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O Ministério de Relações Exteriores do Egito informou que o ex-presidente deposto, Mohammed Morsi, está num local seguro e que é tratado de "maneira muito digna". O porta-voz do Ministério, Badr Abdel-Atti, disse aos jornalistas nesta quarta-feira (10) que nenhuma acusação foi feita contra Morsi, que foi derrubado no dia 3 de julho. Ele afirmou, porém, que "para sua própria segurança e pela segurança do país, é melhor mantê-lo...caso contrário, as consequências serão terríveis".

O comunicado foi feito enquanto as autoridades do país intensificam a repressão à Irmandade Muçulmana. Nesta quarta-feira (10), a promotoria geral do país ordenou a prisão do líder espiritual do grupo, que mantém sua oposição ao novo governo e recusou ofertas para participar da administração interina. Além dos principais líderes da Irmandade, 200 pessoas foram indiciadas nesta quarta-feira por suposta participação nos confrontos nas proximidades do prédio da Guarda Republicana, que na segunda-feira deixaram 54 mortos, a maioria partidários de Morsi.

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Os acusados permanecerão presos por 15 dias, durante investigações sobre assassinato, incitamento à violência, posse de armas ilegais e perturbação da ordem e da segurança pública, informou uma fonte à agência France Presse. No total, 650 pessoas foram detidas por causa dos confrontos, mas 450 delas foram libertadas sob fiança, declarou a fonte. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Os confrontos entre soldados e policiais egípcios com islamitas, que protestavam contra a deposição do presidente Mohammed Morsi, deixaram pelo menos 54 mortos, sendo 51 manifestantes e três integrantes das forças de segurança nesta segunda-feira. O braço político da Irmandade Muçulmana convocou um rebelião contra o Exército, intensificando ainda mais a crise.

O número de vítimas fatais do confronto, ocorrido do lado de fora da sede da Guarda Republicana, no Cairo, é o maior em um único incidente desde que grandes manifestações levaram à queda do governo de Morsi.

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Antes mesmo da contagem dos corpos, havia relatos conflitantes sobre como a violência teve início. Manifestante pró-Morsi disseram que as tropas atacaram seu acampamento sem terem sido provocadas, pouco depois de terem realizado orações de madrugada. Já os militares dizem que foram atacados, primeiro por homens armados, que mataram um oficial do Exército e dois policiais, e depois com pedras e coquetéis molotov.

Os confrontos duraram três horas. Manifestantes jogavam pedras e coquetéis molotov dos telhados. Ambulatórios médicos próximos, dirigidos por partidários da Irmandade, ficaram cheios de manifestantes feridos. Mais de 400 pessoas ficaram feridas.

A violência deve intensificar os conflitos entre a Irmandade Muçulmana, de Morsi, que acusa os militares de terem dado um golpe militar contra a democracia. Já seus opositores afirmam que Morsi desperdiçou sua vitória de 2012 e estava destruindo da democracia, ao aumentar a presença da Irmandade no Estado.

O principal clérigo muçulmano do país, xeque Ahmed el-Tayeb, que apoiou a queda de Morsi, advertiu sobre a possibilidade uma "guerra civil" e disse que irá se isolar até que a violência termine, uma demonstração rara e dramática de protesto dirigido aos dois lados. Ele exige o imediato estabelecimento de um processo de reconciliação, que inclui a libertação de prisioneiros que fazem parte da Irmandade.

Ahmed el-Tayeb, chefe da mesquita de Al-Azhar, disse que não "tinha escolha" a não ser se isolar em sua casa "até que todos assumam suas responsabilidades para encerrar o derramamento de sangue em vez de levar o país para uma guerra civil". Fonte: Associated Press.

Pelo menos 42 pessoas foram mortas de 332 feridas em confrontos armados entre soldados e partidários do presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, nesta segunda-feira.

Em comunicados divulgados logo depois do ataque de hoje, a Irmandade Muçulmana, que apoia Morsi, disse que soldados abriram fogo com munição de verdade contra partidários do ex-presidente, quando eles participavam de uma oração durante a madrugada. O grupo chamou as mortes de "massacre" de pediu a seus seguidores que lancem um "levante" contra "aqueles que roubaram a revolução", uma referência ao Exército egípcio.

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Porta-vozes militares disseram à Associated Press que homens armados abriram fogo contra as tropas que estavam no prédio, matando pelo menos cinco partidários de Morsi e um militar.

Desde o golpe militar que derrubou Morsi, cinco dias atrás, a Irmandade tem realizado protestos regulares do lado de fora do prédio da Guarda Republicana, onde, acredita-se, o ex-presidente é mantido.

Os dois lados se apresentam como vítimas do confronto desta segunda-feira. A Irmandade enviou, por e-mail, links para vídeos no YouTube que mostram vítimas civis sendo retiradas do local onde ocorreram os disparos antes do amanhecer.

Mohamed ElBaradei, líder da oposição egípcia que foi indicado como vice-presidente na noite de domingo, disse em sua página no Twitter nesta segunda-feira que "violência gera violência e deve ser fortemente condenada. Uma investigação independente deve ser realizada. A transição pacífica é o único caminho."

A Frente de Salvação Nacional, agrupamento de partidos políticos liderado por ElBaradei, expressou sua "profunda tristeza" por causa da violência e exigiu uma investigação independente.

No final da manhã, a calma havia voltado à região dos ataques. Testemunhas e sobreviventes disseram que o ataque começou por volta das 3h30, quando os manifestantes encerravam uma oração. As primeiras indicações de problemas foram ouvidas quando o comitê civil de segurança começou a fazer um barulho metálico, usado para advertir sobre perigo.

O médico El Hassan Ahmed, que trabalha na emergência do hospital Kasr el Aini e estava no hospital de campanha da mesquita Raba quando vários feridos chegaram, disse que cuidou de "uma série de ferimentos" provocados por disparos de grande calibre, além de traumas provocados por cassetetes e botas. Segundo ele, as idades dos pacientes vão de uma criança de 10 meses até um homem de 65 anos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Dezenas de milhares de simpatizantes de Mohammed Morsi saíram às ruas do Cairo nesta sexta-feira para protestar contra o golpe de Estado que derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito da história do Egito. Eles exigem que Morsi seja reempossado presidente.

Soldados posicionaram veículos blindados nas pontes sobre o Rio Nilo e abriram fogo contra os manifestantes. Ao mesmo tempo, uma multidão de islamitas atacou oponentes de Morsi. A repressão e os confrontos deixaram pelo menos dez mortos e 210 feridos no Cairo e em outras cidades egípcias, segundo o Ministério da Saúde do país.

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Mais cedo, em uma aparição dramática, o líder supremo da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, prometeu devolver o cargo ao presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, e disse que os egípcios não vão aceitar um "governo militar" por mais um dia.

Badie, figura reverenciada entre os seguidores da Irmandade, fez as declarações nesta sexta-feira perante uma multidão de dezenas de milhares de partidários de Morsi no Cairo, enquanto um helicóptero militar sobrevoava a região. Fonte: Associated Press.

O principal líder da Irmandade Muçulmana, general Mohammed Badie, prometeu devolver o cargo ao presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, e disse que os egípcios não vão aceitar um "governo militar" por mais um dia.

Badie, figura reverenciada entre os seguidores da Irmandade, fez as declarações nesta sexta-feira perante uma multidão de dezenas de milhares de partidários de Morsi no Cairo, enquanto um helicóptero militar circulava pela região.

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Ele de dirigiu aos militares dizendo que "seu líder é Morsi" e exigiu que eles obedeçam à promessa de lealdade ao presidente, dizendo que se trata da "honra das Forças Armadas". Badie convocou os egípcios a protestar, dizendo que "não seremos dissuadidos por ameaças de prisão...ou o patíbulo".

"Deus fez Morsi vitorioso e o levará de volta ao palácio", disse ele. "Nós somos seus soldados e o defenderemos com nossas vidas."

Badie foi libertado nesta sexta-feira, depois de ter sido detido pelas forças de segurança logo depois da queda de Morsi. Fonte: Associated Press.

A Irmandade Muçulmana do Egito convocou uma onda de protestos para esta sexta-feira. O grupo está irritado com a deposição, pelos militares, do presidente Mohammed Morsi, o que eleva os temores sobre violência e medidas de retaliação por parte de militantes islâmicos. Morsi e outras importantes figuras da Irmandade foram detidos. O primeiro ataque coordenado realizado por militantes islâmicas desde a queda do presidente aconteceu na Península do Sinai. Homens usando máscaras realizaram ataques com foguetes, morteiros, granadas propelidas por foguete e armas antiaéreas contra o aeroporto el-Arish, onde aeronaves militares estão estacionadas. O campo de Segurança Central em Rafah e cinco postos militares e policiais também foram atacados.

As forças de segurança revidaram o ataque e helicópteros militares sobrevoaram a área. O Egito fechou, por tempo indeterminado, seu posto de fronteira com a Faixa de Gaza após o ataque, o que obrigou 200 palestinos a voltarem ao território, informou o general Sami Metwali, diretor da passagem fronteiriça de Rafah. Na noite de quinta-feira, o coronel Ahmed Mohammed Ali escreveu, em sua página no Facebook, que o Exército e as forças de segurança não adotarão "quaisquer medidas excepcionais ou arbitrárias" contra qualquer grupo político.

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As Forças Armadas têm um "forte desejo de assegurar a reconciliação nacional, a justiça e a tolerância construtivas", escreveu ele, que afirmou ser contra o "regozijo" e a vingança e que apenas protestos pacíficos serão tolerados. O coronel também pediu que os egípcios não ataquem escritórios da Irmandade para evitar um "círculo infindável de represálias". Integrantes da Irmandade pediram a seus seguidores que mantenham os protestos num nível pacífico. Milhares de partidários de Morsi permanecem reunidos em frente a uma mesquita do Cairo, onde acampam há semanas. Uma fileira de veículos militares blindados está instalada nas proximidades.

"Nós declaramos nossa completa rejeição ao golpe militar realizado contra um presidente eleito e contra o desejo da nação", disse a Irmandade em comunicado, lido pelo clérigo sênior Abdel-Rahman el-Barr para a multidão que se aglomerava do lado de fora da mesquita Rabia al-Adawiya, na capital egípcia."Nós nos recusamos a participar de qualquer atividade com as autoridades usurpadoras", diz o documento, que também pede aos partidários de Morsi que mantenham suas atividades de forma pacífica. Os manifestantes de Rabia al-Adawiya pretendem marchar até o Ministério da Defesa nesta sexta-feira.

Fonte: Associated Press.

As Forças Armadas do Egito proibiram o presidente deposto Mohammed Morsi e diversos líderes do alto escalão da Irmandade Muçulmana de deixarem o país.

A ordem foi baixada depois do golpe militar que encerrou precocemente o governo do primeiro presidente democraticamente eleito da história egípcia.

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A proibição envolve Morsi e diversos líderes da Irmandade Muçulmana, entre eles Mohammed Badie e seu influente vice Khairat el-Shater.

Fontes nos serviços de segurança disseram que Badie está cercado no interior de um complexo litorâneo em Marsa Matrouh, cidade mediterrânea próxima à fronteira com a Líbia.

Mais cedo, as Forças Armadas do Egito detiveram dois dirigentes da Irmandade Muçulmana, afirmou uma fonte nos serviços de segurança.

Os dirigentes detidos foram identificados pela fonte como Saad el-Katatni, líder do Partido Liberdade e Justiça, e Rashad Bayoumi, um dos vice-diretores da Irmandade Muçulmana.

Eles estariam supostamente ligados a um episódio no qual 30 integrantes da Irmandade Muçulmana escaparam da cadeia em meio à revolta popular que depôs o ditador Hosni Mubarak, no início de 2011.

Morsi, o presidente deposto hoje, é filiado à Irmandade Muçulmana. A organização foi mantida na ilegalidade durante a maior parte das mais de cinco décadas em que as Forças Armadas dominaram a política egípcia até a queda de Mubarak. Fonte: Associated Press.

Manifestantes que estão em frente ao palácio Itahedeya, no Cairo, receberam com gritos e aplausos a informação, divulgada pela emissora de televisão Al Hayat, segundo a qual o presidente Mohammed Morsi está em prisão domiciliar, após o vencimento do prazo dado pelos militares para que ele entrasse num acordo com a oposição.

A informação, porém, não pôde ser confirmada.

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Pouco depois, Essam el Haddad, assessor de Morsi para Relações Exteriores e Cooperação Internacional, emitiu um comunicado em sua página do Facebook afirmando que "enquanto eu escrevo essas linhas, tenho plena consciência de que essas podem ser as últimas que posto nesta página", afirmou. "Pelo bem do Egito e por uma questão de precisão histórica, chamem o que está acontecendo pelo seu nome verdadeiro: golpe militar." Fonte: Dow Jones Newswires.

As Forças Armadas do Egito realizaram uma reunião de emergência nesta quarta-feira, horas antes do prazo final para que o presidente do país, Mohammed Morsi, chegue a um acordo com a oposição - cedendo às exigências de milhões de manifestantes - ou enfrente uma intervenção militar.

Mas com a aproximação do prazo, por volta das 16h (horário local, 11h em Brasília), Morsi mantinha uma postura desafiadora. Em discurso feito na noite de terça-feira, ele prometeu não deixar o cargo e defender sua legitimidade com a própria vida, após três dias de enormes protestos de rua, pedindo sua renúncia.

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Durante a noite ocorreram violentos confrontos no Cairo e em outras partes do país, durante as quais 23 pessoas morreram, a maior parte vítima de um único acidente no campus da Universidade do Cairo. Com essas mortes, subiu para 39 o número de pessoas que perderam a vida desde domingo em episódios de violência envolvendo partidários e opositores de Morsi, que assumiu o cargo em junho do ano passado como o primeiro líder livremente eleito do país.

Com seu destino político na balança, Morsi exigiu, em mensagem postada na noite de terça-feira em sua página oficial do Twitter, que as Forças Armadas retirem o ultimato, afirmando que rejeita todas as "ordens" vindas tanto do interior do país quanto de fora.

Os militares disseram que nenhum acordo foi fechado entre Morsi e a oposição e que vai intervir para implementar seu projeto de reconciliação nacional.

Em seu discurso de 46 minutos, transmitido ao vivo para todo o país na noite de terça-feira, o presidente acusou pessoas ligadas ao seu autocrático antecessor, Hosni Mubarak, de explorar a onda de protestos para derrubar seu governo e impedir a democracia.

Partidários e opositores de Morsi saíram às ruas pelo quarto dia consecutivo nesta quarta-feira. Temendo que seu mais importante aliado árabe entre numa situação de caos, autoridades de Washington pediram a Morsi que tome medidas imediatas para atender às demandas da oposição e que as manifestações continuem pacíficas. Além disso, lembraram das consequências que um golpe militar pode ter sobre o grande pacote de ajuda militar norte-americana recebido pelo Egito. As fontes falaram em condição de anonimato.

O conselheiro de Morsi, Ayman Ali, negou que os Estados Unidos tenham pedido ao Egito que convoque eleições presidenciais antecipadas e declarou que as consultas têm como objetivo chegar a uma conciliação nacional para resolver a crise. Fonte: Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse hoje que está disposto a "pagar com a própria vida para proteger a legitimidade" das urnas do país e de sua nova constituição. As declarações foram feitas em pronunciamento na TV estatal do país em um dia de manifestações a favor e contra seu governo e na véspera do encerramento do prazo dado pelas Forças Armadas para que governo e oposição entrem em acordo.

"Há um estado me esperando para defender a legitimidade da Constituição. Eu não tenho escolha", disse Morsi, insistindo para que os egípcios não recorram à violência. Além disso, ele mencionou a possibilidade de ter eleições parlamentares seis meses após as conversas de reconciliação com os partidos de oposição, mas não entrou em detalhes.

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"É importante para nós percebermos que a violência e o derramamento de sangue são armadilhas. Tudo isso será fonte de júbilo para os nossos inimigos. A experiência democrática é nova e representa um desafio", acrescentou o presidente egípcio.

Mais cedo, Morsi rechaçou o ultimato feito pelas Forças Armadas do país para que fosse estabelecido um acordo entre governo e oposição e disse que não aceita "imposições", sejam elas internas ou externas. Em sua conta no microblog Twitter, Morsi assegurou que não renunciará ao cargo, como exige a oposição, e pediu ao exército que retire o ultimato. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de imprensa da presidência do Egito, Ihab Fahmy, desqualificou nesta segunda-feira uma aparente ameaça do exército do país de intervir na política se a atual crise entre situação e oposição degenerar em caos. "Existe um presidente governando o país de forma democrática, eleito democraticamente. Não podemos imaginar a possibilidade de o exército voltar" ao poder, declarou Fahmy a jornalistas estrangeiros. "O exército tem as missões de proteger as fronteiras e garantir a segurança de instituições estratégicas. O exército não tem funções políticas", prosseguiu.

As declarações de Fahmy vêm à tona um dia depois de o general Abdel-Fattah el-Sissi, ministro da Defesa do país, ter dado ao governo e à oposição prazo de uma semana para que se entendam antes de um protesto programado para 30 de junho no qual a oposição pretende exigir a renúncia do presidente Mohammed Morsi. A manifestação está marcada para o dia do primeiro aniversário da posse de Morsi.

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O exército dominou a cena política egípcia por décadas e manteve-se no controle por mais de um ano depois da revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak no início de 2011. Fonte: Associated Press.

Às vésperas de manifestações da oposição, marcadas para o fim deste mês, mais de 100 mil egípcios foram às ruas para apoiar o presidente do Egito, Mohamed Morsi.

Em palavras de ordem, os participantes prometeram proteger Morsi contra seus oponentes. Alguns manifestantes diziam que esmagariam a oposição em 30 de junho, quando Morsi completará um ano na presidência egípcia.

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"Queremos salientar que iremos proteger a legitimidade com nosso sangue e nossas almas", declarou Mohammed el-Beltagi, líder da Irmandade Muçulmana.

Após declarações de um embaixador dos Estados Unidos que foram classificadas como críticas aos protestos realizados nesta sexta-feira, um ativista pró-Morsi disse ao diplomata para que ele "calasse a boca e cuidasse da sua vida".

A manifestação é a mais recente mostra de que o Egito é um país dividido desde que o ditador Hosni Mubarak foi deposto, em fevereiro de 2011. Essa divisão deflagrou batalhas pelas ruas no país e assumiu caráter religioso, principalmente após Morsi assumir o cargo como primeiro líder eleito livremente do país. Fonte: Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse que cortou relações diplomáticas com a Síria e ordenou o fechamento da embaixada de Damasco no Cairo. Morsi afirmou a milhares de apoiadores em um comício neste sábado, 15, que o governo dele também está retirando o charge d'affaires (oficial colocado no comando dos negócios diplomáticos durante a ausência temporária do embaixador ou ministro) de Damasco.

Morsi também exortou os militantes do Hezbollah, do Líbano, a deixar a Síria, onde o grupo xiita apoiado pelo Irã vem lutando ao lado das tropas leiais ao presidente sírio Bashar Assad contra os rebeldes, em sua maioria sunitas.

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As informações são da Associated Press.

Centenas de oponentes e partidários de Mohammed Morsi, o presidente islamita do Egito, entraram em confronto nesta sexta-feira durante uma manifestação convocada pelos aliados de Morsi no qual pediam que o presidente "limpe o judiciário" de supostos partidários do antigo regime.

Atos de violência se tornaram uma marca da política egípcia. Nas últimas semanas, várias passeatas e comícios realizados por várias correntes políticas se transformaram em batalhas de rua.

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Milhares de partidários de Morsi, a maioria favorável à Irmandade Muçulmana e outros grupos islamitas, realizaram uma manifestação do lado de fora do Tribunal Superior no Cairo e na cidade costeira de Alexandria, exigindo a "limpeza do judiciário". As marchas acontecem no momento em que o legislativo, dominado pelos islamitas, anunciavam planos para iniciar o debate de um projeto de lei que regulamenta os tribunais.

Os partidários do projeto o consideram uma forma de assegurar a independência do Judiciário, mas opositores temem que o objetivo dos islamitas seja remover os juízes e substitui-los por outros que apoiem a agenda da Irmandade de consolidar sua permanência no poder.

Um integrante da Irmandade deu a entender que a nova lei poderia forçar até um quarto dos mais de 13 mil juízes e funcionários do Ministério Público a se aposentar.

Quando alguns islamitas tomaram a direção da praça Tahrir, no Cairo, encontraram membros da juventude anti-Morsi, alguns usando máscaras, a alguns quarteirões da praça. Não ficou claro quem deu início ao confronto, mas no final eles estavam jogando pedras uns contra os outros.

Um ônibus foi incendiado e o som de balas de chumbinho podia ser ouvido no ar. Gás lacrimogêneo também foi lançado, embora não houvesse policiais por perto.

Alguns jovens mascarados e alguns islamitas portavam pistolas caseiras. Outros seguravam barras de ferro e galhos de árvores e chegaram a quebrar parte do pavimento e usar pedaços e concreto e asfalto para jogar contra os adversários. Pelo menos 39 pessoas ficaram feridas, segundo a agência de notícias estatal Mena.

Mais tarde, a polícia se dirigiu ao local, na tentativa de interromper os confrontos, mas eles se espalharam pelas ruas laterais. O Ministério do Interior pediu que "todas as forças políticas" se retirassem das ruas.

O Egito está profundamente dividido a respeito do governo de Morsi e da dominação política de seus aliados islamitas, o que tem levado a repetidos atos de violência, embora a economia do país continue a se deteriorar. As informações são da Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse neste sábado (29) na Câmara Alta do Parlamento que a nova Constituição do país garante direitos iguais a todos os cidadãos e fez um apelo à oposição para que trabalhe junto ao governo em um momento de grave crise econômica. A Câmara Alta (Shura), de 270 cadeiras, equivale ao Senado e foi investida com poderes legislativos até que um novo parlamento seja eleito em dois meses. Desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, a economia do Egito está em crise. O Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu recentemente um empréstimo de US$ 4,8 bilhões ao país e as reservas internacionais do Egito caíram de US$ 36 bilhões em 2010 para US$ 15 bilhões atualmente.

"Todos precisam perceber as necessidades do momento", disse Morsi, e trabalhar "dentro de uma democracia amadurecida, evitando a violência". "Rejeitamos todas as formas de violência feitas por indivíduos, grupos e instituições. Isso é totalmente rejeitado" afirmou. Morsi disse que o Egito precisa mudar o foco para "a produção, o trabalho, seriedade e esforço". Em novembro, Morsi ampliou os próprios poderes por decreto e se colocou acima do judiciário. Os protestos da oposição secular, que acusa Morsi e seu grupo, a Irmandade Muçulmana, de arrogância e monopólio do poder, deixaram pelo menos 10 mortos no Cairo. Morsi revogou os decretos.

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Até agora, a oposição egípcia tem rejeitado o diálogo. Ahmed Maher, chefe do movimento 6 de abril, que ajudou a derrubar Mubarak no ano passado, disse que o discurso feito neste sábado por Morsi não oferece "nada de novo", além de reconhecer os graves problemas financeiros e econômicos do país. Ele afirmou que seu movimento não entrará em negociações com o governo enquanto a Irmandade Muçulmana "não abandonar parte da sua arrogância e teimosia".

O governo pediu o empréstimo ao FMI para cobrir o déficit no orçamento. Mas as negociações foram interrompidas, após Morsi ter derrubado um plano para subir os impostos sobre vários produtos, o que poderia irritar a população. Cortes nos subsídios aos alimentos e ao combustível também são uma grande preocupação entre os egípcios. Cerca de 40% dos 85 milhões de habitantes vive com menos de US$ 2 por dia, na linha da pobreza ou abaixo da linha da pobreza. Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito dos bônus egípcios para B-, seis patamares abaixo do grau de investimento. "A razão (para o rebaixamento) é a falta de estabilidade política no passado recente", disse Morsi.

"Todos nós sabemos quais são os interesses da nação. Alguém aqui ficaria feliz se a nação fosse à falência? Eu não duvido das boas intenções de todos. Mas pode alguém ficar feliz se o país for exposto à fraqueza econômica?" questionou Morsi.

Neste sábado, compareceram à Shura figuras de liderança política no país, como o novo papa da Igreja Copta, Tawdros II, sentado perto do principal clérigo islâmico sunita do Egito, o xeque Ahmed al-Tayeb, da mesquita de Al-Azhar. Os chefes da Irmandade Muçulmana e do movimento ultraconservador islâmico salafista também estavam na Shura, bem como o ministro da Defesa e outros integrantes do gabinete.

Morsi também afirmou que a nova Constituição garante a igualdade para todos. "Todos são iguais perante a lei e nesta Constituição", disse o presidente sobre o documento, acrescentado que haverá "liberdade para todas as pessoas, sem exceções". A Constituição tem sido severamente criticada por ativistas de direitos humanos e pela oposição secular do país. Segundo eles, o documento fracassou em garantir direitos às mulheres e possui potencial para limitar a liberdade de expressão e religiosa. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, declarou nesta quarta-feira que a Constituição recém-aprovada em referendo pelos eleitores egípcios estabelece uma nova república no país, convidou a oposição a participar de um diálogo que permita uma conciliação nacional e estabeleceu como meta a recuperação da economia.

Em seu primeiro discurso depois da divulgação do resultado oficial da consulta popular, Morsi enfatizou que reconhece a "respeitável" proporção do eleitorado que votou contra a nova Constituição, elaborada por um painel dominado por islamitas, mas não apresentou nenhum gesto concreto a uma oposição que por enquanto tem rejeitado o diálogo e prometido lutar contra a nova Carta.

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"Ao inaugurarmos uma nova fase, passando da primeira para a segunda república, uma república que tem nesta Constituição sua base mais forte, eu renovo minha promessa de respeitar a lei e a constituição", repetindo seu juramento de posse baseado no novo texto constitucional.

A declaração de Morsi representa uma ruptura com o sistema de governo vigente no Egito desde 1952, quando um golpe militar depôs a monarquia apoiada pelo Ocidente e o Egito foi declarado uma república.

A nova Constituição foi aprovada pouco menos de dois anos depois da deposição da ditadura liderada por Hosni Mubarak em um levante popular no início do ano passado.

A proposta de Constituição foi levada a votação às pressas pelo governo em meio a uma acirrada disputa de poder entre o Executivo e o Judiciário.

Críticos dizem que a nova Constituição egípcia restringe liberdades e estabelece um código de leis islâmico. Já seus apoiadores insistem que ela abrirá caminho para maior estabilidade e fortalecimento das instituições no Egito.

No discurso, Morsi anunciou ainda que promoverá uma reforma em seu gabinete de governo com o objetivo de fazer frente aos problemas econômicos enfrentados pelo país. No discurso, Morsi disse que estava em consultas com o primeiro-ministro Hisham Qandil para definir quais seriam as mudanças no gabinete. "Empenharei todos os meus esforços para recuperar a economia egípcia, que está diante de enormes desafios, mas também diante de grandes oportunidades de crescimento. Farei todas as mudanças que forem necessárias que atingir essa objetivo."

Em reação ao discurso, a opositora Frente de Salvação Nacional manteve sua rejeição ao diálogo. Segundo o grupo, a proposta de conciliação apresentada por Morsi "não passa de farsa e teatro" e sua adesão só ocorrerá quando houver uma "abertura real e efetiva" ao diálogo.

Mais cedo, o governo do Egito pediu ao Parlamento que priorize as legislações para organizar eleições parlamentares, regulamentar a mídia e combater corrupção. A câmara alta realizou hoje sua primeira sessão com os novos poderes temporários garantidos pela Constituição.

No primeiro dia após o referendo, a câmara alta recebeu 90 novos membros nomeados pelo presidente do país, Mohammed Morsi. Dois terços dos 270 membros são eleitos, e um terço é nomeado pelo presidente.

Na terça-feira foram divulgados os resultados do referendo da proposta de Constituição do Egito, com aprovação de 63,8% do eleitorado, segundo a Comissão Eleitoral.

O governo deve realizar eleições para a câmara baixa do Parlamento dentro de 60 dias. Morsi tem tido poderes legislativos desde que dissolveu a câmara baixa do Parlamento. As informações são da Associated Press.

O Exército do Egito enviou nesta quinta-feira tanques para o palácio presidencial, localizado na capital Cairo, após a ocorrência de confrontos entre partidários e oponentes do presidente Mohammed Morsi, que deixaram cinco pessoas mortas e cerca de 500 feridas.

Seis tanques e dois veículos blindados pertencentes à Guarda Republicana, unidade de elite que tem como tarefa proteger o presidente e seus palácios, estão estacionados do lado de fora do complexo.

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Após uma noite de violência, a oposição pretende realizar outra manifestação do lado de fora do palácio nesta quinta-feira, com o objetivo de pressionar Morsi a engavetar um projeto de Constituição adotado por seus aliados islamitas e anular os decretos que dão amplos poderes ao presidente.

A situação estava calma na manhã desta quinta-feira. Milhares de partidários de Morsi estavam acampados do lado de fora do palácio após expulsarem ativistas opositores, que realizavam uma manifestação pacífica no local, o que resultou em violentos confrontos de rua. As informações são da Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, defendeu nesta segunda-feira os decretos emitidos por ele na semana passada e assegurou que não haverá ingerência do Poder Executivo sobre o Judiciário, declarou um porta-voz do governo.

Em reunião com representantes do Judiciário egípcio ocorrida nesta segunda-feira no Cairo, Morsi salientou que agiu dentro dos limites constitucionais ao emitir, na última quinta-feira, a série de decretos por meio da qual acumulou uma série de poderes, disse Yasser Ali, porta-voz da presidência, a jornalistas.

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Apesar disso, prosseguiu o porta-voz, Morsi assegurou que os decretos não "infringem" de nenhuma maneira o Judiciário e disse que não haveria interferência.

Os comentários de Ali sobre a posição de Morsi na reunião sinalizam a intenção de presidência de não recuar dos decretos, o que deve acirrar a crise política entre situação e oposição no Egito.

O decreto define que o presidente pode tomar, em caráter definitivo e irrevogável, "qualquer decisão ou medida para preservar a revolução", o que deu início a uma nova queda de braço com o Judiciário em um momento no qual um painel tenta elaborar uma nova Constituição para o país.

Entre outras coisas, os decretos deixam Morsi e um painel incumbido de redigir uma nova Constituição para o Egito fora do alcance do Poder Judiciário.

Mais cedo, antes da reunião de Morsi com os magistrados, o ministro de Justiça do Egito, Ahmed Mekki, disse que a solução para a crise política era "iminente".

Mekki tem atuado como mediador entre o presidente e o Judiciário na tentativa de abater a crise. Ele não disse qual seria a solução iminente.

Simpatizantes e opositores de Morsi têm manifestações programadas para amanhã no Cairo.

Na próxima semana, a corte administrativa do Egito vai examinar um pedido de anulação dos decretos de Morsi. Até agora, mais de uma dúzia já foram registrados na justiça contra os decretos.

A oposição a Morsi acusa-o de assumir "poderes ditatoriais" e promete continuar os protestos nas ruas até que o presidente volte atrás. As informações são da Associated Press.

O general Abdel-Meguid Mahmoud chegou a um acordo com o presidente do Egito, Mohammed Morsi, por meio do qual conseguiu manter-se no posto de procurador-geral. O acordo encerra um impasse que levou a acusações de que o executivo estaria tentando interferir no judiciário egípcio.

Na última quinta-feira (11), Morsi recomendou a Mahmoud que renunciasse, em uma aparente tentativa de aplacar o descontentamento do público pela absolvição de integrantes do governo deposto em fevereiro do ano passado, acusados de orquestrar a brutal repressão ao levante popular contra o ex-ditador Hosni Mubarak.

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Morsi teve de se limitar a recomendar a Mahmoud que tomasse a iniciativa de renunciar ao posto, porque a lei egípcia impede o presidente de demitir o procurador-geral. Ao pedir a Mahmoud que renunciasse, Morsi ofereceu a ele o posto de embaixador egípcio no Vaticano. Mas o general não acatou o pedido do presidente.

O apoio à demissão de Mahmoud, um general indicado para o cargo de procuradoria-geral por Mubarak, era elevado entre os egípcios, mas o pedido de Morsi na quinta-feira levou diversos juízes a acusarem o presidente de tentar interferir na atuação do judiciário.

Hoje (13), o vice-presidente Mahmoud Mekki disse a jornalistas que, depois de uma reunião, o presidente e o procurador-geral chegaram a um acordo após um pedido do Conselho Judiciário Supremo para que Morsi retirasse o pedido. Depois da reunião, o general disse à Associated Press que o "mal-entendido" com Morsi estava solucionado.

Mekki, por sua vez, rechaçou as acusações de que Morsi estaria tentando interferir no judiciário e afirmou que a intenção do presidente era preservar de críticas a procuradoria-geral. Ainda de acordo com Mekki, Morsi fez a recomendação depois de ter entendido inicialmente que Mahmoud estava de acordo com a renúncia.

As informações são da Associated Press.

Pela primeira vez desde que o novo presidente do Egito chegou ao cargo, seus simpatizantes islamitas entraram em confronto com manifestantes liberais. O tumulto aconteceu nesta sexta-feira (12), no Cairo, durante protesto de oposicionistas.

Os defensores do presidente Mohammed Morsi invadiram o palco montado por manifestantes na praça Tahrir, indignados com o que eles afirmaram ser insultos contra o presidente. Os envolvidos utilizaram bastões e pedaços de concreto e pavimento para atacarem-se e tiros foram ouvidos. O tumulto prosseguiu por horas e o Ministério da Saúde afirmou que 12 pessoas ficaram feridas.

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Os liberais e esquerdistas convocaram o protesto para exigir mais ações de Morsi, que completou cem dias no cargo. Eles também querem mais diversidade no painel que escreverá a nova Constituição do país, que está repleto de integrantes da Irmandade Muçulmana, da qual faz parte o presidente.

A briga entre oponentes e defensores reflete as divisões políticas no Egito, que prosseguem mais de um ano depois da revolta que derrubou o ditador Hosni Mubarak.

As informações são da Associated Press.

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