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O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) informou que os trabalhadores da fabricante de aviões Embraer na cidade entraram em greve nesta terça-feira (3). As reivindicações da categoria são aumento real do salário e renovação da convenção coletiva.

A decisão pela greve ocorreu após os trabalhadores rejeitarem uma proposta da empresa, que ofereceu reposição da inflação aos salários, de 4,06%, e "redução de direitos", segundo o sindicato, que também afirma que a greve paralisa 100% da produção.

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Também nesta terça-feira, trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), entraram em greve de 24 horas. Mas, nesses casos, não é questão salarial: os trabalhadores fazem protesto contra os planos de privatização das empresas.

Procurada, a Embraer afirmou que concedeu reajuste de acordo com proposta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e que as negociações entre a entidade e os sindicatos continuam.

"A Embraer, por liberalidade, já concedeu o reajuste salarial de 4,06% (que corresponde a 100% da inflação no período) aos colaboradores que recebem salários de até R$ 10 mil e um fixo de R$ 406,00 para remunerações acima desse valor, conforme proposta apresentada pela Fiesp, que representa as empresas do setor. As negociações entre Fiesp e entidades sindicais continuam", afirmou a empresa.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que voltou a ser mandatário do Brasil para, em primeiro lugar, reconstruir o País e gerar empregos. Lula fez um breve relato de seus mandatos anteriores, lembrou que tirou 36 milhões pessoas da linha abaixo da pobreza, colocou 40 milhões na classe média e gerou milhões de empregos num período em que a Europa desempregou milhões em discurso durante a posse da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos neste domingo (23).

"Voltei a ser presidente porque precisamos reconstruir o Brasil e a gerar empregos", reforçou o petista.

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A segunda razão pela qual voltou a ser presidente da República, segundo Lula, foi para recuperar a massa salarial dos trabalhadores. De acordo com o presidente, o povo quer trabalhar direito, tirar férias e viajar de avião. Lula não fez menção direta ao programa "Voa Brasil", mas sua fala não deixou de ser um afago ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), que o acompanhou neste domingo a São Bernardo do Campo, onde participaram da cerimônia de posse da nova diretoria dos Metalúrgicos do ABC.

França, que está à frente do "Voa Brasil", programa que se propõe a vender passagens aéreas ao custo de R$ 200 para a população com renda até R$ 6,8 mil e que não tenha viajado nos últimos 12 meses a partir da venda, tem visto sua pasta ser desejada partidos do Centrão e que têm pressionado o governo para trocar o ministro.

O presidente Lula, ainda no contexto de que o governo pretende conferir maior poder de compra aos mais pobres, disse que as pessoas já estão percebendo os preços da comida caindo nos supermercados.

"O preço da comida já está caindo e o povo vai poder comprar mais", disse Lula.

Ele lembrou ainda da anulação do decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que liberava a compra e o porte de armas de fogo. Disse que "esse negocio de liberar armas é favorecer os traficantes". Ao encerrar sua fala no evento, Lula fez uma espécie de alerta à militância e simpatizantes para não se acomodarem, já que "nós vencemos o Bolsonaro, mas ainda não vencemos o bolsonarismo."

Em assembleia neste sábado (16), os metalúrgicos de São José dos Campos e região aprovaram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2022. Neste ano, a categoria reivindica 18% de aumento salarial, além da manutenção e ampliação das cláusulas sociais de acordos e convenções coletivas.

Segundo nota, participaram da assembleia cerca de 100 metalúrgicos entre diretores, aposentados e trabalhadores de 22 fábricas. Na região, estão instaladas unidades produtivas de empresas como Embraer e General Motors (GM).

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Para indicar e aprovar o índice de reajuste, os metalúrgicos consideraram a disparada da inflação e consequentes perdas salariais, além de aumento real de salário. Em nota, eles apontaram que segundo estudo do Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese), feito para a Campanha Salarial 2022, a inflação deve continuar na casa dos dois dígitos no Brasil no período da data-base, em setembro. No acumulado dos últimos 12 meses (julho de 2021 a junho de 2022), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) já chega a 11,92%.

Também foi apresentada a proposta de criação de um gatilho salarial que seja "disparado" toda vez que a inflação tiver alta. "O objetivo é que, mês a mês, o trabalhador receba um reajuste de salário de acordo com o INPC", informa o sindicato.

"Seriam reajustes automáticos para parear os salários à medida que a inflação aumenta. Hoje, em cada mês, perdemos em média 10% de nosso salário. Essa bandeira do gatilho evitaria a corrosão salarial", afirma a pesquisadora do Ilaese, Ana Paula Santana.

Conforme o sindicato, cerca de 31,5 mil metalúrgicos compõem a categoria na região. "Mesmo com a crise econômica, a maioria dos setores da base registrou alta de produtividade no último período", diz em nota. "As empresas demitem quem tem salário mais alto e contratam, depois, pessoas com salários menores", complementou a pesquisadora.

Diante da publicação do alvará de soltura do ex-presidente Lula da Silva e de sua iminente saída da prisão, o ativista do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos (Psol) divulgou, em suas redes, sociais que irá recebê-lo no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista. “Todos a São Bernardo”, postou Boulos. A saída de Lula da prisão pode se dar ainda nesta sexta (8), após o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar, em votação, seu entendimento de 2016 de que segundo a constituição ninguém pode ser considerado culpado até o trânsito em julgado e que a execução provisória da pena fere o princípio da presunção de inocência.

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Militantes e parlamentares do PT já cercam o prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). “Vamos seguir tranquilos, como está o presidente e evitar as provocações que podem vir do clima de ódio e do extremismo da direita para não estragarmos este momento de alegria. Seguimos nessa caminhada pela liberdade plena de Lula com a anulação das sentenças injustas contra ele”, postou a deputada federal Gleisi Hoffman (PT).

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato a vice-presidente pelo PT e possível substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição, começou uma agenda às 5 horas da manhã desta quarta-feira, 5, cumprimentando metalúrgicas na portaria de montadoras de São Bernardo do Campo (SP).

Enquanto Haddad cumprimentava os eleitores, militantes petistas distribuíram material de campanha exibindo Lula como candidato à Presidência. Após ser barrado pela Justiça Eleitoral, o ex-presidente está impedido de ser apresentado como candidato.

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Ao lado da esposa, Ana Estela, de Manuela D'Ávila (PCdoB) e de candidatos do PT em São Paulo, Haddad procurou se apresentar aos eleitores nos locais conhecidos como redutos eleitorais de Lula. "Prazer, Fernando", disse o ex-prefeito a alguns metalúrgicos, a quem cumprimentou como "parceiros".

Haddad trajava uma jaqueta preta, por cima de uma camiseta e de uma camisa rosa social, calça jeans e sapato marrom. Foi aconselhado a trocar a jaqueta por uma oficial do sindicato dos metalúrgicos.

Aos aliados, o ex-prefeito quis medir a temperatura da campanha. "Como está o clima na rua? Vai decolar? Periferia, vai?", perguntou ao candidato a senador Jilmar Tatto. "Parece 2002", respondeu Tatto, em referência à primeira eleição de Lula ao Planalto.

Time do Lula

No carro de som, o partido pedia "votos no 13", em alguns momentos afirmando que o voto era destinado a Lula e em outros apresentando Haddad e Manuela como parte do "time de Lula".

Diante do desafio de fazer Haddad conhecido entre os eleitores simpáticos a Lula, aliados admitiam que há uma dúvida entre os metalúrgicos que ainda veem o ex-presidente como elegível. "No debate interno, tem muita pergunta. 'Cadê o Lula?' Na comparação com o Lula, não é na mesma proporção. Ainda é preciso trabalhar essa ideia, mas se essa for a principal ideia. Hoje, a principal é o Lula candidato", disse o coordenador do comitê sindical dos funcionários da Mercedes-Benz, Max Pinho.

Na primeira fábrica que esteve, a da Mercedes-Benz, Haddad fez um vídeo para as redes sociais defendendo uma nova política industrial para geração de empregos. Na Ford, ele pegou o microfone para defender o direito de Lula ser candidato e afirmar que a legenda "vai até as últimas consequências em defesa do Lula". Haddad fez ainda críticas ao governo Temer e ao PSDB.

"Vamos trabalhar nos próximos 30 dias duro para a gente chegar ao segundo turno tranquilos e aí debater projeto contra projeto", discursou. Depois das duas fábricas, Haddad e aliados entraram em um bar para tomar café e comer pão com manteiga. O ex-prefeito recusou o prato e disse que queria pão com queijo derretido. Os candidatos visitarão ainda nesta quarta outras fábricas no ABC paulista.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, cidade paulista onde fica a maior fábrica da Embraer, vai pedir ao presidente Michel Temer e ao Congresso Nacional que vetem a operação de venda de 80% da área de jatos comerciais da empresa brasileira para a Boeing. Segundo o presidente do sindicato, Weller Gonçalves, a operação colocará em risco cerca de 25 mil empregos.

A unidade da Embraer em São José dos Campos emprega 13 mil pessoas, segundo o sindicato. Os outros 12 mil trabalhadores atuam em áreas terceirizadas, como limpeza e alimentação, e em 40 empresas metalúrgicas que prestam serviços para a fabricante de aviões. "Isso tudo está em risco", disse. "Desde 2015, a Embraer está desnacionalizando a produção. Uma parte foi transferida para Portugal e para Estados Unidos (onde a companhia também tem fábricas). Agora, os novos projetos da empresa não vão vir para cá, vão para os EUA", afirmou.

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Detalhes

O comunicado sobre o acordo entre as duas empresas foi enviado aos trabalhadores na quinta-feira, 5, às 7h52, 15 minutos antes de a imprensa ser notificada. No documento, assinado por Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da Embraer, a empresa informou que os funcionários que atuam 100% na área de jatos comerciais serão deslocados para a nova companhia. Trabalhadores cujas funções são divididas entre mais de uma unidade de negócios (aviação comercial e militar, por exemplo) serão remanejados conforme as necessidades. Essas alterações só deverão ocorrer daqui 18 meses, período necessário para que os detalhes do acordo sejam fechados.

Silva também informou que as unidades em Gavião Peixoto (SP), Botucatu (SP), Eugênio de Melo (principal centro de engenharia da empresa em São José dos Campos), OGMA (Portugal) e Melbourne (unidade de aviação executiva nos EUA) permanecem com a Embraer. Já as unidades Faria Lima e Embraer Divisão de Equipamentos (EDE), ambas em São José dos Campos, que fabrica itens como trens de pouso, Taubaté (SP), Évora (Portugal) e Nashville (EUA) serão da nova empresa. A Embraer será detentora de 20% dessa companhia e a Boeing de 80%.

O presidente da Embraer afirmou ainda que o movimento de associação de empresas no mercado em grandes blocos está "dificultando a negociação" para companhias do porte da Embraer. "Precisamos ter flexibilidade e ousar novos formatos de negócios para que possamos nos manter competitivos no mercado", disse o executivo no comunicado. Silva acrescentou que a parceria garantirá a "geração de empregos" no País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de se entregar, na tarde deste sábado (7), à Polícia Federal para o cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão. Como previsto inicialmente, Lula se entregou depois da missa em homenagem aos 68 anos de Marisa Letícia, falecida em fevereiro de 2017. O evento aconteceu em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), local que o ex-presidente permaneceu junto a aliados desde a última quinta-feira (5), quando o juiz Sérgio Moro expediu o mandado de prisão.

A prisão em São Bernardo do Campo traz para o petista a memória histórica de uma detenção em 1980, quando durante o regime militar, Lula esteve preso por 31 dias. Foi na cidade que ele foi detido por liderar uma greve dos trabalhadores do ABC Paulista em plena ditadura. Na época, Lula era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, local onde iniciou a vida política e viveu altos e baixos até chegar à Presidência da República.

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Nos últimos dias, o sindicato virou asilo político do ex-presidente. Lá ele faz articulações com a defesa e recebeu apoio de políticos, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e os pré-candidatos a Presidência pelo PCdoB, deputada Manuela D’Ávila, e pelo PSOL, Guilherme Boulos. Além de senadores, deputados, prefeitos, lideranças nacionais do PT e de partidos de esquerda.

Militantes petistas também promoveram no local atos e homenagens. Nas redes sociais, a hashtags #OcupaSãoBernardo esteve diversas vezes entre os assuntos mais comentados. Na sexta, um grande ato reuniu milhares de apoiadores de Lula e neste sábado a multidão voltou à frente do Sindicato para expressar o carinho pelo ex-presidente.

A condenação e o cumprimento da pena

O declínio de Lula iniciava em 2016 quando foi levado coercitivamente para depor por determinação do juiz Sérgio Moro. Em setembro do mesmo ano, Moro torna o ex-presidente réu na Lava Jato. Apesar de Lula negar todas as acusações, uma derrota agrava sua situação: em julho de 2017, o magistrado condena Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do triplex do Guarujá, pena que foi aumentada durante a apreciação em segunda instância.

Até o último momento, na última quarta-feira (4), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o habeas corpus preventivo a Lula, o petista negou tudo que lhe foi atribuído. Após saber do mandado de prisão, o petista disse que esse era o “sonho de consumo” de Moro e definiu a prisão como “absurda”.

No documento em que determina o início da execução da pena de Lula, Moro deu até às 17h dessa sexta-feira (6) para que o ex-presidente se entregasse voluntariamente, entretanto, o líder-mor petista não firmou o acordo e, por meio da defesa, disse que a Polícia deveria buscá-lo em São Bernardo. O fato de ele não ter se apresentado não representou um desrespeito à decisão judicial e ele não foi considerado procurado pela PF.

Para evitar a prisão, a defesa de Lula impetrou um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas foi negado. Também ingressou com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o relator é o ministro Edson Fachin, que ainda não deu uma decisão.

Histórico

Derrotas fizeram parte da vida pública do petista até chegar ao cargo de presidente. Na disputa presidencial de 89, ele perde no segundo turno para Fernando Collor. Ele não desistiu. Em 1994, concorre novamente à presidência e é derrotado novamente, desta vez, por Fernando Henrique Cardoso. Não dado por satisfeito, em 1998, tenta pela terceira vez o sonho de comandar o país, porém perde mais uma vez para FHC. Em 2002, finalmente, enfrenta José Serra e se torna presidente do país. 

Em seu primeiro pronunciamento, após vencer a eleição, Lula fez um discurso destacando promessas. “Se no final de meu mandato cada brasileiro puder comer três vezes ao dia, terei cumprido a missão da minha vida”, ressaltou. Na ocasião, ele também disse que “o brasileiro votou sem medo de ser feliz e que a esperança venceu o medo”. 

Três anos depois, mais exatamente em 2005, o escândalo do Mensalão vem à tona, o que não o impediu de ser reeleito, em 2006, vencendo o então candidato Geraldo Alckmin. Deixou o governo, depois de oito anos, com uma alta aprovação e elege a sua sucessora: Dilma Rousseff.

A condenação de Lula divide opiniões. Chamado de “herói dos trabalhadores" e até de “bandido”, uma coisa é certa: o ex-presidente entrou para a história política do Brasil seja pela idolatria por uma grande parte dos brasileiros ou por ser o quinto presidente do país a ser preso. 

Com Giselly Santos 

 

A assessoria de imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou na noite desta quarta-feira, 4, que o petista não vai se pronunciar após o encerramento do julgamento do seu pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde foi montada uma estrutura para que simpatizantes do ex-presidente pudessem acompanhar a votação.

No início do julgamento, centenas de pessoas, basicamente membros de movimentos sociais ligados ao PT, acompanhavam o julgamento em um espaço destinado a eventos. No entanto, depois do voto da ministra Rosa Weber, considerado decisivo para o resultado final, desanimou o público, que tem deixado o local pouco a pouco. O esvaziamento ocorre mesmo após o presidente do sindicato, Wagner Santana, ter pedido, antes do voto de Rosa, para que todos permanecessem até o final. Ele chegou a dizer que o jantar estava sendo providenciado.

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O presidente do sindicato disse também que uma orientação seria dada aos presentes logo após o término do julgamento. Existe a possibilidade de ser realizada uma caminhada até a residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo, em uma manifestação de apoio. A assessoria de Lula informou que, mesmo que a caminhada ocorra, ele não vai participar.

Lula acompanha o julgamento ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff em uma sala reservada, sem aparelho de televisão, no segundo andar do prédio do sindicato. Ele é informado dos votos de casa ministro por assessores. Assim foi com o voto da ministra Rosa Weber. A sala de Lula teve o acesso restrito. Apenas alguns convidados mais próximos, como o ex-prefeito Fernando Haddad, os governadores Wellington Dias e Tião Vianna e os anfitriões Moisés Selerges e Wagner Santana, diretor e presidente do sindicato, têm acesso a Lula.

A festa que os apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faziam no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, quando teve início o julgamento do seu pedido de habeas corpus, deu lugar a um desânimo generalizado. O voto da ministra Rosa Weber foi recebido com silêncio e os simpatizantes do ex-presidente já consideram o julgamento encerrado.

A sede do sindicato tem sido usada como espaço para que os apoiadores do petista acompanhem a votação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos primeiros votos, membros de movimentos sociais gritavam palavras de ordem, tocavam instrumentos de percussão e empunhavam bandeiras. No entanto, depois do voto de Rosa, considerado decisivo para o resultado final, os instrumentos e as bandeiras foram guardados.

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Parte dos apoiadores já deixou o local, mas a maioria permanece. Pouco antes do início da leitura do voto de Rosa, o presidente do sindicato, Wagner Santana, pediu a todos que ficassem até o final, para que fosse dada uma orientação de quais serão as próximas ações de apoio ao ex-presidente. Ainda não há uma definição sobre se Lula vai ou não discursar aos presentes.

Os 5 mil metalúrgicos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, viram como uma ameaça aos seus empregos a decisão do governo americano de impor uma tarifa de 25% nas importações de aço e de 10% nas de alumínio. O assunto chegou a ser levantado na última assembleia convocada para discutir a campanha salarial.

"Temos 2.600 metalúrgicos contratados pela CSP e mais 2.400 terceirizados, totalizando cinco mil, que estão preocupados com essa situação imposta por Trump", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Ceará, Fernando Chaves.

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"Até agora não falaram em demissão, mas não estão contratando. O clima dentro da siderúrgica é de expectativa e esperamos que isso se resolva logo. Que o presidente dos EUA entenda que precisamos desse emprego com a nossa produção de aço que exportamos para lá", afirmou nesta quarta-feira, 14, um metalúrgico que trabalha na CSP há um ano e meio e pediu para não ser identificado.

Com um ano de CSP, outro metalúrgico, que também pediu anonimato, disse que os trabalhadores não foram avisados sobre o problema e a produção continua a todo vapor. "Se essa situação chegar até nós, será ruim, pois o emprego está difícil".

Em operação parcial desde 2016, a siderúrgica, que é uma sociedade entre a Vale e as coreanas s Dongkuk e Posco, foi inaugurada oficialmente há um ano. Na época, o governo do Ceará tinha a expectativa de que CSP, em sua capacidade plena, chegasse a representar 12% do PIB do Estado.

A superintendente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará (Simec), Vanessa Pontes, destacou em nota que "a sobretaxa onera os exportadores de aço para os EUA e gera desigualdade competitiva em favor das siderúrgicas americanas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Contrariando a orientação inicial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC antes do término do julgamento no Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) e foi pra casa. O alongamento da sessão fez com que a maior parte dos simpatizantes do líder petista também deixassem o local em direção à Praça da República, em São Paulo, de onde deve sair o ato em defesa de Lula.

Segundo a assessoria do sindicato, cerca de dez ônibus foram disponibilizados para os manifestantes que quiserem participar do ato na capital paulista. Os dirigentes petistas que deixavam o local, no entanto, disseram rumar para a sede nacional do PT. Segundo o senador Jorge Viana (AC), Lula quis ir para casa descansar e tomar um banho antes de seguir para o ato da República.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou por volta das 10h15 desta quarta-feira, 24, ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, local onde vai acompanhar o julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que começou às 8h30 em Porto Alegre. Lula chegou acompanhado do ex-prefeito de São Bernardo (SP) e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, Luiz Marinho, e entrou pela garagem do prédio.

No sindicato, Lula irá acompanhar o julgamento do recurso de sua defesa acompanhado de um pequeno grupo de pessoas, entre sindicalistas, amigos pessoais e petistas. Também já chegaram ao local o ex-chanceler Celso Amorim, o ex-presidente do PT Rui Falcão o ex-ministro Aloizio Mercadante e o ex-prefeito de Santo André Carlos Grana.

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Palco de greves nos anos 1970, São Bernardo do Campo, no ABC paulista, estava mais para indiferente do que indignada com a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em primeira instância, no âmbito da Lava Jato. Anteontem, o juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, sentenciou o petista a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Ao longo do dia, não houve manifestações de apoio nem de repúdio ao ex-presidente na frente do prédio onde mora, nem no sindicato que comandou e no qual se projetou nacionalmente como líder sindical nos anos 1970, nem nas portas das fábricas. Um misto de desilusão e fé entre os metalúrgicos definia a imagem de Lula no seu berço político.

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No acesso à fábrica da Mercedes-Benz, os metalúrgicos falavam de Lula, mas a preocupação maior era a reforma trabalhista. Entre os trabalhadores, o serralheiro Clodoaldo Campos, de 38 anos, disse aprovar a decisão de Moro. "A gente, que é metalúrgico, colocava a mão no fogo por ele. Hoje em dia, na empresa, você vê muito ‘peão’ dividido um com o outro. Para a gente, ele era que nem um rei", disse o morador da Praia Grande, na Baixada Santista.

A analista de sistemas de gestão da empresa no ABC Camila Dutra, de 28 anos, disse que comemorar a condenação de Lula não tem viés ideológico. "O que mais precisa de evidências para saber que ele cometeu algumas infrações? Tem muita evidência. Não é porque a gente não gosta do partido", afirmou.

Empregado na fábrica desde os 14 anos, quando ainda era aprendiz, o engenheiro de produção Luiz Carvalho, de 37 anos, disse que não vota em Lula desde o mensalão. "O fato de ele ser de origem metalúrgica não significa que os preceitos que ele segue ou prega sejam os mesmos conceitos éticos que a gente acredita, com certeza não são", afirmou. "Quando ele assumiu o poder, foi uma esperança para todos nós, mas, agora, para mim, perdeu o crédito total."

Há metalúrgicos que minimizam a culpa de Lula, conforme sentenciou Moro. Mecânico montador, Luís Carlos, de 35 anos, é um deles. "Político nenhum é inocente, mas o que fizeram com ele aí, acho que o Brasil não gostou, não", disse.

O técnico de segurança Édipo Alves, de 29 anos, disse que não votaria no ex-presidente, mas ressaltou que não está convencido de que ele é culpado. "A princípio não tem como saber se foi certo ou errado (a condenação). Ao meu ver, não tem provas suficientes ainda."

Alves disse, ao fim da jornada na fábrica, que o tema foi pouco discutido ao longo do dia, o que também foi ressaltado pelo ajustador mecânico Vlanir Oliveira, de 51 anos. "O que mais está se comentando (na fábrica) hoje (ontem) é a reforma trabalhista. O pessoal está mais preocupado com a reforma. Do Lula, teve repercussão quase nenhuma." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Metalúrgicos da região do ABC realizam nesta quarta-feira, 1, manifestação em São Bernardo do Campo em defesa do emprego. Os atos estão marcados para ocorrer em frente às empresas Mercedes-Benz, Ford e Scania, com uma caminhada para que haja um encontro dos trabalhadores das três montadoras. A concentração tem início às 7h, na Ford.

O setor automotivo tem sido um dos mais afetados pela crise econômica no Brasil. Com a queda na venda e na produção de veículos, as montadoras demitiram 11,2 mil funcionários nos 12 meses encerrados em abril, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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Além disso, algumas montadoras têm sinalizado que não pretendem mais utilizar instrumentos de manutenção do emprego, como o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), do governo federal. No fim de abril, o presidente da Mercedes-Benz no Brasil, Phillipp Shiemer, disse que o programa perdeu utilidade para a empresa. Em razão disso, o executivo afirmou que a adesão ao instrumento parece "impossível" de ser renovada.

O sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos afirmou que a paralisação dos 5 mil trabalhadores da General Motors (GM) na cidade do interior de São Paulo seguirá por tempo indeterminado até que a companhia apresente uma proposta para a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que seja considerada "satisfatória" pela categoria. "Continuamos parados e aguardamos uma posição da empresa", afirmou o secretário-geral do sindicato da categoria na cidade, Renato de Almeida.

Os funcionários da GM na cidade iniciaram a paralisação na segunda-feira, 18, após rejeitarem em assembleia a proposta de R$ 4.250 para a segunda parcela da PLR de 2015. Em julho do ano passado, eles receberam R$ 8.500 referentes à primeira parte do benefício.

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Em reunião entre sindicalistas e representantes da empresa ainda na segunda-feira, a oferta foi elevada para R$ 5.000, valor novamente rejeitado pela categoria. De acordo com Almeida, os metalúrgicos almejam receber R$ 7.000 na segunda etapa do PLR, para que o benefício do ano passado totalize R$ 15.000. Um valor abaixo deste é considerado "muito inferior" ao pago em 2014, quando ficou em R$ 16.300, segundo representantes dos trabalhadores.

Procurada, a GM não quis se manifestar. Na segunda-feira, ao comentar a paralisação, a montadora citou em nota o encolhimento de 26% do mercado brasileiro de veículos como fator que "aprofunda ainda mais a deterioração da posição financeira da companhia".

Ao comentar a paralisação da unidade de São José dos Campos (SP), a General Motors alega estar fazendo um grande esforço financeiro para cumprir o acordo de pagamento da segunda parcela da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) de 2015.

"A paralisação da produção, especialmente neste momento de profunda transformação do mercado brasileiro, que teve uma queda nas vendas de 26,6% apenas em 2015, e uma queda de aproximadamente 47% se compararmos com o mercado de 3,8 milhões de unidades em 2012, só aprofunda ainda mais a deterioração da posição financeira da companhia", diz a empresa, em nota enviada ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência estado.

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Os metalúrgicos da GM no interior paulista estão paralisados desde a manhã desta segunda-feira (18) quando um terço dos 5 mil funcionários da unidade voltaria de férias coletivas. Eles não reassumiram suas funções, após rejeitarem, em assembleia, a primeira proposta da montadora.

"A empresa lamenta que as propostas debatidas não tenham sido aceitas pelo Sindicato e tenham paralisado temporariamente as operações", diz a nota.

A GM afirma ainda que fez, desde 2012, todos os esforços para evitar o corte de empregados, incluindo férias coletivas, layoff, banco de horas e programas de desligamento voluntário. "A GM reforça sua disposição para o diálogo construtivo no sentido de encontrar alternativas para nos mantermos competitivos neste contexto de grande transformação no mercado brasileiro", diz.

Sem uma nova proposta para a segunda parcela da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) de 2015 até as 16 horas desta segunda-feira (18), os metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos vão manter a paralisação iniciada pela manhã. Segundo o sindicato da categoria na cidade, a reunião entre os representantes dos trabalhadores e a empresa se arrastava até o fim da tarde e, por isso, foi convocada uma assembleia para as 5h30 da terça-feira (19) para os trabalhadores definirem se continuam de braços cruzados ou se voltam a trabalhar.

Nesta segunda, um terço dos 5 mil funcionários da unidade da GM em São José dos Campos voltaria de férias coletivas e começaria a trabalhar às 5h50, mas eles não reassumiram suas funções, após rejeitarem, em assembleia, a primeira proposta da montadora.

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Na semana passada, a GM ofereceu pagar R$ 4.250 como segunda parcela da PLR. Em julho de 2015, de acordo com o sindicato, os metalúrgicos receberam R$ 8.500 referentes à primeira parcela do benefício. Dessa forma, a PLR de 2015 totalizaria R$ 12.750. Em 2014, o montante ficou em R$ 16.300, segundo informaram os sindicalistas.

De acordo com Renato de Almeida, secretário-geral do sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, os trabalhadores consideraram o montante oferecido "muito inferior" ao do ano anterior. Ainda segundo o sindicalista, não estão descartadas paralisações "a qualquer hora" nas unidades da GM em São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS). Procurada, a GM afirmou que não vai se manifestar sobre a negociação em curso.

Desemprego

Os números mais recentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) dão conta que, em 2015, as montadoras demitiram 14.732 trabalhadores, ou 10,2% da força de trabalho, levando o total de empregados para 129.776 até dezembro. Desse total, 35.600 empregados estavam vinculados ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), em que há redução do salário e da jornada de trabalho, e outros 4,1 mil estavam em lay-off, que consiste na suspensão temporária dos contratos trabalhistas, ainda de acordo com a Anfavea.

Uma assembleia geral será realizada às 19h desta sexta-feira (25) pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (SindMetal/PE), para decidir os rumos da Campanha Salarial 2015 da categoria. Os metalúrgicos encontram-se insatisfeitos com as propostas apresentadas durante as rodadas de negociação, visto que o reajuste oferecido é inferior ao desejado pelos trabalhadores e ainda dividido em duas vezes. 

Ao todo, a categoria já passou por sete rodadas de negociação e o acordo não foi estabelecido, afinal, a proposta da classe patronal é de 8% de reajuste, dividido em  duas vezes (set/2015 e jan/2016), para quem recebe o piso; e R$ 280, também em duas vezes, para quem recebe acima do piso. A proposta dos trabalhadores é de 13% e 11%, respectivamente. 

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De acordo com o sindicato que agrega funcionários do ramo da indústria automotiva/autopeças, siderúrgica, eletroeletrônica e de bens de capital, os patrões não falam em chegar a um reajuste no percentual da inflação para que uma negociação seja iniciada. Eles afirmam que a greve é iminente e deve ser concretizada se um acordo de reajuste não for definido durante essa assembleia. 

Em Pernambuco, cerca de 40 mil profissionais são da indústria metalúrgica. Atualmente, o salário base da categoria é de R$ 844,03, para empresas com até 70 empregados; e R$ 878,22, para as que possuem mais funcionários.

 

De janeiro até agora, 9% dos metalúrgicos da Grande São Paulo perderam o emprego. Foram cerca de 30 mil demissões, de uma base composta até então por 335 mil trabalhadores. Boa parte desse contingente é de funcionários de autopeças e fabricantes de máquinas

"No ano passado, no mesmo período, foram mais ou menos 4 mil demissões, mas a maioria era reposição; já este ano são cortes e não há contratações", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Força Sindical, Miguel Torres.

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Durante toda a semana, a Força Sindical promoveu manifestações em diversos bairros da capital paulista em protesto contra as demissões ocorridas entre os metalúrgicos nas cidades de São Paulo, Mogi-Guaçu, Poá, Guararema, Biritiba-Mirim, Guarulhos, Osasco, Santo André e São Caetano do Sul. "Daqui pra frente, qualquer demissão que ocorrer vamos parar a fábrica", diz Torres.

Segundo ele, há alternativas ao corte, como férias coletivas e lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho). Ele admite, porém, que o quadro econômico é complicado e lamenta que o Banco Central tenha sinalizado que os juros vão continuar subindo, o que pode retrair ainda mais a economia.

Montadoras. Novo grupo de montadoras anunciou paradas em razão da queda das vendas. No Rio de Janeiro, MAN Latin America, Nissan e PSA Peugeot Citroën anunciaram férias coletivas e lay-off.

Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Bartholomeu Citeli, a fabricante de caminhões MAN encerrou o segundo turno de trabalho na fábrica de Resende e colocará 600 funcionários em lay-off. Os cerca de 800 trabalhadores do primeiro turno vão continuar operando com jornada e salários reduzidos em 10%.

Na PSA, em Porto Real, entre 700 e 800 funcionários ficarão em casa por três semanas a partir de segunda-feira. Na Nissan, inaugurada no ano passado também em Resende, a produção de automóveis será interrompida entre 24 de junho e 12 de julho, com a dispensa de cerca de 1 mil a 1,2 mil trabalhadores. Neste ano, até maio, as montadoras eliminaram 6,3 mil postos de trabalho.

A forte crise pela qual passa a indústria automotiva afeta também o segmento de autopeças. No primeiro quadrimestre, o nível de emprego no setor recuou 10,61% em relação a igual período do ano passado. Só em abril, a queda foi de 11,72% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Integrando a programação do 8º Congresso dos Metalúrgicos do ABC Paulista em São Paulo, o ex-presidente Lula (PT) fará um bate-papo com a juventude nesta terça-feira (12). O encontro será transmitido ao vivo pela internet através do site do Instituto Lula, a partir das 18h.

De acordo com o Instituto Lula, a conversa com os jovens foi uma iniciativa do próprio petista, porém o evento é restrito à participação de jovens trabalhadores da categoria previamente credenciados.

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