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Uma decisão da Corte de Apelações de Cairo reverteu, nesta terça-feira, a sentença de prisão perpétua do ex-presidente Mohamed Morsi por acusações de conspiração com grupos estrangeiros, incluindo o palestino Hamas.

A decisão acontece cerca de 17 meses após a sentença inicial. Morsi chegou ao poder pelas mãos da Irmandade Muçulmana, um grupo que foi recentemente banido do Egito.

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A corte também reverteu as sentenças de outras 16 pessoas, incluindo o líder espiritual do grupo, Mohammed Badei. Sentenças de morte contra figuras da Irmandade, como Khairyat el-Shater. Ainda não foram marcadas as datas para um novo julgamento. Fonte: Associated Press.

O ex-presidente do Egito Mohammed Morsi está se recusando a comer as refeições que lhe são oferecidas na prisão, informou a agência estatal egípcia Mena. Segundo a agência, Morsi declarou que vem se recusando a comer durante uma audiência realizada num tribunal neste sábado. Ele descreveu a comida do presídio como "um crime cometido contra meus direitos" e pediu para receber alimentos preparados fora da prisão.

O ex-presidente também disse que é diabético e pediu para ser examinado por uma equipe médica. O juiz disse que Morsi terá permissão para reunir-se com seus advogados.

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Morsi foi o primeiro presidente do Egito democraticamente eleito, depois de o movimento social conhecido como Primavera Árabe derrubar o governo de Hosni Mubarak. Derrubado em um golpe militar comandado pelo marechal-de-campo Abdel Fattah el-Sisi (hoje presidente), em 2013, Morsi foi condenado à morte. Fonte: Associated Press.

O julgamento do presidente egípcio deposto Mohamed Morsi foi retomado neste sábado, após ele ter insistido em uma audiência separada por ainda se considerar o presidente legítimo do país. O ex-líder é acusado, juntamente com outros 14 membros da Irmandade Muçulmana, de incitar o assassinato de manifestantes de oposição em dezembro de 2012. Morsi ainda enfrenta outros quatro julgamentos.

A defesa do ex-presidente diz que não há provas de que ele incitou os confrontos e que a maioria das pessoas que foram mortas durante os conflitos eram membros da Irmandade Muçulmana.

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A audiência deste sábado é a terceira sessão do julgamento, visto como um teste para as autoridades militares do Egito, que exercem uma pesada repressão sobre os partidários de Morsi. Primeiro presidente eleito do país após a retirada do ditador Hosni Mubarak do poder, em 2011, Morsi foi deposto após um levante em julho do ano passado, ficando pouco mais de um ano no poder.

A Anistia Internacional estima que, desde a derrubada de Morsi, 1,4 mil pessoas foram mortas durante confrontos entre partidários do ex-presidente e as forças de segurança do país. Meses de derramamento de sangue reduzem as chances de uma reconciliação política no Egito, país mais populoso do mundo árabe e que se prepara para uma eleição presidencial em meados de abril. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

A agência estatal de notícias egípcia informou que o segundo julgamento do ex-presidente Mohammed Morsi, por acusações relacionadas à fuga de prisioneiros em 2011, foi adiado até 22 de fevereiro. Segundo a agência, os juízes tomaram a decisão para dar aos advogados tempo para revisarem os arquivos dos casos.

Morsi e 130 outros réus são acusados de organizar fugas de prisões durante o ápice dos 18 dias de levante que levaram à queda de Hosni Mubarak, antecessor de Morsi.

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Mais de 20 mil presidiários, dentre eles o próprio Morsi e outros líderes da Irmandade Muçulmana, escaparam da prisão após um dos dias mais violentos do levante. Posteriormente, a Irmandade Muçulmana foi retirada da ilegalidade e Morsi foi eleito presidente, mas foi derrubado em 3 de julho por um golpe, após um ano no poder. Fonte: Associated Press.

Promotores do Egito submeteram, neste domingo, o ex-presidente islamita Mohammed Morsi a um novo julgamento sob acusações de insultar o judiciário e difamar os membros do órgão a fim de espalhar o ódio, no quarto caso aberto contra ele desde que foi deposto, em julho do ano passado, afirmou a agência de notícias estatal.

Morsi já enfrenta três julgamentos separados sob variadas acusações, incluindo incitação a assassinatos de seus oponentes, conspiração com grupos estrangeiros e organização de rebeliões em presídios. Todas as acusações podem resultar em pena de morte.

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O novo caso envolve 24 políticos, personalidades da imprensa, ativistas e advogados, acusados por incidentes separados de insultar o judiciário em público na televisão, ou em páginas de mídia social na Internet, durante os últimos três anos. Entre os acusados estão ativistas proeminentes como Alaa Abdel-Fattah, Mostafa el-Naggar, Amr Hamzawy e Amir Salem. Fonte: Associated Press.

O julgamento do ex-presidente do Egito, Mohammed Morsi, que é acusado de incitar a violência que levou ao assassinado de várias pessoas, foi adiado nesta quarta-feira (8) até fevereiro, depois de condições ruins de tempo terem impedido um helicóptero de levar Morsi até o tribunal.

A aeronave, que deveria levar Morsi de uma prisão, perto da cidade mediterrânea de Alexandria, para o tribunal no leste do Cairo não pode decolar por causa da densa neblina, segundo o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim. O juiz Ahmed Sabry Youssef adiou os procedimentos para 1º de fevereiro.

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Morsi e outros 14 integrantes da Irmandade Muçulmana são acusados de incitar os atos que levaram ao assassinato de manifestantes do lado de fora do palácio presidencial em dezembro de 2012 - quando ele ainda estava no cargo. Pelo menos 10 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

A audiência desta quarta-feira seria a segunda aparição de Morsi no tribunal desde que ele foi derrubado por um golpe, em 3 de julho.

Dezenas de partidários de Morsi entraram em confronto com forças de segurança nesta quarta-feira do lado de fora do tribunal. O Ministério do Interior, que é encarregado da polícia, disse que 17 manifestantes foram detidos. Outros 15 partidários de Morsi foram presos no distrito de Nasr City, reduto da Irmandade.

O adiamento da audiência do ex-presidente acontece menos de uma semana antes de os egípcios começarem a votar num referendo nacional sobre uma nova Constituição que, se aprovada por maioria simples, vai substituir a carta de inclinações islamitas aprovada durante o governo Morsi. Cerca de 680 mil egípcios que vivem no exterior começaram a votar nesta quarta-feira.

Advogados de defesa do ex-presidente afiram que o adiamento tem relação com o referendo sobre a Constituição, que acontece nos dias 14 e 15, e que a decisão do juiz teve motivação política. Fonte: Associated Press.

O presidente deposto do Egito Mohammed Morsi enfrentará um terceiro julgamento criminal sob a acusação de organizar fugas da prisão durante a revolta de 2011, espalhando caos e sequestrando policiais com a colaboração de militantes estrangeiros. As novas acusações contra Morsi e 129 réus, incluindo membros da Irmandade Muçulmana e do grupo palestino Hamas e do Hezbollah, se somam à inúmeras já enfrentadas pelo ex-presidente, cuja a maioria pode resultar em pena de morte.

O governo interino do Egito, apoiado pelo Exército, tem procurado retratar a Irmandade Muçulmana como a grande responsável pela violência e ataques de militantes que tomaram conta do país após a derrubada do autocrata veterano Hosni Mubarak em 2011. A violência surgiu após o golpe militar apoiado popularmente, que depôs Morsi em julho.

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O mais recente caso contra o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito está baseado na fuga de mais de 20 mil detentos das prisões em todo o país em 2011, incluindo Morsi. O juiz investigativo Hassan Samir disse que outros membros da Irmandade acusados no caso incluem o líder do grupo Mohammed Badie, o vice Mahmoud Ezzat, que ainda está foragido, o ex-presidente da Assembleia Nacional, Saad el-Katatni, e outros.

O proeminente clérigo defensor da Irmandade, Youssef el-Qaradawi, um egípcio que vive no Qatar, está também na lista, afirmou um funcionário da promotoria, sob condição de anonimato.

Um comunicado do gabinete de Samir não identificou todos os 129 réus, mas se referiu ao caso como o "o crime de terrorismo mais perigoso que o país enfrenta". Ele disse que uma investigação sobre o caso desde abril mostrou que a Irmandade planejou, junto com grupos estrangeiros, "destruir o Estado Egípcio e suas instituições". Segundo o comunicado a Irmandade recrutou cerca de 800 militantes na Faixa de Gaza para atacar os postos policiais e pelo menos três prisões no Egito, libertando milhares de prisioneiros, além de matar policiais e detentos.

A data para o novo julgamento de Morsi não foi definida ainda. Fonte: Associated Press.

O tribunal de apelação do Egito ordenou a libertação de 21 mulheres que haviam sido presas devido a manifestações de apoio ao presidente deposto Mohammed Morsi.

Dentre as detidas, 14 mulheres haviam sido inicialmente condenadas a 11 anos e, em vez disso, receberam a liberdade com um ano de pena suspensa. As outras sete, ainda menores de idade, foram julgadas em separado e foram colocadas em liberdade condicional de três meses depois de terem sido inicialmente condenadas a detenção juvenil. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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O tribunal egípcio responsável pelo julgamento do ex-presidente Mohammed Morsi adiou os procedimentos para 8 de janeiro. Morsi é acusado de ter incitado a violência contra seus opositores e também por assassinato. Se condenado, ele pode ser sentenciado à morte.

Assim que o julgamento teve início, o juiz pediu ao ex-presidente que se identificasse com réu. Morsi declarou que "eu sou o doutor Mohammed Morsi, o presidente da república. Eu sou o legítimo presidente do Egito". Ele também afirmou que "eu me recuso a ser julgado por este tribunal".

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Morsi afirmou que o tribunal não tem jurisdição sobre ele e que os líderes do golpe, que o tirou do poder em 3 de julho, devem ser julgados. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O presidente egípcio deposto Mohammmed Morsi informou à família por telefone que passa bem. Conforme revelou um dos advogados do líder da Irmandade Muçulmana nesta quarta-feira, Morsi conversou com a mulher e os filhos pela primeira vez desde o início de julho, quando o exército do Egito o expulsou da presidência e o aprisionou em um local secreto.

Os telefonemas foram uma aparente manobra dos militares, que assumiram o poder no país depois do golpe, de preparar Morsi para levá-lo à justiça para responder pela morte de manifestantes contrários ao governo dele durante o período em que esteve no poder. Apesar disso, nenhuma data para o julgamento foi definida. Até agora, os advogados do presidente deposto não foram autorizados a contatar o prisioneiro.

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O julgamento do primeiro presidente democraticamente eleito da história do Egito é uma das diversas medidas assumidas pelo novo governo contra a Irmandade Muçulmana. Desde que assumiu o poder, em 3 de julho, o exército tem reprimido o grupo. Os principais líderes e diversos militantes foram detidos. Mais de 2 mil integrantes da Irmandade aguardam julgamento na prisão. Apenas alguns foram formalmente acusados. Fonte: Associated Press.

Soldados egípcios foram enviados para as ruas nesta sexta-feira, dia em que milhares de partidários do presidente deposto Mohammed Morsi saíram em passeata para pedir seu retorno. Mas desta vez a Irmandade Muçulmana, grupo do qual Morsi faz parte, não conseguiu a adesão da grande quantidade de pessoas às manifestações, o que pode ser um sinal de que a dura repressão do atual governo militar afetou a base de apoio do grupo.

Num dia que recebeu o nome de "sexta-feira dos mártires", grupos de centenas de pessoas gritavam palavras de ordem contra os militares e carregavam pôsteres de Morsi em ruas laterais e do lado de fora de mesquitas de bairro. Pelo menos um pessoa foi morta em confrontos na cidade de Tanta, no delta do rio Nilo, mas não houve nenhum grande tumulto.

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Milhares de pessoas marcharam pelas ruas do bairro de Nasr City, no Cairo, algumas gritando "estamos dispostos a sacrificar nossas vidas" e "nós prometemos aos mártires que colocaremos fim ao governo militar", numa referência às centenas de pessoas que morreram em confrontos com o Exército durante ataques contra acampamentos de protesto. Um homem ergueu uma fotografia de Morsi com as palavras "nosso presidente legítimo".

Mas não foram vistas as enormes concentrações de pessoas nas principais ruas e praças, pois veículos blindados e soldados estavam do lado de fora das mesquitas e em outras áreas estratégicas. Os militares também fecharam as principais ruas, alguns viadutos e cercaram várias praças, entre elas a Tahrir, numa demonstração de força com o objetivo de evitar os partidários de Morsi de se reunirem em massa.

Veículos blindados cercaram o palácio presidencial e bloquearam a mesquita de Rabaah al-Adawiya, onde partidários de Morsi permaneceram durante semanas em sinal de protesto, agrupamento que foi violentamente dispersado em 14 de agosto, resultando na morte de centenas de pessoas.

Os que participaram dos protestos evitaram as principais vias e praças que haviam sido tomadas por partidários de Morsi nas semanas após sua deposição, em 3 de julho.

O número menor de participantes indica que a Irmandade Muçulmana encontra dificuldades em arregimentar manifestantes após uma semana excepcionalmente violenta e da prisão de quase todos os mais graduados líderes do grupo, dentre eles seu líder espiritual, Mohammed Badie.

As autoridades também impuseram um rigoroso toque de recolher durante a madrugada na última semana no Cairo e em outras províncias, o que deixou as ruas vazias ao cair da noite. Fonte: Associated Press.

Cerca de quatro mil simpatizantes árabes do Movimento Islâmico de Israel se manifestaram em apoio ao presidente deposto do Egito Mohammed Morsi, neste sábado (17), no norte da cidade de Nazareth, informou a agência de notícias AFP. Os manifestantes marcharam pacificamente carregando bandeiras do Egito e imagens de Morsi, e protestaram contra o chefe do exército egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, que liderou a derrubada do Sr. Morsi, alegando que ele estava "recebendo ordens dos Estados Unidos".

Outras manifestações a favor de Morsi ocorreram nesta sexta-feira em Jerusalém e na cidade de Hebron, na Cisjordânia, nas quais participaram muitos apoiadores do movimento islâmico palestino Hamas.

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Alguns dos participantes acusaram Sisi de colaborar com Israel, já que autoridades do país abstiveram-se de comentar a recente onda de violência no Egito. As informações são da Associated Press.

O governo do Egito declarou nesta quarta-feira estado de emergência no país pelo período de um mês, no momento em que episódios de violência são registrados em todo o país após a repressão a partidários do presidente deposto Mohamed Morsi.

O estado de emergência, que vai vigorar em todo o território egípcio, terá início às 11h (de Brasília, 16h no horário local), informou a presidência em comunicado lido na televisão estatal. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Tropas egípcias reprimiram manifestantes que apoiam o presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, na manhã desta quarta-feira na tentativa de desmantelar dois locais de protestos no Cairo. Os relatos sobre o número de mortos variam bastante. Segundo Mohammed Soltan, chefe do serviço de ambulâncias do Ministério da Saúde, 10 civis foram mortos e 98 ficaram feridos.

Já o Partido Liberdade e Justiça, o braço político da Irmandade Muçulmana e do qual presidente deposto faz parte, disse que hospitais de campo que o grupo instalou nas duas praças registraram mais de 300 mortos. O Ministério do Interior egípcio disse que um policial morreu e nove ficaram feridos por disparos feitos para dispersar os manifestantes.

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As ações nas praças Raba'a al Adiwiya e Nahda paralisaram o Cairo, as principais vias foram fechadas e há tanques nas ruas, na medida em que o governo se prepara para uma retaliação de partidários da Irmandade Muçulmana. Os líderes do grupo prometeram convocar seus partidários para uma passeata até prédios do governo caso os dois pontos de protestos fossem atacados.

Imagens fornecidas pela televisão estatal e pelo escritório de imprensa da Irmandade mostram fumaça no ar, helicópteros fazendo sobrevoos, francoatiradores do governo nos telhados e grande quantidade de manifestantes sendo detido pela polícia. Elas também mostram corpos ensanguentados sendo levados para um hospital de campo montado pela Irmandade em Raba'a.

Segundo a agência oficial de notícias, a Mena, 200 manifestantes foram detidos nos dois pontos de protestos por posse de armas. Forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo e munição de verdade contra manifestantes desarmados, dentre eles mulheres. Uma mulher mais velha, que foi intoxicada pelo gás, gritava: "Deus, nos ajude! Estamos desarmados!"

O Exército egípcio impediu os jornalistas de chegar ao local, violando promessas anteriores feitas pela polícia de convidar a imprensa e ativistas de direitos humanos para observar o desmantelamento dos locais de protestos, em razão dos temores de que a polícia agiria com brutalidade.

Grupos de direitos humanos condenaram o uso da força bruta pela polícia durante manifestações. O Human Rights Watch disse que pelo menos 130 manifestantes morreram em confrontos com a polícia no último mês e pediu que as forças de segurança evitem o uso da violência. Fonte: Dow Jones Newswires.

A iemenita Tawakkul Karman, laureada com o Nobel da Paz em 2011, foi barrada no aeroporto internacional do Cairo neste domingo (4) ao tentar entrar no Egito para participar dos protestos contra o golpe militar que há um mês derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito da história do Egito, informaram fontes no governo local.

Karman, a primeira mulher árabe a receber o prêmio, já havia declarado publicamente, nas últimas semanas, seu repúdio ao golpe que depôs Mohammed Morsi. A intenção declarada de sua viagem ao Cairo era unir-se aos manifestantes que pedem a volta do presidente deposto e a restauração da democracia no Egito.

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Ela chegou ao Cairo em voo procedente dos Emirados Árabes Unidos, mas foi barrada no momento do desembarque e colocada no primeiro de voo de volta para o país de onde havia partido, disseram as fontes. Fonte: Associated Press.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, reuniu-se com o presidente deposto do Egito,

Mohammed Morsi, na noite de segunda-feira. Acredita-se que esta tenha sido o primeiro encontro de Morsi com alguém de fora do Exército egípcio desde que ele foi deposto, em 3 de julho.

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Ashton teve uma "conversa longa e profunda" durante as duas horas em que esteve com Morsi, "num local não revelado", segundo Michael Mann, porta-voz de Ashton. Segundo Mann, a reunião teve início por volta da meia-noite.

"Eu vi Mohammed Morsi na noite passada", disse Ashton durante uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira. "Durante toda a conversa nós enfatizamos algumas coisas: a primeira delas é que estamos aqui para ajudar e não para impor. O povo do Egito vai determinar seu próprio futuro."

"Eu vi onde ele está", declarou Ashton. "Eu não sei onde é, mas vi as instalações."

O encontro de Aston com Mori acontece num momento em que aumentam as preocupações de advogados, ativistas de direitos humanos e diplomatas estrangeiros a respeito da localização e bem-estar de Morsi.

Segundo Ashton, Morsi está "bem" e os dois tiveram uma discussão "aberta e franca" sobre a crise política no país e a necessidade de seguir adiante.

Na manhã desta terça-feira, Ashton afirmou que Morsi "tem acesso à informação pela televisão e jornais, então pudemos conversar sobre a situação e conseguimos falar sobre a necessidade de seguir adiante", embora ela tenha se recusado a revelar mais informações sobre o encontro.

Esta é a segunda visita da chefe da diplomacia da UE ao Egito neste mês para discutir a crise no país. Ashton também se reuniu com a liderança interina egípcia, o que incluiu o chefe do Exército, general Abdel-Fattah el-Sissi, assim como representantes da Irmandade Muçulmana, da qual Morsi faz parte.

Ela afirmou que durante as conversações com os envolvidos na crise, deixou claro que "não há espaço para a violência e que demonstrações paz são importantes".

"Eu não estou aqui para pedir que as pessoas façam coisas", acrescentou ela. "Estou aqui para descobrir quais podem ser os interesses comuns, as medidas de construção de confiança que podem ajudar a todos seguir em frente." Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Dois manifestantes morreram e 33 ficaram feridas em uma série de protestos realizados nesta sexta-feira a favor e contra o presidente deposto Mohammed Morsi, informaram funcionários do Ministério da Saúde do Egito.

Gigantescas manifestações ocorreram hoje em diversas partes do país, ganhando corpo depois de a Justiça ter indiciado Morsi e de o chefe do Exército, general Abdul Fatah al-Sisi, ter pedido aos partidários do golpe "um mandato" para pôr fim ao "terrorismo e à violência" no país.

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As mortes ocorreram em Alexandria, onde partidários da Irmandade Muçulmana, grupo político de Morsi, e do golpe, se enfrentaram perto da maior mesquita da cidade. A polícia dispersou o protesto com bombas de gás lacrimogêneo.

Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde, Khaled al-Khatib, dos 33 feridos, dez se machucaram em brigas no bairro de Shubra, no norte do Cairo e oito em Damieta. Houve choques também no bairro de Ramsés. Os dois grupos rivais trocaram acusações sobre o uso de armas de fogo nos confrontos em Alexandria.

Milhares de pessoas protestaram em várias cidades egípcias, saudando a promessa das Forças Armadas de enfrentar semanas de violência provocadas pela derrubada de Morsi, em 3 de julho.

Partidários do presidente deposto fizeram manifestações contrárias para exigir sua restauração como presidente, ignorando a ameaça de uma repressão iminente e prometendo não ceder a uma exigência do exército para dar fim imediato a seus protestos.

Mais cedo, a promotoria do Egito abriu uma investigação sobre o ex-presidente Mohammed Morsi por assassinato e conspiração com o grupo palestino Hamas, elevando ainda mais as tensões no país.

O anúncio, que deve abrir caminho para um indiciamento formal, foi a primeira informação a respeito do status jurídico de Morsi desde que ele foi deposto pelos militares, no dia 3 de julho. Há mais de três semanas o líder islamita é mantido pelos militares num local secreto e está incomunicável.

As acusações estão relacionadas a uma fuga da prisão durante o levante de 2011 contra o então presidente Hosni Mubarak, quando homens armados atacaram uma prisão a noroeste do Cairo, libertando prisioneiros, dentre eles Morsi e cerca de outras 30 pessoas da Irmandade Muçulmana. A promotoria afirma que Morsi e a Irmandade trabalharam com o Hamas para realizar a ação, durante a qual 14 guardas foram mortos.

A Irmandade nega as acusações e afirma que elas têm motivação política. Nesta sexta-feira, um porta-voz do grupo islamita disse que a ação para julgar Morsi mostra "a total falência dos líderes do golpe sangrento".

Os egípcios "rejeitam a volta da polícia ditatorial do Estado e de toda a repressão, tirania e roubo que isso implica", declarou Ahmed Aref em comunicado. Fonte: Associated Press.

A promotoria do Egito abriu uma investigação sobre o ex-presidente Mohammed Morsi por assassinato e conspiração com o grupo palestino Hamas, elevando ainda mais as tensões no país. Dezenas de milhares de partidários dos militares e apoiadores de Morsi realizaram grandes manifestações nesta sexta-feira em todo o Egito.

O anúncio, que deve abrir caminho para um indiciamento formal, foi a primeira informação a respeito do status jurídico de Morsi desde que ele foi deposto pelos militares, no dia 3 de julho. Há mais de três semanas o líder islamita é mantido pelos militares num local secreto e está incomunicável.

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As acusações estão relacionadas a uma fuga da prisão durante o levante de 2011 contra o então presidente Hosni Mubarak, quando homens armados atacaram uma prisão a noroeste do Cairo, libertando prisioneiros, dentre eles Morsi e cerca de outras 30 pessoas da Irmandade Muçulmana. A promotoria afirma que Morsi e a Irmandade trabalharam com o Hamas para realizar a ação, durante a qual 14 guardas foram mortos.

A Irmandade nega as acusações e afirma que elas têm motivação política. Nesta sexta-feira, um porta-voz do grupo islamita disse que a ação para julgar Morsi mostra "a total falência dos líderes do golpe sangrento".

Os egípcios "rejeitam a volta da polícia ditatorial do Estado e de toda a repressão, tirania e roubo que isso implica", declarou Ahmed Aref em comunicado.

O anúncio foi feito no dia em que grandes grupos de pessoas se dirigiram para as principais praças do Cairo e de outras cidades em apoio aos militares, depois de o chefe do Exército, general Abdel-Fattah el-Sissi ter convocado as manifestações.

El-Sissi disse, dias antes, que esperava que a enorme participação popular desse a ele um mandato para interromper "a violência e o terrorismo", aumentando as especulações de que ele estaria planejando reprimir os manifestantes pró-Morsi.

Ao mesmo tempo, multidões de partidários de Morsi realizaram suas próprias manifestações. A Irmandade e seus aliados disseram que seriam os maiores protestos realizados até agora para exigir a volta do presidente.

As demonstrações de força apenas aprofundaram das divisões internas desde a queda de Morsi e elevaram muito o medo da violência. No meio da tarde desta sexta-feira, confrontos e brigas aconteciam entre partidários dos militares e de Morsi nas cidades costeiras de Alexandria e Damietta, e também num bairro do Cairo, deixando 18 feridos, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde, Khaled el-Khateeb. Fonte: Associated Press.

Um tribunal de justiça do Egito ordenou que o presidente deposto Mohammed Morsi seja detido para interrogação sobre um suposto envolvimento com o grupo militante palestino Hamas ("Movimento de Resistência Islâmica"), segundo a agência oficial de notícias MENA.

Morsi será questionado sobre a sua participação em ataques contra postos policiais e fugas de prisões conduzidas pelo grupo militante em 2011. A ofensiva do Hamas feita durante a revolta contra Hosni Mubarak libertou islamitas e outros presos políticos.

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Os supostos crimes estão sendo investigados por um tribunal no Cairo, que fora encarregado de determinar como os presos fugiram da prisão no final de janeiro de 2011. O grupo islamita do Morsi é acusado de procurar a ajuda do Hamas.

Em 23 de junho, um tribunal havia dito que militantes do Hamas facilitaram a fuga de presos durante a revolta de 18 dias que forçou a queda Mubarak. Na época, Morsi disse a uma emissora de televisão que egípcios tinham ajudado a libertar os prisioneiros.

O porta-voz da Irmandade Muçulmana de Morsi, Gehad El-Haddad, denunciou a ordem judicial de detenção e disse que o regime de Mubarak estava "sinalizando" que está "de volta com força total". Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, empossou nesta terça-feira um novo gabinete de governo, o primeiro desde o golpe de Estado no qual as Forças Armadas derrubaram Mohammed Morsi, o primeiro presidente democraticamente eleito da longa história do país, quase duas semanas atrás.

A Irmandade Muçulmana, à qual Morsi é ligado, contestou a legitimidade do governo empossado hoje. "Nós não reconhecemos a legitimidade nem a autoridade" do novo governo, declarou Gehad El-Haddad, porta-voz da Irmandade Muçulmana, pouco depois da cerimônia de posse.

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O governo empossado nesta terça-feira é liderado pelo primeiro-ministro Hazem el-Beblawi, um economista. O general Abdel-Fattah el-Sissi, que liderou o golpe contra Morsi em 3 de julho, foi promovido a vice-primeiro-ministro, mas acumulará o cargo de ministro da Defesa, que já detinha antes do golpe.

O ministro de Interior Mohammed Ibrahim, indicado por Morsi, continuará à frente da polícia egípcia; Nabil Fahmy, que foi embaixador do Egito em Washington de 1999 a 2008, será o novo chanceler.

O gabinete possui 33 ministros, é dominado por laicos e não possui nenhum integrante ligado a movimentos islâmicos, em mais um sinal da polarização política no Egito. Dois postos ministeriais foram atribuídos a políticos cristãos. Ao mesmo tempo, três mulheres foram nomeadas ministras, um recorde no Egito.

Depois do golpe, Adly Mansour chegou a manifestar a intenção de nomear políticos da Irmandade Muçulmana para alguns ministérios, mas a agremiação rejeitou a possibilidade e prometeu continuar protestando até que Morsi seja reempossado.

Morsi foi, no ano passado, o primeiro presidente eleito democraticamente na história do Egito. Permaneceu um ano e três dias no cargo.

Ontem à noite, sete pessoas morreram e 261 ficaram feridas em confrontos entre partidários de Morsi e forças de segurança no Cairo, segundo oficiais do setor de saúde.

Duas pessoas morreram em confrontos nos arredores da região central de Ramsés, perto da praça Tahrir, enquanto outras cinco foram mortas em Gizé, afirmou o chefe de serviços de emergência, Mohammed Sultan, acrescentando que agentes das forças de segurança estava entre os feridos.

A autoridade do ministério de Saúde Khaled al-Khatib informou o mesmo número, segundo a agência oficial de notícias MENA. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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