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O caso de Raquel Pedro da Silva, que faleceu na última quarta-feira (10) após ter sofrido uma queda na Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima, no Recife, foi tema de um discurso proferido pela vereadora Pretas Juntas (PSOL) nesta segunda-feira (15). Durante a reunião plenária da Câmara Municipal, a parlamentar subiu à tribuna para pedir melhorias no serviço de atenção à saúde das gestantes da capital. Na ocasião, ela ainda prestou um relato pessoal sobre o parto de seu primeiro filho, que faleceu durante o procedimento na Barros Lima.

Raquel Pedro da Silva faleceu em decorrência de um traumatismo craniano. De acordo com Pretas Juntas, a gestante teria encontrado dificuldades para realizar o parto normal indicado pela equipe da unidade de saúde – apenas após o acidente foi feita uma cesariana, enquanto a mulher ainda se encontrava viva. A criança faleceu na quinta-feira (11).

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Na tribuna, Pretas Juntas mencionou dados sobre a mortalidade infantil e materna no Recife. “Em 2022 o Recife registrou 192 óbitos de nascidos vivos”, disse. “E sobre as mães, quem protege a vida dessas mulheres? Ano passado, o Recife registrou 11 óbitos maternos”.

De acordo com ela, o caso que resultou na morte de seu filho também envolveu uma indicação de parto normal que teria sido inadequada. “Eu cheguei com o meu filho vivo. Hoje, ele poderia estar com 16 anos. E, por negligência médica, o meu filho veio a falecer dentro da minha barriga. Quantas mulheres como eu passam por isso todos os dias?” 

Ela salientou que esses casos tendem a se repetir especialmente com mulheres negras, como ela e Raquel Pedro da Silva. “É urgente que a gente possa pensar em políticas públicas, que tratam a gente, que depende do Sistema Único de Saúde, como objetos”, afirmou. “Hoje, 17 anos depois do que aconteceu comigo, outras mulheres negras continuam enfrentando o mesmo problema no Recife, e isso precisa mudar”.

*Da Câmara do Recife 

O primeiro bebê a nascer, em 2020, nas maternidades da Prefeitura do Recife, veio ao mundo às 2h25. A criança, de sexo masculino, nasceu de parto cesárea na Maternidade Barros Lima, localizada em Casa Amarela, pesando 3,945 kg e com 50 cm. Bebê e mãe, residente da cidade de Cumaru, agreste pernambucano, passam bem e devem receber alta em até dois dias.

Na capital pernambucana, atualmente, são realizados cerca de 1.200 partos mensais nas quatro maternidades (Arnaldo Marques, no Ibura; Bandeira Filho, em Afogados; Barros Lima, em Casa Amarela; e Hospital da Mulher do Recife Dra. Mercês Pontes Cunha, no Curado). Desse total, entre 30 e 40% são pessoas vindas de outros municípios.

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Da assessoria

Os funcionários da Maternidade Barros Lima, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, denunciam o descaso e sujeira que os pacientes precisam enfrentar no local. Em um vídeo filmado na noite desta sexta-feira (6), um rato foi flagrado nas dependências da unidade de saúde. Em outras imagens, tapurus aparecem no chão.

De acordo com os profissionais que atuam no local, além da sujeira, o hospital sofre com a superlotação. Nesta semana, 15 movimentos sociais protestaram por melhorias na unidade de saúde, uma das quatro que atendem grávidas no Recife.

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Em nota enviada ao LeiaJá, na última quinta-feira (5), a direção do hospital informou que o aparecimento de ratos na unidade foi provocado por obras de reforma, mas que o problema tinha sido solucionado.

"Os animais, que não foram encontrados nos blocos cirúrgicos, não comprometeram a higiene nos atendimentos. Apenas uma sala está interditada (com mesa cirúrgica no conserto)", informa o comunicado.

No entanto, a vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Cláudia Beatriz, informa que os bichos continuam circulando pela unidade. "Como a unidade passa por uma reforma que não foi concluída, se acumula material de construção no local, que facilita a acumulação de agentes nocivos, como escorpiões, ratos, baratas, cobras e pombos", disse.

"O bloco cirúrgico cada dia vai ficando mais sucateado e esses roedores estão se multiplicando e passaram a circular pelo serviço de manhã de tarde e de noite. O bloco cirúrgico, que deveria ser a área mais estéril da maternidade, está infestado. Os tapurus foram ocasionados por um bicho morto numa calha. São casos totalmente recentes", completou.

Segundo dados oficiais da rede municipal, são realizados, em média, cerca de 320 partos por mês na unidade.

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Esta quinta-feira (7) foi um dia de alto índice de partos na Maternidade Barros Lima, localizada no bairro de Casa Amarela, Zona Norte. Esta foi a declaração emitida pela direção da unidade. Inclusive, devido ao grande movimento, uma paciente entrou em trabalho de parto na recepção do hospital.

De acordo com os números registrados pela maternidade, o dia de hoje apresentou quase o dobro de mulheres puérperas (que deram à  luz) em comparação ao habitual. Apesar da grande quantidade de partos, a direção da unidade afirma que o plantão funcionava com a equipe completa de profissionais, sendo três médicos obstetras. 

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A superlotação na Barros Lima ocasionou, inclusive, o fato de uma paciente, moradora do município de Igarassu, Região Metropolitana do Recife, entrar em trabalho de parto na recepção da maternidade. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Recife (Sesau), a gestante deu à luz no bloco cirúrgico e ambos passam bem. 

Nos últimos dez anos, a diminuição da oferta dos serviços da rede materno-infantil em outros municípios vem acarretando a superlotação dos serviços da capital. Os números dão conta que 30% das mulheres internadas nas maternidades do Recife são de outras cidades da Região Metropolitana e também do interior. 

A Secretaria afirma que a inauguração do Hospital da Mulher deve ampliar a capacidade de atendimento às grávidas que precisam de atendimento. Com inauguração marcada para maio, a unidade deverá realizar 500 partos e 250 cirurgias por mês.    

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O curso de medicina da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) firmou, recentemente, parceria com a Maternidade Barros Lima. A instituição servirá como campo de prática, conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Essa parceria irá contribuir para a formação de profissionais médicos mais críticos, éticos e em contato com as pessoas desde os primeiros momentos de aprendizado”, destaca o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, conforme informações da assessoria de comunicação da Secretaria. A Unicap também atuará em conjunto com outras unidades de saúde.

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Três fiteiros de grande porte estão sendo retirados da Avenida Norte. As barracas ficavam localizadas nas proximidades da Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima, na Zona Norte do Recife, e a remoção foi iniciada na manhã desta sexta-feira (30).

De acordo com a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife (Semoc), a remoção foi solicitada pela Secretaria de Saúde do Estado. O objetivo, segundo o órgão, é garantir a mobilidade dos acompanhantes e pacientes da maternidade.

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Ainda conforme a assessoria da Semoc, os fiteiros estavam posicionados em frente a um depósito de remédios. No local, deverá ser construída uma entrada de acessibilidade para os usuários da unidade de saúde. 

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