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O jogo mudou. Se no passado, com o nível de desemprego nas alturas, o trabalhador tinha de aceitar qualquer proposta, hoje em dia é ele quem dá as cartas nas negociações trabalhistas. Sem acordo, podem ficar semanas de braços cruzados até conseguir melhorar os benefícios. É o que tem ocorrido nos três maiores projetos em construção no Brasil: Hidrelétrica de Belo Monte, Refinaria Abreu e Lima e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Juntas, as obras somam quase meio ano de paralisação desde o início das atividades.

O campeão de greves é o Comperj. Entre novembro de 2011 e maio deste ano, os trabalhadores do empreendimento ficaram 82 dias parados - sendo 58 deles este ano, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon). Na Abreu e Lima, também chamada de Rnest, foram 71 dias desde 2010; e em Belo Monte, cujas obras começaram no ano passado, 16 dias. A estratégia dos trabalhadores tem surtido efeito.

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Além de reajustes salariais bem acima da inflação, eles conseguiram turbinar os benefícios concedidos pelas empresas. O valor da cesta básica, por exemplo, foi o item que mais cresceu nas três obras. Na refinaria, aumentou 940% em quatro anos, de R$ 25 para R$ 260. Mas, nesse item, quem paga melhor é o Comperj: R$ 300. Em Belo Monte, os valor subiu 110% em um ano e meio de atividades, para R$ 200.

"Num ambiente como o atual, em que há escassez de mão de obra, o trabalhador vive num céu de brigadeiro", afirma o professor da Universidade de São Paulo (USP), José Pastore, especialista em relações de trabalho. Segundo ele, a situação é mais favorável nas obras localizadas em áreas distantes e inóspitas. Nesses casos, o trabalhador fica isolado nos canteiros de obras, longe da família e sem acesso a serviços e entretenimento.

Pastore comenta que muitas empresas o têm procurado para ensinar os profissionais de Recursos Humanos a negociar. "Mas não adianta treinamento. Hoje em dia os trabalhadores conseguem tudo o que pedem. O quadro virou", afirma o professor. Nas três obras, os reajustes salariais da data base atual ficaram na casa de 11%. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os servidores públicos do País realizaram mais paralisações em 2011 do que os trabalhadores da iniciativa privada, de acordo com balanço de greves divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No ano passado, o número total de mobilizações no Brasil chegou a 554, alta de 24% na comparação com 2010 (446). Foi o maior volume desde 1997, quando houve 631 greves. Os servidores responderam por 58,7% das paralisações no ano passado, com 325 ocorrências. Além disso, no funcionalismo as greves tendem a durar mais - 10% delas, por exemplo, ultrapassaram 61 dias.

Já os trabalhadores da iniciativa privada cruzaram os braços 227 vezes no ano passado, respondendo por 41% do número total - as demais paralisações foram feitas em conjunto por trabalhadores das duas esferas. Em 2010, os servidores fizeram 269 mobilizações (60,3% do total), enquanto os trabalhadores da iniciativa privada realizaram 176 (39,5%). A principal reivindicação dos grevistas nos dois anos foi reajuste salarial.

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O levantamento do Dieese mostrou que o número total de grevistas subiu de 1.582.746 em 2010 para 2.050.021 em 2011. No entanto, a média de trabalhadores por movimento grevista recuou de 7.294 em 2010 para 6.902 no ano passado.

Segundo o Dieese, o resultado de 2011 confirma a tendência de aumento do número de paralisações verificada a partir de 2002, ano que registrou a menor marca da primeira década dos anos 2000, com 298 ocorrências. Porém, apesar desse avanço no total de mobilizações, o Dieese revela que, tomados como referência, os anos de 1997 e 2011 delimitam um intervalo de 15 anos marcado por relativa estabilidade do número de greves.

Os dados foram extraídos do Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG), desenvolvido e mantido pelo Dieese. As informações do SAG foram obtidas de notícias veiculadas em jornais impressos ou eletrônicos. O levantamento é feito desde 1978 e o ano recordista em greves no País foi 1989, com 1.962 ocorrências.

Mudança

Em 2011, o maior número de mobilizações foi verificado entre os servidores estaduais (145), seguidos por municipais (109) e federais (33). Em 2010, o predomínio das greves de servidores estava na área municipal (122), vindo a seguir a estadual (87) e a federal (23).

Já na iniciativa privada a maior parte das greves ocorreu entre trabalhadores da indústria tanto em 2011 quanto em 2010. Os empregados da indústria realizaram 131 paralisações no ano passado e 97 em 2010. Nos serviços, também houve um número significativo de mobilizações - de 77 em 2010 para 91 em 2011.

O número total de horas não trabalhadas subiu para 63.336 em 2011, alta de 41% na comparação com as 44.910 horas de 2010. No setor público, o total de horas paradas passou de 38.085 para 52.739 no período, avanço de 38,4%; no setor privado, o número saltou de 6.649 para 10.269, alta de 54,4%.

De acordo com o Dieese, em relação ao tempo de duração, a maior parte das greves - 55% em 2011 - durou no máximo cinco dias. Na esfera privada, as paralisações com esse período de duração atingiram 67%.

Salários

Reajuste de salário foi a principal reivindicação das paralisações em 2011. Das 325 greves de servidores, 192 (59,1%) foram para pedir reajuste salarial, motivação seguida por plano de cargos e salários ou de carreira (38,1%), condições de trabalho (27,4%), contratação (20,6%), piso salarial (19,1%), auxílio-alimentação (17,2%), melhoria nos serviços públicos (14,5%), alterações na legislação (11,7%) e isonomia salarial (8%).

Já na iniciativa privada, das 227 greves no ano passado, 110 (48,5%) reivindicaram reajuste salarial. Em seguida, os motivos foram auxílio-alimentação (41,8%), atraso de salário (19,4%), participação nos lucros e resultados (17,6%), assistência médica (17,2%), adicional de horas extras (14,5%), condições de trabalho (13,7%), piso salarial (13,7%) e redução de jornada (10,6%).

Começou nesta segunda-feira o inquérito oficial sobre as mortes de dezenas de pessoas durante a greve na mina de platina da Lonmin PLC, na África do Sul. Enquanto isso, os problemas trabalhistas continuam no país, com caminhoneiros e mineiros de outras localidades continuando as manifestações por melhores salários.

Em 16 de agosto, a polícia abriu fogo contra grevistas que protestavam no lado de fora da mina de platina da Lonmin, em Marikana, matando 34 e ferindo 78. Cerca de dez outras pessoas foram mortas no decorrer da greve. A comissão de inquérito será liderada pelo juiz aposentado Ian Farlam. Ela determinará qual foi a participação da polícia, da Lonmin, da União Nacional dos Mineiros e da Associação dos Mineiros e Sindicato da Construção. A investigação também verá se alguma das partes poderia ter tomado medidas para impedir as mortes.

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Episódios de violência continuam acontecendo nas paralisações que ainda não foram encerradas. A União Nacional dos Mineiros afirmou que um de seus dirigentes está hospitalizado em estado grave após sua casa ter sido atacada com uma bomba caseira na noite de sexta-feira. O ferido é um dos líderes da greve em uma mina da Anglo American Platinum, onde também ocorrem disputas entre os próprios sindicatos.

Já o Sindicato Sul-africano de Transporte e Trabalhadores Aliados afirmou que organizará protestos pacíficos em toda a África do Sul nesta segunda-feira. Os caminhoneiros estão de braços cruzados há uma semana. As informações são da Associated Press.

O mesmo tipo de pragmatismo que orienta os partidos políticos brasileiros, aglomerados pelo cheiro de poder aos mandantes da ocasião, é o pragmatismo que domina a decretação e a duração das greves no País. Mal termina o movimento dos professores das universidades federais, depois de mais de três meses de paralisação, os bancários resolvem interromper as atividades, seguidos pelos funcionários dos Correios e possivelmente pelos vigilantes de empresas de segurança que fazem o transporte de valores, dinheiro e documentos.

A interrupção de serviços essenciais é um sintoma de desgoverno, incompetência e imaturidade institucional. Mas vai longe a época em que essas coisas podiam ser utilizadas politicamente para a obtenção de votos e o favorecimento de determinados candidatos. O partido que dominava essa “tecnologia”, assim como seus satélites, estão no poder há mais de uma década. E agora o que pretendem é a manutenção do status quo, e não a sua mudança, para o desespero dos empolgados militantes e simpatizantes que ainda enxergam na ideologia surrada a justificativa para tudo, até para a incoerência, a desonestidade, a falta de ética, o oportunismo e a bandalheira.

Sem uma legislação rigorosa que seja respeitada pela deflagração de movimentos paredistas, o cidadão comum se torna refém da insatisfação dos grevistas, e também da inflexibilidade dos patrões – e muitas vezes o patrão é o governo. Os sindicatos deitam e rolam no vácuo da moleza que é fazer greve no Brasil. O direito do trabalhador se transforma num abuso quando o direito da maioria da população é flagrantemente ignorado, inclusive pela Justiça, que não dispõe de instrumentos de punição efetivos.

No decorrer do processo eleitoral, dificilmente se vê algum candidato tocando no assunto das greves. Porque a maioria dos partidos integra a base aliada do governo federal, ou do governo estadual. E a oposição ainda não consegue canalizar os prejuízos evidentes para o seu discurso. O resultado é quase inacreditável: ao contrário do passado, quando as greves pré-eleitorais tinham destino certo, as de hoje, às vésperas de uma eleição, não atrapalham as campanhas de nenhum deles.

Só atrapalham a vida do eleitor, coitado.

Trabalhadores de cinco categorias que têm campanhas salariais marcadas neste segundo semestre de 2012 se reúnem nesta quinta-feira, desde o início da manhã, na Avenida Paulista, em São Paulo, para fazer uma manifestação conjunta. Estão presentes representantes dos metalúrgicos, bancários, químicos, petroleiros e servidores dos Correios. A principal reivindicação dos trabalhadores é o aumento real de salário.

De acordo com policiais presentes no local, cerca de 400 pessoas estão reunidas em frente ao banco Bradesco localizado próximo ao Masp. Já os sindicalistas falam em 4 mil pessoas participando da mobilização, somando aqueles que estão em frente ao banco a outros grupos reunidos em frente ao prédio da Fiesp e da Petrobras, ambos também na Avenida Paulista.

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"O objetivo é unificar a luta das categorias e transformá-la em uma luta coletiva. A principal reivindicação comum é pela valorização do salário", afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. De acordo com o dirigente sindical, o pedido médio dos trabalhadores é de aumento real de 5%, podendo chegar até a cerca de 10%, como no caso dos petroleiros.

Sem acordo salarial até o momento, bancários e servidores dos Correios deram início ao movimento grevista nesta semana. Petroleiros e químicos ainda aguardam proposta do setor patronal, enquanto os metalúrgicos do Estado de São Paulo, realizam paralisações e greves dispersas na Grande São Paulo, como forma pressão.

Também presente no ato desta manhã, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, disse que os trabalhadores também pedem ampliação no número de empregos e diminuição da rotatividade. "Os bancos utilizam a rotatividade como forma de redução de custos. Além disso, todo mundo aqui está discutindo aumento real, porque a economia brasileira está crescendo, mas isso não está significando desenvolvimento econômico", explica Cordeiro.

De acordo com os sindicalistas, não haverá caminhada pela Avenida Paulista nesta quinta-feira. O ato público, que teve início com discursos dos líderes sindicais, ocupa toda a calçada do banco Bradesco, mas não invade as pistas da avenida. Outros grupos de trabalhadores se deslocaram até a sede da Fiesp e da Petrobras, na mesma avenida, para entregar cartas com as reivindicações das categorias.

Sob iminente risco de greve dos funcionários, os Correios ingressaram nesta quinta-feira com proposta de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em nota, a empresa informou que a medida foi tomada com "o objetivo de garantir a normalidade do atendimento à população brasileira".

Segundo informações dos Correios, a ação é de natureza mista: revisional, jurídica e de greve. A primeira pede a revisão do acórdão vigente, fruto do dissídio de greve de 2011 e que tem validade por quatro anos. A segunda é para esclarecer dúvidas sobre a cláusula que trata do vale-refeição/alimentação extra, fornecido pela empresa a todos os trabalhadores em dezembro. A terceira parte pede a intermediação do TST, em vista da greve e do esgotamento das negociações.

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Os Correios argumentam que desde 3 de julho estão sendo realizadas tentativas de diálogo com as entidades sindicais. "No início de setembro, a ECT ofereceu reajuste de 5,2% reajuste de salários e benefícios, garantindo o poder de compra do trabalhador com a reposição da inflação do último ano. O salário-base inicial, por exemplo, iria para R$ 991,77. Se somado o adicional de atividade que os carteiros recebem, o vencimento subiria para R$ 1.289,30. Este cargo é de nível médio", citou a nota. Antes, porém, os Correios haviam oferecido 3% de reajuste.

Além do reajuste, entretanto, um forte ponto de discórdia entre a empresa e os funcionários é uma proposta feita pelos Correios de alterações no sistema de atendimento à saúde. Nesse aspecto, os funcionários rejeitam mudança, temendo perdas em qualidade no atendimento.

Na capital paulista, principal praça postal do País, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (Sintect-SP) avalia que "ou empresa melhora a proposta, ou a categoria vai à greve". O sindicato realizou uma assembleia na terça-feira e rejeitou a proposta dos Correios, que prevê reajuste de 5,2%. Haverá nova assembleia na terça-feira (18), "para, se não houver avanços, deflagrar a greve da categoria", conforme destacou boletim do sindicato.

O Sintect-SP está no grupo formado pelos "Sindicatos Unificados", reunindo os trabalhadores dos Correios da capital paulista e região metropolitana; de Bauru, no interior paulista, e dos Estados do Rio de Janeiro e Tocantins. O reajuste solicitado pelos "Sindicatos Unificados" é de 10,2%.

Outras 31 regionais dos Correios têm sindicatos de trabalhadores ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), entidade que pede 43,7% de reajuste. De acordo com a federação, no 18 avaliarão a possibilidade de entrar em greve os trabalhadores dos Correios das regionais de Mato Grosso, Bauru, Amazonas, Campinas, Ceará, Goiás, Sergipe, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba. No dia 25 poderão ser paralisados os serviços em Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Juiz de Fora, Rio Grande do Norte, Ribeirão Preto e Santos.

Sem acordo sobre o dissídio salarial, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC definiu, na noite desta quarta (5), que vai fazer uma paralisação na próxima segunda-feira (10). Os trabalhadores da base do sindicato fazem parte do total de 206 mil operários que pode cruzar os braços a partir da semana que vem. Dos seis grupos patronais representados pela Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM CUT-SP), apenas um, o do setor de fundição, não recebeu ofício que comunica greve da categoria, pois nova proposta será apresentada na terça-feira (11).

Na quarta-feira, o grupo 2, formado por segmentos de máquinas e eletrônicos, recebeu o comunicado sobre a futura greve e nesta quinta o ofício foi enviado para os grupos 3 (autopeças e outros), 8 (refrigeração e outros), 10 (lâmpadas e outros) e estamparia. Com o ofício entregue aos empregadores, os sindicatos da base farão assembleias com os trabalhadores para comunicá-los da situação da categoria até domingo.

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A primeira reunião foi feita pelo Sindicato do ABC. As paralisações podem se estender por prazo indeterminado. A expectativa da FEM-CUT é de que todos os sindicatos marquem suas paralisações para segunda-feira.

Os metalúrgicos de montadoras ficam de fora da campanha salarial deste ano, pois já fecharam acordo em 2011 com prazo de validade de dois anos. A base da FEM-CUT no Estado de São Paulo tem cerca de 250 mil trabalhadores filiados, incluindo 45.500 funcionários de montadoras. A federação afirma que 206 mil fazem parte da campanha salarial deste ano. Dos 100 mil trabalhadores do Sindicato do ABC, cerca de 70 mil farão a paralisação - o restante trabalha nas montadoras.

Os metalúrgicos não aceitam proposta de reajuste sem aumento real. Até agora, exceto o setor de fundição, a classe patronal apresentou proposta de aumento de 5%, o que não repõe a inflação do período, segundo a FEM.

Brasília – O fim de semana é decisivo para os servidores públicos federais e o governo negociarem o fim das greves. Estão previstas 20 reuniões neste fim de semana. O governo colocou o dia de amanhã como a data limite para negociação. O percentual de 15,8% de aumento salarial é o mesmo oferecido a diversas categorias. Segundo o Planejamento, as negociações ocorrem com cerca de 30 sindicatos.

Faltando menos de uma semana para 31 de agosto, prazo limite para o envio do Orçamento ao Congresso Nacional, que deve conter a previsão de gastos com a folha de pagamento para 2013, o governo fechou acordo com apenas duas categorias. As mais de 180 rodadas de negociações entre servidores federais públicos e governo, que ocorrem desde março para negociar reajustes salariais, seguem sem definição.

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Até o momento, só as negociações com a área da educação, segmento considerado estratégico e prioritário pelo governo, foram resolvidas. Apenas a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos técnicos administrativos universitários, aceitaram a proposta do governo.

Segundo o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, as negociações se encerram no domingo (26). Na segunda e terça-feira, os representantes do governo vão receber os sindicalistas apenas para assinatura de acordos.

O índice oferecido as demais categorias devem impactar em cerca de R$ 11,85 bilhões a folha de pagamento nos próximos três anos. Para os professores universitários, a proposta acordada foi de reajustes que variam entre 25% e 40%, nos próximos três anos, e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13. A oferta terá custo de R$ 4,2 bilhões para a folha de pagamento.

No caso, dos servidores administrativos das universidades, o impacto do reajuste será de R$ 2,9 bilhões. O acordo prevê além do reajuste “parâmetro”, incentivos à titulação. Todas as propostas feitas pelo governo se aceitas, devem onerar em R$ 18,95 os gastos com pessoal no período de três anos. As ofertas prevêem reajustes de 15,8%, fracionados até 2015.

Mendonça destacou que o índice oferecido aos servidores é o teto que o governo pode chegar. “A oferta já foi feita e esse é o parâmetro dado. É um impacto que pode ser absorvível nos próximos três anos, mas do que isso não podemos dar”, disse. Mesmo tendo assinado com apenas com duas entidades sindicais, o secretário segue otimista. “Estamos finalizando o processo de negociação, várias categorias sinalizaram que vão aceitar a proposta do governo. Esperamos fechar com todas”, acrescentou.

O Planejamento estima que a greve atinja a cerca de 80 mil servidores públicos federais. Em contrapartida, os sindicatos calculam que cerca de 350 mil funcionários paralisaram as atividades. Enquanto acordos entre entidades sindicais e governo não são fechados, servidores de várias categorias seguem em greve.

Entre os funcionários que estão com as atividades paralisadas estão Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal entre outros.

O ex-diretor do Banco Central e sócio diretor da Schwartsman & Associados, Alexandre Schwartsman, acredita que este é um momento de definição do governo da presidente Dilma Rousseff diante das pressões do funcionalismo por reajuste salarial. "Tem alguns exemplos da história, seja do Brasil ou de outros países. Seja a greve da Petrobras no início do governo Fernando Henrique, a greve dos operadores de voo no governo Reagan, são os momentos em que um governo diz a que veio. Se vai ceder à pressão ou reafirmar o rumo", declarou o executivo em entrevista à Agência Estado nesta quarta-feira.

"Quem conseguiu reafirmar o rumo, no caso Reagan e Fernando Henrique, acabou tendo mais tranquilidade." O economista observou que o problema deste governo é que uma parte importante de seu apoio político e do próprio PT vem do funcionalismo. "Isso significa brigar com uma parcela do próprio eleitorado. O que pode não ser muito agradável." Para Schwartsman, se o governo ceder ao funcionalismo agora, terá sérios problemas daqui para frente, inclusive na capacidade de investimento.

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O executivo avalia ainda que a migração de estrangeiros para o mercado de trabalho não traz riscos nem atenua a pressão por profissionais qualificados no País. O volume de autorizações de trabalho de estrangeiros subiu 24% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2011, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.

"O tamanho da força de trabalho do Brasil é uma coisa de 42,43 milhões de trabalhadores nas seis regiões metropolitanas do Brasil", disse. "(A entrada de trabalhadores) teria que ser uma coisa no estilo imigração italiana e japonesa lá na virada do século 19 para o século 20. Na magnitude em que estamos falando, não faz muita diferença."

A presidente Dilma Rousseff se reuniu essa semana  com a ministra do Planejamento para tratar do aumento das greves que pipocam em todo o País. Sem o mesmo molejo sindical do antecessor, Dilma colhe os frutos da benevolência de Lula com as sindicais, tratadas a pão de ló em seu governo. Ficaram mal acostumadas, e agora a sucessora reclama de falta de caixa para manter as bondades que significaram reajustes salariais acima da inflação no governo Lula.

A continuidade e a multiplicação das greves preocupam o Palácio do Planalto. Ao lado do efeito do julgamento do mensalão, as greves podem ser uma ameaça aos candidatos petistas, especialmente nas capitais.

Em Pernambuco, apesar de aparentar ser blindado contra qualquer problema federal, o governador Eduardo Campos deve estar começando a coçar a cabeça diante dos impasses em Suape. Afinal, ali está um dos seus maiores cabos eleitorais: o desenvolvimento acelerado provocado pela renovação da indústria estadual. O questionamento das bases sociais desse crescimento, feito pelos grevistas, pode atingir a opinião pública e salpicar na candidatura de Geraldo Júlio – ex-secretário de Planejamento, de Desenvolvimento Economico e presidente de Suape.

A exploração de greves para dividendos políticos em época eleitoral é comum no mundo inteiro, e no Brasil, petistas e socialistas não se furtaram a utilizar a estratégia. Resta saber se a oposição, no Recife e noutras cidades, embarca no “quanto pior melhor” dos movimentos paredistas, ou vai preferir tratar a questão com educação nórdica, sem querer faturar em cima dos prejuízos evidentes para a população.

A adesão de fiscais agropecuários, na semana passada, às paralisações em curso da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) causará sensível piora do saldo da balança comercial na semana entre os dias 6 e 10 deste mês. Segundo entidades de classe e analistas, o quadro é preocupante, pois a mobilização dos servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) impacta o desembaraço das vendas e, consequentemente, a conta de exportações, lado da balança que vinha sendo menos afetado que as importações.

Mesmo prevendo queda nas exportações na semana passada, os analistas do setor estão reticentes quanto à projeção de números. O economista da Tendências Consultoria Bruno Lavieri reforça que a balança semanal é muito volátil e os reflexos na importação e exportação não estão sendo simultâneos. "Em julho, por exemplo, as importações foram mais afetadas. Em agosto, é possível que o reflexo nas vendas externas seja maior", diz.

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A MCM Consultores também não faz previsão semanal, mas o economista Alexandre Antunes diz que, após os dados que serão divulgados nesta segunda-feira à tarde pelo MDIC, a consultoria provavelmente fará uma revisão para baixo do saldo comercial de agosto, que atualmente aponta para um superávit de US$ 1,5 bilhão.

Em muitos casos, a saída de um produto acaba apenas sendo protelada para outra semana ou para a ocasião em que a paralisação dos servidores ceder, compensando no futuro uma queda pontual nas contas comerciais. Antunes lembra, no entanto, que no caso de produtos perecíveis nem sempre isso é possível.

O vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Martins Faria, lembra ainda das perdas econômicas das empresas que lidam com o risco de deterioração da carga e até de suspensão do embarque, sofrendo multa diárias por atraso em cumprimento de contratos, além de custos adicionais de estocagem.

De acordo com Faria, um levantamento preliminar da AEB feito até a última quinta-feira dava conta de 150 navios aguardando autorização para atracação nos principais portos brasileiros. "Isso gera um gasto médio com multas de US$ 30 mil a US$ 40 mil por dia para as empresas", diz. Ele destaca também o custo de credibilidade junto a clientes estrangeiros que, a par dos problemas de desembaraço no Brasil, acabam fazendo encomendas a outros países concorrentes do País na disputa de mercado externo.

"A Anvisa não deixa o navio chegar e o Mapa não deixa o navio partir" diz Ricardo Martins, diretor do Departamento de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Considerando a média diária de compras e vendas no acumulado de janeiro a julho, Martins acredita que o conjunto de paralisações deve gerar pelo menos uma redução de US$ 2,610 bilhões nas importações e de US$ 2,850 bilhões nas exportações. Para fazer uma conta preliminar, o dirigente somou três dias da mobilização na semana passada com médias diárias estimadas de US$ 870 milhões em importações e de US$ 950 milhões em exportações.

"Esperamos que seja feito algo a respeito, pois o problema de exportação pega no calo do governo. Se antes a mobilização da Receita estava ajudando a conter déficit da balança, isso agora prejudica os dois lados da conta e pode ter um impacto mais profundo no saldo", afirma Martins.

Na primeira semana de agosto, com três dias úteis, as exportações registraram média diária de US$ 937,7 milhões, 17,6% menor ante agosto de 2011. Nas importações, a média diária caiu 18,9% e somou US$ 785 milhões, conforme dados dos Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados no dia 6 deste mês. )

Só neste ano, inúmeros grupos de trabalhadores entraram em greve. Bancários, metroviários, policiais, rodoviários, professores, funcionários públicos, entre outras categorias, paralisaram suas atividades em protesto contra os patrões, empresários ou contra o poder público. As reivindicações desses grupos são diversas, que vão desde campanhas salariais, até melhoria nas condições de trabalho.

A sociedade se divide em opiniões. Uns são a favor das greves, com a justificativa de que os trabalhadores precisam lutar por melhorias para suas carreiras. Já há pessoas que criticam veemente as paralisações, alegando que as greves prejudicam intensamente quem precisa dos serviços prestados pelos grevistas.

As greves não iniciaram somente na época contemporânea. No contexto de um mundo ingressando no capitalismo, mais precisamente no período da Revolução Industrial, na Inglaterra, por volta do século 19, as condições de trabalho das indústrias levaram os trabalhadores a iniciar protestos. De acordo com o professor de história, Luís Manuel Domingues (foto), várias pessoas perderam seus empregos por causa de máquinas que foram instaladas nas empresas, e por isso realizaram um grande movimento. “Os operários quebraram as máquinas. Eles não tinham ideia de que a decisão vinha dos patrões”, conta o professor.

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Luís Manuel também destaca a diminuição da jornada de trabalho - que chegava a 16 horas -  como um dos pilares das reivindicações. As condições precárias de trabalho foram outros alvos de grandes paralisações. Isso acontecia em vários países, como nos Estados Unidos, em 1872, no dia 1º de maio, quando inúmeros grevistas foram assassinados, e por isso, a data marca o Dia do Trabalhador. “O Brasil também passou por fortes paralisações, como a primeira greve geral, em 1917, quando socialistas conseguiram mobilizar trabalhadores de todo o país na busca pela redução da jornada de trabalho para oito horas, direitos para mulheres, em que muitas tinham que parir no emprego porque não eram liberadas, e muitas outras reivindicações”, relata o professor. Outro movimento forte foi a greve dos metalúrgicos, em São Paulo, de 1978 a 1980, que teve como um dos líderes o ex-presidente Lula.

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Ideologias dos grevistas

Para o professor Luís Manuel, a greve não alcança o objetivo de imediato. “É um processo de longo tempo e de luta”, comenta ele. “É a necessidade pelo avanço do trabalho que leva os grupos a parar, inclusive nos dias atuais”, completa Luís Manuel.

Uma das categorias que resolveu parar de trabalhar foi a dos professores de universidades federais. O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), Jaime Mendonça (foto), já passou por inúmeras paralisações em sua carreira profissional. Ele classifica a greve como “a última ação de reivindicação de um trabalhador”. De acordo com Mendonça, é um movimento difícil de ser feito, porque necessita da adesão de um bom número de pessoas e resulta em discussões com os empregadores.

Para o também grevista e diretor da Adufepe, Irani Júnior, é certo que a sociedade como um todo sofre com a paralisação de uma determinada categoria. “Sabemos que a sociedade sofre, mas, é necessário que haja valorização de uma categoria, e no futuro todos perceberão que é importante lutar pelas reivindicações de um grupo”. O também professor Audísio Costa destaca o caso da paralisação dos professores em prol da educação. “Sem educação não há desenvolvimento, e por esse motivo lutamos por uma educação bem feita, com boas condições de trabalho e valorização da carreira do docente”, defende Costa.


Sobre a ideia de que no serviço público é mais viável realizar uma greve, o docente Daniel Rodrigues se opõe ao pensamento. “Só porque se trata de um serviço público não é mais simples fazer uma paralisação. Claro que o nível de estabilidade de funcionário público no emprego é maior, mas também existem dificuldades, como a demora dos governos para atender as nossas reivindicações”. Segundo Rodrigues, uma das causas dos trabalhadores de instituições privadas não realizarem greves é a possibilidades de demissão. Todavia, o professor de história Luís Manuel aponta outras causas. “O crescimento econômico brasileiro aumentou a demanda por trabalhadores, e quem para pode perder seu cargo para outro trabalhador que está pronto para assumir a função”, completa.

No que díz respeito a organização das greves e a liderança dos grupos trabalhistas, na segunda metade do século 19 os sindicatos começam a atuar na sociedade. “Os sindicatos também foram resultados de uma luta demorada dos trabalhadores. Eles começaram atuar depois da Revolução Russa e da Segunda Guerra Mundial”, conta o professor de história. Porém, existem trabalhadores que apontam os sindicatos como grupos de interesses políticos e econômicos. Um professor da rede privada de ensino de Pernambuco, que preferiu não se identificar, é um dos que não concordam com o trabalho dos sindicatos. “Eles lucram muito com isso. Quem está no sindicato quer se manter no cargo por interesses e quem está fora tem vontade de entrar”, diz o trabalhador não identificado.

Quando a greve é ilegal

A greve é um direito do cidadão garantido por lei na constituição brasileira. Todavia, existem condições de paralisações que são consideradas ilegais e a população precisa ficar atenta para não ser prejudicada. De acordo com o advogado Theobaldo Pires, uma greve é ilegal quando deixa de seguir etapas. “Tem que existir um aviso prévio ao empregador que vai ocorrer a greve, com uma antecedência de 72 horas”, explica o advogado, sobre uma das etapas.

Pires também destaca o princípio de continuidade dos serviços públicos. Ele explana que não pode ocorrer greve total no serviço público, porque a regularidade de atividades dos serviços deve ser mantida. O poder judiciário definiu que o mínimo para a manutenção da legalidade do movimento grevista é de 30%. Abaixo isso, a paralisação é considerada ilegal, e há casos que o poder judiciário solicita acréscimo na quantidade.

Existem serviços, dentro do âmbito público ou privado, que em hipótese alguma pode parar totalmente. São os chamados serviços essenciais, como o tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis, assistência médico e hospitalar, transporte coletivo, compensação bancária, funerários, entre outras atividades.

Theobaldo Pires também faz um alerta. Os trabalhadores não são obrigados a aderirem a uma greve da sua categoria. “Quem não quer participar não pode sofrer qualquer tipo de violência por não fazer parte de uma paralisação. Inclusive, se for constatado que alguém está cometendo o ato, essa pessoa pode ser demitida por justa causa. Isso é considerado abuso do direito de greve”, relata o advogado.   

As paralisações de funcionários em três das maiores usinas hidrelétricas em construção no País não preocupam até o momento o Ministério de Minas e Energia (MME). Na avaliação de técnicos da pasta, existe certa folga nos cronogramas desses empreendimentos. Além disso, a expectativa do governo é de que o processo de negociação, que já entrou no Palácio do Planalto, possa levar as partes a um acordo o mais rápido possível.

Em busca de melhores condições de trabalho, parte dos empregados na construção das usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio paralisou as atividades nesta semana, em um movimento que já se tornou recorrente nas obras de hidrelétricas no Norte do País. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura Filho, as greves deflagradas são apenas "conjunturais".

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"Esse tipo de evento não necessariamente compromete o andamento das obras, até mesmo porque os cronogramas dessas usinas já foram antecipados, uma vez que os consórcios ganham mais se entregarem a energia em um tempo menor", afirmou o secretário à Agência Estado. "Além disso, o crescimento da economia brasileira tem sido menor do que o previsto, portanto a demanda energética também diminui", acrescentou.

Ventura Filho também lembrou que os cronogramas das obras são reestimados todos os anos, levando em consideração os acontecimentos imprevistos, que vão desde as oscilações no regime das chuvas a até mesmo os acidentes nos canteiros. "Todo tipo de imprevisto já é considerado, inclusive as greves", completou.

Desta forma, na visão do MME, as greves por enquanto não prejudicam a entrega de energia dessas usinas nos próximos anos. Mas o secretário pondera que, se os movimentos se arrastarem por muito tempo, aí sim seus efeitos poderão começar a ser sentidos na produção futura. "A expectativa é de que se chegue a um entendimento o mais breve possível. O ministério não participa diretamente das negociações, mas acompanha o processo de perto", disse o secretário.

Na próxima semana, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, deve instalar uma comissão tripartite com representantes dos trabalhadores, das empreiteiras e do Ministério do Trabalho para buscar um acordo que viabilize a retomada por completo das obras. De acordo com Ventura Filho, o MME foi convidado para realizar uma exposição sobre a importância dessas usinas para o suprimento energético do País nesta década.

"Metade da energia necessária para os próximos dez anos virá das hidrelétricas e 73% desse total já estão contratados. A segurança energética brasileira é muito elevada", concluiu o secretário.

Licenciamento

Ventura Filho afirmou que o MME também está acompanhando o desenrolar da situação da Usina de Teles Pires, cujas obras foram suspensas nesta semana devido a uma decisão da Justiça Federal de Mato Grosso, que invalidou a licença ambiental do empreendimento. "Modificações no projeto serão feitas se forem necessárias. Os atores envolvidos nesse processo devem chegar logo a um entendimento", avaliou.

Após 24h de negociações entre representantes das associações da Polícia Militar e do governor Jaques Wagner, com intermediação do arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, terminou sem acordo as negociações para o fim da paralisação da categoria, que completa, hoje, oito dias. As negociações estavam ocorrendo na residência episcopal do arcebispo, que fica no bairro da Federação, na capital baiana. 

De acordo com a assessoria de comunicação do Estado (SECOM), a implantação da Gratificação de Atividade Policial (GAP), 4 e 5, maior reivindicação dos policiais, acaba de ser atendida pelo governo. Um cronograma de ascensão na escala da GAP, a partir deste ano, será feito de forma que todo o efetivo da PM seja promovido até 2015. A GAP 5 é a proposta do governo para fechar a negociação com as entidades representativas da Polícia Militar. Além disso, está assegurado o reajuste de 6,5%, retroativo à janeiro de 2012.

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“Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP 4, e eventualmente até da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado até 2015", afirmou o governador. “Meu esforço está sendo esse, muito grande, fazendo propostas consistentes para que a gente possa terminar esse movimento", concluiu Wagner.

Segundo a TV Bahia, filial da TV Globo, a reunião resultou em três tipos de avanço. Ficou decidido que os 12 PMs que tiveram a prisão decretada não irão para presídios federais, aqueles que participaram da greve de forma pacífica não serão punidos, e os policiais que cometeram atos de vandalismo durante a paralisação responderão a processos administrativos.

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