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Nove dias depois de viver uma das maiores glórias de sua história, o River Plate protagonizou um verdadeiro vexame nesta terça-feira. O campeão sul-americano não foi páreo para o Al Ain, que fez a festa da torcida da casa nos Emirados Árabes Unidos ao eliminar o rival e garantir vaga na decisão do Mundial de Clubes. Depois do empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, os anfitriões levaram a melhor nos pênaltis, por 5 a 4.

O River pareceu ainda sentir os efeitos da comemoração da histórica vitória na decisão da Libertadores sobre o Boca Juniors, no último dia 9, em Madri, e teve apenas lampejos de bom futebol em campo. Não fosse Borré, autor de dois gols, a queda poderia ter vindo ainda antes. Mas nos pênaltis, Enzo Pérez parou nas mãos de Khalid e se transformou no vilão argentino.

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Com isso, o River se torna apenas o primeiro argentino a ir ao Mundial e cair nas semifinais. Trata-se, também, do quarto sul-americano a protagonizar este vexame, repetindo o que fizeram os brasileiros Internacional, contra o Mazembe em 2010, e Atlético-MG, diante do Raja Casablanca em 2013, além do colombiano Atlético Nacional, contra o Kashima Antlers em 2016.

Melhor para o Al Ain, primeiro representante dos Emirados Árabes a ir à decisão do torneio. Agora, a grande zebra do Mundial espera para conhecer seu adversário, que sairá do duelo entre o poderoso Real Madrid e o Kashima Antlers nesta quarta-feira, em Abu Dabi.

Quem esperava um River soberano viu o Al Ain exibir o mesmo ímpeto ofensivo das duas primeiras partidas. E enquanto os argentinos ainda se ambientavam, o time da casa disparou para o ataque e abriu o placar logo aos dois minutos. Após escanteio da direita, Pinola desviou contra o próprio gol e a bola passou sob Armani. A arbitragem, porém, anotou gol para Berg, que disputou com o zagueiro argentino.

Mas assim como repetiu o comportamento ofensivo, o Al Ain também demonstrou a mesma fragilidade defensiva das primeiras fases. E com a mesma facilidade que abriu o placar, permitiu a reação do River, que ameaçou pela primeira vez em chute de longe de Pity Martínez, aos oito.

Dois minutos mais tarde, saiu o empate. Pratto recebeu na área, bateu firme e parou em bela defesa de Khalid. No rebote, Palacios dividiu com o goleiro, Pratto tentou e Borré desviou para a rede. Embalado, Borré também foi o responsável pela virada aos 15, quando recebeu de Martínez e finalizou cruzado.

A expectativa era de que a virada tranquilizasse o River, mas o que se viu foi um relaxamento excessivo que impulsionou o Al Ain novamente ao ataque. Aos 25, Armani evitou o gol de El Shahat, e a arbitragem ignorou o toque de mão de Palacios no lance, mesmo após alerta do árbitro de vídeo. Nos acréscimos, o mesmo El Shahat marcou, mas, desta vez, Gianluca Rocchi ouviu o VAR e anulou o lance, alegando impedimento.

O apito ao fim do primeiro tempo foi um alívio para o River, mas apenas momentâneo. O segundo tempo trouxe um Al Ain esperançoso, que tomou o campo de ataque e empatou logo aos cinco minutos. O brasileiro Caio recebeu pela esquerda de Shiotani, cortou Maidana e encheu o pé para vencer Armani e marcar um belo gol.

Coube ao River, então, apostar novamente em Borré. Aos 13, o colombiano apareceu duas vezes, mas parou em grandes defesas de Khalid. Quando Casco invadiu a área pela esquerda e caiu, após contato com Ahmad, o time teve a melhor oportunidade de recuperar a liderança. Mas Martínez cobrou o pênalti no travessão e ampliou a angústia argentina.

O lance abalou o River, o ritmo do jogo diminuiu e veio a prorrogação. Gallardo lançou a campo Scocco, de volta após lesão, e ele foi o primeiro a levar perigo. Na etapa final, Pinola tentou de cabeça. Mas os argentinos pareciam exaustos e assistiram ao Al Ain ter a melhor chance, com Ahmad, aos 12 do segundo tempo. Armani salvou e garantiu a disputa de pênaltis.

As duas equipes foram perfeitas em suas primeiras cobranças. Armani chegou a tocar na bola em dois chutes do Al Ain, mas Caio, Shiotani, Al Ahbabi, Amer Abdulrahman e Yaslem converteram para o time da casa, enquanto Scocco, Quintero, Pratto e Borré marcaram para os argentinos. Na décima tentativa, porém, Pérez foi parado por Khalid, para delírio da torcida local.

 

FICHA TÉCNICA:

RIVER PLATE 2 (4) X (5) 2 AL AIN

RIVER PLATE - Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Ponzio (De La Cruz), Palacios (Enzo Pérez), Nacho Fernández (Quintero) e Pity Martínez (Scocco); Borré e Lucas Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

AL AIN - Khalid; Ahmad, Ismail, Fayez e Shiotani; Barman (Amer Abdulrahman), Doumbia (Nader) e Mohamed Abdulrahman (Yaslem); Caio, El Shahat e Berg (Al Ahbabi). Técnico: Zoran Mamic.

GOLS - Berg, aos três, e Borré, aos 10 e aos 15 minutos do primeiro tempo. Caio, aos cinco minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Gianluca Rocchi (Fifa/Itália).

CARTÕES AMARELOS - Pinola, Borré, Casco, De La Cruz (River Plate); El Shahat, Caio, Ahmed (Al Ain).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Hazza Bin Zayed Stadium, em Al Ain (Emirados Árabes Unidos).

No estádio Tahnoun Bin Mohammed, neste domingo, nos Emirados Árabes, o River Plate fez mistério e realizou treino fechado em sua preparação para o jogo contra o anfitrião Al Ain, na terça-feira, às 14h30 (de Brasília), na casa do rival, pelas semifinais do Mundial de Clubes da Fifa.

No sábado, o técnico Marcelo Gallardo também realizou treino fechado, mas autorizou os jornalistas a acompanharem a segunda metade da atividade, com a condição de não registrarem nenhuma imagem, mesmo com celulares.

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Também no sábado, o River Plate pôde conhecer de perto o seu adversário nas semifinais. O time treinou pela manhã (no horário local) e depois foi ao estádio local acompanhar a vitória do anfitrião Al Ain sobre o Espérance, da Tunísia, por 3 a 0, pelas quartas de final do Mundial. Essa será a segunda participação do River no Mundial de Clubes da Fifa, após a edição de 2015, quando chegou à final e foi derrotado pelo Barcelona.

Nesta segunda-feira, véspera da partida, o River fará o reconhecimento do Hazza Bin Zayed Stadium, palco do duelo de terça, quando espera se classificar para uma provável decisão contra o Real Madrid. O time espanhol também estreará na competição nas semifinais, contra o Kashima Antlers, do Japão, na quarta-feira, quando defenderá o seu favoritismo diante do atual campeão asiático.

O Real Madrid chegou aos Emirados Árabes para iniciar sua preparação para as semifinais do Mundial de Clubes, na tarde deste domingo, noite do horário local. O time, que busca o terceiro título mundial consecutivo, vai enfrentar o japonês Kashima Antlers na próxima quarta-feira, às 14h30 (de Brasília), em Abu Dabi, em uma das semifinais da competição.

Em entrevista ao canal de TV do Real, meia Lucas Vázquez falou sobre o objetivo do time no Mundial e a importância de sua trajetória no torneio: "Não é nada fácil chegar ao Mundial de Clubes durante três anos consecutivos. O segredo destas três últimas temporadas foi o trabalho coletivo, o empenho no dia a dia e estarmos todos envolvidos e remando na mesma direção. A chave é estarmos desde o primeiro dia concentrados no nosso objetivo, que é conquistar o troféu, e ainda por cima quando temos pela frente dois jogos para consegui-lo. Temos de perceber a importância de tudo isto".

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O astro galês Gareth Bale, por sua vez, agradeceu o apoio dos torcedores e salientou que o time trabalhará duro para ser campeão: "Quero agradecer aos fãs por nos apoiarem onde quer que formos e vamos trabalhar duro para nos tornar campeões. Toda vez que jogamos uma competição, queremos vencê-la e, portanto, queremos alcançar esse troféu novamente".

Já o lateral Carvajal salientou que a bagagem adquirida em outras participações no Mundial é importante para que o time possa voltar a brilhar na competição. "Nós temos boas experiências nesta competição. Não vai ser fácil e primeiro é preciso superar a semifinal para poder chegar à final. Para nós, o fato de todas as equipes quererem nos vencer é uma motivação extra. Faz com que tenhamos sempre de dar o máximo", destacou.

Depois de a Fifa ter divulgado a lista de inscritos do Real para o Mundial no último dia 6, o Real ratificou este grupo de 25 jogadores divulgados anteriormente, entre eles três brasileiros: Marcelo, Vinicius Junior e Casemiro, que não joga desde a partida contra o Celta, em 11 de novembro, quando sofreu uma entorse no tornozelo.

No último sábado, o Real Madrid conquistou uma magra vitória por 1 a 0 sobre o Rayo Vallecano, em casa, pelo Campeonato Espanhol, horas antes de embarcar rumo a Abu Dabi.

Confira a lista dos relacionados do Real para o Mundial:

Goleiros: Keylor Navas, Casilla e Courtois.

Defensores: Carvajal, Vallejo, Sergio Ramos, Varane, Nacho, Marcelo, Odriozola, Reguilón e Javi Sánchez.

Meio-campistas: Kroos, Modric, Casemiro, Valverde, Llorente, Asensio, Isco e Ceballos.

Atacantes: Mariano, Benzema, Bale, Lucas Vázquez e Vinicius Junior.

Com o apoio da torcida, O Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, venceu o Espérance, da Tunísia e atual campeão africano, por 3 a 0, em casa, neste sábado (15), em partida válida pelas quartas de final do Mundial de Clubes da Fifa, no estádio Hazza Bin Zayed, em Al Ain, nos Emirados Árabes.

Com a vitória, o Al Ain garantiu classificação para enfrentar o River Plate, na terça-feira (18), às 14h30 (de Brasília). Já o Espérance, eliminado, vai decidir o quinto lugar do Mundial contra o Chivas Guadalajara, do México, na terça-feira, às 11h30. Horas mais cedo, no mesmo estádio, o time mexicano foi derrotado por 3 a 2 pelo japonês Kashima Antlers em outro duelo das quartas de final.

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Estreante na competição, o Al Ain dominou o primeiro tempo e começou o jogo com muita intensidade. Logo no aos 2 minutos de partida, após cobrança de escanteio, Ahmed subiu na área e, de cabeça, abriu o placar para os anfitriões.

E já aos 15 minutos, o Al Ain ampliou. Em rápido contra-ataque que começou da defesa do time árabe, a equipe conseguiu uma bela troca de passes que terminou com as bolas nos pés de El Shahat, que deu dois dribles dentro da grande área e bateu colocado, com categoria, no ângulo esquerdo do goleiro Moez Ben Cherifia para fazer 2 a 0.

Já no segundo tempo, a equipe da casa continuou dominando a partida e Bandar Al Ahbabi marcou o terceiro gol, que teve participação do meia brasileiro Caio Lucas. Ele fez uma boa jogada pela esquerda e cruzou para o meio da área, onde Al Ahbabi recebeu com liberade e finalizou para garantir o 3 a 0.

Apesar de conseguir maior posse de bola no segundo tempo, a equipe da Tunísia bem que tentou armar uma reação, porém não conseguiu criar boas chances de gol.

O Al Ain está no torneio como representante do país-sede, pois foi campeão nacional. O jogo de abertura do Mundial de Clubes de 2018 entre Al Ain, dos Emirados Árabes, e Team Wellington, da Nova Zelândia, foi decidido nos pênaltis. Na última quarta-feira, os times empataram por 3 a 3 em duelo movimentado Abu Dabi. Nos pênaltis, o time local venceu por 4 a 3.

Um dos destaques do Al Ain é o atacante sueco Marcus Berg, ex-Hamburgo e Panathinaikos, que foi o artilheiro dos Emirados Árabes na última temporada, com 25 gols. Já o brasileiro Caio Lucas atuou nas divisões de base do América de Araçatuba e do São Paulo e estreou profissionalmente pelo Kashima Antlers, em 2014.

FICHA TÉCNICA

ESPÉRANCE 0 X 3 AL AIN

ESPÉRANCE - Moez Ben Cherifia; Sameh Derbali, Chamseddine Dhaouadi, Ali Machani (Khelil Chemmam) e Ayman Ben Mohamed; Fousseny Coulibaly, Franck Kom (Adem Rjaeibi), Ghilane Chaalali (Mohamed Meskini), Anice Badri e Mohamed Youcef Belaili; Taha Yassine Khenissi. Técnico: Mouin El Shaabanitomó.

AL AIN - Khalid Eisa; Mohammed Fayez, Ismail Ahmed, Mohamed Ahmad e Tsukasa Shiotani; Tongo Doumbia (Yahia Nader), Aboudan Al Jaberi (Amer Abdulrahman), Ahmed Barman e Hussein El Shahat; Caio Lucas e Bandar Mohammed (Marcus Berg). Técnico: Zoran Mamic.

GOLS - Ahmed, a 1, e El Shahat, aos 15 minutos do primeiro tempo; Al Ahbabi, aos 13 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Mohamed Youcef Belaili (Esperance).

ÁRBITRO - Jair Marrufo (EUA).

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Hazza Bin Zayed Stadium, em Al Ain, nos Emirados Árabes Unidos.

Depois de o Kashima Antlers vencer o Chivas Guadalajara por 3 a 2, de virada, neste sábado (15), em Al Ain, nos Emirados Árabes, e garantir classificação para a semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, o técnico do time japonês, Go Oiwa, exibiu confiança ao projetar o duelo diante do Real Madrid, na próxima quarta-feira, às 14h30 (de Brasília)

O treinador acredita que a sua equipe pode surpreender os atuais tricampeões europeus e avançar à decisão da competição. "O Real Madrid é o Real Madrid. Eles são fortes. Mas somos fortes e agressivos. Sim, nós podemos vencer o Real Madrid", disse o comandante, quando questionado em entrevista coletiva sobre a possibilidade de chegar à final.

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Em 2016, o time japonês jogou a final do Mundial justamente contra o Real Madrid, em Yokohama. Na ocasião, o Kashima deu trabalho ao time espanhol, mas foi derrotado por 4 a 2 na partida em que Cristiano Ronaldo, hoje astro da Juventus, marcou três gols.

"Essa experiência nos serviu para os torneios que vieram depois. O de 2016 foi um torneio que teve um grande impacto, poderíamos ter vencido contra o Real Madrid, foi decepcionante, mas agora temos uma nova oportunidade, teremos que jogar contra o Real Madrid com a agressividade e força com que jogamos hoje contra o Guadalajara", ressaltou Oiwa.

Quem também não escondeu o otimismo sobre a possibilidade de vencer o Real foi o meio-campista Shoma Doi, titular do time japonês. "O Real Madrid é um gigante do futebol, é um clube incrível. Suas conquistas no passado mostram o quão grande é o clube... Estamos muito felizes em jogar contra eles novamente. Queremos surpreendê-los e estaremos no nosso melhor", disse Shoma em entrevista ao site da Fifa após o duelo deste sábado.

O Al Ain enfrentou bem mais dificuldades do que se previa contra um rival modesto, mas está classificado para a próxima fase do Mundial de Clubes, nos Emirados Árabes Unidos. Representante do país-sede do torneio, a equipe chegou a estar perdendo por 3 a 0 para o Team Wellington, mas conseguiu arrancar o empate por 3 a 3 e obteve a classificação na disputa de pênaltis, em que triunfou por 4 a 3, em Al Ain.

O goleiro Khalid Eisa foi o herói da classificação do Al Ain ao defender duas cobranças, de Kilkolly e Gulley. Assim, eliminou o campeão da Oceania, que fazia sua estreia em Mundiais e não conseguiu sustentar a larga vantagem, apesar da grande atuação do seu goleiro, Basalaj, nos 120 minutos do confronto.

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Agora, então, o time da casa, que foi ao intervalo da partida perdendo por 3 a 0, voltará a jogar no sábado, novamente em Al Ain, em duelo com o Espérance, da Tunísia e atual campeão africano, que vai valer uma vaga nas semifinais do Mundial. E quem passar será o adversário do River Plate na busca por uma vaga na decisão.

O JOGO - O modesto Team Wellington foi praticamente perfeito no primeiro tempo, tanto que, apesar de dominado pelo Al Ain, marcou três gols nas quatro finalizações que deu. E o primeiro deles foi um golaço, aos 11 minutos, quando Barcia chutou forte de longe e a bola entrou no ângulo direito da meta defendida por Khalid Eisa.

Naquele momento, o Al Ain já dominava a partida, mas desperdiçava chances, sendo que o brasileiro Caio participava da criação de várias delas. Enquanto isso, o Team Wellington aproveitava as suas e fez o segundo gol aos 15. A equipe neozelandesa trocou passes pelo meio e Clapham surgiu cara a cara com o goleiro adversário, tocando para as redes.

O Al Ain chegou a marcar aos 28 minutos, com Caio, mas até nisso o Team Wellington teve sorte, pois o lance foi anulado após consulta ao VAR, por falta em Clapham na origem da jogada. E o dia encantado da equipe se ampliou aos 44 minutos, com o seu terceiro gol, dessa vez após cobrança de escanteio, com Cameron desviando na primeira trave para Ilich, sozinho, empurrar para as redes.

Parecia tudo perfeito para o Team Wellington, mas aí a equipe - e, especialmente, Cameron - cometeu erro grosseiro na defesa. O japonês Shiotani, então, aproveitou e chutou cruzado, aos 45, marcando para o Al Ain e diminuindo a desvantagem da equipe. E o time renasceu de vez na partida aos quatro da etapa final ao marcar o seu segundo gol, dessa vez com Doumbia, que completou para as redes um cruzamento de Caio.

A expectativa de sufoco e virada do Al Ain a partir daí, porém, não se confirmou. Embora presente no campo de ataque, o time tinha dificuldades de criar chances claras de gol. As oportunidades, então, só apareceram no fim do segundo, quando os jogadores do Team Wellington pareciam cansados.

Caio quase marcou aos 31 minutos, após tabelar com Diaky, mas seu chute cruzado parou na trave. Berg, quase na sequencia, perdeu oportunidade em cabeceio. Mas não desperdiçou a chance seguinte. Aos 40, Shiotani cruzou, a defesa fez o corte provisório, mas Diaky ajeitou de cabeça para o sueco, que girou e bateu de voleio. A bola desviou antes de entrar na meta da equipe da Nova Zelândia.

A definição da partida, assim, seguiu para a prorrogação. E o cenário de superioridade do Al Ain se repetiu, a ponto de o time ter quase marcado no minuto inicial, novamente com Berg, após tabela com Caio, mas com a finalização do sueco sendo parada pelo goleiro Basalaj, um dos destaques do jogo.

Mas o Team Wellington foi resistindo e, ainda que levando sustos e tendo Mohamed Abdulrahman expulso nos instantes finais, conseguiu levar o confronto para os pênaltis, depois de 120 minutos com 42 finalizações, sendo 28 do Al Ain. Na última delas, Basalaj voltou a aparecer bem, evitando o gol de Diaky.

Na disputa de pênaltis, Diaky, Husssein Elshahat, Shiotani e Caio converteram para o Al Ain, enquanto Berg chutou para fora. No Team Wellington, Allen, Ilich e Watson tiveram êxito em seus chutes, mas Kilkolly e Gulley pararam em Khalid Eisa, que, assim, garantiu a passagem do time da casa para a próxima fase do Mundial.

FICHA TÉCNICA:

AL AIN 3 x 3 TEAM WELLINGTON (4 x 3 nos pênaltis)

AL AIN - Khalid Eisa; Mohamed Ahmad, Ismail Ahmed, Mohanad Salem (Al Ahbabi) e Shiotani; Mohamed Abdulrahman, Ahmed Barman (Rayan), Doumbia (Diaky), Caio e Husssein Elshahat; Jamal Maroof (Berg). Técnico: Zoran Mamic.

TEAM WELLINGTON - Basalaj; Gulley, Hilliar e Schrijvers; Ilich, Cameron (Molloy, depois Allen), Barcia e Sinclair (Kilkolly); Clapham (Hailemariam), Bevin e Watson. Técnico: Jose Figueira.

GOLS - Barcia, aos 11, Clapham, aos 15, Ilich, aos 44, e Shiotani, aos 45 minutos do primeiro tempo. Doumbia, aos quatro, e Berg, aos 40 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Ryuji Sato (Japão).

CARTÕES AMARELOS - Mohanad Salem, Doumbia e Barcia.

CARTÃO VERMELHO - Mohamed Abdulrahman.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Hazza bin Zayed, em Al Ain (Emirados Árabes Unidos).

Vencedor de três das últimas quatro edições do Mundial de Clubes da Fifa, o Real Madrid chegará a esta edição da competição, que começa nesta quarta-feira, nos Emirados Árabes Unidos, sem possuir o favoritismo gigante que sempre ostentou em suas outras participações no torneio. Embora ainda conte com um elenco estelar, o time espanhol ainda se ressente da saída de Cristiano Ronaldo, hoje jogador da Juventus, e conta com um técnico Santiago Solari ainda em fase de afirmação como comandante da equipe merengue.

O favoritismo do Real está em xeque por uma série de motivos. Após a saída do treinador Zinedine Zidane, ocorrida de forma surpreendente logo depois do final da última temporada europeia, Julen Lopetegui fracassou como substituto do ídolo francês. E hoje o time tenta voltar a engrenar em um novo ciclo no qual amargou uma série de resultados surpreendentes, como por exemplo uma derrota por 3 a 0 para o modesto Eibar, sofrida no mês passado.

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A fase instável do Real se reflete na tabela do Campeonato Espanhol, no qual a equipe ocupa apenas a quarta posição, cinco pontos atrás do líder Barcelona. Na Liga dos Campeões, o time já assegurou classificação às oitavas de final, mas chegou a ser batido por 1 a 0 pelo CSKA Moscou, na Rússia, em outubro, mesmo mês em que foi superado pelo Levante por 2 a 1 e acabou goleado por 5 a 1 pelo Barcelona, derrota determinante para a demissão de Lopetegui.

O River Plate, que conquistou o título da Copa Libertadores na final do último domingo contra o Boca Juniors, disputada curiosamente no estádio do Real, é a principal ameaça ao favoritismo do time espanhol. O clube argentino é um forte candidato a reeditar o feito obtido pelo Corinthians, última equipe da América do Sul a conquistar o Mundial de Clubes, em 2012, no Japão.

"O principal objetivo era a Libertadores, que leva ao Mundial. Depois de ganhar a final contra o Boca, dizemos: 'E agora?'. Bom, vem isto, vamos nos preparar e tratar de jogar a final", projetou o técnico Marcelo Gallardo, admitindo que não será fácil fazer o seu grupo de jogadores se concentrar agora apenas na luta pelo título em Abu Dabi depois de ter superado o Boca Juniors por 3 a 1 na decisão histórica do último domingo, em Madri.

"Vai ser difícil focar, porque vivemos algo extraordinário, que não será repetido. Então, é um 'bônus' que vamos ter e ver se podemos focar, preparar da melhor maneira, mesmo sem muito tempo", reforçou o comandante.

Depois disso, o Bayern de Munique ficou com a taça em 2013, o Real se consagrou campeão em 2014, 2016 e 2017 e neste período o Barcelona também ergueu o troféu em 2015. Em meio a este cenário de domínio europeu, o Chivas, do México, e o japonês Kashima Antlers, do Japão, surpreendente vice-campeão mundial de 2016 e que conta com o meia brasileiro Serginho, são os outros times que figuram como maiores postulantes, logo atrás do River, a lutar pelo título da competição.

Com chancela da Fifa há apenas 18 anos, o Mundial de Clubes só teve três campeões não europeus, sendo que todos são do Brasil: o Corinthians, com as taças obtidas em 2000 e 2012; o São Paulo, em 2005; e o Internacional, em 2006. O Vasco, em 2000, o Santos (2011) e o Grêmio (2017) foram vice-campeões como representantes do País neste período, assim como ocorreu com os argentinos Boca Juniors (2007), Estudiantes (2009), San Lorenzo (2014) e River Plate (2015).

Desta forma, o Real também defenderá uma hegemonia europeia que, caso não seja mantida, significará a consagração de um campeão inédito nos Emirados Árabes desde que o Mundial passou a ser organizado pela Fifa.

Esta edição do evento será aberta nesta quarta-feira com a partida entre o Al Ain, representante do país-sede, contra o Team Wellington, da Nova Zelândia, às 13h30 (de Brasília). No sábado, o vencedor deste duelo vai encarar o Espérance, da Tunísia, atual campeão africano, na luta por uma vaga na semifinais. Também no sábado, Kashima e Chivas medem forças em outro confronto que vale lugar na semi.

Se confirmar favoritismo na semifinal, o River terá pela frente na decisão do dia 22 de dezembro o vencedor do duelo que o Real Madrid fará contra quem levar a melhor na partida entre Kashima e Chivas. Assim como o time argentino, a equipe madrilenha estreará diretamente nas semifinais, no dia 19. A estreia do River será na próxima terça-feira, quando pegará o Espérance ou o vencedor do confronto entre o Al Ain e o Team Wellington.

Conquistar o Mundial de Clubes é um sonho para muitos times, principalmente os que não são europeus. Há prestígio e cobiça pela taça, mas financeiramente há vários outros torneios que são mais atrativos, inclusive em solo brasileiro. Ser campeão ou vice da Copa do Brasil, por exemplo, vale mais dinheiro do que ser campeão mundial.

Levando em consideração apenas o valor para o campeão, o ganhador do Mundial garante US$ 5 milhões (cerca de R$ 19,3 milhões). O Cruzeiro, vencedor da Copa do Brasil deste ano, recebeu R$ 50 milhões só pelo título, sem levar em consideração a premiação por classificação nas fases anteriores. O vice-campeão, Corinthians, ficou com R$ 20 milhões, também mais do que ganhará o futuro campeão do mundo.

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O Palmeiras, campeão brasileiro, recebeu R$ 18 milhões da CBF pelo título nacional, quase o valor a ser pago ao ganhador deste Mundial. Ao comparar com os torneios europeus, a discrepância é ainda maior. O Real Madrid recebeu 19 milhões de euros (aproximadamente R$ 83,8 milhões) pelo título da última Liga dos Campeões. No total, o clube espanhol arrecadou 50 milhões de euros (algo em torno de R$ 220 milhões) pelas premiações que acumulou ao longo de toda a competição.

O lado financeiro ajuda a explicar o motivo de alguns clubes europeus demonstrarem certo desdém ao torneio que será realizado no Catar. A Fifa paga as despesas de 35 membros da delegação e os clubes não têm custos enquanto estão na competição. Mesmo assim, a entidade pretende reformular o torneio para lhe dar, de fato, a importância de um título mundial.

A Fifa está determinada a criar um novo Mundial a partir de 2021. A ideia seria substituir o atual formato e também a Copa das Confederações. A entidade que comanda o futebol mundial pretende organizar o torneio com 24 clubes, sendo 12 da Uefa, quatro da Conmebol, dois da África, dois da Ásia, dois da Concacaf, um país-sede e uma vaga que seria disputada entre um time da Oceania e outro da Conmebol.

O novo Mundial seria realizado a cada quatro anos, em seis estádios diferentes, duraria 18 dias e as partidas aconteceriam entre junho e julho. A Fifa garante ter investidores interessados em injetar US$ 25 bilhões (cerca de R$ 97 bilhões) na competição. Tudo isso para valorizar o torneio que ainda manterá seu padrão atual em sua edição de 2019.

Um dia depois de conquistar o seu quarto título da Copa Libertadores, obtido com uma vitória por 3 a 1 sobre o Boca Juniors, em Madri, o River Plate confirmou nesta segunda-feira uma lista de 23 jogadores inscritos no Mundial de Clubes da Fifa, que começará na quarta, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Assim como já se esperava, a listagem não trouxe surpresas, mas contou com a presença de Enrique Bologna, terceiro goleiro da equipe, recuperado de uma lesão no joelho esquerdo. Ele chegou a ser operado em outubro por causa do problema. Já o defensor Luciano Lollo, lesionado, acabou ficando fora deste grupo do time argentino para a competição.

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Depois de triunfar no estádio Santiago Bernabéu no domingo e ganhar folga nesta segunda-feira na capital espanhola, o grupo de atletas River partirá de Madri rumo a Abu Dabi na terça.

A estreia dos comandados do técnico Marcelo Gallardo no Mundial ocorrerá apenas no dia 18 de dezembro, em confronto válido pelas semifinais, fase em que terá pela frente o ganhador da partida entre o Espérance, da Tunísia, e o vencedor do duelo entre o Al Ain, do país anfitrião, e o Team Wellington, da Nova Zelândia, atual campeão da Oceania. Esta última partida abrirá o torneio nesta quarta-feira, às 13h30 (de Brasília).

Se confirmar favoritismo na semifinal, o River terá pela frente na decisão do dia 22 de dezembro o vencedor do duelo que o Real Madrid fará contra quem levar a melhor na partida entre Kashima Antlers, do Japão, e Chivas, do México. Assim como o time argentino, a equipe madrilenha estreará diretamente nas semifinais, no dia 19.

Confira a lista de inscritos do River Plate para o Mundial:

Goleiros - Franco Armani, Germán Lux e Enrique Bologna.

Defensores - Jonatan Maidana, Jorge Moreira, Milton Casco, Javier Pinola, Lucas Martínez Quarta e Gonzalo Montiel.

Meio-campistas - Bruno Zuculini, Juan Quintero, Gonzalo Martínez, Nicolás De La Cruz, Exequiel Palacios, Camilo Mayada, Leonardo Ponzio, Enzo Pérez e Ignacio Fernádez.

Atacantes - Rodrigo Mora, Julián Álvarez, Rafael Santos Borré, Lucas Pratto e Ignacio Scocco.

Já classificadas para as semifinais, as equipes brasileiras foram derrotadas nesta sexta-feira na rodada final da fase de grupos do Mundial de Clubes de vôlei. Na cidade chinesa de Shaoxing, o Dentil/Praia Clube e o Minas Tênis Clube foram superados por rivais turcos, que são os favoritos a ficar com o título.

O Praia Clube, de Uberlândia (MG), foi o primeiro a entrar em quadra nesta sexta. A equipe convidada da organização e atual campeã da Superliga caiu diante do Eczacibasi Vitra Istanbul, de virada, pelo placar de 3 sets a 1, com parciais de 27/25, 21/25, 11/25 e 21/25.

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A central Ana Carolina e a oposta Nicole Fawcett foram os destaques da equipe do Brasil, com dez pontos cada. Mas a dupla acabou ofuscada pelos desempenhos decisivos de Jordan Larson, responsável por 23 pontos, e Tijana Boskovic, com 17.

Com o resultado, o time turco, que é comandado pelo técnico brasileiro Marco Aurélio Motta, chegou à terceira vitória em três jogos. Perdeu apenas um set, justamente para o Praia Clube, que veio a ficar em segundo na chave, com seis pontos. E as turcas garantiram a primeira colocação do Grupo B, com nove pontos.

Assim, o Eczacibasi assegurou o confronto com outro time brasileiro, na semifinal. O time da Turquia vai enfrentar o Minas neste sábado, às 10 horas (horário de Brasília).

O time brasileiro também encerrou sua participação na fase de grupos com derrota. Nesta sexta, foi batido pelo Vakifbank Istanbul por 3 sets a 0, com parciais de 25/23, 30/28 e 25/18. Ting Zhu, com 18 pontos, e Milena Rasic, com 12, foram as maiores pontuadoras do jogo, em favor da equipe turca. Pelo time do Brasil, Gabi Guimarães (14) e Bruna Honorio (9) foram os destaques.

Atual campeão mundial, o Vakifbank ficou em primeiro lugar no Grupo A, com nove pontos, sem perder um set sequer. E o Minas terminou a fase de grupos na segunda colocação, com cinco. O Vakifbank vai duelar com o Praia Clube na primeira semifinal deste sábado, às 7 horas (de Brasília).

Ainda a espera do representante sul-americano que participará do Mundial de Clubes e será definido no domingo na final da Libertadores entre Boca Juniors e River Plate, na Espanha, a Fifa divulgou nesta quinta-feira a lista de jogadores inscritos por todos os outros times que estarão presentes nesta edição do torneio, marcado para ocorrer entre os dias 12 e 22 de dezembro, nos Emirados Árabes Unidos.

Considerado o principal favorito ao título, o Real Madrid inscreveu 28 jogadores na competição, entre eles os brasileiros Casemiro, que se recupera de lesão, e Vinicius Junior, de apenas 18 anos, que pela primeira vez disputará este torneio.

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Sem jogar desde o dia 11 de novembro, quando se lesionou em partida contra o Celta, pelo Campeonato Espanhol, Casemiro acabou ficando fora dos últimos dois amistosos da seleção brasileira no ano, contra Uruguai e Camarões, na Inglaterra, e a previsão inicial era de que se afastasse dos gramados por seis semanas.

Com esta inscrição confirmada no Mundial, a tendência é a de que o volante se recupere antes deste prazo. Ele sofreu uma entorse no tornozelo direito, que teve os ligamentos afetados, e o departamento médico do Real, como de costume, não estabeleceu um prazo estimado de recuperação, mas este tipo de lesão costuma exigir o período de seis semanas de afastamento, em média.

Vinicius Junior, por sua vez, assegurou o seu lugar no grupo de inscritos pelo técnico Santiago Solari no Mundial depois de ter alternado jogos com o time de base do Real e a equipe principal do clube durante esta temporada europeia.

Já o defensor Nacho Fernández, que sofreu uma lesão ligamentar no joelho direito, acabou ficando fora desta lista do Real para a competição. A listagem completa de inscritos pelo Real conta com os goleiros Courtois, Navas e Casilla; com os defensores Carvajal, Sergio Ramos, Varane, Nacho, Marcelo, Odriozola e Reguilón; com os meio-campistas Kroos, Modric, Casemiro, Valverde, Llorente, Asensio, Isco e Dani Ceballos; e com os atacantes Mariano, Benzema, Bale, Lucas Vázquez e Vinicius Junior.

Os outros clubes que tiveram seus jogadores inscritos confirmados nesta quinta-feira são o AL-Ain, representante do país organizador, e os seguintes campeões continentais: Chivas, do México (Concacaf); o Kashima Antlers, do Japão (Ásia); o Espérance, da Tunísia (África), e o Team Wellington, da Nova Zelândia (Oceania).

O Corinthians emitiu nota oficial nesta sexta-feira para informar que a Justiça de São Paulo suspendeu a decisão de penhorar a taça do Mundial de Clubes da Fifa de 2012. O clube ainda divulgou o despacho do relator Paulo Pastore Filho que deu ao Instituto Santanense o prazo de 15 dias para se manifestar.

"O Sport Club Corinthians Paulista informa que a decisão que determinou a penhora da Taça do Mundial de Clubes de 2012 foi liminarmente suspensa por ordem do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), que acatou o agravo de instrumento com pedido suspensivo interposto pelo clube".

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Na última quinta-feira, o juiz Luis Fernando Nardelli, da 3.ª Vara Cível de São Paulo, acatou o pedido do Instituto Santanense e determinou a penhora como garantia de que o clube pagará uma dívida de R$ 2,48 milhões.

O processo corre desde 2005 na Justiça. No dia 22 de outubro, houve uma primeira decisão favorável ao Instituto Santanense, que penhorava parte do prêmio que o Corinthians receberia pelo vice da Copa do Brasil. No entanto, a decisão chegou ao clube um dia depois de a CBF ter pago o valor integral.

O Instituto Santanense entrou na Justiça para cobrar dinheiro referente ao rompimento de uma parceria. O trato inicial era o Corinthians ceder parte do Parque São Jorge para que a universidade oferecesse aulas de Educação Física. O contrato foi quebrado por parte do clube, que arrendou o mesmo espaço a uma igreja.

Em setembro, houve uma audiência para tentar um acordo, mas não deu certo. Na ocasião, a universidade pedia R$ 4,1 milhões. O Corinthians cobra da universidade também uma dívida anterior, de 2008, referente ao patrocínio acertado e que não foi pago. O clube pede R$ 1,2 milhão.

O juiz Luis Fernando Nardelli, da 3.ª Vara Cível de São Paulo, acatou o pedido do Instituto Santanense e determinou nesta quinta-feira a penhora da taça do Mundial de Clubes de 2012 do Corinthians. A entidade cobra uma dívida de R$ 2,48 milhões.

O presidente corintiano, Andrés Sanchez, concedeu entrevista coletiva também nesta quinta-feira e ironizou a decisão judicial. "Pelo menos o Corinthians tem taça de Mundial, duas, para penhorar, né? Temos terrenos, ônibus, carros, patrimônios, mas quiseram a taça do Mundial, é provado que o Corinthians tem dois Mundiais, e quiseram isso", disse.

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O clube tem o direito de recorrer da decisão. Por enquanto, o Corinthians continua com a posse da taça, mas não pode vendê-la. Andrés Sanchez explicou que o processo corre há muito tempo na Justiça. No dia 22 de outubro, houve uma outra decisão favorável ao Instituto Santanense, que penhorava parte do prêmio que o Corinthians receberia pelo vice da Copa do Brasil. No entanto, a decisão chegou ao clube um dia depois de a CBF ter pago o valor integral.

"É um processo que corre desde 2005 ou 2006, não lembro. Era uma faculdade que tinha no Parque São Jorge, teve um rompimento, as duas partes entraram na Justiça, tanto a faculdade quanto o Corinthians. Eles têm a receber e nós também. Estamos há dois meses negociando um acordo, estava bem adiantado, mas infelizmente os advogados queriam uma nota midiática e fazer esse negócio da taça", prosseguiu Andrés Sanchez.

O Instituto Santanense entrou na Justiça para cobrar um dinheiro referente ao rompimento de uma parceria. O combinado inicial era o Corinthians ceder parte do Parque São Jorge para que a universidade oferecesse aulas de Educação Física. O contrato foi quebrado por parte do clube, que arrendou o mesmo espaço a uma igreja.

Em setembro, houve uma audiência para tentar um acordo, mas não deu certo. Na ocasião, a universidade pedia R$ 4,1 milhões. O Corinthians cobra da universidade também uma dívida anterior, de 2008, referente ao patrocínio acertado e que não foi pago. O clube pede R$ 1,2 milhão.

Nos próximos três meses, os dirigentes da Fifa irão tomar uma decisão que pode modificar profundamente o calendário do futebol. O que já está sacramentado é o fim dos amistosos entre as seleções europeias, uma nova realidade que começará a vigorar a partir de setembro de 2018. A expectativa é de que outras novidades sejam anunciadas depois das reuniões do Conselho da Fifa, entre os dias 15 e 16 de março, em Bogotá, na Colômbia.

No lugar dos amistosos, a Uefa criou uma Liga das Nações, com jogos entre as seleções europeias em um torneio com duração de um ano. Brasil e outros não terão mais possibilidade de disputar jogos contra os europeus fora de uma Copa do Mundo. Diante desta argumentação, foi estabelecido um plano para que o campeonato ganhe um caráter mundial com a entrada da América do Sul, África e os demais continentes dentro de dois anos.

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O objetivo é dar fim a partidas amistosas, que, nos últimos anos, se transformaram em máquinas de lavagem de dinheiro, como comprova o julgamento do "caso Fifa" em curso nos Estados Unidos. Além disso, elas representam pouco ganho técnico para as equipes.

Desde que chegou à Fifa, em 2016, o presidente Gianni Infantino se debruçou sobre a tarefa de modificar o esporte, com vistas a torná-lo mais atrativo e rentável. "O que está sendo debatido é uma revolução no calendário do futebol", disse um dos dirigentes que faz parte das negociações. Segundo ele, a ideia é tornar o futebol mais atraente para torcedores, clubes, federações, TVs e patrocinadores. Mas os diferentes interesses em jogo são obstáculos importantes.

Um dos temas mais espinhosos da proposta de reformulação é o futuro do Mundial de Clubes. Em 2018, ele ainda será mantido. Mas tudo indica que será uma das últimas edições. Depois da final entre Real Madrid e Grêmio, as críticas contra o torneio ganharam mais força. Cartolas da Uefa não veem atrativo comercial em uma competição na qual somam nove triunfos nas últimas 10 edições. Pior: a audiência de TV é baixa na Europa.

No último torneio, vencido com facilidade pelo Real Madrid, a média de público foi de 16 mil pessoas por jogo, com partidas que chegaram a ter meros 4 mil torcedores no estádio. Existe na Fifa um projeto de transformar o torneio em uma competição entre 24 times, dos quais 12 seriam europeus e com a capacidade de atrair maior audiência de TV e, portanto, patrocinadores.

Estariam ainda classificados os quatro últimos vencedores da Copa Libertadores e mais um clube sul-americano melhor classificado em um ranking da Conmebol. Sete clubes viriam da África, Ásia e América do Norte e do país-sede.

Mas nem todos estão de acordo com o novo formato proposto. Parte da Uefa não quer mais datas e sim a volta de um jogo único entre sul-americanos e europeus para definir o campeão do mundo. Uma alternativa que apresenta à Fifa é de que o tal Mundial ocorra apenas a cada quatro anos, evitando assim um acúmulo de datas para os clubes europeus.

O torneio, que entraria no lugar da Copa das Confederações, deveria ocorrer em 2021 no Catar, local da próxima Copa do Mundo. Ao trocar a Copa das Confederações pelo Mundial de Clubes, a Fifa mataria vários pássaros com um só tiro: eliminaria um torneio deficitário, garantiria um teste para os estádios da Copa e resolveria o problema de falta de datas dos europeus.

Apesar da derrota neste sábado para o Real Madrid, por 1 a 0, em Abu Dabi, o zagueiro Pedro Geromel minimizou o resultado e parabenizou o elenco do Grêmio pela atuação na final do Mundial de Clubes da Fifa.

Satisfeito com os feitos obtidos pelo Grêmio, o zagueiro também enalteceu a trajetória da equipe neste ano. E destacou que os jogadores precisam estar orgulhosos por terem conquistado a Copa Libertadores e chegado ao Mundial.

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"Temos orgulho do que fizemos. Foi um prazer enorme estar aqui. Todo o nosso grupo está de parabéns. Fizemos o melhor que dava, mas infelizmente não deu", avaliou o zagueiro, um dos destaques do time gaúcho na partida.

Embora o Grêmio tenha terminado o jogo com apenas uma finalização, contra 20 do Real Madrid, Geromel enalteceu a dedicação dos atletas durante a partida. "Todo mundo fez o que podia. Os atacantes correram, ajudaram. Tivemos sucesso em algum momento. Infelizmente não deu para ganhar, mas saio com orgulho de ser brasileiro."

O Pachuca ficou com a terceira colocação do Mundial de Clubes de 2017. Derrotado pelo Grêmio na semifinal, o time mexicano se recuperou e deixará Abu Dabi com este prêmio de consolação depois de golear os anfitriões do Al Jazira neste sábado, por 4 a 1. Trata-se de seu melhor resultado na competição, na quarta participação.

Autor de dois gols neste Mundial, sendo um diante do Real Madrid, Romarinho desta vez passou em branco. Bem marcado, ele teve poucas oportunidades, mas foi o responsável pela jogada do único gol do Al Jazira, marcado por Alrezzi. Urretaviscaya, Franco Jara, De La Rosa e Sagal marcaram para o Pachuca.

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O Al Jazira foi o primeiro a tentar ganhar o campo de ataque neste sábado, mas rapidamente o Pachuca tomou o domínio da partida e passou a desperdiçar oportunidades. Aos 15 minutos, Fayez tocou contra o próprio gol após falta da esquerda e acertou a trave. A sobra ficou com Murillo, que tentou de peixinho, mas a bola quicou e encobriu o gol.

A defesa do Al Jazira não conseguia parar os avanços mexicanos pelas laterais e sofria com a própria falta de qualidade quando tinha a bola no pé. O Pachuca aproveitou e quase marcou aos 29, quando Sagal recebeu pela direita, fez bela jogada ao passar por dois marcadores e bateu cruzado, rente à trave.

De tanto insistir, o time mexicano abriu o placar aos 36. Khalfan errou feio ao tentar afastar no meio de campo, Jara ficou com a sobra e deu boa enfiada para Urretaviscaya. O uruguaio ganhou de Juma na corrida e tocou com o lado de fora do pé para vencer o goleiro.

Ainda houve tempo para Sagal, de cabeça, quase marcar o segundo aos 40 minutos, mas novamente ele errou a pontaria por pouco. O segundo tempo começou com o mesmo cenário, e o Pachuca demorou apenas sete minutos para assustar com Sánchez, que recebeu cruzamento da direita, dominou, mas foi atrapalhado na hora da finalização.

Romarinho era bem marcado e pouco aparecia em campo, mas bastou um lance do brasileiro para o Al Jazira chegar ao empate. Aos 11 minutos, o atacante recebeu pela esquerda, passou por dois jogadores e parou no goleiro. Boussoufa pegou o rebote e a zaga afastou em cima da linha. Mas Alrezzi, na terceira tentativa, marcou.

Mas não deu nem tempo para comemorar, porque a defesa do Al Jazira voltaria a falhar apenas três minutos depois. Sagal aproveitou cochilo dos zagueiros e arrancou completamente livre pela esquerda. Ele não foi fominha e tocou no meio para Jara, que chegou sozinho para marcar o segundo.

O gol fez o Al Jazira desabar e o Pachuca teve ainda mais facilidade para atacar. Aos 33, marcou pela terceira vez. De La Rosa, que havia acabado de entrar, recebeu enfiada precisa de Sánchez, arrancou sozinho e finalizou na saída do goleiro. E ainda houve tempo para o time mexicano chegar à goleada cinco minutos depois. Rashid calçou Sánchez na área e o árbitro marcou pênalti, que Sagal cobrou com categoria para selar o placar.

 

FICHA TÉCNICA:

AL JAZIRA 1 X 4 PACHUCA

AL JAZIRA - Al Senaani; Musallem Fayez, Khalfan, Fares Juma e Salim Rashid; Mohamad Al Attas (Salim Ali), Yaqoub Al Hosani (Ramadan), Alrezzi (Rabia) e Boussoufa; Romarinho e Ali Mabkhout. Técnico: Henk Ten Cate.

PACHUCA - Alfonso Blanco; Raúl López, Omar González, Murillo e Emmanuel García; Jorge Hernández (Pablo López), Aguirre, Urretaviscaya (Figueroa) e Erick Sánchez; Franco Jara (De La Rosa) e Angelo Sagal. Técnico: Diego Alonso.

GOLS - Urretaviscaya, aos 36 minutos do primeiro tempo. Alrezzi, aos 11, Franco Jara, aos 14, De La Rosa, aos 33, e Sagal, aos 38 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Malang Diedhiou (Fifa/Senegal).

CARTÕES AMARELOS - Boussoufa, Fares Juma (Al Jazira); Franco Jara (Pachuca).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Zayed Sports City, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).

A final do Mundial de Clubes, neste sábado, às 15 horas (de Brasília), em Abu Dabi, vai trazer um novo ingrediente para a habitual comparação de disparidade entre europeus e sul-americanos. Real Madrid e Grêmio mostram o quanto filosofias opostas na montagem de elenco podem levar ao mesmo resultado.

O favorito Real Madrid e o azarão Grêmio levarão a campo para a disputa do título mundial 22 jogadores escolhidos de acordo com maneiras antagônicas de planejamento. O rico time espanhol pode se dar ao luxo de contratar o reforço que desejar, porém admite ser difícil enfrentar um adversário montado a baixo custo e com atletas desprezados por outros clubes.

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"O Grêmio merece estar na final, assim como nós. É um jogo só, então não há favoritos", disse em entrevista coletiva o técnico do Real, o francês Zinedine Zidane. "Temos pela frente um adversário técnico, forte e que joga no contra-ataque. É um time bem melhor que o da semifinal (Al Jazira)", afirmou.

Após poupar alguns titulares na estreia, a equipe espanhola vai com força máxima para ganhar o sexto título mundial. A provável formação titular exemplifica como o clube se organiza para buscar as conquistas. Dos 11 jogadores, o único formado pelo próprio clube é o lateral Carvajal, mas que só ganhou espaço no Real Madrid depois de ter sido negociado com o Bayer Leverkusen e na sequência, comprado de volta.

O elenco madrilenho mantém a base há anos e vem de dois títulos mundiais conquistados nos três últimos anos, sequência que, segundo Zidane, não diminui a vontade de novo título. "Encaramos a final com bastante esperança. Queremos levar para casa outro título e por isso estamos aqui trabalhando há uma semana", disse o técnico.

Para o Grêmio, a sonhada vitória teria o peso de uma façanha histórica. O segundo título mundial consagraria um elenco montado a baixo custo e com jogadores contratados após não terem espaço em outros clubes, casos de cinco titulares: Cortez, Edilson, Geromel, Fernandinho e Barrios.

Todos tiveram passagens por clubes paulistas, de onde saíram em baixa após não terem sido muito aproveitados. A volta por cima deles no futebol brasileiro se deu no Grêmio, time que também conseguiu a reação graças a essas peças. Até ser campeão da Copa do Brasil, em 2016, o clube estava havia 15 anos sem títulos nacionais.

O elenco gremista também tem como dois principais pilares jogadores criados no próprio clube, o goleiro Marcelo Grohe e o atacante Luan. Outro titular de destaque oriundo da base é o volante Jailson.

A grande diferença para o Real Madrid levou até mesmo o técnico Renato Gaúcho, habitual falastrão, a adotar discurso humilde. "É um privilégio estar em uma final do Mundial enfrentando uma das maiores equipes do mundo, com jogadores de seleção. Temos muito respeito, mas o Grêmio também tem seus méritos por estar aqui", comentou.

O discurso de respeito do treinador não vai muito longe. O adversário assusta, é claro, mas o Grêmio não vai alterar a forma de atuar somente por se tratar do Real Madrid. O time deve continuar a pressionar a saída de bola e nas palavras de Renato, vai dificultar bastante a ambição espanhola de título.

"O Real quer muito o título, mas o Grêmio também quer. O Real é o favorito, mas precisa provar dentro das quatro linhas. Vamos fazer de tudo para o Grêmio ser campeão mundial", avisou o treinador.

POLÊMICAS - As entrevistas coletivas dos dois treinadores tiveram um tema controverso. Renato Gaúcho voltou a falar que foi melhor em campo do que Cristiano Ronaldo. A declaração foi questionada por Zidane. O francês defendeu o seu principal jogador.

O técnico do Real Madrid classificou a comparação do colega como "um pouco forte" e evitou criticar a postura do gremista. "Cada um pode opinar e ele tem esse direito. Renato foi um bom jogador, mas não concordo que tenha sido melhor do que Cristiano. É isso o que ele disse e temos de respeitá-lo", afirmou o francês.

O duelo entre Cristiano Ronaldo e Renato Gaúcho começou dias atrás, quando o treinador fez o primeiro comentário sobre o português. Questionado novamente sobre o tema na véspera do jogo, o gremista não recuou. "Eu mantenho (a opinião). É muito fácil vocês (jornalistas), que não me viram jogar, elogiar o Cristiano Ronaldo. Eu repito: bato palmas para ele. Mas para saber o que joguei teriam de falar com muitas pessoas que me viram jogar também", explicou.

Renato pode ser o primeiro brasileiro a ser campeão mundial como jogador e treinador e o quinto em toda a história. Em 1983, ele ajudou o Grêmio a bater o Hamburgo na decisão realizada no Japão.

Pouco depois de Renato Gaúcho admitir que o Real Madrid jogará como favorito na final do Mundial de Clubes da Fifa, neste sábado, contra o Grêmio, às 15 horas (de Brasília), em Abu Dabi, o técnico Zinedine Zidane rechaçou esta condição nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, na qual apontou que os dois times entrarão em campo com chances iguais de lutar pela taça da competição.

Nem mesmo o fato de a equipe espanhola defender a condição de atual vencedora do torneio e vir de dois títulos consecutivos da Liga dos Campeões ilude o treinador francês, lembrando que é preciso exibir um bom futebol para sair de campo com o triunfo.

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"É uma final e sempre os times estão com 50% (de chances cada um de ganhar). O Grêmio mereceu chegar à final, como nós. Agora é um novo jogo e não há favoritos na final. O Real Madrid ganhou muitas vezes (o Mundial), mas isso não significa nada. A história deste grande clube é importante, mas toda a gente que trabalha neste clube sabe que o importante é o dia seguinte", alertou Zidane, ciente de que o futebol é um esporte que se acostumou a presenciar grandes surpresas em sua história.

O comandante, entretanto, está confiante em um triunfo do Real, que poderá dar ao clube o seu sexto título mundial, após os taças obtidas em 1960, 1998, 2002, 2014 e 2016. "Queremos fazer história neste clube e, para isso, temos de fazer um bom jogo, respeitar o rival e ganhar o troféu", enfatizou, para depois completar: "Estamos aqui para isso, ficamos uma semana neste país para nos preparamos para ganhar esta taça. E agora que estamos na final, temos o máximo desejo de voltar com o troféu".

Já ao falar sobre o Grêmio, Zidane qualificou o mesmo como um "time técnico e físico", assim como evitou ampliar a polêmica envolvendo Cristiano Ronaldo e Renato Gaúcho, que nesta sexta-feira reafirmou, como já havia feito em outras entrevistas, que no passado foi melhor jogador do que o astro português é hoje.

"É um pouco forte (a opinião do gremista), mas cada um pode opinar. Ele (Renato) foi um bom jogador, mas não comparo isso. Para mim, Cristiano é muito melhor. É o que eu digo e também tenho de respeitá-lo. O vi jogar e foi muito bom jogador", afirmou o francês, com a mesma classe com a qual tratava a bola enquanto meio-campista.

Renato Gaúcho exibiu a sua habitual irreverência na entrevista coletiva que concedeu nesta sexta-feira, em Abu Dabi, onde falou com a imprensa pela última vez antes de comandar o Grêmio na final do Mundial de Clubes da Fifa, neste sábado, às 15 horas (de Brasília), contra o Real Madrid.

Sem se esquivar de nenhuma pergunta, o técnico gremista não recuou ao ser questionado por um repórter espanhol se mantém a afirmação, proferida por mais de uma vez em outras entrevistas que concedeu nos últimos anos, na qual disse ter sido melhor jogador do que Cristiano Ronaldo, principal craque do Real há um bom tempo.

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"Eu mantenho (o que disse). Cristiano Ronaldo é um dos maiores jogadores do mundo, é um grande campeão e todo o ano ele procura quebrar os próprios recordes. Eu admiro muito isso em um jogador e ele é um jogador muito generoso fora das quatro linhas", afirmou o comandante, para em seguida dizer aos jornalistas que participavam da coletiva, nas entrelinhas, que eles precisavam tê-lo visto jogar no passado para poder comparar o seu futebol com o do astro português.

"É muito fácil para vocês, que não me viram jogar, falar bem do Cristiano Ronaldo. Para pegar quem jogou mais, vocês teriam que pegar muitas pessoas que me viram jogar. É a opinião minha. Cada um tem a sua, e ele tem a dele também", completou Renato, que com a camisa do Grêmio foi campeão do mundo em 1983, então fazendo os dois gols da vitória sobre o Hamburgo na decisão, em Tóquio, no Japão.

Assim, Renato pode fazer história novamente, agora como treinador do time gaúcho, com um feito inédito neste sábado. Até por isso, admitiu que esta será a partida mais importante da sua carreira como técnico até hoje.

"A gente vem de uma conquista da Libertadores, na qual o nosso grupo fez uma campanha maravilhosa, e agora teremos o jogo mais importante do ano. É o jogo mais importante da minha vida como treinador. E é o jogo mais importante da vida dos meus jogadores", enfatizou Renato, que também admitiu que, pessoalmente, é mais complicado agora buscar o título mundial sem poder estar dentro do gramado como jogador.

"Hoje a minha ansiedade é maior porque estou fora de campo. E posso ser campeão mundial dentro e fora do campo. Antes eu era um garoto, e pensava apenas em entrar em campo, jogar e ganhar. Já conquistei a Libertadores dentro e fora de campo (como jogador e técnico). E agora posso conquistar isso como treinador no Mundial", completou.

Com gols de Cristiano Ronaldo e Gerard Bale, ambos no segundo tempo, o Real Madrid venceu hoje (13) por 2 a 1, de virada, o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos. O gol da equipe árabe foi marcado, ainda no primeiro tempo, pelo brasileiro Romarinho.

Com a vitória, o time merengue, atual campeão da Europa e mundial, classificou-se para a final da competição intercontinental, no próximo sábado (16), às 15h (horário de Brasília), em Abu Dabi, onde enfrentará o Grêmio, de Porto Alegre, campeão sul-americano, que venceu ontem (12), na prorrogação, o mexicano Pachuca por 1 a 0.

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Em dois lances polêmicos, nos quais a bola entrou, o juiz da partida, o brasileiro Sandro Meira Ricci, marcou falta e impedimento e anulou um gol do Real Madrid e outro do Al Jazira. 

Pentacampeão e maior vencedor da competição, o Real Madrid busca o segundo título seguido do Mundial de Clubes. Já o time do técnico Renato Gaúcho tentará o bicampeonato. Também no sábado, Al Jazira e Pachuca decidem o terceiro lugar.

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