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Nesta terça (1), o deputado estadual Joel da Harpa (PP) lançou uma nota em que defende a atuação dos policiais militares na repressão a um protesto a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, realizado no último domingo (30), no Centro do Recife. A ação, que deixou feridos transeuntes, manifestantes e até a vereadora do Recife Liana Cirne Lins (PT), não foi autorizada pelo governador Paulo Câmara (PSB). 

No texto, Joel da Harpa alega que o policial que disparou o spray de pimenta no rosto da parlamentar estava tentando protegê-la, pois ela poderia se ferir, devido à sua proximidade com a viatura. "Se observarmos os vídeos, o policial, na verdade, salvou a vida dela e evitou uma tragédia pois a mesma estava colada na viatura, a qual estava em movimento", escreveu o deputado, sem apresentar qualquer prova para confirmar sua versão dos fatos.

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Em um vídeo publicado nas redes sociais de Liana Cirne, é possível assistir ao momento em que ela se aproxima da janela da viatura, na tentativa de dialogar com os policiais. Um deles, então, dispara o spray de pimenta diretamente no rosto da vereadora, que cai no chão e é socorrida por assessoras. Depois do incidente, Liana precisou ser socorrida para a UPA de Torrões, na zona oeste da capital pernambucana.

A conduta dos policiais está sendo investigada pela Secretaria de Defesa Social (SDS). "Na tarde de ontem estivemos nas duas unidades operacionais para conversar com a categoria e colocar toda a nossa equipe à disposição. O que ouvimos confirma nossa opinião de que a tropa estava cumprindo sua missão e, mais uma vez, está sendo injustiçada", coloca a nota do parlamentar.

No posicionamento oficial, ainda é dito que os manifestantes “atearam fogo em pneus, jogaram pedras contra os policiais o que resultou na necessidade de uma ação mais dura com o uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes". Não há registros ou imagens que comprovem a afirmação. A ação da polícia também deixou dois homens, que não participavam da manifestação, cegos. Eles foram alvejados no rosto por tiros de balas de borracha.

O deputado estadual Joel da Harpa (PTN) foi à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta terça-feira (12), para cobrar um posicionamento do Governo do Estado sobre a situação de 526 militares que, em razão de problemas no edital de uma seleção para ingresso no curso de formação de sargentos, realizado em 2010, aguardam decisão da Procuradoria Geral do Estado para terem direito às suas respectivas promoções.

"Desde 2015, a gente vem tentando junto aos advogados que os representam fazer um acordo com o Governo do Estado com o objetivo de garantir para esses homens e mulheres o direito que já foi garantido pela Justiça, que é de serem sargentos da Polícia Militar de Pernambuco. Muitos desses homens e mulheres já foram promovidos a primeiro sargento e a segundo sargento, mas vive uma verdadeira desilusão, que é acordar sem saber se vai continuar sendo sargento", contou.

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Joel falou que ser policial militar é uma "difícil tarefa" diante da violência em Pernambuco. "A maioria dos senhores e senhoras e das famílias ficam na expectativa esperando saber se serão promovidos ou não e, alguns desses companheiros, executam essa difícil tarefa que é ser policial militar e defender a sociedade pernambucana, sobretudo em um momento como este que a gente vive um contexto de violência gigante no estado de Pernambuco", criticou. 

O parlamentar falou que uma lista foi passada, durante a sessão plenária desta tarde, na qual todos os deputados assinaram concordando com um pedido ao governo para que essa garantia seja efetivada. "Surge uma luz no fim do túnel através da bancada de governo desta Casa. Quero dizer em nome da bancada da oposição que esse tema não é um tema de oposição, é um tema que a gente busca um entendimento com o Governo do Estado para que se possa concretizar a tão sonhada promoção e a garantia". 

 

"É importante que esses homens, acima de tudo, estejam certo do que querem fazer e, sobretudo, incentivados pelo Governo do Estado. Eu acredito que este seja um momento altamente oportuno para o governo reconhecer essa necessidade de ter essa promoção garantida. Esperamos que, ao final dessa negociação que está aberta, que o Governo do Estado, por meio do governador Paulo Câmara (PSB), possa entender essa necessidade, essa demanda e ainda esta semana tomar a decisão de fazer o acordo com a Procuradoria. É uma luta que já vem desde 2010, alguns já garantiram essa promoção através de acordo no passado e existem esses 526 que esperam esse acordo. Eu subo à tribuna para colocar o meu posicionamento a favor desse acordo e como vice-líder da oposição nos colocar à disposição da bancada no governo para que assim possa dar um fechamento e que seja um fechamento satisfatório para esses 526 profissionais", reiterou.

O deputado estadual Joel da Harpa (Podemos) fez um longo desabafo, no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), após sua exclusão do quadro da Polícia Militar de Pernambuco. O parlamentar disse que a Secretaria de Defesa Social (SDS) deveria estar mais preocupada em combater a criminalidade que está tomando conta do estado. "O que a gente está vivendo no estado, no contexto da segurança pública, é uma verdadeira guerra civil e é algo que está descontrolado. O governo está de uma forma que não tem mais como conter esta violência, está perdido no contexto da segurança pública. Já trocou de secretário três vezes, já trocou de comandante geral duas vezes e não consegue dar uma resposta à sociedade pernambucana no contexto da violência que a gente está vivendo", disse em discurso nessa quarta (16). 

"E aí, agora, resolveram atacar a minha pessoa. Fui excluído da Polícia Militar em uma decisão totalmente arbitrária. Uma verdadeira injustiça que fizeram com a minha pessoa, mas isso não vai mudar em nada o meu comportamento e a minha dedicação em defender os profissionais da segurança pública. Uma pessoa que está sendo injustiçada pelo Código Militar", declarou.

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Joel, em sua explanação, contou que entre os argumentos para sua exclusão foi porque teria praticado "um ato que afeta a honra pessoal da corporação" pela venda de um terreno. "Segundo o secretário que me excluiu eu acabei com a imagem da corporação porque vendi uma posse. Que eu simplesmente feri a ética e a imagem da corporação militar. Sabe quem feriu a honra do povo de Pernambuco? Foi o secretário que disse que atende ligação de presos. Esse secretário, sim, feriu a nossa honra porque em lugar dele garantir para a população de Pernambuco que os detentos estão presos e não que não tenham comunicação com alguém de fora, ele disse que atendia ligação altas horas da noite ferindo a população de Pernambuco e ele continua secretário do governo", disparou se referindo a uma declaração do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico (PSDB).

"Quem feriu a honra do povo de Pernambuco foi o secretário Márcio Stefanni, que disse que se sente mais seguro em Pernambuco do que em Paris, esse sim está ferindo a nossa honra, está tirando onda como diz o linguajar. Agora eu, eu tenho 18 anos de serviço prestado a corporação. Sai da Polícia Militar porque entrei nessa Casa porque a lei não dá direito de permanecer porque se desse eu estaria aqui nas minhas horas de folga. Estaria dentro de uma guarnição, estaria em cima de uma moto da Rocam como passei seis anos arriscando a minha vida e defendendo a sociedade pernambucana. Eu quero dizer para o secretário e para esse governo que honra eu tenho demais e reconhecer a importância que a Instituição da PM tem para o estado, eu reconheço demais". 

 

O parlamentar disse que irá recorrer. "Mas o governo resolveu agora atirar para o lado de cá. O governo resolve agora tentar desmoralizar um deputado estadual eleito pelo voto do povo e reconhecidamente o representante legal das corporações militares desta Casa. Uma voz que defende e continuará defendendo os companheiros, mas iremos recorrer. Nós confiamos na Justiça e esperamos que justiça seja feita, mas isso não vai jamais calar nem parar a nossa voz", finalizou.

 

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