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Banhistas na cidade japonesa de Fukui foram alertados a evitar o contato com golfinhos ao entrar no mar, após uma série de ataques a humanos serem registrados nos últimos meses. Ao menos seis pessoas ficaram feridas em encontros com cetáceos desde julho - em incidentes que autoridades acreditam estar relacionados a um mesmo animal.

De acordo com o jornal Mainichi Shimbun, a maioria dos ataques aconteceu a cerca de dez metros da praia. O animal responsável pelas mordidas seria um golfinho nariz-de-garrafa adulto, proveniente do Oceano Índico, de acordo com autoridades citadas pelo The Guardian

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Os ataques foram registrados desde fim de julho, em três praias da cidade de Fukui. No caso mais sério, segundo a imprensa japonesa, um banhista na praia de Koshino levou 14 pontos na mão.

Transmissores ultrassônicos foram instalados na praia, de acordo com a BBC, em uma tentativa de que os sinais de alta frequência afastem os golfinhos da área. Policiais também começaram a patrulhar as praias para alertar possíveis banhistas sobre o risco de interagir com animais selvagens.

Pense nas pessoas que você conhece e em como você reconheceria quem está por perto mesmo sem ver. Talvez conseguisse fazê-lo pela voz ou pelo cheiro do perfume favorito.

Mas para os golfinhos, é o gosto da urina e seus guinchos característicos que lhes permite reconhecer os amigos à distância, segundo um novo estudo publicado nesta quarta-feira (18) no periódico Sciences Advances.

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"O uso do paladar é altamente útil em mar aberto, pois as plumas de urina podem permanecer tempos depois de os animais terem saído", escreveu a equipe chefiada por Jason Bruck, da universidade de St. Andrews.

"Reconhecendo quem deixou seu rastro, os golfinhos poderiam sentir a presença recente de um indivíduo mesmo sem perceber sua presença de forma vocal", acrescentou.

A pergunta sobre como estes animais conseguem associar estes marcadores de presença de seus amigos em suas mentes foi difícil de responder.

Antes de tudo, os cientistas se concentraram em experiências em laboratório, sem deixar claro se os mamíferos estavam usando estes marcadores para se comunicar de forma natural.

Os golfinhos-nariz-de-garrafa usam "guinchos característicos" para se dirigirem a indivíduos específicos e são capazes de se lembrar deles até 20 anos depois. Por este motivo foram um estudo de caso interessante para os cientistas.

Os pesquisadores apresentaram a oito golfinhos amostras da urina de indivíduos familiares e desconhecidos. Os cientistas descobriram que os golfinhos usavam o triplo do tempo absorvendo amostras de urina dos indivíduos conhecidos.

A inspeção genital, na qual o golfinho usa sua mandíbula para tocar os genitais de outros indivíduos, é comum em suas interações sociais, fornecendo uma boa oportunidade para provar a urina dos demais.

Para os objetivos deste estudo, os golfinhos foram treinados para fornecer amostras de urina em troca de comida.

Os golfinhos não têm bulbos olfativos como outros mamíferos e o nervo correspondente é subdesenvolvido, razão pela qual os cientistas têm certeza de que é o paladar e não o olfato o sentido que está em jogo.

Em seguida, a equipe comparou as amostras com as gravações dos guinchos reproduzidos por buzinas debaixo d'água que correspondiam ao mesmo golfinho do qual provinha a amostra de urina, ou então uma amostra sem qualquer correspondência.

Os golfinhos ficaram perto da buzina por mais tempo quando as vocalizações coincidiam com as amostras de urina, indicando que duas linhas de evidência juntas provocaram maior interesse.

A equipe de cientistas sugeriu que as principais proteínas e lipídios contidos na urina possivelmente eram responsáveis pela capacidade dos golfinhos de diferenciar sua assinatura química.

"Dadas as capacidades de reconhecimento reveladas no nosso estudo, pensamos ser possível que os golfinhos também consigam extrair outras informações da urina, como sua fase reprodutiva, ou usar feromônios para influenciar o comportamento dos outros", asseguraram.

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma recomendação cobrando das autoridades a elaboração do plano de manejo da Reserva Faunística Costeira de Tibau do Sul (Refauts), localizada naquele município, e a criação de um grupo que estabeleça estratégias para pôr fim às agressões cometidas às espécies marinhas da região, sobretudo a do golfinho Sotalia Guianensis, conhecido popularmente como boto-cinza e ameaçado de extinção.

Vários desses mamíferos vêm sendo encontrados, mortos ou machucados, com marcas causadas por redes de pesca ou por hélices de embarcações, sendo mortos até mesmo para servirem de iscas.

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A Refauts é uma unidade de conservação municipal, criada em 2006, e se configura como um importante habitat para essa espécie, sendo a única voltada a essa finalidade em todo o litoral do Rio Grande do Norte.

A reserva abrange uma área que inclui a faixa costeira e marinha das enseadas do Madeiro e dos Golfinhos, praia de Cacimbinhas e parte da Lagoa de Guaraíras, dentro da Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guaraíra, criada em 1999 pelo governo do estado.

A recomendação

De autoria do procurador da República Camões Boaventura - foi encaminhada ao Ibama, à Secretaria de Meio Ambiente de Tibau do Sul, ao Instituto de Defesa do Meio Ambiente (Idema/RN); à Capitania dos Portos e à Polícia Federal. Esses órgãos devem formar o grupo, dentro de 15 dias, do qual também poderão vir a fazer parte o próprio MPF e a Associação Mamíferos Aquáticos de Pipa (Amap).

Medidas

O grupo deve apresentar, em 30 dias, um plano de fiscalização da atividade pesqueira e do Turismo de Observação de Cetáceos (TOC) na reserva, além de um cronograma de repressão da pesca predatória, bem como daquela praticada irregularmente ou com uso de acessórios e técnicas que coloquem em risco as espécies protegidas. Dentre as sugestões da recomendação estão a possibilidade de implementação de um posto fixo para a fiscalização no mar, identificação visual das áreas envolvidas e cronograma semanal de monitoramento.

O Ibama, com apoio dos demais órgãos e a participação de pescadores e barqueiros, deve avaliar ainda a possível necessidade de mudança nos critérios da pesca e do turismo praticados na região. Atualmente, 11 embarcações devidamente licenciadas circulam diariamente nas enseadas da reserva, realizando diariamente dezenas de passeios para observação desse animal.

A prefeitura, por sua vez, deve buscar a imediata elaboração do Plano de Manejo da Refauts, que pela legislação já deveria estar pronto desde 2011. À Secretaria de Meio Ambiente caberá também a realização de campanha de divulgação e sensibilização ambiental junto aos moradores, pescadores, agentes de turismo e visitantes de Tibau do Sul, acrescentando ainda a oferta de cursos em conservação ambiental para os operadores de embarcações e proprietários de empreendimentos das enseadas do Madeiro e dos Golfinhos. Além disso, a recomendação prevê a confecção de placas informativas e criação de uma central de denúncias e de comunicação de encalhes.

Riscos

A preservação desses golfinhos possui importância ecológica e econômica, tendo em vista se tratar de um dos grandes atrativos turísticos da região de Pipa. O boto-cinza é um dos mamíferos marinhos mais suscetíveis ao turismo de observação, porém a presença de embarcações pode alterar o comportamento dos animais, em especial dos grupos com filhotes.

Por habitar regiões costeiras, a espécie torna-se especialmente vulnerável a ameaças como as de capturas acidentais por pescadores e contaminação por poluentes, sem contar as práticas indevidas por parte dos barcos turísticos. Estudos afirmam ser comum, na reserva, infrações à legislação que regulamenta o turismo de observação, tais como descumprimentos do número limite de embarcações e da capacidade máxima de passageiros. Também já foi registrada a perseguição dos golfinhos.

Essas práticas irregulares podem levar os animais a abandonarem a área, já que interferem nos parâmetros sonoros emitidos pelos botos, prejudicando o repouso, a alimentação e a socialização. Esses estudos indicam que as alterações comportamentais parecem ser influenciadas principalmente por ruídos provocados pelas embarcações e pela forma como algumas se aproximam dos grupos.

Mortes

A Associação Mamíferos Aquáticos de Pipa registrou o aparecimento de um boto-cinza morto e encalhado, em 16 de setembro do ano passado, na praia da Cancela, com hematomas indicando ter sofrido fortes pancadas. Oito dias depois, outro foi avistado na Baía dos Golfinhos com um corte na nadadeira dorsal, possivelmente provocado por faca ou hélice de embarcação.

No dia 30 daquele mesmo mês, a Amap registrou outro golfinho morto na praia das Cacimbinhas, preso a um pedaço de rede de pesca cortado, provavelmente por um pescador quando encontrou o boto-cinza enroscado na rede. Dois dias depois, novo encalhe na Praia de Pipa, com lesões indicando que o animal sofreu fortes pancadas e que teria sido cortado com facão, possivelmente para ser utilizado como isca de peixe por pescadores.

Na época, pescadores de Pipa relataram que profissionais de municípios vizinhos estavam realizando pesca frequente na região com as chamadas “redes de espera”, que representam grande ameaça aos mamíferos aquáticos e às tartarugas marinhas. Em novembro, a Amap informou a morte de mais um boto com muitas marcas, indicando possível relação com rede de pesca. Tartarugas marinhas também foram encontradas mortas nesse período.

A recomendação do MPF destaca que esses fatos não costumam ocorrer por culpa de pescadores de Tibau do Sul, já que a maioria dos moradores locais são conscientes da importância do boto-cinza para a economia da região.

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Crimes

Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, bem como realizar pesca de espécies que devam ser preservadas, constituem crimes ambientais expressamente previstos na Lei Federal nº 9.605/1998 (art. 29 e 34) e no Decreto Federal nº 6.514/2008 (art. 35).

Golfinhos, quando impossibilitados de subir à superfície para respirar, morrem por exaustão e afogados em no máximo 15 minutos, sendo muito raro os que são salvos depois de ficarem presos em redes de pesca. Em todo o mundo, cerca de 300 mil baleias e golfinhos, bem como 100 mil tartarugas, morrem presos em equipamentos de pesca anualmente.

Alerta

Caso as medidas previstas na recomendação não sejam adotadas, ou os prazos cumpridos, o MPF “entenderá que os órgãos públicos não conseguirão resolver a problemática de forma administrativa”, sendo necessário o ajuizamento de ações judiciais, com pedidos de liminar e fixação de multas contra a União, Estado, Município de Tibau do Sul e as respectivas autarquias.

“Se nenhuma dessas medidas surtirem efeitos, todos terão apenas o trabalho de contar os poucos anos para a extinção completa da população de boto-cinza na reserva”, adverte Camões Boaventura.

Da assessoria do MPF

Em meio a pandemia do novo coronavírus que fez o governo italiano impor medidas de isolamento social, diversos golfinhos foram avistados nas proximidades do cais do porto de Molo Ichnusa, em Cagliari, capital da ilha da Sardenha.

A cena foi vista por um grupo de pessoas na última terça-feira (5), um dia depois da Itália determinar o início da chamada "fase 2" e liberar gradualmente a circulação pela cidade. A situação foi possível graças aos poucos barcos que estão circulando próximos ao porto de Cagliari, o que fez com que pelo menos sete golfinhos se aproximassem sem receio. Na gravação é possível vê-los caçando tainha ao lado do cais.

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"Eles ficaram lá por pelo menos 15 minutos. Saí para um passeio de bicicleta, pela primeira vez desde o início da pandemia. As gaivotas no céu se aproximando do cais e eu percebi que havia golfinhos. Eu já os tinha visto e filmado perto do porto", contou à ANSA Alessandro Liori, autor do vídeo que viralizou nas redes sociais.

Segundo o italiano, ele "nunca tinha visto muitos deles juntos e nunca tão perto do cais" e, mesmo notando sua presença, "os mamíferos, diferentemente de outras vezes, não foram embora". "De fato, várias vezes perseguiram as tainhas rolando elas entre suas presas como se fosse para brincar, então, provavelmente saciados com o banquete luxuoso, voltaram para o mar aberto", finalizou Liori à ANSA.

Desde o início da pandemia na Itália, a falta de turistas e da circulação de embarcações a motor fez com que alguns canais ficassem mais limpos. Com isso, a vida marinha está voltando a reaparecer nas águas cristalinas. Em Veneza, recentemente apareceu uma grande medusa.

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Da Ansa

Um golfinho foi achado morto na manhã desta quarta-feira (5), na praia do Pina, na Zona Sul do Recife. Ele tinha marcas de cortes e estava em decomposição. De acordo com o técnico ambientalista Adriando Artoni, que fez o resgate do animal, este é o segundo óbito de golfinho encontrado na orla somente esta semana.

Segundo o ambientalista, as características da morte indicam que provavelmente o bicho pode ter ficado preso em uma rede de pesca e que teve partes do corpo cortadas para, em seguida, ser descartado no mar. "Provavelmente o animal deve ter encalhado numa rede de pesca e depois descartado no mar. Com as correntezas, ele foi trazido para a costa", diz o profissional. 

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Da espécie golfinho-rotador, o mesmo do outro animal morto na segunda-feira (3) à noite, ele tinha cerca de 2 metros e pesava 60 quilos. "Como o nosso litoral tem os arrecifes de arenito e peixes, eles gostam de frequentar essa área. Eles saem da Coroa do Avião, vão à Serrambi e podem chegar até a divisa com Alagoas", explica Adriano, que também acrescenta que quando os pescadores não monitoram suas redes de pesca, podem causar problemas para esses golfinhos. 

IMAGEM FORTE

 

Se tem uma coisa comum a todo ser humano é a curiosidade. Você sabia que se o corpo de uma pessoa virasse uma refeição, ele forneceria 81.500 kcal? Que, diferente do que imaginamos, golfinhos dão nomes uns aos outros e respondem por eles? Ou que surpreendentemente existem não só um, mas 12 tipos diferentes de arco-íris?

Assista a animação e confira uma série de curiosidades completamente aleatórias sobre o mundo:

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Pescadores japoneses voltaram ao mar nesta quarta-feira (22) para tentar capturar mais golfinhos na costa do arquipélago, anunciaram organizações de defesa dos animais, que tentam alertar a opinião mundial para esta prática.

Os pescadores tentam atrair estes mamíferos marinhos do oceano Pacífico em direção à baía de Taiji (oeste do Japão), onde selecionam várias dezenas de exemplares para parques aquáticos e matam os outros para vender sua carne.

Ativistas da associação de defesa dos animais Sea Sheperd, com sede nos Estados Unidos, viajaram a esta região para denunciar o que consideram uma carnificina.

Segundo este organismo, desde o início da temporada de pesca de golfinhos nesta região 41 cetáceos foram mortos e 52 foram capturados para serem vendidos vivos por somas que podem alcançar milhares de dólares.

De 130 a 140 golfinhos levados até a baía nos últimos dias foram libertados, acrescentou a Sea Sheperd. Esta prática local foi divulgada em todo o mundo no documentário "The Cove", de 2009, que obteve o Oscar de melhor documentário em 2010.

As autoridades e os pescadores de Taiji afirmam, no entanto, que esta atividade é primordial para a economia da comunidade e acusam os ativistas de não respeitarem a cultura local. Os pescadores também afirmam que matam os golfinhos com menos crueldade que antes, limitando-se a cortar a medula espinhal.

Aproximadamente 250 golfinhos foram encurralados e capturados de uma só vez por pescadores na ilha de Taiji, na costa oeste do Japão, apesar de protestos de autoridades americanas e ambientalistas.

A organização Sea Shepherd, mais conhecida por suas atividades contra a pesca de baleias, afirmou que 52 golfinhos foram separados para venda, entre eles um raro filhote albino e sua mãe, 40 outros foram mortos para consumo, um ficou preso na rede e se afogou e os outros foram libertados.

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A caça anual na vila japonesa recebeu críticas da embaixadora dos EUA no Japão, Caroline Kennedy, via mensagem em sua conta no twitter durante o fim de semana.

Embora outros golfinhos tenham sido mortos desde que a temporada de caça foi aberta em setembro, a Sea Shepard disse que o grupo capturado na última sexta-feira foi o maior desde que a atividade começou a ser monitora pela organização.

O porta-voz do governo japonês disse que a pesca de golfinhos é uma tradição e chamou de hipócritas os estrangeiros que criticam a atividade, mas que comem outro tipo de animal. Fonte: Associated Press.

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