 pontos (-0,34%) e, na máxima 54.914 pontos (+1,62%). O giro financeiro ficou em R$ 8,951 bilhões.

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O vencimento de opções sobre ações na segunda-feira e o nível atingido por alguns papéis após as fortes quedas chamam compras, segundo um experiente profissional. "A alta de hoje é um ajuste técnico devido ao vencimento de opções na segunda-feira. O investidor está puxando a ação. Esta alta está sendo maquiada pelo exercício", disse a fonte, ressaltando que o mercado segue atento com a evolução do cenário internacional, e que uma guinada consistente da Bolsa só deve acontecer se houver uma melhora no mercado externo.

As ações da Petrobras encerraram com ganhos de 3,02% a ON e 3,47% a PN. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em junho encerrou com declínio de 1,17%, a US$ 91,48 o barril, o menor nível desde 26 de outubro.

Já as ações da Vale subiram 2,37% na ON e 2,65% na PNA. Durante encontro com jornalistas, o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, afirmou que não trabalha com a possibilidade de ter que depositar em juízo os R$ 32 bilhões questionados judicialmente pela Receita Federal, que reclama o pagamento de impostos por controladas e coligadas da mineradora no exterior. "Estamos confiantes que os ministros do STF compreendam a dimensão dos investimentos da Vale no Brasil e no exterior e a dimensão de nossas operações", afirmou o executivo.

No exterior, a sensação foi a estreia das ações do Facebook na Nasdaq. As ações da empresa fecharam praticamente no preço de abertura dos negócios nesta sexta-feira, a US$ 38,37, em alta de 0,97%. A animação com a empresa de rede social, porém, não contagiou o Nasdaq, que encerrou com declínio de 1,24%. O índice Dow Jones caiu 0,59% e o S&P 500 perdeu 0,74%.

O Banco Central resolveu intervir no mercado nesta sexta-feira, dia em que, pela primeira vez desde o início da escalada mais recente do dólar, a taxa oficial de câmbio - chamada de Ptax - foi estabelecida acima de R$ 2,00.

Calculada no início da tarde pela média simples de quatro coletas junto às mesas de operações durante a manhã, a Ptax ficou em R$ 2,0095, com alta de 0,61%. É a primeira vez que o câmbio oficial fica acima de R$ 2,00 desde 10 de julho de 2009, quando a taxa foi de R$ 2,0147.

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A atuação do Banco Central aconteceu perto do horário habitual de encerramento dos negócios. Naquele momento, o dólar à vista estava ao redor da máxima do dia, que foi de R$ 2,057. Como a operação equivale a uma venda de dólares, a taxa cedeu. Ao final do pregão, o dólar à vista estava em R$ 2,020 (+1,05%) no balcão e na BM&F (+1,14%). Pouco depois das 17 horas, o dólar junho valia R$ 2,020 (+0,20%).

No leilão, o BC vendeu integralmente o lote ofertado, de 13 mil contratos de swap cambial tradicional. A venda corresponde a US$ 654,3 milhões e anula o vencimento de swaps cambiais reversos do próximo dia 1º de junho, segundo operadores.

De acordo com o BC, os papéis foram vendidos com taxa nominal negativa de 22,1492 e linear também negativa de 21,271, o que demonstra a forte demanda pelos contratos. A taxa de corte ficou em 70%.

Segundo operadores, a ação do BC aconteceu frente à forte volatilidade que as cotações demonstraram no pregão desta sexta. Entre a mínima de R$ 1,996 e a máxima de R$ 2,057 no mercado à vista de balcão, o dólar variou 3,06%. O dólar junho oscilou entre R$ 1,9985 e R$ 2,0635, o que representa 3,25%. "O BC atuou para dar liquidez a quem precisava e para evitar que essa variação brusca se repita", disse um experiente profissional de câmbio.

A percepção desse operador e de outros profissionais ouvidos pela Agência Estado é que a Ptax acima e R$ 2,00 detonou a liquidação de operações estruturadas envolvendo derivativos de dólar, o que potencializou a pressão de alta do dólar e a volatilidade. Por trás disso, o mercado encontrou fôlego para puxar o dólar, mais uma vez, no cenário internacional. As preocupações com a Europa continuam aumentando. Ao longo do dia, foram realimentadas por mais uma onda rebaixamento de bancos pelas agências de classificação de risco. À tarde, também houve rumores de que a Grécia poderia fazer um referendo sobre o euro.

O mercado reagiu mal, ainda, à demora para o início de negociações com ações do Facebook. A ansiedade dos investidores era grande e, diante de um atraso de 30 minutos, as bolsas internacionais passaram a operar no negativo, afetando a Bovespa e ajudando a levar o dólar para cima, no início da tarde. Essa influência, porém, foi pontual.

O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda, com os índices Dow Jones e S&P-500 caindo pelo quinto dia consecutivo; o Nasdaq fechou em baixa pelo quarto dia seguido. O S&P-500 encerrou no nível mais baixo desde 17 de janeiro. O Dow caiu pela 11ª vez em 12 sessões, o que não acontecia desde 2002.

O índice de ações de pequena capitalização Russell 2000 caiu 2,3% e acumula uma queda de mais de 10% em relação a seu pico de março, o que normalmente caracteriza um movimento de correção.

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As Bolsas reagiram a indicadores econômicos fracos divulgados nos Estados Unidos (o índice de atividade do Fed de Filadélfia e o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada) e continuaram a refletir temores de contágio na crise europeia, desta vez em torno da Espanha.

A notícia de que as perdas anunciadas recentemente pelo JPMorgan Chase serão investigadas pelo FBI, e de que seu CEO, Jamie Dimon, terá de depor em audiências no Senado, contribuíram para a aceleração da queda no final da sessão.

"Tem sido como a tortura da água, é um pinga-pinga constante de más notícias. Acho que estamos vendo muitos fundos jogando a toalha. Estou vendo nomes concentrados em fundos de hedge levando uma surra", comentou Seth Setrakian, da First New York Securities. "Estou um pouco decepcionada com o índice do Fed de Filadélfia e, é claro, com os outros indicadores. Acredito que ainda estamos em recuperação, mas ela não é bonita", disse Diane Jaffee, gerente de carteira do TCW Group.

Entre as componentes do Dow, o destaque negativo foi Caterpillar, com queda de 4,42%, depois de a empresa dizer que suas vendas de equipamentos para construção e mineração tiveram uma desaceleração no período fevereiro/abril. As do JPMorgan caíram 4,31%. As da Wal Mart Stores subiram 4,21%, em reação a seu informe de resultado.

As ações da Apple caíram 2,92%, depois de a SAC Capital Advisors e a Viking Global Investors informarem que venderam 6,1 milhões de ações da empresa no último trimestre.

O índice Dow Jones fechou em queda de 156,06 pontos (1,24%), aos 12.442,49 pontos. O Nasdaq finalizou com retração de 60,35 pontos (2,10%), em 2.813,69 pontos. O S&P-500 acabou com perda de 19,94 pontos (1,51%), aos 1.304,86 pontos. O NYSE Composite encerrou com recuo de 112,41 pontos (1,48%), para 7.480,41 pontos. As informações são da Dow Jones.

O dólar cravou R$ 2,00 no fechamento do mercado à vista, tanto nos negócios feitos no balcão (+0,65%) quanto na BM&F (+0,49%). Analistas e investidores começam a considerar esse como um novo ponto de equilíbrio para a moeda, dado o agravamento da crise internacional e diante da tranquilidade apregoada pelo governo. Aos poucos, diminuem as expectativas de eventuais intervenções do Banco Central ou do governo para manter o dólar abaixo dessa marca.

"A equipe econômica vai intervir sim, mas quando o dólar ameaçar a inflação e o projeto maior do governo, que é o juro baixo. Até lá, nada será feito", avaliou um experiente operador do mercado doméstico de câmbio. Para outro profissional, o BC pode atuar se perceber ações especulativas do mercado. "Pode entrar para desmontar eventuais excessos na especulação, como fez no final do ano passado, quando existiam rumores de que estava faltando dólar para exportação. Mas não acredito que intervenha simplesmente porque o dólar está acima de R$ 2,00", disse.

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A ideia de que o governo e o empresariado estão satisfeitos e tranquilos com o nível atual da taxa de câmbio foi reforçada mais uma vez pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. Em entrevista exclusiva à Agência Estado, Mantega afirmou que o contágio do câmbio na inflação doméstica (pass through) preocupa "um pouquinho", mas ressaltou que é pequeno e que há uma queda de commodities que também influencia no sentido contrário. Ele acrescentou que a desvalorização do real é uma vantagem e negou que houvesse um teto de R$ 2,00 para dólar.

Mantega disse ainda que não acredita que o Banco Central vá intervir no câmbio e garantiu que ele e "a torcida do Flamengo" estão satisfeitos com o patamar da moeda norte-americana. Para encerrar, o ministro reafirmou a política de câmbio flutuante.

Apesar de um maior consenso sobre eventuais ações do governo no câmbio os analistas ouvidos pela Agência Estado ressaltaram que o ambiente de negócios nesta terça-feira foi de volatilidade e as cotações da moeda norte-americana ante o real acompanharam o vaivém internacional.

Logo na primeira metade do dia, o dólar foi do terreno negativo ao positivo seguindo o noticiário internacional. Inicialmente, a moeda dos EUA mostrou-se enfraquecida em relação à véspera no exterior e aqui, diante do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha e da zona do euro acima do esperado no primeiro trimestre, já que isso diminuiu momentaneamente a aversão ao risco.

Em seguida, no entanto, a trajetória de queda do dólar começou a reverter. O motivo foi a alta do Índice de Atividade Empire State em maio nos Estados Unidos, que se mostrou bem acima das expectativas dos analistas. Embora positiva, essa informação tende a reforçar a recuperação dos EUA em detrimento da Europa e isso fortifica o dólar ante o euro.

Posteriormente, a moeda única voltou a ser penalizada pelo noticiário grego. Houve mais um fracasso nas negociações para formação de um governo de coalizão no país e isso abre caminho para a realização de uma nova eleição em junho.

Os contratos futuros de petróleo fecharam nesta terça-feira abaixo de US$ 94 pela primeira vez em cinco meses, já que a turbulência política europeia obscureceu as perspectivas para o crescimento econômico. A baixa é a nona em dez sessões.

As preocupações com a economia europeia e o aumento do fornecimento mundial de petróleo têm pesado sobre o mercado há mais de uma semana e levaram os preços da commodity na New York Mercantile Exchange (Nymex) a renovar o menor patamar de fechamento desde dezembro de 2011.

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O petróleo para entrega em junho terminou a sessão em queda de US$ 0,80 (0,84%) na Nymex, a US$ 93,98 por barril. Na plataforma eletrônica ICE, o Brent para junho fechou em alta de US$ 0,67 (0,60%), a US$ 112,24, em seu último dia de negociação. Com o vencimento do contrato de junho, passa a vigorar o contrato do mês de julho, que neste pregão registrou avanço de US$ 0,45 e finalizou a US$ 111,45.

A zona do euro teve notícias otimistas nesta terça. A economia da Alemanha cresceu 0,5% no primeiro trimestre, enquanto na França o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável na comparação com o quarto trimestre de 2011, em linha com a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones. Esse fato, de que ambos os países evitaram a definição técnica de recessão - dois trimestres consecutivos de crescimento negativo - foi suficiente para estimular algumas compras pela manhã, quando os preços atingiram uma alta de US$ 94,56.

A tendência de alta, no entanto, teve vida curta, após o presidente da Grécia, Karolos Papoulias, afirmar que as negociações para tentar formar um governo de coalizão fracassaram e novas eleições vão ser convocadas. Após se reunir com os líderes dos cinco maiores partidos políticos gregos, Papoulias reconheceu o impasse e informou que uma nova reunião deve ser realizada na quarta-feira, às 7 horas (horário de Brasília), para discutir a formação de um governo interino. Ainda não foi estabelecida uma data para o novo pleito, mas se cogita que seja realizado em 17 de junho. As informações são da Dow Jones.

Contaminada pelas incertezas externas, a Bolsa paulista aprofundou as perdas ao longo da tarde e encerrou o pregão no menor nível do ano. A incapacidade da Grécia de formar um novo governo e a chance cada vez mais concreta de saída do país da zona do euro aprofundou o mau humor dos investidores no mundo inteiro. E no Brasil não foi diferente. O temor é que a eventual saída da Grécia engatilhe um contágio financeiro capaz de aprofundar ainda mais a onda de aversão ao risco já vista nos mercados globais.

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira na mínima do dia, com declínio de 3,21%, aos 57.539,61 pontos. Este é o menor nível desde 2 de janeiro, quando o índice fechou em 57.829,27 pontos. Com o resultado de hoje, a Bolsa está muito próxima de zerar o ganho no ano, de 1,38%. No mês, o índice já perde 6,92%. Na máxima o Ibovespa ficou estável em 59443 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 6,323 bilhões. Os dados são preliminares.

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Após passar o dia inteiro em queda, as perdas foram ampliadas - e generalizadas - na última hora do pregão, atingindo praticamente todas as 68 companhias que compõem o principal índice da Bolsa.

O dia foi marcado por ordens pontuais de stop loss, que foram acionadas com a perda do patamar dos 58 mil pontos, e pela saída mais forte do investidor estrangeiro, que atuou fortemente na ponta vendedora. A debandada foi agravada pela disparada do dólar, que torna o mercado brasileiro menos atrativo, já que o ganho dos estrangeiros ficam comprometidos. Hoje, o dólar comercial encerrou com valorização de 1,79%, a R$ 1,9870.

Entre as blue chips, os papéis ON da Petrobras marcaram recuo de 1,88%, enquanto as PN perderam 2,22%. Além disso, a queda de 1,14% do contrato de petróleo com vencimento em junho, para US$ 94,78 o barril, também pesou.

As ações ON da Vale fecharam o dia com desvalorização de 1,66%, e as PNA, -1,68%. A queda também acompanha as baixas nos contratos futuros de metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME), que fecharam todos no vermelho nesta segunda-feira.

Para o economista-chefe da Cruzeiro do Sul, Jason Vieira, o caso grego é emblemático pois concretizaria o fracasso da zona do euro. Em sua avaliação, a saída da Grécia do bloco seria suficiente para causar um efeito manada de saída dos investidores dos mercados.

Em Wall Street, as incertezas sobre a Grécia também pesaram, em um dia esvaziado de indicadores. No pregão desta segunda-feira, o índice Dow Jones encerrou em queda de 0,98%, o S&P 500 recuou 1,11% e o Nasdaq registrou perda de 1,06%.

O dólar inaugurou a semana testando a marca de R$ 2,00 e bateu máxima de R$ 2,001, só superada no dia 13 de julho de 2009, quando chegou a R$ 2,01. A pressão ocorreu em decorrência do nervosismo externo, renovado pelo fato de a Grécia não ter alcançado um acordo político durante o final de semana, nem haver avanços nesta segunda-feira. Agora, com aval de diversos pronunciamentos de autoridades europeias, que já veem a exclusão da Grécia da zona do euro como uma possibilidade, os mercados começam a embutir essa eventualidade nos preços dos diferentes ativos.

Por enquanto, as avaliações sobre os efeitos de uma ruptura na Grécia são díspares. Alguns investidores avaliam que a Grécia já devia ter voltado à sua moeda anterior, o dracma, e acreditam que, se isso ocorrer, será benéfico para que a região se concentre em "arrumar o restante da casa". Outros temem que esse evento desencadeie um movimento de piora pelo restante dos países com problemas fiscais, incluindo Espanha e Itália, com consequências ainda difíceis de mensurar.

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Hoje, as análises mais tranquilas prevaleceram no mercado doméstico de câmbio e o dólar não sustentou a marca de R$ 2,00 até o fechamento. No final do pregão, o dólar à vista valia a R$ 1,987 (+1,79%) no mercado de balcão e R$ 1,9903 (+2,01%) no pronto da BM&F. Às 17h12, o dólar futuro de junho, o mais líquido, valia R$ 1,996 (+1.06%), depois de ter registrado máxima de R$ 2,010.

O clima azedo na Europa contou ainda com o fato de a produção industrial na zona do euro ter caído em março, o que confirma a previsão de que o bloco deve entrar em recessão. O recuo foi de 0,3% em bases mensais em março e de 2,2% em termos anuais. Economistas estimavam que a produção industrial apresentasse alta de 0,5% no mês e queda de 1,2% na comparação anual. A Eurostat também revisou sua estimativa para fevereiro, para alta de 0,8% na comparação mensal e queda de 1,5% na base anual, ante alta de 0,5% no mês e recuo de 1,8% no ano.

Além disso, pesou negativamente no desempenho dos mercados o fato de a premiê Angela Merkel ter sido derrotada em eleições regionais alemãs. Depois da guinada política na Grécia e na França, é mais um sinal de que a crise econômica do Velho Continente está atingindo fortemente o desenho político da região.

No sentido de sinalizar tranquilidade interna, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que a alta do dólar beneficia a economia brasileira e, por isso, não preocupa o governo. "O dólar alto beneficia a economia brasileira porque dá mais competitividade para os produtos brasileiros. Significa que a indústria brasileira pode competir melhor com os importados, que ficam mais caros, e pode exportar mais barato. Portanto, não preocupa", disse o ministro, ao chegar ao ministério em Brasília. Ao ser perguntado sobre o fato de o dólar estar bem acima de R$ 1,80, patamar que já foi considerado bom pelo governo, o ministro disse que o governo nunca estabeleceu "nenhum parâmetro para o dólar e nem vai estabelecer". "O dólar é flutuante, portanto, vai flutuar de acordo com o mercado."

Os contratos futuros de ouro voltaram a fechar em queda nesta segunda-feira na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), e renovaram a mínima em 2012 em meio a temores referentes ao futuro da união monetária europeia em meio à dificuldade enfrentada pela Grécia para formar uma coalizão de governo.

O ouro para entrega em junho recuou US$ 23,00 (1,45%) nesta segunda-feira, encerrando a sessão em US$ 1.561,00 por onça-troy. Desde o início de maio, o ouro já acumula depreciação de mais de 6% por causa dos temores segundo os quais a Grécia não seria capaz de cumprir as ações exigidas em troca de seu segundo pacote de resgate e acabaria forçada a abandonar a zona do euro. As informações são da Dow Jones.

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Na sessão desta segunda-feira, os investidores desfizeram-se do metal precioso junto com as ações e as commodities. "É como se as pessoas tivessem se esquecido do que o ouro realmente é: uma proteção contra as incertezas", avaliou Bob Haberkorn, broker de commodities da RJO Futures.

As moedas fortes registravam no fim da tarde desta sexta-feira pouca variação em relação à quinta-feira, em um dia no qual os investidores tentavam recuperar o fôlego depois de uma agitada semana dominada pela incerteza em relação à capacidade dos principais partidos políticos da Grécia de negociarem a formação de um novo governo.

As notícias segundo as quais a Grécia seguia sem um acordo de coalizão na tarde desta sexta-feira levou o euro a uma ligeira queda em relação ao dólar e ao iene, mas num movimento relativamente modesto se comparado com outros declínios registrados no decorrer da semana.

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No fim da tarde, em Nova York, o euro era negociado a US$ 1,2919, de US$ 1,2934 ontem, e estável em € 1,2012 por franco suíço. O iene estava cotado a 79,94 por dólar, de 79,93 ienes por dólar na última sessão, e a 103,27 por euro, de 103,40 ienes por euro ontem. A libra estava em US$ 1,6070, de US$ 1,6145 ontem. O dólar estava em 0,9297 franco suíço, de 0,9286 franco ontem. As informações são da Dow Jones.

O mercado norte-americano de ações fechou em baixa, com o índice Dow Jones acumulando sua maior queda, tanto em pontos como em termos porcentuais, desde a semana até 16 de dezembro do ano passado. As ações dos bancos estavam entre as que mais caíram nesta sexta-feira, depois de o JPMorgan Chase anunciar perdas de US$ 2 bilhões com operações com instrumentos sintéticos de crédito nas últimas seis semanas. O índice Nasdaq, centrado em ações do setor de tecnologia, fechou em leve alta.

As Bolsas dos EUA abriram em queda, em reação ao anúncio do JPMorgan e à desaceleração do indicador de produção industrial da China em abril. O anúncio de novas medidas em favor dos bancos da Espanha e a inesperada alta no índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

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As ações do JPMorgan caíram 9,28%. Segundo a FactSet, o volume de negócios com ações do banco alcançou o recorde de 216 milhões de ações, superando os 184 milhões de 21 de novembro de 2008. Outras ações de bancos também sofreram quedas fortes, entre elas Citigroup (-4,24%), Morgan Stanley (-4,17%), Goldman Sachs (-3,94%) e Bank of America (-1,95%).

As ações da Chesapeake Energy, do setor de gás, caíram 13,8% depois de a empresa anunciar o adiamento de uma planejada venda de ativos.

No setor de tecnologia, as ações da NVidia subiram 6,36%, em reação a seu informe de resultados; os ADRs da japonesa Sony caíram 7,80%, também em reação a seu informe de resultados.

As ações da empresa de colocação de empregados Monster Worldwide subiram 19,01%, em reação a informes de que a rede social LinkedIn estaria interessada em comprar a companhia; as da LinkedIn caíram 3,40%.

O índice Dow Jones fechou em queda de 34,44 pontos (0,27%), em 12.820,60 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 0,18 ponto (0,01%), em 2.933,82 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 4,60 pontos (0,34%), em 1.353,39 pontos. O NYSE Composite fechou em 1queda de 36,87 pontos (0,47%), em 7.815,88 pontos. Na semana, o Dow acumulou uma queda de 1,67%, o Nasdaq, uma baixa de 0,76% e o S&P-500, uma queda de 1,15%. As informações são da Dow Jones.

Com a agenda doméstica vazia, o dólar oscilou ao sabor do noticiário internacional, onde os vaivéns foram acentuados nesta sexta-feira. Ao final do pregão, a moeda norte-americana apresentou alta de 0,26% no mercado à vista de balcão, a R$ 1,952. Na BM&F, o pronto ficou em R$ 1,951, com valorização também de 0,26%.

O dia amanheceu tenso com os sinais de enfraquecimento econômico dos parceiros brasileiros no grupo Brics, China e Índia. A segunda maior economia do planeta informou que a produção industrial em abril cresceu apenas 9,3%, ante projeções de 12,2%. Na índia, a indústria retrocedeu 3,5% em março deste ano na comparação com o mesmo mês de 2011. O resultado ficou bem abaixo do aumento de 1,5% projetado por economistas.

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Ambos os dados aumentaram as preocupações sobre uma desaceleração mais acentuada do que previsto nessas economias, principalmente na China. E isso coloca dúvidas o papel de ajuda dos emergentes para a recuperação global.

Além disso, a informação do JPMorgan de que deverá ter uma perda de até US$ 2 bilhões com transações com veículos sintéticos de crédito no segundo trimestre reacendeu as preocupações com o setor bancário nos EUA. E o dólar chegou a registrar alta forte logo cedo, de 0,92% na máxima do dia, a R$ 1,965.

Mas houve alívio, que chegou também pelo noticiário norte-americano. Ainda pela manhã, o dado forte de confiança do consumidor dos Estados Unidos mobilizou todos os mercados mundiais, que mostraram melhora. O indicador, medido pela Reuters/Universidade de Michigan subiu para 77,8 na leitura preliminar de maio - maior patamar em mais de quatro anos e acima das previsões de 76. Foi o suficiente para que as bolsas norte-americanas migrassem do terreno negativo para experimentar leve alta, carregando outros ativos globais. Aqui, o dólar à vista de balcão entrou a tarde na mínima do dia, em queda de 0,36%, a R$ 1,940.

A segunda metade do pregão, no entanto, voltou a ser assombrada pelos velhos problemas europeus. Desde cedo, a confiança sentida na quinta-feira em relação a um entendimento político na Grécia mostrava sinais de esmorecimento, o que acabou se consolidando à tarde. E a cautela voltou a prevalecer, com os investidores preferindo esperar as novidades do final de semana zerados.

Nesta sexta-feira, o mercado recebeu mais uma novidade com potencial para mexer fortemente com os negócios: a Fitch anunciou o rebaixamento do rating do JPMorgan. Caminhando para o fechamento, o dólar junho pulou para a máxima, a R$ 1,977 (+0,76%), às 17h45. Antes disso, esse vencimento valia R$ 1,9705, com aumento de 0,43%.

Depois de oscilar, a Bovespa encerrou em queda pelo quarto dia seguido e pelo terceiro pregão manteve o nível de 59 mil pontos no fechamento. A Bolsa acompanhou o índice Dow Jones e a queda das commodities no mercado internacional, que também acabou influenciando as ações de Petrobras e Vale.

O Ibovespa encerrou com declínio de 0,43%, aos 59.445,21 pontos. Com o resultado desta sexta-feira, a Bolsa paulista registrou a terceira queda semanal seguida, de 2,26% e, no mês, o recuo foi ampliado para 3,84%. Já no ano, a Bolsa está perto de anular os ganhos acumulados, registrando valorização de apenas 4,74%. Vale lembrar que o índice já chegou a acumular alta de quase 20% este ano. Na mínima, o índice atingiu 59.138 pontos (-0,94%) e, na máxima, 60.340 pontos (+1,07%).

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Logo cedo, o noticiário mais pessimista indicava que os mercados acionários teriam mais um dia de queda. No entanto, a divulgação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan animou os negócios, levando as bolsas em Nova York para o campo positivo, movimento que foi acompanhando pela Bovespa. Mas, no início da tarde, o otimismo foi deixado de lado.

Petrobras ON caiu 1,88% e a PN, -1,96%. Na semana, as ações acumulam perda de 4,71% e 4,63%, respectivamente. Além do cenário externo, também pesou sobre os papéis o cancelamento da divulgação do balanço referente ao primeiro trimestre do ano, originalmente marcado para esta sexta-feira, após o fechamento dos negócios. Na quinta-feira, no início da noite, a estatal informou que só irá revelar seu resultado na terça-feira, dia 15, último dia, segundo a legislação doméstica, para as empresas informarem seus números. Segundo comunicado da Petrobras, o adiamento se deu por incompatibilidade de agenda dos membros do conselho. Além disso, o recuo de 0,98% no contrato de petróleo com vencimento em junho, para US$ 96,13 o barril, também contribuiu.

Já a Vale seguiu a queda dos metais e terminou a sexta-feira com desvalorização de 3% a ON e de -3,11% a PNA. Na semana, os papéis acumulam perdas de 5,85% e 6,03%, respectivamente.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira em meio a uma série de notícias negativas, incluindo sinais desapontadores sobre o crescimento econômico da Europa e a desaceleração da economia da China, além de uma perda inesperada pelo JPMorgan.

O banco perdeu US$ 2,3 bilhões com operações com veículos sintéticos de crédito. A revelação forneceu munição a reformadores que querem regulações mais duras para os mercados financeiros. Tal regulação poderia limitar o nível de risco permitido nos mercados futuros, caso do petróleo.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para junho fecharam a US$ 96,13 o barril, em queda de US$ 0,95 (0,98%). Por outro lado, na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para junho fecharam a US$ 112,26 o barril, em baixa de US$ 0,47 (0,42%).

A turbulência política na União Europeia (UE), com a nova liderança na França e o impasse em relação a um novo governo da Grécia, espalhou o temor de mais desaceleração econômica.

Nesta sexta-feira, a Comissão Europeia, braço executivo da UE, disse, em seu relatório de previsões econômicas, que há sinais iniciais de uma recuperação na economia do bloco no próximo ano, embora ainda haja riscos. "O principal risco continua sendo um agravamento da crise de dívida soberana com contágio financeiro e uma forte queda da disponibilidade de crédito", disse a Comissão.

Além disso, na China, o valor agregado da produção industrial do país subiu 9,3% em abril em relação a abril do ano passado, diminuindo acentuadamente ante o avanço de 11,9% de março, segundo dados do Escritório Nacional de Estatística divulgados nesta sexta-feira. As vendas no varejo da China subiram 14,1% em abril em relação a igual mês do ano passado, menos do que os 15,2% registrados em março. As informações são da Dow Jones.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em queda nesta sexta-feira, após a divulgação do índice de sentimento do consumidor dos Estados Unidos, que diminui a atratividade do metal como "porto seguro".

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para junho, caiu US$ 11,50 (0,70%), fechando a US$ 1.584 a onça-troy, no menor nível desde 30 de dezembro do ano passado. Na semana, recuou 3,7%.

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Nos EUA, o índice de sentimento do consumidor, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, subiu para 77,8 na leitura preliminar de maio, ante 76,4 na leitura final de abril. É o maior nível desde janeiro de 2008. O avanço superou as previsões dos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam uma leitura de 76,0.

A queda do ouro nesta sexta-feira também foi resultado da divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de abril, que recuou 0,2% ante março, para o menor nível em mais de dois anos. Também foram divulgados dados sobre a inflação na China, que vieram abaixo do esperado, prejudicando o metal que geralmente é comprado como um hedge - instrumento de segurança - contra a inflação. As informações são da Dow Jones.

Depois da divulgação de dois indicadores de preços elevados, na terça e quarta-feira, e da reação em alta das taxas futuras de juros, o mercado entrou em rota de correção nesta quinta-feira, a despeito de a primeira prévia do IGP-M, em 0,89%, também ter superado a mediana das expectativas. O movimento de baixa foi disparado por dados antecedentes de produção industrial ruins. E, tendo em consideração a insistência do governo em sustentar e melhorar o desempenho da economia, os agentes viram espaço para retirar prêmios de toda a curva a termo de juros.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (584.820 contratos) estava em 8,00%, de 8,03% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2014 (722.525 contratos) indicava 8,46%, de 8,56% na véspera. Entre os longos, a queda foi ainda mais expressiva. O DI janeiro de 2017 (113.235 contratos) cedia para 9,68%, de 9,89% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (3.965 contratos) caía para 10,17%, de 10,40% no ajuste.

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A busca do governo por sustentar o crescimento pode ser vista, nas palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que voltou a falar sobre estímulos à economia nesta quinta-feira. Segundo ele, o governo tem "lastro" para anunciar novas medidas, mas sem citar ações específicas.

Ainda pela manhã, os agentes tomaram conhecimento da queda de 7,25% nas vendas de papelão ondulado em abril ante março. Segundo dados preliminares da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), o total comercializado somou 260.989 toneladas no mês passado, representando avanço de 1,28% sobre março de 2011. Também nesta quinta-feira, saiu a informação de que o fluxo veículos pelas estradas pedagiadas em abril recuou 0,8% na comparação com março, descontados os efeitos sazonais. Chamou a atenção nos dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), calculados em parceria com a Tendências Consultoria Integrada, o fato de que boa parte do resultado se deveu à queda de 2,6% na circulação dos veículos pesados em abril.

No âmbito inflacionário, a decomposição do IGP-M não trouxe apenas notícias ruins. O IPC-M apresentou alta de 0,29% na prévia de maio, após subir 0,47% na primeira prévia de abril. Já o INCC-M teve alta de 0,61%, após subir 0,76% na primeira prévia de abril. O IPA-M, porém, avançou 1,15%, ante alta de 0,47%, na mesma comparação.

Também sobre inflação, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que a taxa medida pelo IPCA de 0,64% em abril veio acima das expectativas do BC, mas que o acumulado em 12 meses ainda não preocupa. Durante o XIV Seminário Anual de Metas para a Inflação, no Rio de Janeiro, Tombini projetou que, "nos próximos três meses, a inflação mensal será inferior à registrada em abril". "Estamos em um processo de convergência da inflação".

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, pressionadas pela possibilidade de a Grécia sair da zona do euro e intensificar a crise no bloco. Os líderes dos principais partidos políticos gregos estão envolvidos em um complicado processo de negociação para formar um governo de coalizão, após as eleições de domingo.

O índice Dow Jones perdeu 76,44 pontos (0,59%), fechando a US$ 12.932,09 pontos. O Nasdaq recuou 11,49 pontos (0,39%), fechando a 2.946,27 pontos. E o S&P 500 teve queda de 5,86 pontos (0,43%), fechando a 1.363,72 pontos.

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Apesar da retração, os índices acionários fecharam bem acima das mínimas da sessão. "Isso está se tornando um padrão: vender até que os mercados na Europa fechem. Assim que nós pararmos de sermos atingidos pela contínua onda de más notícias, haverá mais oportunidade para nos focarmos nos mercados dos EUA e na economia dos EUA", afirma Jack Ablin, diretor de investimento do Harris Private Bank.

Na Grécia, o líder da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza), Alexis Tsipras, que ficou em segundo lugar nas eleições parlamentares de domingo, iniciou nesta terça-feira as conversas com outros líderes para tentar formar um governo de coalizão. O líder da Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, afirmou que está aberto à possibilidade de uma aliança de esquerda, mas o problema é que mesmo juntando todos os partidos de esquerda, incluindo o socialista Pasok, eles não conseguirão obter maioria no Parlamento sem o conservador Nova Democracia. Tsipras já refutou tal parceria, e o líder dos conservadores, Antonis Samaras, disse que o Syriza vai levar o país ao calote e à saída da zona do euro.

Os receios com a Grécia ofuscaram a melhora no índice de otimismo das pequenas empresas, divulgado pela Federação Nacional de Empresas Independentes. O indicador avançou para 94,5 em abril, de 92,5 em março.

Nesta terça-feira o petróleo WTI na New York Mercantile Exchange (Nymex) fechou a US$ 97,01 o barril, o menor nível desde 19 de dezembro do ano passado. Já o ouro encerrou a sessão a US$ 1.604,50 a onça-troy na Comex, o patamar mais baixo desde 3 de janeiro.

No front corporativo, as ações da Fossil despencaram 37,57%, após a fabricante de relógios divulgar vendas decepcionantes no primeiro trimestre. Os papéis do McDonald's perderam 2,05%, também após revelar vendas decepcionantes em abril. As informações são da Dow Jones.

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