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De forma paralela à vacinação contra a Covid-19, outra campanha nacional de imunização também está abrangendo o sistema socioeducativo: a da gripe. Desde o início de junho, cerca de 200 socioeducandos e já receberam o imunizante em Pernambuco, por meio de uma articulação entre o Eixo Saúde da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) e as secretarias de Saúde do Estado e dos municípios onde a instituição tem unidades.

A Funase diz que a previsão é de que, gradativamente, a aplicação de doses alcance a totalidade desse público, que é composto por 772 adolescentes e jovens privados de liberdade.

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A campanha já passou por unidades como os Centros de Internação Provisória (Cenip) Recife e Santa Luzia e os Centros de Atendimento Socioeducativo (Case) Santa Luzia, Jaboatão dos Guararapes e Vitória de Santo Antão. Já os servidores dessas e de outras unidades da Funase, instituição vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) de Pernambuco, estão sendo orientados a procurar postos de vacinação em seus municípios de domicílio ou de trabalho.

Vale lembrar que a vacina contra a gripe não protege contra o novo coronavírus, nem a da Covid-19 protege contra a gripe. Por isso, é importante receber os dois imunizantes, desde que respeitado o intervalo de, pelo menos, 14 dias entre a aplicação das doses.

Em cumprimento às medidas restritivas implementadas em 53 municípios do Agreste de Pernambuco, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), determinou a suspensão das visitas presenciais em três unidades socioeducativas situadas na região. 

A decisão vale até 31 de maio e segue o período de vigência do Decreto Estadual 50.724/2021, que trata do assunto. O objetivo é evitar a propagação do novo coronavírus nos espaços de privação ou restrição de liberdade, resguardando a saúde dos adolescentes e jovens atendidos e dos servidores da instituição.

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As medidas valem para o Centro de Internação Provisória (Cenip) e para o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) situados em Caruaru e para o Case/Cenip Garanhuns, unidade que realiza, de forma integrada, atendimentos de internação e de internação provisória. Cerca de 170 adolescentes e jovens estão nessas instalações. 

Nesses dois municípios, a Funase também dispõe de Casas de Semiliberdade (Casem), mas esses espaços normalmente já não recebem visitas de familiares de socioeducandos porque, nesse regime de atendimento, os adolescentes têm direito de passar fins de semana e feriados em suas residências.

Em outras 12 unidades da Funase, as visitas presenciais seguem liberadas nesse período, mas com observância às restrições e cuidados que já estavam em vigor. A presidente da Funase, Nadja Alencar, aponta que na Região Metropolitana, na Zona da Mata e no Sertão, só é liberado o acesso de um visitante por socioeducando, em dias e horários acertados pela equipe técnica de referência e pela direção de cada unidade junto às famílias. 

O uso de máscaras é obrigatório não só na entrada, mas também dentro das unidades, por adolescentes, servidores e familiares.

Em 2011, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendou ao então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o fechamento de duas unidades de internação de adolescentes por falta de estrutura para continuarem ativas. Na época, a recomendação, no entanto, foi ignorada. Cinco anos depois, em 2016, as unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Pernambuco registram um cenário ainda pior. Mortes de internos, superlotação, venda de drogas, tortura, constantes fugas e rebeliões são notícias todos os dias. Atualmente, o Estado mantém 1.560 reeducandos nas 25 unidades da Funase.

De acordo com o Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco (DCA/PE), entre 2012 e 2016, 28 adolescentes foram mortos dentro das unidades de internação de Pernambuco. Ainda de acordo com o DCA, os números alarmantes garantem que Pernambuco ocupe o 1º lugar do Brasil em extermínio de adolescentes sob a responsabilidade do Estado. Para o Conselho Nacional de Justiça, o sistema socioeducativo pernambucano vigora em total desacordo com as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Sistema Nacional de Medidas Socioeducativas (Sinase).

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Com a finalidade de "ser referência nacional, pela sua capacidade de atender adolescentes como sujeitos de direitos, com condições para o exercício da cidadania, consolidando o princípio da incompletude institucional e o projeto político pedagógico", a Funase falha todos os dias. As consequências do tratamento inadequado que os adolescentes recebem podem ser vistas em palavras-chave nas manchetes dos jornais de Pernambuco: fugas, mortes, rebeliões. Para Lourdes Viana, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), as unidades de Caruaru, no Agreste pernambucano e de Abreu e Lima, no Grande Recife, são as piores.

"Em julho deste ano, o Conselho recebeu fotografias nítidas de torturas nos internos ocorridas na Funase de Caruaru. Fomos registrar de perto as ocorrências e, quando chegamos, nenhum menor torturado se encontrava na unidade. Ninguém soube dizer para onde eles teriam sido transferidos", relatou. Lourdes ainda contou que muitas das mortes dos internos só chegam ao CEDCA através da imprensa e nem são oficializadas pelo Estado. "A situação é tão caótica que a gente não tem conhecimento de que as investigações das mortes são realizadas", lamentou. Há 18 dias, um motim no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), em Abreu e Lima, resultou na morte de mais um reeducando.

Para o DCA, o óbito de mais um interno dentro de uma Fundação de Atendimento Socioeducativo, que deveria reeducar o adolescente, revela a completa falência do sistema em todas as suas instâncias: a que prende, a que julga e a que deveria ressocializar. Com a função de formular e fiscalizar a política de atendimento à criança e ao adolescente de Pernambuco, o CEDCA tem se debruçado sobre a situação de emergência no sistema de internação do Estado, afirma a presidente do órgão. Ela garante que desde que entrou na presidência, em fevereiro, os profissionais têm realizado visitas mensais aos centros de internação para coibir as práticas nocivas do Estado.

Tratamento digno aos internos é utopia

Fatores básicos para a ressocialização, como o tratamento digno, respeito à individualidade e liberdade, projetos de escolarização e profissionalização, manutenção de vínculos familiares, acesso ao lazer, à cultura e à convivência comunitária são quase que utopias nas unidades socioeducativas de Pernambuco. Para Lourdes Viana, não há um plano pedagógico. "Em uma análise que fizemos, registramos a ausência de um plano sociopedagógico de recuperação e de aceleração de aprendizadem", pontua. 

Ela explica que a superlotação é um problema recorrente na Funase e que já foram solicitadas várias vezes a redução dos quantitativos que estão nos centros, principalmente no de Abreu e Lima, que consta com um número de internos muito superior ao capaz de abrigar. "A funase tem que estudar novamente e rever um plano estrutural que inclui a construção de novas unidades para que nenhuma delas tenha a capacidade de atendimento superada", argumenta.

Tendo sob sua responsabilidade a vida dos adolescentes que se encontram nos Centros Socioeducativos, o Governo de Pernambuco demonstra despreparo e um legado de ineficiência. Para o CEDCA, não há humanização no atendimento e os ambientes físicos são terríveis. "A gente não pode conviver com esse cenário de guerra dentro das unidades, não queremos uma situação de indiferença e de não resolução dos problemas e dos crimes. O Estado tem demonstrado incompetência em defender a vida dos adolescentes", crava Lourdes. 

Vigília em defesa dos Direitos Humanos

Revoltados com a situação caótica, o Fórum DCA/PE realizará uma mobilização na próxima segunda-feira (15) pelo fim da violência e das mortes nas unidades da Funase. O ato será realizado na Praça da República, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, às 14h. O Fórum pede o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco.

Questionada sobre as mortes e as constantes rebeliões e fugas nos Centros de Atendimento Socioeducativos, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) limitou-se a informar que "vem empreendendo todos os esforços para que o papel da Funase, de desenvolver ações com jovens que cumprem medidas socioeducativas, seja realizado da melhor forma possível". Por meio de nota, a secretaria listou uma série de ações estão sendo realizadas "em prol dos jovens". 

Confira a nota na íntegra:

"As unidades da Funase realizam uma série de atividades em prol dos jovens, tais como cursos de operador de computador, artesanato, robótica, costura, frentista, marcenaria, auxiliar de agropecuária, padeiro, gesseiro, fotografia. Há atividades culturais, apresentações musicais, comemorações de datas festivas, eventos religiosos, palestras, diálogos de conscientização, reuniões com familiares. A Secretaria de Saúde realiza palestras nas unidades e campanha de vacinação.

​Além disso, a SDSCJ tem os programas "Vida Aprendiz" e "Novas Oportunidades", que oferecem aos jovens oportunidades de emprego. (Veja abaixo um resumo dos dois programas que beneficiam tanto os jovens que estão, quanto os que já saíram da Funase). O Programa Vida Aprendiz, da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), através da Secretaria Executiva do Sistema Socioeducativo e Fortalecimento dos Conselhos (SESSFC), contempla: Jovens que estão em cumprimento de medida socioeducativa e também os jovens que já saíram da Funase.

O Programa Novas Oportunidades, da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, através da Secretaria Executiva do Sistema Socioeducativo e Fortalecimento dos Conselhos (SESSFC), contempla: Jovens que já saíram da Funase, tendo cumprido toda a pena. É realizado o acompanhamento psicossocial desses jovens nas suas comunidades e também acompanhamento de suas famílias."

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Pelo menos 13 socieducandos se envolveram em confusão no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caruaru, nesta terça-feira (31). De acordo com a assessoria de imprensa da Funase, o caso se tratou de apenas um princípio de tumulto e o incidente teria começado durante a aula, no meio da tarde. 

Os envolvidos foram encaminhados para a Delegacia de Caruaru. Ao intervirem para encerrar o desentendimento, dois agentes penitenciários de plantão tiveram ferimentos nas mãos, mas, de acordo com a Funase, não precisaram ser socorridos. Em nota, a Fundação de Atendimento Socioeducativo garantiu que a abrirá uma sindicância para apurar os fatos. 

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Dos 13 jovens envolvidos no tumulto, três são maiores de idade. Ainda não sabe o que ocasionou a discussão. 

Começam nesta quinta-feira (17) as inscrições no processo seletivo da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Pernambuco. O certame oferece 82 vagas, distribuídas entre as funções de agentes socioeducativos (70) e assistentes socioeducativos (12), para as cidades de Arcoverde e Timbaúba, Sertão e Zona da Mata Norte do estado, respectivamente. As inscrições poderão ser realizadas até 4 de maio.

A remuneração varia de R$ 1.000 a R$ 1.200, de acordo com o cargo pretendido. O regime de trabalho será de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso. Para concorrer, os candidatos devem possuir formação de níveis médio, técnico ou superior completo, e efetuarem as inscrições, conforme prazo previsto no edital, através do site da banca organizadora, UPENET, mediante o preenchimento de cadastro e pagamento da taxa de R$ 60.

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A seleção será composta de prova objetiva de conhecimentos, com 40 questões de múltipla escolha. As provas serão realizadas, no dia 18 de maio, nos municípios que destinam as vagas e o resultado final será divulgado no dia 28 do mesmo mês, segundo o edital.

No processo de ressocialização de quem está privado de liberdade, ações educativas podem ser boas soluções. Nesse contexto, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) está realizando, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão/PE), o curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) em agropecuária, na unidade do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Petrolina.

Os socioeducandos passam por aulas teóricas e práticas, realizadas em vários setores do Campus Petrolina Zona Rural, do IF. De acordo com a Funase, a intenção é qualificar os jovens em cumprimento de medidas socioeducativas para atuação no mercado agropecuário.

A previsão de finalização do curso é para o mês de dezembro deste ano. Os encontros ocorrem de forma modular, nas terças, quartas e quintas-feiras, no horário das 13h às 17h.



















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Jovens de 16 a 21 anos de idade, da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Caruaru, no Agreste pernambucano, iniciaram, nesta semana, um curso de costura industrial. A qualificação é resultado de uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e atende 20 socioeducandos.

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Segundo a coordenadora do espaço socioeducativo, Daniela Braga, a escolha por Caruaru não foi aleatória. “Caruaru é um polo de confecção têxtil, por isso os meninos iniciaram essa capacitação para ir de acordo com o que o mercado pede”, explicou Daniela, conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria da Criança e Juventude.

“Quando sair daqui, vou investir nessa área, já participei de outro curso de costura aqui na unidade, agora estou aperfeiçoando para quando chegar lá fora montar uma mini fábrica com minha mãe”, afirmou um dos jovens beneficiados, de 18 anos, que não teve seu nome identificado pela assessoria. A duração da qualificação é de 160 horas. 

Seguem abertas as inscrições para a seleção simplificada da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), com 119 vagas para a função de agente socioeducativo e seis para assistente socioeducativo, no Recife e Região Metropolitana. Os candidatos devem se inscrever por meio da internet, até o dia 2 do próximo mês e o valor da taxa de inscrição é de R$ 55.

Os concorrentes, para desempenharem o cargo de agente socioeducativo, devem ter o nível médio ou técnico finalizado. A remuneração salarial é de R$ 1 mil em regime de plantão, numa escala de 12 horas de serviço por 36 de descanso.

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Para a função de assistente socioeducativo, os candidatos devem ter graduação em curso superior de qualquer área. O salário é de R$ 1.200, em regime de plantão, conforme a mesma escala do cargo anterior.

O processo seletivo em uma única fase de prova objetiva de Conhecimentos da Língua Portuguesa e Conhecimentos Específicos. A prova ocorrerá no dia 7 de julho e o resultado do processo seletivo será divulgado no dia 15, do mesmo mês. Outras informações sobre a seleção podem ser conseguidas em seu edital.



Estão abertas as inscrições para a seleção simplificada da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), com 119 vagas para a função de agente socioeducativo e seis para assistente socioeducativo, no Recife e Região Metropolitana. Os concorrentes devem se inscrever por meio da internet, até o dia 2 do próximo mês e o valor da taxa de inscrição é de R$ 55.

Os candidatos, para desempenharem o cargo de agente socioeducativo, devem ter o nível médio ou técnico finalizado. O salário é de R$ 1 mil em regime de plantão, numa escala de 12 horas de serviço por 36 de descanso.

Para a função de assistente socioeducativo, os candidatos devem ter graduação em curso superior de qualquer área. O salário é de R$ 1.200, em regime de plantão, conforme a mesma escala do cargo anterior.

A seleção será realizada em uma única fase de prova objetiva de Conhecimentos da Língua Portuguesa e Conhecimentos Específicos. A prova ocorrerá no dia 7 de julho e os locais de realização ainda serão definidos. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 15, do mesmo mês. Outras informações sobre a seleção podem ser conseguidas em seu edital.


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