Tópicos | Magno Martins

 

O PMDB chantageia Dilma. Ameaça se debandar da base, entregar os cargos e migrar para outro candidato a presidente em 2014. A convivência estressante entre o partido e o Governo chegou quase ao limite, ao ponto do PT mais radical tachar o vice-presidente Michel Temer de traidor e incentivador do litígio.

Um dia após a presidente reafirmar que não reduz o número de Ministérios, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), apresentou projeto para limitar em 20 o número de pastas, hoje em 39. Com a volta dos trabalhos do Congresso na semana que vem, essa crise tende a se agravar, embora apareçam os naturais bombeiros para apagar o incêndio.

Quem deve estar acompanhando de perto essa contenda e torcendo por desdobramentos catastróficos são os candidatos da oposição, especialmente o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos.  Ambos querem o apoio do PMDB, mesmo sabendo que se traduzirá num preço caro.

Segundo maior partido com tempo de televisão na propaganda eleitoral, o PMDB daria a Eduardo, por exemplo, o tempo que ele sonha para viabilizar sua candidatura presidencial.  Já Aécio, com o PMDB no seu balaio, passaria a contar com o maior tempo de televisão durante a campanha eleitoral, superando, inclusive, o tempo do PT.

Por isso mesmo, a presidente Dilma tende a ceder às chantagens do PMDB, que na prática quer mais cargos, mais ministérios e poder para fatiar entre os seus caciques, exercitando, assim, o que aprendeu com tanto afinco nos últimos anos: a prática exacerbada do fisiologismo.                                                 

JOGO ZERADO– Diante da queda da presidente Dilma nas pesquisas, o sentimento em Brasília é de que o jogo de 2014 está zerado. “A eleição presidencial do ano que vem será uma eleição aberta. Qualquer um dos candidatos pode ganhar o pleito e chegar ao Planalto”, observa o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP). A mesma convicção tem o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), aliado de Eduardo. “As ruas tiraram o favoritismo de Dilma”, assinala.

Dia de cão– Um dia após receber o governador e assinar o ingresso de Petrolina na repactuação da UPA regional, o prefeito Júlio Lóssio (PMDB) enfrentou um dia de cão. O prédio da Prefeitura foi invadido, mais uma vez, pelos manifestantes do movimento “O Vale acordou”. O diálogo foi aberto, enfim, mas sem a certeza de que os protestos chegarão ao fim.

Estado banca O secretário estadual de Saúde, Antônio Figueira, explica que as UPAS regionais, como a de Petrolina inaugurada anteontem, foram construídas pelo Estado e 80% da sua manutenção serão bancados também pelo Estado, cabendo aos municípios uma participação de apenas 20%. Por isso, todos os prefeitos do São Francisco aderiram.

O grito médico– Para o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Mário Jorge, não é recuando na obrigatoriedade do formando em prestar dois anos de serviços ao SUS para receber o diploma que o Governo terá o apoio da categoria para o programa “Mais médicos”. “Nossa luta é pela melhoria de condições de trabalho”, resume.

Sem unidade– Presidente municipal do PT no Recife, Oscar Barreto entende que a corrente de Humberto Costa, ao se antecipar ao anúncio do candidato à presidência estadual do partido, escolhendo o neomilitante Bruno Ribeiro, sinaliza que não deseja nem trabalha pela unidade partidária. “O momento não é o de impor nomes, mas de discutir a unidade”, prega.

CURTAS

QUEM TEM RAZÃO?– O prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), anunciou um verdadeiro mutirão para desassorear a barragem de Brotas uma semana após o secretário de Recursos Hídricos, José Almir Cirilo, se negar a iniciar a empreitada alegando que, do ponto de vista técnico, seria melhorar esperar o açude secar.

LAMPIÃO NA TELA– O companheiro Adriano Roberto, que divide a bancada do Frente a Frente com este blogueiro, apresenta o seu primeiro curta - “Causos de Virgulino, Lampião na boca dos sertanejos” – no Festival de Cinema de Triunfo no próximo sábado. Tem todos os ingredientes para concorrer ao Oscar.

Perguntar não ofende: João da Costa será o candidato ao comando estadual do PT contra Bruno Ribeiro, apoiado por Humberto e João Paulo?

 

O governador Eduardo Campos (PSB) tem que agir urgentemente, com medidas eficazes e em curto prazo, para evitar que a barragem de Brotas, em Afogados da Ingazeira, venha a secar, conforme advertiu o bispo do Pajeú, Dom Egídio Bisol. Construída no Governo Eraldo Gueiros no final dos anos 70, o reservatório é um dos mais importantes do Sertão, tendo capacidade para armazenar 26 milhões de metros cúbicos.

 A saída seria o desassoreamento da barragem, através de dragagens com retroescavadeiras, mas esta solução, do ponto de vista técnico, só pode ser feito se o reservatório secar completamente, e não na situação em que se encontra hoje, conforme esclareceu, ontem, no Frente a Frente, o secretário de Recursos Hídricos, José Almir Cirilo.

Se o secretário está certo, qual a solução emergencial para salvar Brotas? Cirilo prefere aguardar o verão chegar e até lá garante que medidas estão sendo tomadas para evitar o colapso de abastecimento de Afogados, como o aumento do fornecimento de água retirada em poços.

A solução definitiva, entretanto, só virá com a Adutora do Pajeú, programada para setembro se as obras andarem na velocidade atual. Tudo bem! Mas o problema estrutural da barragem? O Governo tem que recuperar o açude de uma forma ou de outra.

Do contrário, a barragem vai para o beleléu e quem vai pagar um preço no futuro pela sua morte será o Governo do Estado, que nunca fez nada para tirar o manancial do estado de abandono em que se encontra.

ADESÃO PLENA– Pelos cálculos do presidente da Amupe, José Patriota (PSB), mais de 150 prefeitos de Pernambuco devem aderir ao programa “Mais médicos”. Só na última segunda-feira, logo após a explanação de Mozart Sales, do Ministério da Saúde, mais de 40 gestores aderiram à iniciativa. “Com o tempo, a adesão deve ser quase total dos 186 municípios do Estado”, observa Patriota, que é prefeito de Afogados da Ingazeira.

Prefeitos em baixa – Não há um só prefeito de capital que esteja gozando de popularidade nesses primeiros seis meses de gestão. Em Salvador, o prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM) anda borocoxô, porque recebeu uma pesquisa interna apontando uma altíssima rejeição ao seu governo.

Conto da carochinha– O tal pacto de não agressão que teria sido firmado entre Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (sem partido) e Eduardo Campos (PSB) não passa de obra de ficção. Segundo um tucano de alta linhagem, Aécio e Eduardo, por exemplo, já andaram se bicando e o socialista vier a crescer nas pesquisas de imediato sofrerá petardos do senador mineiro.

Tasso lidera– No Ceará, o ex-governador Tasso Jereissati pode mudar seus planos de não voltar à vida pública, dedicando-se apenas aos seus negócios, conforme já declarou. Pesquisa do Ibope aponta o tucano na liderança para o Senado com 43% das intenções de voto contra 19% do senador Inácio Arruda (PCdoB), que disputará a reeleição.

Obras retomadas– O prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), que herdou uma tremenda herança maldita, começa aos poucos a retomar obras que estavam paradas e sem conclusão. São calçamentos de ruas, postos médicos, o PSF Maria Auxiliadora, além de uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento, esta em parceria com o Governo do Estado.

CURTAS

ELEIÇÕES LIMPAS– O presidente nacional da OAB, Marcos Vinicius Furtado, tem agenda, hoje, no Recife, para lançamento de projeto popular que garanta a reforma política pelo Congresso. Trata-se do projeto “Eleições limpas”, que contará, certamente, com o engajamento de toda sociedade brasileira.

ATUAÇÃO– O vereador Wanderson Florêncio, da bancada do PSDB na Câmara, do Recife, tem trabalhado intensamente, apesar do recesso na Casa. Ontem, ele esteve denunciou, com ampla repercussão, a paralisação das obras do Parque de Apipucos. As imagens falam por si só, mas o líder do Governo, Gilberto Alves (PTN), garante que as obras foram retomadas. Não se sabe aonde!

Perguntar não ofende: São fantasmas ou invisíveis os trabalhadores das obras no Parque de Apipucos?

 

Não creio que o governador Eduardo Campos (PSB) tenha aprovado a repressão da Polícia Militar aos enfermeiros que promoveram um ato público na Avenida Agamenon Magalhães. E por isso mesmo, não pode deixar sem punição os policiais responsáveis pela ação violenta contra uma categoria que estava nas ruas lutando por melhores condições de trabalho.

Conforme imagens num vídeo postado ontem no meu blog, uma enfermeira foi algemada e presa por policiais arbitrários e truculentos. Algemar uma pessoa indefesa e que estava pacificamente participando de uma luta comum da categoria a que pertence é uma violência inaceitável. Até porque ela não cometeu crime algum.

Algemas só devem ser usadas em casos extremos, quando se prende marginais ou bandidos do colarinho branco. Os tempos de chumbo foram deixados para trás há muitos anos e ninguém de bom senso tem saudade, com exceção desses policiais que foram escalados para reprimir enfermeiros indefesos.

Se os manifestantes estavam obstruindo uma via importante e, consequentemente,  trazendo transtornos, que se buscasse o diálogo para a mudança do trajeto, mas recorrer à violência como recurso é condenável em qualquer circunstância. Toda violência é intolerável e neste caso ficou a impressão de que a PM pernambucana usa ainda métodos nazistas.  

É DANDO QUE SE RECEBE – Na base de Dilma, todos tiram proveito da queda de Dilma nas pesquisas. Tem muita gente adorando a fragilidade dela. “Eles aproveitam para tentar tirar tudo. Cada um usa a sua arma”, diz um ministro referindo-se aos partidos governistas. O PMDB quer mais um Ministério e o PT, partido da presidente, também conspira com o “Volta Lula”. Já há quem defenda dentro do PMDB o fim da reeleição e ameaça com rompimento.

Euforia tucana – O clima entre os tucanos é de euforia com a queda de Dilma nas pesquisas. O “já ganhou” contaminou o presidente do PSDB, Aécio Neves, e faz renascer a ambição de Serra. Para os tucanos, o potencial de Marina Silva, revelado nas pesquisas, não passa de mera ficção.

Giro pelo Agreste– Na passagem, hoje, pela cidade Itaíba, o governador Eduardo Campos assina ordem de serviço para pavimentação do trecho ligando o município ao distrito de Negras, numa extensão de 9 km e investimentos da ordem de R$ 9 milhões. De lá, segue para Paranatama, onde anuncia investimentos na área hídrica e inaugura o novo abatedouro.

A viúva agradece– Para cada R$ 1,00 que o Estado destinou ao TCE para o cumprimento de suas atribuições constitucionais, o Tribunal devolveu R$ 4,15 para a sociedade. A contabilidade é da presidente do Tribunal de Contas, Teresa Duere, adiantando que com isso houve uma economia de R$ 589,80 milhões utilizando medidas cautelares e análises de editais e licitações.

Briga municipal– A presidente Dilma comprou uma nova briga com os municípios. Sancionou as regras de distribuição do FPE vetando o artigo que impedia as renúncias fiscais feitas pelo governo federal prejudicassem os repasses aos Estados e Municípios. Durante a Marcha dos prefeitos, houve um clamor para que a lei fosse sancionada sem vetos.

CURTAS

MILHO– As 25 mil toneladas de milho que chegaram a Pernambuco para alimentação do rebanho serão suficientes para abastecer os polos do Sertão durante três meses, segundo o secretário de Agricultura, Aldo Santos. O produto será vendido aos criadores a preços subsidiados.

OBRA PARADA– A oposição na Assembleia não deixa vazar a próxima ação no Estado para mostrar o que considera desacertos da gestão estadual. Segundo um parlamentar do bloco oposicionista, a próxima visita surpresa será a uma obra paralisada na Região Metropolitana.

Perguntar não ofende: O ministro Fernando Bezerra ainda pensa em mudar de partido para disputar o Governo do Estado?

 

 

 

Médicos fazem, hoje, uma grande manifestação em todo o País contra as duas decisões polêmicas do Governo: a PEC que obriga o estágio no SUS por dois anos para a diplomação e o veto a alguns itens do projeto do Ato Médico feito pela presidente Dilma.

Na lei que regulamenta a profissão da Medicina no País, Dilma não deu bolas aos reclamos da categoria e vetou, dentre outros pontos, o que reservava ao médico a responsabilidade de diagnóstico e tratamento de doenças.

Presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o médico Renato Azevedo lamenta que uma lei que tenha passado 12 a nos em debate no Congresso sofra profundas mudanças sem diálogo.

“Estamos vivendo em um País preocupante, autoritário. Ao mesmo tempo, o poder executivo baixa uma lei, através de Medida Provisória que revoluciona o ensino médico no Brasil sem conversar com ninguém”, disse Azevedo.

Brigar com uma categoria formadora de opinião como a classe médica não é nada aconselhável, principalmente para um Governo que vem enfrentando dificuldades de todas as naturezas depois que as manifestações implodiram nas ruas. A falta de diálogo reclamada pelos médicos não é exclusiva da classe.

Dilma não conversa sequer com os políticos. Tomou a decisão transloucada do plebiscito sobre reforma política sem ouvir sequer o vice-presidente Michel Temer, principal liderança do PMDB.

Se trata assim aliados, certamente continuará a ignorar os reclamos dos médicos, como deixou a entender, ontem, ao radicalizar o confronto com a categoria, negando qualquer abertura para um acordo. Por isso mesmo, as manifestações de hoje tendem a cair na graça da população em geral.

BRIGA FEIA – Os médicos brasileiros resolveram comprar a briga com o Governo, que insiste em viabilizar o projeto de importar profissionais de Cuba e outros países da Europa. Quem sentiu de perto a disposição da categoria para o confronto foi o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O Conselho de Medicina do Pará abriu procedimento contra o ministro, que tem registro médico naquele Estado. Padilha espera apenas a notificação da Justiça.

Jogando a toalha – É a própria base governista que já começa a jogar a toalha em Brasília. Defensor ferrenho do Governo, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) deixou vazar seu sentimento. “O Governo Dilma, com esses aliados que estão aí, não tem risco de dar certo”.

Protesto na Mata– A população de Vicência, na Zona da Mata Norte, sai às ruas, hoje, num grande protesto como já ocorreram no Recife e em várias cidades do Interior. A concentração está marcada para as 15 horas na praça do hotel, na entrada da cidade. Assim como aconteceu no resto do País, a mobilização para o ato foi feita pelas redes sociais, sobretudo o Facebook.

Demagogia barata– Para o senador Armando Monteiro Neto (PTB), a proposta do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), de bancar o passe livre com recursos dos royalties é demagógica. “Não podemos resvalar para a demagogia. Afatia dos royalties já tem a sua destinação, que é a educação”, desabafou, em entrevista ao programa Frente a Frente.

PMDB quer Lóssio – O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), deve assumir uma postura mais agressiva de pré-candidato a governador a partir de agosto. Da direção nacional do PMDB, Lóssio só tem recebido estimulo e apoio para que comece a viajar pelo Estado, concentrando sua presença na Região Metropolitana, região onde ainda é pouquíssimo conhecido.                 

CURTAS

NA MISSA– O governador Eduardo Campos confirmou, ontem, sua presença na tradicional Missa do Vaqueiro de Serrita, que acontece entre os 24 e 28 deste mês. Apesar das dificuldades geradas pela seca, o prefeito Carlos Cecílio (PSD) banca o evento graças ao apoio recebido da Empetur.

CIDADANIA– O escritor Antônio Campos, responsável pela Fliporto e integrante da Academia Pernambucana de Letras, recebe, no próximo dia 23, o título de cidadão de Olinda. A proposição, de autoria do vereador Arlindo Siqueira, foi aprovada por unanimidade.

Perguntar não ofende: O Congresso cede à pressão da sociedade e trabalha ou entra de recesso?

 

 

Recém-empossado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o ex-secretário Ranilson Ramos (Agricultura) herdou, consequentemente, todos os processos do ex-conselheiro Romário Dias, a quem sucedeu. Isso se dá de forma natural, sendo praxe daquela corte. Mas entre os rolos que Ranilson herdou estão às contas do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), referentes ao exercício deste ano.

Como o conselheiro é de Petrolina e ali, quando atuava na política estava do outro lado do balcão do prefeito, ou seja, na oposição, por uma questão de conduta ética, para que seus atos não venham no futuro a serem questionados, o mais aconselhável seria abrir mão da relatoria das contas de Lóssio.

Existem precedentes no Tribunal. Natural de Canhotinho, o conselheiro Carlos Porto nunca aceitou julgar contas daquele município, que até pouco tempo estava sendo administrado pelo irmão Álvaro Porto.

Ranilson não sabe ainda, na verdade, tudo que herdou de Romário, mas tenho impressão que em relação a Petrolina ele, até por uma questão de bom senso, devolverá a presidente Teresa Duere esse abacaxi.

Argumento para isso tem de sobra. Sendo assim, basta comunicar que se sente impedido de julgar as contas do prefeito e Duere compreenderá perfeitamente, redistribuindo Petrolina para outro conselheiro.

Ranilson pode até não abrir mão, alegando que não tem parentesco com Lóssio, mas o seu julgamento, principalmente impiedoso das contas do prefeito, se for o caso, tende a ser interpretado pelo viés político e não técnico. E aí pega mal!

GUIA MAIS CURTO – É possível que já nas próximas eleições de 2014 o período de campanha no rádio e na televisão seja menor. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encomendou projeto que reduz o tempo de propaganda eleitoral na TV para 30 dias no primeiro turno e para 15 dias no segundo turno. Hoje, no primeiro turno são 45 dias e no segundo turno 16 dias. Certamente, vai gerar muita discussão no plenário da Casa.

Cordão dos puxas – Coube ao blogueiro Evandro Lira, de Serra Talhada, registrar o flagrante do susto levado pelo governador e sua equipe na Exposerra na noite de quinta-feira, quando o palanque armado para a abertura do evento quase desaba. Essas estruturas não comportam tantos bajuladores!

Sem ambulância– No mesmo dia em que o governador Eduardo Campos estava em Serra Talhada, uma jovem entrou em trabalho de parto, mas não teve como chegar até ao hospital regional porque, segundo denúncia de um ouvinte no programa Frente a Frente, a única ambulância do hospital regional havia sido deslocada para um evento da comitiva oficial.

IBAMA atrapalha– As comunidades de Angico, Sobrado, Andorinha e Cacimba do Gado em Buíque, no Sertão, estão ameaçadas de ficarem sem água encanada. Tudo porque o IBAMA embargou as obras iniciadas pela Compesa. É que as áreas integram o Parque de Preservação Nacional do Vale do Catimbau, segundo técnicos responsáveis pela ação judicial.

Um ou os dois – A ex-deputada Miriam Lacerda (DEM) pode disputar novamente um mandato estadual em 2014, mas está na dependência do que venha a decidir o seu marido, atual deputado Tony Gel (DEM). A família tem um entendimento: se sair um só candidato a estadual será Gel, mas se este disputar um mandato federal Miriam sai a estadual.

CURTAS

COM CINTRA– Na volta de Serra Talhada, o governador pernoitou em Pesqueira e logo cedo foi a Belo Jardim fazer uma visita ao ex-deputado Cintra Galvão, com quem teve uma longa conversa. Depois, ao lado do prefeito João Mendonça, assinou a ordem de serviço para início das obras de uma escola técnica.

SEMINÁRIO– Em Ipojuca, o prefeito Carlos Santana (PSDB) promove o seminário “Fala Ipojuca”, destinado a ouvir a população sobre as prioridades para os próximos seis meses e fazer um balanço do que já foi possível ser feito diante da tremenda herança maldita que recebeu.

Perguntar não ofende: Dilma vai conseguir superar a maior crise do seu governo depois que o povo foi às ruas?

 

 

 

O economista Maurício Romão fez umas continhas, ontem, em cima da espetacular queda de 27% de Dilma na pesquisa Datafolha e constatou que ela perdeu nada menos do que 29 milhões de votos em apenas três meses. Só em junho, segundo ele, 22 milhões de eleitores abandonaram o barco da presidente. Boa parte dos analistas políticos da mídia nacional já avalia que Dilma se inviabilizou. Nem a vitória do Brasil sobre a Espanha, dando ao País o título da Copa das Confederações, animou os brasileiros. Ao redor do Maracanã, uma grande manifestação foi realizada. Crescendo para baixo feito rabo de cavalo e temendo levar outra estrondosa vaia, a presidente foi orientada a não dar as caras no jogo. As manifestações que continuam a pipocar no País sitiam Dilma em Brasília. O PT entrou em pânico, clama pela volta de Lula. Quanto mais se prolongarem os protestos, mais pontos a presidente tende a cair. E se mais na frente ela não se recuperar não são os eleitores do PT que abandonarão o barco dela, mas os partidos da sua base de sustentação no Congresso. Por enquanto, como o cenário da sua recuperação é de incerteza os partidos e lideranças dirão que estão com ela, mas a partir de outubro, faltando um ano para a eleição, a conversa será diferente. Com a presidente sem perspectiva de reeleição, pré-candidatos que hoje não têm aderência por falta de tempo na televisão, como Eduardo Campos, passarão a ser encarados com outro viés. O viés da competitividade, porque Dilma já não será mais bicho papão, o jogo praticamente será zerado.

AMIGOS PARA SEMPRE – O governador Eduardo Campos tem conversado com mais frequência nos últimos dias com o ex-presidente Lula. As conversas vão além do cenário nacional, cujo quadro é de uma grande incógnita para o PT, devido à queda acelerada da presidente Dilma nas pesquisas. Pelo visto, os que tentaram intrigar o governador com Lula não conseguiram.  Difícil é prever se eles estarão juntos num mesmo palanque da eleição presidencial!                                                                                   

Ninguém é de ferro

No momento em que o País pega fogo, com manifestações nos grandes e pequenos centros urbanos, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), passeia pela Europa. Foi a única ausência notável na reunião da executiva nacional do PSB, ontem, no Recife.

Abrindo o coração

Chamou atenção o discurso do presidente do Tribunal de Justiça, Jovaldo Nunes, na inauguração do Fórum de Afogados da Ingazeira. Quebrou o protocolo, fugiu do discurso jurídico e descampou para a política, praticamente fazendo uma declaração em favor da candidatura de Eduardo a presidente da República. Isso diante de onze desembargadores.

Torrando dinheiro

Presidentes de todos os tribunais regionais eleitorais foram convocados para uma reunião em Brasília, hoje, com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carmem Lúcia. Na pauta, a tese do plebiscito ou referendo sobre a reforma política. Qualquer que seja a alternativa, a saída é torrar dinheiro público para se chegar a um resultado óbvio: o povo quer a reforma.

Jogando pesado

O senador Jarbas Vasconcelos quer que o Congresso proíba que parlamentares indiciados ou processados por crimes contra a administração pública exerçam funções na mesa diretora, de liderança, no Conselho de Ética e de comando de comissões permanentes ou provisórias. “É uma precaução para não expor o parlamento a situações constrangedoras”, diz.

CURTAS

INFILTRADOS Ontem, logo cedo, a polícia identificou um grupo de encapuzados impedindo a circulação de ônibus levando servidores para Suape.  Todos fugiram quando tomaram conhecimento de que a Polícia estava chegando ao local. O serviço de inteligência do Governo já identificou vândalos vindos de São Paulo envolvidos nas manifestações.

NO PSB – O ex-prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (sem partido), já carimbou o seu passaporte para ingressar no PSB e deve disputar um mandato de deputado federal. Seu desafio é sair majoritário de Serra, desbancando o deputado Inocêncio Oliveira, ex-aliado e hoje principal rival.

Perguntar não ofende: Por que o Congresso não faz a reforma política sem necessidade de plebiscito?

 

Ao aparecer liderando a pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), para o Senado, Jarbas Vasconcelos poderia ser apontado como um candidato quase que imbatível à reeleição não fossem os ingredientes adversos que enfrentará para viabilizar seu nome.  Postulante a senador não depende exclusivamente dele, da sua vontade e do seu potencial. Depende dos outros. Historicamente, quem elege senador, com raras exceções, é o candidato a governador, o puxador de votos da chapa majoritária. Jarbas tem um capital político. Hoje, segundo o levantamento, o senador tem quase metade das intenções de voto dos pernambucanos – na verdade 49,5%. Mas se não tiver incluído numa chapa de um governador competitivo não vai a lugar nenhum. Por isso, Jarbas está à espera do governador Eduardo Campos. É dele que depende para entrar na disputa. Sem o apoio de Eduardo, as chances do peemedebista se restringirão. Há ainda outro cenário complicador para Jarbas: se o próprio Eduardo resolver disputar o Senado. Neste caso, só restará a ele tentar um mandato de deputado federal. Quanto ao deputado Eduardo da Fonte (PP), que aparece em segundo lugar com 16%, representa o chamado fato novo. Segundo deputado federal mais votado nas eleições de 2010, tendo ficado atrás apenas de Ana Arraes, mãe do governador, Dudu da Fonte, como é mais conhecido, tem como estratégia integrar uma chapa para o Senado cujo governador seja apoiado por Dilma e Lula, porque o seu partido está na base governista. Correr por fora, para tentar uma terceira via, como Carlos Wilson fez em 1994, não passa pela cabeça de Dudu. Quanto ao ministro Fernando Bezerra, que aparece em terceiro, sua candidatura só existe de fato, hoje, no Vale do São Francisco, sua base eleitoral. Para crescer e se viabilizar, tanto para governador quanto ao Senado, Bezerra tem que adotar uma estratégia para se inserir no resto do Estado, principalmente na Região Metropolitana, onde se observam seus menores índices de intenção de voto.

O DIFERENCIAL - Eduardo da Fonte ficou animado com os 16% de intenção de voto que recebeu para o Senado. Ele atribuiu ao seu trabalho no Congresso, mas o que os seus aliados dizem que é que a cruzada contra o aumento das tarifas de energia elétrica tem traduzido em bons resultados na mídia, dando um diferencial ao seu mandato. O seu alvo principal em Pernambuco é a Celpe, que, segundo ele, pratica preços exorbitantes nas suas tarifas.

O pato manco

Quem deu a dica para a presidente Dilma propor o plebiscito para uma Constituinte exclusiva sobre a reforma política foi o presidente da OAB, Marcos Vinicius, segundo uma fonte palaciana. Como é vista como inconstitucional, Vinicius deu uma de pato manco.

Sem sair das ruas

Enquanto os pernambucanos se concentravam, ontem, no jogo do Brasil contra o Uruguai, um grupo de manifestantes, estimado em quatro mil pessoas, promoviam um protesto nas imediações do Centro de Convenções. Em determinado momento, os ânimos se acirraram e por pouco não houve conflito entre os mais exaltados e a Polícia Militar.

Fora de órbita

Depois dos protestos, o governador Eduardo Campos, pré-candidato do PSB ao Planalto, deu uma recuada estratégica nas incursões pelo País. Foi convidado, por exemplo, para fazer uma palestra dirigida a um grupo de mil pequenos produtores rurais em Santa Catarina, mas ainda não confirmou se irá. Como diz Ney Maranhão, Eduardo assunta a maçaranduba do tempo.

Oposição fraqueja

Do jornalista Ilimar Franco, de O Globo, em sua coluna de ontem: “A oposição não gostou da participação dos seus na reunião com a presidente Dilma. Dizem que o governador Geraldo Alckmin (SP) “amarelou”. Cobrado, o governador Beto Richa (PR) desculpou-se dizendo que quem o antecedeu (Alckmin) interveio “puxando o saco” da presidente. Também não gostaram das loas ao “pacto” na saída”.

CURTAS

ABANDONO - É vergonhosa a situação da falta de conservação da BR-232, que liga Recife a Caruaru. Quem foi obrigado a circular por ali nesses dias de festejos juninos sofreu com os buracos, mato e falta de acostamento. O engraçado é que muitas autoridades circularam pela estrada e não deram um pio.

APOSTA EM LÓSSIO - Vice-prefeito de Petrolina, o empresário Guilherme Coelho gostou dos 3% atribuídos ao prefeito do município, Júlio Lóssio, na pesquisa para governador do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB). “Quando se candidatou pela primeira vez a prefeito Lóssio largou com 2%. Ele é um fenômeno nas ruas”, diz, animado.

Perguntar não ofende: O Congresso começou a ouvir a voz rouca das ruas?

Armando Monteiro Neto (PTB) e João Paulo (PT), que aparecem empatados tecnicamente na primeira pesquisa para o Governo do Estado, com 25% e 23%, respectivamente, têm uma faceta em comum: se afirmam e se projetam para uma eleição majoritária sem apadrinhamento político.

Armando controla um partido, no caso o PTB, e como diz lá no Sertão, amarra o seu jegue onde quiser. João Paulo, por sua vez, embora filiado ao PT, não tem o controle do partido no Estado. Seus percentuais de intenção de voto se traduzem de fato pelo histórico de prefeito do Recife por duas vezes, tendo elegido um poste ao final do segundo mandato, no caso o ex-prefeito João da Costa, com quem rompeu.

Nem Armando nem João alimentam expectativas de contar com o apoio do governador Eduardo Campos. A tendência do PSB, por controlar o Estado há sete anos, é entrar na disputa com candidato próprio. Mesmo que Eduardo recue do seu projeto presidencial, as chances dele apoiar João Paulo para governador são remotíssimas.

O mesmo vale para Armando, que na eleição para prefeito do Recife se aliou ao candidato do PSB, no caso o prefeito Geraldo Júlio, de olho no apoio de Eduardo à sua candidatura a governador em 2014.

Mas se a fórmula de candidato próprio do PSB vale para descartar João Paulo, igualmente deve ser usada para justificar o não alinhamento ao projeto majoritário de Armando. Se prevalecer à tese do apadrinhamento o nome que vier a ser abençoado pelo ex-presidente Lula tem tanta chance quanto ao que vier a ser apoiado por Eduardo.

Porque a pesquisa aponta que 47% dos entrevistados podem votar num candidato indicado por Lula contra 37% em relação ao nome apontado pelo governador. Se Eduardo é um cabo eleitoral poderoso, pelos números atestados na pesquisa Lula não fica nada a desejar, um cenário que promete grandes emoções.

PESQUISA SENADOR– Hoje, última etapa de divulgação das pesquisas encomendadas pelo meu blog ao Instituto Opinião, postaremos o cenário para senador da República. Nas eleições do ano que vem, estará em disputa apenas uma vaga, hoje ocupada por Jarbas Vasconcelos, candidato à reeleição. Jarbas trabalha com a hipótese de contar com o apoio do governador Eduardo Campos, com quem se aliou no pleito passado em apoio ao prefeito Geraldo Júlio.

No caminho certo
Bater de frente contra o aumento da luz tem dado dividendos políticos extraordinários para o deputado Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP. Cotado para disputar o Senado, Da Fonte comemorou, ontem, o fato de seu nome ter aparecido com 1,6% na pesquisa espontânea para governador, mesmo percentual de Jarbas.

Volta por cima
Com exceção de João da Costa, Fernando Ferro e o presidente do diretório municipal, Oscar Barreto, o PT festejou os números do deputado João Paulo na pesquisa para governador do Instituto Opinião, contratada com exclusividade por este blog. Até porque João estava sendo considerado morto politicamente, em razão de ter sido o vice de Humberto no Recife.

O melhor, mas impedido
A pesquisa mostrou que o nome mais forte do PSB para entrar na disputa pelo Governo do Estado é o do prefeito Geraldo Júlio, que aparece com 7,5%. O problema é que o governador errou na escolha do vice de Geraldo. Luciano Siqueira, além de ser do PCdoB e não do PSB, é visto como uma pessoa não confiável para assumir o cargo numa renúncia de Geraldo.

Já gorou
A presidente Dilma recuou rapidamente na proposta maluca da convocação de um plebiscito para uma constituinte exclusiva sobre reforma política. Além de inconstitucional, a proposta é inadequada. Reforma política se faz emendando a Constituição e já tramita uma penca de projetos no Congresso. O que falta é decisão política para fazer andar. Nada mais!

CURTAS
ESTILO DILMA– A presidente Dilma não consultou nem comunicou nenhum deputado ou senador sobre o plebiscito para convocar uma Constituinte para promover a reforma política. Tomou a decisão com o núcleo duro do governo no fim de semana. E por isso mesmo se deu mal.

GOSTOU– O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), se animou com os percentuais entre 2,5% e 3% na pesquisa do Instituto Opinião para governador. “Nunca disse que seria candidato e tenho fincado raízes em minha cidade, sem cumprir nenhum tipo de agenda de pré-candidato”, disse.

Perguntar não ofende: Quem foi o aloprado que fez a cabeça de Dilma para convocar um plebiscito para fazer a reforma política?

A primeira pesquisa sobre a corrida presidencial em Pernambuco, feita pelo Instituto Opinião, na qual Dilma bate Eduardo por uma frente de 10 pontos, não revela surpresas. O governador, embora tenha agenda de candidato, não assumiu ainda que está na disputa. Some-se a isso o fato da presidente estar em campanha pela reeleição há mais de um ano, tendo vindo ao Estado três vezes nos últimos seis meses.

Eduardo perde para Dilma em todas as regiões do Estado e a distância cresce especialmente nos grotões, entre o Agreste e os sertões. Naturalmente, pelo peso eleitoral dos programas de distribuição de renda, especialmente o Bolsa-Família. Há cidades no longínquo sertão onde mais de 70% da população está contemplada pelo programa, tornando-se, assim, refém e dependente do auxílio mensal dado pelo Governo.

Pesquisas internas encomendadas pelo Palácio das Princesas batem com a o Instituto Opinião. Posto em campo entre os dias 14, 15, 16 e 17 deste mês, o levantamento aponta Dilma com 44,6% e Eduardo com 33,7%. Na espontânea, Eduardo também perde para Dilma e de sobra para o ex-presidente Lula.

Há cenário para o governador melhorar, ampliar e passar Dilma? Provavelmente, mas uma coisa fica certa: até agora a estratégia montada não deu resultados.  Se não, ele teria aparecido à frente de Dilma.

Contra Dilma pesam as manifestações que eclodem no País, a ameaça da volta da inflação e a instabilidade política. Quanto a Eduardo, este tem que repensara sua estratégia, porque criticar o Governo fazendo o PSB, seu partido, parte dele é incoerente e incompreensível.

Além disso, o governador tem que assumir que é candidato e negociar rapidamente um leque partidário de apoio ao seu projeto, porque se ficar isolado no PSB terá apenas um minuto para propaganda na televisão, tempo insuficiente para fazer uma campanha eletrônica capaz de convencer as massas.

GROTÃO RUIM– Dentre todas as regiões dos grotões é no São Francisco, reduto eleitoral do ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração), onde se configuram os menores índices de intenção de voto para o governador na corrida presidencial: apenas 27% contra 41,3% na Zona da Mata, seu melhor região. Eduardo tem também a menor taxa de aprovação da sua gestão no São Francisco, em torno de 77%. Ali, na eleição passada, seu candidato perdeu a eleição para prefeito.

Espinha na garganta

Em Petrolina, pior percentual de avaliação e intenção de voto para o governador, o grande vitorioso foi o prefeito Geraldo Júlio (PMDB), que derrotou Fernando Filho, filho do ministro Fernando Bezerra e de tabela o candidato do PT, Odacy Amorim. Eduardo foi quatro vezes a Petrolina, fez comícios e caminhadas e não reverter o jogo.

O ET Aécio

A pesquisa para presidente em Pernambuco configura, igualmente, outro cenário já sabido e que não surpreende: a candidatura do tucano Aécio Neves não existe no Estado, sendo um verdadeiro ET em todas as regiões, inclusive na Metropolitana. Além de patinar em 3%, o tucano detém a maior taxa de rejeição de todos os candidatos com 26,3%, o que é altíssimo.

Mal na foto

Marina Silva, que nas eleições passadas para presidente teve 20 milhões de votos, sendo a grande surpresa, também aparece muito mal em Pernambuco. Com apenas 5,9% das intenções de voto, Marina tem, como Aécio, uma altíssima taxa de rejeição – 19%. Abaixo, portanto, apenas de Aécio Neves, o campeão em impopularidade no Estado.

Sucessão estadual

Na sequência dos cenários levantados pelo Instituto Opinião, com exclusividade para este blog, postaremos, hoje, a pesquisa para governador trazendo vários cenários, porque o PSB ainda não definiu o seu candidato. Pelo PSB foram analisados os nomes do ministro Fernando Bezerra, do prefeito Geraldo Júlio e dos secretários Tadeu Alencar (Casa Civil) e Antônio Figueira (Saúde).

CURTAS

SENADOR– Já amanhã, postaremos o cenário para senador da República, que nas eleições de 2014 terá apenas uma vaga para renovação, a que está sendo ocupada pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos, que só disputa um novo mandato se contar com o apoio do governador Eduardo Campos.

NO SERTÃO– Humberto Costa atendeu ao convite do prefeito Geraldo Júlio e curtiu o São João em Petrolina. Em meio aos festejos juninos, o senador prestigiou o evento da entrega da 100ª creche aberta no município. Apesar de ter derrotado Odacy Amorim, Lóssio construiu uma parceria com o PT, a quem distribuiu cargos.

 

Perguntar não ofende: Se Eduardo não disputar o Palácio do Planalto sai a senador ou deputado federal em 2014? 

Após o encontro da presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), com os governadores e prefeitos dos estados do país nesta segunda-feira (24), em Brasília, onde foram discutidos os problemas que a sociedade reivindicou durante essas últimas semanas, cinco pactos foram lançados durante a convocação: Responsabilidade Fiscal; Construção de uma Reforma Política; Melhoria na Saúde Pública; Qualidade no transporte coletivo e Educação de qualidade.

O cientista político e blogueiro pernambucano, Magno Martins, afirma que a presidente está “acuada” diante das manifestações.  “Dilma fez, simplesmente, o pacto para construção de obras comuns. Ela está querendo fazer uma reforma política com os projetos que transitam dentro do congresso através das emendas”, afirmou. 

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Mas segundo a visão política do Magno, a petista está com dificuldades dentro da casa legislativa. “É notório que a Dilma está com enormes problemas de fazer qualquer tipo de reforma, porque ela perdeu o controle dos partidos políticos pequenos que não aprovam a mudança”, explicou o blogueiro. 

Essa reforma consiste em reduzir o número dos partidos políticos e a proliferação deles, além de fazer a retribuição dos mesmos. Mudar a eleição para opcional e a implementação do voto inlista, momento em que a população vai deixar de votar em um deputado específico e passará a escolher pelo grupo/partido que ele se encontra. “Surgiu uma briga entre os grandes e pequenos partidos. Ela está usando a população para pressionar o congresso para que os partidos entrem em consenso em favor da reforma”, enfatizou o cientista. 

O Brasil viveu, ontem, um dia histórico. Seu povo saiu às ruas em mais de 100 cidades, entre as quais as principais capitais, como São Paulo, que reuniu 100 mil pessoas. Um verdadeiro formigueiro humano foi visto também no Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife. Brasília ferveu.

Manifestantes romperam as barreiras impostas para chegar até ao Congresso, entraram em confronto com policiais e atearam fogo na Esplanada dos Ministérios e nas proximidades do Itamaraty. Com exceção do Recife, que fez um ato pacífico, com o branco da paz, cenas de vandalismo se reproduziram em várias partes do País.

Lamentável! Protestos se fazem com palavras de ordem, com o eco da voz rouca nas ruas e não com violência. Recife não registrou incidentes graves, badernas, agressões, nada disso, além do grito forte do seu povo em caminhada que ficou marcada para a história, não apenas pela grande adesão da população, mas pela civilidade e pacifismo.

Gente consciente e engajada. Jovens caras pintadas, cartazes com frases duras, mas que simbolizavam as razões do belíssimo ato. Recife deu um show de democracia e até a polícia, bem comportada, acabou sendo aplaudida pela multidão. Apenas tumultos isolados, sem graves consequências, se observaram em frente ao prédio da Prefeitura.

Mas, como a manifestação foi comparada ao mar de gente do Galo da Madrugada, isso se diluiu. O recado do Recife, porém, foi dado ao País: a revolta do povo não se dá pelo aumento de 20 centavos nas passagens, mas por dignidade na política, saúde de qualidade, escolas eficientes, rejeição a PEC que imobiliza o Ministério Público, fim das obras superfaturadas e com caras de elefantes brancos, como as arenas da Copa do Mundo.

CAIU NA REALMais uma vez, a TV-Globo se rendeu aos fatos: abandonou a transmissão dos jogos da Copa das Confederações, ontem, para transmitir ao vivo as manifestações que ocorreram em várias partes do País. As equipes globais, entretanto, tiveram que cobrir os atos nas ruas sem o loco tradicional da emissora e com segurança particular, temendo agressões de populares, como ocorreu com o jornalista Caco Barcelos, em São Paulo.

Sitiada no Planalto

Enquanto Brasília pipocava, ontem, com milhares de manifestantes em frente ao Congresso e ao Itamaraty, a presidente Dilma despachava no Palácio do Planalto, a 300 metros do burburinho como se estivesse sitiada. Foi de lá, depois de acompanhar pela televisão o que se passou no País, que resolveu cancelar sua ida ao Japão.

Apenas chute

No Recife, a Polícia Militar abusou do seu chutômetro.  Chegou a calcular em 100 mil os manifestantes presentes nas ruas da capital, recuando depois para 52 mil. Para garantir a tranquilidade do ato, o Governo mobilizou mais de mil policiais. Se o Galo da Madrugada arrasta um milhão de pessoas, por que não havia, ontem, 100 mil pessoas na manifestação?

No Sertão

Petrolina e Juazeiro, cidades irmãs, separadas apenas por uma ponte sobre o rio São Francisco, se uniram, ontem, mais uma vez, numa manifestação que arrastou mais de seis mil pessoas. No final da tarde, a multidão se concentrou na ponte Getúlio Vargas, cujo movimento de carros ficou interrompido por mais de duas horas.

Mantega vai cair

Notícias que chegam de Brasília dão conta de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está com os dias contados. Na verdade, segundo uma fonte palaciana, ele deve ser substituído pelo ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Mantega cai, na verdade, por fadiga de material e deve arrastar boa parte da sua equipe econômica.

CURTAS

EFEITO COLATERAL– Na opinião do cientista político Ricardo Guedes, da Fundação Getúlio Vargas, as manifestações que sacudiram o País nos últimos dias tornaram indefinidas as eleições presidenciais de 2014. Ele acredita que o pano de fundo do inconformismo é a ameaça da volta da inflação.

IMAGEM ARRANHADA– O Governo está extremamente preocupado com a grande repercussão externa das manifestações no Brasil. Especialmente porque jornais e revistas internacionais tratam os protestos como reação a tudo, destacando principalmente a Copa das Confederações.

Perguntar não ofende: E os protestos param por ai ou vão continuar nos próximos dias, mesmo a passagem já tendo sido reduzida? 

Se Eduardo resolver disputar o Senado e não mais a Presidência da República, que destino tomará o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que sonha em disputar a reeleição numa chapa apoiada pelo governador? Eis a pergunta que mais se ouve, hoje, nos bastidores da política pernambucana diante da possibilidade de o governador desistir do voo nacional.

Aliados históricos no passado, mas adversários numa etapa seguinte, quando o senador rompeu com Arraes e se aliou à direita para disputar o Governo em 1998, Jarbas e Eduardo se reconciliaram recentemente sem que ninguém até hoje tenha entendido.

Não é fácil compreender porque não houve uma razão aparente, algo tão forte para convencer, com exceção das conveniências da política. Até hoje, o governador nunca deu um pio falando sobre acordos para apoiar Jarbas a senador.

O único político que tem levantado essa lebre é o deputado Raul Henry, discípulo fiel do senador, e que também, de forma oportuna, se transferiu para o palanque de Eduardo e aderiu à candidatura de Geraldo Júlio no Recife, logo em seguida.

A Jarbas, entretanto, só restará a alternativa de disputar um mandato de deputado federal e, assim, encerrar a sua longa trajetória política, porque parece impossível despontar um cenário pelo qual possa vir a disputar mais uma eleição majoritária, até pela a sua idade já avançada e pela debilidade eleitoral.                                                                                                                                             

MISSÃO IMPOSSÍVEL– Secretário-geral do PT, o deputado Paulo Teixeira (SP) pegou um tremendo abacaxi da executiva nacional do partido, na reunião com dirigentes da executiva pernambucana: juntar os cacos do PT no Estado. Se já era rachado, com as eleições do Recife, ano passado, o partido ficou muito mais dividido. E o pior é que o presidente estadual, Pedro Eugênio, não tem liderança para cumprir o papel delegado a Teixeira, um ET no Estado.

Dupla jornada

Paulo Teixeira, o emissário designado pelo PT para construir a paz no Estado, já conseguiu uma façanha: os principais líderes petistas pernambucanos que estiveram com ele cumprem fielmente o pacto do silêncio. Ninguém fala sobre a reunião e os barracos que ocorreram ao longo dela.                                                                      

Briga feia

Foi difícil, por exemplo, na reunião do PT, conter o deputado Fernando Ferro, um dos mais fiéis aliados de João da Costa. Ferro abriu o verbo tocando na ferida: a briga dos dois Joãos – Paulo e Costa – que parece irreversível. Dois dias antes do encontro, João Paulo mandou avisar ao comando nacional do PT que não conte com ele para ficar frente a frente com o desafeto.

Mordendo bundas

Deu na coluna do jornalista Ilimar Franco, de O Globo: “O ex-presidente Lula defendeu, em Porto Alegre, o número de ministérios existentes nos governos Lula e Dilma. Sobre a pasta das Cidades disse que, antes dele, os prefeitos eram recebidos por cães pastores que mordiam suas bundas”.

Centésima creche

O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), aproveita o mega evento em que transformou o São João do município, com uma estrutura de fazer inveja a Caruaru e Campina Grande, para levar lideranças nacionais do seu partido e prestigiar uma atração à parte: a entrega da 100ª creche do programa Nova Semente.

CURTAS

CONTRATO– O empresário Anchieta Mascena, da BPM Serviços, prestou esclarecimentos, ontem, na Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira, sobre o elevado reajuste concedido no contrato que mantem com a Prefeitura em locação de automóveis na educação e outros setores, além do gabinete do prefeito.

CASAS– O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), pressionou tanto a Caixa Econômica Federal que, finalmente, na próxima quarta-feira, os 500 beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida assinarão os contratos de aquisição dos seus imóveis. As 899 famílias beneficiadas iriam receber as casas quando Dilma passou pelo município, em abril.

Perguntar não ofende: Os conflitos em São Paulo, Rio e Porto Alegre por causa do aumento das passagens de ônibus se repetem, hoje, na abertura da Copa das Confederações?  

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